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FICHAMENTO crítica da razão pura (kant)

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FICHAMENTO N° 05-FILOSOFIA DO DIREITO 1
Aluna: Maria Alice Ribeiro Serafim Correia
Crítica da Razão Pura (p.64-96)
KANT, Immanuel; Tradução; Alex Marins. São Paulo: Martin Claret, 2006
1. Estética transcendental
“O fim para o qual tende, como meio, todo o pensamento é a intuição... A capacidade de receber informações – receptividade –, graças à maneira como somos afetados pelos objetos, denomina-se sensibilidade. Portanto, nos são dados objetos por intermédio da sensibilidade e só ela nos fornece intuições.” (p.65)
“Uma vez que aquilo, no qual as sensações unicamente se podem ordenar e adquirir determinada forma, não pode, por sua vez, ser sensação, segue-se que, se a matéria de todos os fenômenos nos é dada somente a posteriori, a sua forma deve encontrar-se a priori no espírito, pronta a aplicar-se a ela, portanto, tem de poder ser considerada independen temente de qualquer sensação. Essa forma pura da sensibilidade chamar-se-á também, intuição pura. Denomino por estética transcendental uma ciência de todos os princípios da sensibilidade a priori”.(p.66)
2. Exposição metafísica deste conceito
“Através do sentido externo de uma propriedade do nosso espírito temos a representação de objetos como exteriores a nós e situados todos no espaço. O sentido interno mediante, mediante o qual o espírito se intui a se mesmo ou intui também o seu estado-interno, não nos dá, em verdade, nenhuma intuição da própria alma como um objeto. Todavia, é uma forma determinada a única perante a qual é possível a intuição do seu estado interno, de forma que tudo o que pertence as determinações internas é representado segundo relações do tempo” (p.67)
3. Exposição transcendental do conceito de espaço
”Por exposição transcendental entendo a explicação de um conceito considerado como princípio, a partir do qual se pode entender a possibilidade de outros conhecimentos sintéticos a priori. Exigi-se para esse desígnio: 1) Que do conceito dado decorram realmente conhecimentos dessa natureza. 2) Que esses conhecimentos apenas sejam possíveis pressupondo-se um dado modo da explicação desse conceito”.
“O espaço tem que ser originariamente uma intuição, porque de um simples conceito não se podem extrair proposições que ultrapassem o conceito, o que acontece todavia na geometria.Porém essa intuição deve encontrar-se em nós a priori, quer dizer, anteriormente a toda a nossa percepção de qualquer objeto, sendo portanto, intuição pura e não empírica...É evidente que só na medida em que se situa simplesmente no sujeito, como forma do sentido externo em geral, quer dizer, enquanto propriedade formal do sujeito de ser afetado por objetos e, dessa forma, obter uma representação imediata dos objetos, qual seja, uma intuição”.
“A representação do espaço por unicamente dependerem da constituição subjetiva da sensibilidade por exemplo, da vista do ouvido ou do tato, através das sensações das cores, dos sons e do calor que, sendo apenas sensações e não intuições, não permitem o conhecimento de nenhum objeto nem mesmo a priori” (p.69/70)
4. Exposição metafísica do conceito de tempo
“O tempo não é um conceito empírico tirado de uma experiência qualquer. Já que nem a simultaneidade nem a sucessão se apresentariam na percepção se a representação do tempo não se constituísse em seu fundamento a priori. O tempo é uma representação fundamental que constitui a base de todas as intuições. É impossível suprimir o próprio tempo no entendimento dos fenômenos em geral, conquanto se possam perfeitamente separar os fenômenos do tempo. O tempo tem apenas uma dimensão. Tempo diferente não são simultâneos, porém sucessivos, assim como espaços diferentes não são sucessivos, porém simultâneos. O tempo não é um conceito discursivo ou, como se diz, um conceito universal, mas uma noção pura da intuição sensível. Tempo diferente são apenas parte de um mesmo tempo. Ora, representação que só pode dar-se por meio de um único objeto é uma intuição. Nesse sentido não pode derivar de um conceito universal a proposição em que tempos diferentes não podem ser simultâneos. A infinidade do tempo significa que qualquer grandeza determinada de tempo somente é possível por limitações de um tempo único que lhe serve de fundamento”.(p.73/74) 
5. Exposição transcendental do conceito de tempo
