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Violência praticada contra os professores (TCC)

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Centro Universitário Claretiano
Resumo do TCC
A Violência praticada contra os professores nas escolas e quais caminhos ou soluções para amenizar este problema.
“Educação é uma descoberta progressiva de nossa própria ignorância” (Voltaire, francês, filósofo).
Polo São José dos Campos
Licenciatura em Pedagogia
Cristina Helena Furtado Sarmento
R.A. 1120442
A opinião pública considera a violência nas escolas como algo que surgiu nos anos 80, mas de acordo com sociólogos, ela existe desde o século XIX.
As primeiras formas de violência variavam de homicídios, estupros e agressões com armas feitas por alunos adolescentes até a faixa etária que frequenta cursos profissionalizantes.
Atualmente os alunos que cometem esta violência tem a faixa etária de 4 a 13 anos.
Segundo pesquisadores, as frustrações dos alunos, levam-nos a angústias que gera a violência e agressividade o que acaba implicando na brutalidade física ou verbal contra os professores.
Estas frustrações estão ligadas principalmente aos alunos que possuem dificuldades familiares, sociais e escolares e que ainda fazem uso de drogas.
Por outro lado, nossas crianças e jovens estudam num sistema educacional cheio de falhas e ineficaz. Não adianta explicar a violência na escola só em função do entorno em que os alunos vivem. Isso conta, mas o fato é que o país não atualizou o ensino e, em plena cibercultura, mantém um modelo educacional do século passado.
Nesse sistema, o magistério é tão mal remunerado que não atrai talentos. Os que ingressam na profissão não recebem a preparação adequada, começam a lecionar sem experiência e têm dificuldade para conquistar os estudantes. Os alunos não se interessam pelo que é ensinado e a didática não é atraente. Ficam desmotivados, hiperativos, indisciplinados.
Para controlar a turma, muitos professores tentam manter a ordem, o que, dependendo da forma, gera revolta. A sala de aula se converte num campo de batalha. Professores adoecem. Milhares abandonam a profissão. Prova Brasil e Enem mostram que, a cada ano, poucos alunos aprenderam o que deveriam.
Para se ter uma ideia, na Coreia do Sul, o índice de violência relatado pelos mestres é zero. Isso não acontece apenas porque o país valorizou a carreira docente, mas porque em casa, desde cedo, as crianças aprendem a importância da escola e o respeito pelos que ensinam.
De uns anos pra cá, alguns estados brasileiros passaram a colocar policiais dentro das escolas e segundo relatos de diretores e professores, isso reduziu um pouco a violência, mas essa não deveria ser a única solução possível.
Há também um projeto, aprovado em 2009 pela Comissão de Educação do Senado, no qual cria medidas protetivas sobre a violência contra o professor (Senador Paulo Paim – RS). Ele institui medidas como o afastamento do aluno agressor da escola em questão. Quando você transfere o aluno com a polícia presente, há um efeito que leva à diminuição dos casos.
Segundo uma professora de geografia da rede estadual de São Paulo que não quis se identificar, relatou uma difícil situação que vivenciou em sala de aula. "Fui amordaçada dentro da sala de aula. Minhas mãos, minha boca e meus pés ficaram amarrados. Me pisotearam e me furaram com caneta. Em outra ocasião, um aluno invadiu a sala dos professores e me deu um soco no estômago porque queria nota para passar de ano”. A docente se posiciona a favor dos projetos porque enxerga que os pais e os alunos saem sempre impunes dos casos de violência. 
No geral, quando comparada com a escola particular, a pública conta com menos mecanismos de controle da disciplina do aluno. E com menos apoio institucional nos casos de violência, queixa recorrente dos docentes.
Quando um professor sofre violência hoje, faz um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. O autor da agressão não precisa estar presente, pois será chamado depois pelo delegado. O próximo passo é o encaminhamento da denúncia ao Fórum. A não ser que seja um caso de homicídio ou lesão corporal séria, segundo o Código Penal, o autor responde por lesão corporal leve e, se condenado, é enquadrado por crimes de menor potencial ofensivos. "Geralmente, o juiz determina que o sujeito não deve sair da comarca, deve doar uma cesta básica ou prestar serviço à comunidade. Quase 90% dos casos terminam assim", relata César Pimentel, advogado do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
O Instituto Data Popular e o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo relataram que nos últimos 10 anos, de acordo com uma pesquisa sobre a violência nas escolas públicas paulistas, que em cada 10 professores quatro já sofreram algum tipo de agressão, seja verbal ou física.
Um Diretor de Escola Estadual em São Paulo comentou: "Tenho certeza de que a culpa das agressões nas escolas é, na maioria das vezes, dos pais e, numa parcela menor, do estado. Temos um ambiente nacional de impunidade calcado principalmente pela lei de proteção aos menores. Difícil educar quem não acredita na punição, castigo ou responsabilidades. Temos exemplos de povos com leis bem mais rígidas e com uma qualidade de vida sem violência”.
De acordo com a socióloga e Mestre em Educação Miriam Abramovay:
“A escola tem culpa, porque se isola das comunidades e não se atualiza. E os professores têm péssima formação, simplesmente não conseguem, e muitas vezes nem tentam, conquistar os alunos”, diz. “No fim, todos são vítimas.”
Para pesquisadora, a desvalorização do ensino resumiria este descompasso. “A estrutura das escolas parou no século 19, os professores dão aulas como no século 20 e os alunos, sempre conectados, vivem no século 21″, diz.
Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas.
Por fim, temos um quadro de professores sem autoridade e desmotivados o que muitas vezes leva ao abandono da carreira, pais que repassam para a escola a tarefa de educar, alunos inquietos uma sala de aula que parece ter parado no tempo e governos omissos formando a bomba-relógio da violência.
Bibliografia consultada: 
http://www.scielo.br/pdf/soc/n8/n8a16
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140822_salasocial_eleicoes_ocde_valorizacao_professores_brasil_daniela_rw
http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/violencia-contra-os-professores-nao-pode-ser-vista-como-normal.html
Violência nas Escolas(2002): Abramovay, Miriam e Rua, Maria das Graças.

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