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Avaliação pré-anestésica

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Mariana Roldão de Araújo
ESTUDO DIRIGIDO – AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA (APA)
1. Quais os objetivos da APA?
Diminuir morbimortalidade perioperatória. A avaliação pré-anestésica (APA) visa a definir o risco-benefício do ato anestésico-cirúrgico para cada paciente na situação específica em que ele se encontra. Assim, não busca simplesmente “liberar o paciente” para algum procedimento (cirúrgico, diagnóstico ou terapêutico), mas avaliar todo o contexto clínico do paciente, realizando-se uma avaliação sobre seu risco anestésico-cirúrgico, que se refere, em termos gerais, à anestesia propriamente dita (fármaco e técnicas usadas), ao procedimento a ser realizado, aos fatores intrínsecos do paciente (idade, condição clínica, complicações anteriores, fatores de risco) e ao local onde será realizado o procedimento.
2. Quais as principais etapas da avaliação?
Anamnese, exame físico direcionado, exames complementares, orientações pré-operatórias (comunicar e explicar o planejamento anestésico, jejum, medicações em uso etc.), assinatura de um termo de consentimento.
3. Quais sistemas precisam ser avaliados com maior atenção? Justifique.
Cardíaco e pulmonar são os principais. Na cirurgia, o corpo se submete a um estresse (agressão), então o sistema cardiopulmonar tem que estar em pleno funcionamento.
Além deles, o SNC (saber se ele tem alguma alteração ou se toma remédio) e coagulação (mais por conta da cirurgia – não pode fazer bloqueio se estiver em uso de anticoagulantes).
Ginecológico: tem que saber a data da última menstruação e solicitar beta HCG, pois pacientes grávidas não podem ser submetidas.
4. O que é capacidade funcional? Para que serve?
É a condição física do paciente. Serve para avaliar a condição cardiorrespiratória do paciente na avaliação pré-operatória, possibilitando analisar sua suscetibilidade a alguma intercorrência durante o procedimento. Uma das formas de quantificá-la é por meio de equivalentes metabólicos consumidos nas tarefas (METs: quanto consome de oxigênio para fazer aquela atividade física), o qual vai desde a capacidade de cuidar de si próprio e alimentar-se até a possibilidade de participar de esportes desgastantes.
Por questionamentos simples na anamnese, já se obtém informações sobre a aptidão física do paciente. 
Pode ser ruim (abaixo de 4 METs: risco maior de complicações). Tabela de classificação:
5. O que é classificação ASA? Qual sua importância?
Classificação do estado físico, avalia a condição clínica do paciente. Tabela de classificação:
6. Por que é necessário saber as medicações de uso rotineiro dos pacientes?
Para evitar as interações medicamentosas junto aos anestésicos. A maioria é mantida até o dia próximo da cirurgia. Os medicamentos anticoagulantes, quando não suspensos, causam risco de hemorragia.
7. Por que solicitar jejum pré-operatório? Qual a orientação de jejum para líquidos e sólidos em adultos?
 O jejum evita que o paciente vá para a cirurgia de estômago cheio e, em caso de mal-estar, corra o risco de o líquido chegar aos pulmões causando broncoaspiração e pneumonite. Em geral, 4 horas para líquidos e 8 para sólidos, a tabela abaixo traz outras especificações:

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