“Acrescento aqui tão somente que o conceito de mudança e com ele o conceito de movimento – como mudança de lugar – só é possível na representação de tempo e mediante essa mudança. Se esta representação não fosse intuição a priori, nenhum conceito, fosse ele qual fosse, permitiria a intelecção da possibilidade de uma mudança, quer dizer, a possibilidade de uma ligação de predicados contraditoriamente opostos num só e mesmo objeto – por exemplo, a existência de uma coisa num lugar e a não- existência dessa mesma coisa no mesmo lugar. Apenas no tempo,isto é, sucessivamente, é que ambas as determinações, contraditoriamente opostas, se podem encontrar numa coisa. Por isso que o nosso conceito de tempo explica a possibilidade de tantos conhecimentos sintéticos a priori quantos os da teoria geral do movimento, teoria que não é pouco fértil”.(p.74)
6. Conclusões extraídas desses conceitos
“O tempo não é algo que tem existência em si ou que seja inerente ás coisas. O tempo nada mais é do que a noção do sentido interno, ou seja, da intuição de nós mesmo e do nosso estado interior. Objetivamente, o tempo não pode ser uma determinação de fenômenos externos. Não pertence a uma figura ou a uma posição etc., determinando antes a relação das representações do nosso estado interno”.(p.75)
“O tempo é condição formal a priori de todos os fenômenos em geral” (p.75)
7. Explicação
“Pois então, as mudanças só são possíveis no tempo. Consequentemente, o tempo é algo de real. A resposta não contém dificuldade. Admito o argumento por completo. Sem dúvida, o tempo é algo real, ou seja, a noção real da intuição interna. Tem realidades subjetiva, relativamente a experiência interna, quer dizer, tenho realmente a representação do tempo e das minhas determinações nele. Portanto, não deve ser entendido realmente como objeto, mas apenas como modo de representação de mim mesmo como objeto”.(p.77)
“portanto, o tempo e o espaço são duas fontes de conhecimentos sintéticos, dando-lhes brilhante exemplo, a matemática pura, referindo-se ao conhecimento do espaço e das suas relações. Vistos conjuntamente são formas puras de toda a intuição sensível, possibilitando dessa forma proposições sintéticas á priori”.(p.78)
8. Observações gerais sobre a estética transcendental. 
“Pretendemos, então, dizer que toda a nossa intuição nada mais do que a representação do fenômeno; Dizer também que as coisas que intuímos, nem as suas relações são em si mesmas constituídas como nos aparecem... O espaço e o tempo são as formas puras desse modo de perceber”.
“De qualquer modo, só conheceríamos perfeitamente o nosso modo de intuição, quer dizer, a nossa sensibilidade, e esta sempre submetida às condições do espaço e do tempo, originariamente inerente ao sujeito”.(p.80)
“Especifica apenas o fenômeno de alguma coisa e a maneira segunda a qual somos por ela afetados. Essa receptividade da nossa capacidade de conhecimento intitula-se sensibilidade e será sempre totalmente distinta de conhecimento do objeto em si mesmo, mesmo que se pudesse penetrar até ao fundo do próprio fenômeno”.(p.81)
“Sem dúvida que é certo e não apenas possível ou verossímil, que o espaço e o tempo, enquanto condições necessárias de toda a experiência – externa e interna – são apenas condições meramente subjetivas da nossa intuição. Portanto, relacionado a essas condições todos os objetos são simples fenômenos e não coisas dadas por si desta maneira”.(p.84)
9. Conclusão da estética transcendental
“Fizemos referência a intuições puras a priori, o espaço e o tempo. Nestas intuições, quando num juízo à priori queremos sair do conceito dado, encontramos aquilo que pode ser descoberto a priori, não no conceito, mas certamente na intuição correspondente, e pode, estar ligado sinteticamentea esse conceito. Porém esses juízos, devido a esta razão, nunca podem ultrapassar os objetos sentidos e apenas têm valor para objetos da experiência possível”.(p.87)
Lógica Transcendental
1. A lógica em geral
Nosso conhecimento se origina de duas fontes primordiais do espírito, das quais a primeira consiste em receber as representações – a receptividade das impressões – e a segunda é a capacidade de conhecer um objeto mediante tais representações – espontaneidade dos conceitos. Assim, intuição e conceitos constituem os elementos de todo o nosso conhecimento, de tal sorte que nem conceitos sem intuição, que de qualquer modo lhes corresponda, nem uma intuição sem conceitos podem fornecer um conhecimento”.(p.89) 
 “Destruído de sensibilidade, nenhum objeto nos seria dado isento de entendimento, nenhum objeto seria pensado. Pensamentos sem conteúdos são vazios. Intuições sem conceito são cegas.Nesse sentido, é tão importante tornar sensíveis os conceitos – ou seja, acrescentar-lhes o objeto na intuição – como fazer compreensíveis as intuições – quer dizer, submetê-las aos conceitos”.(p.90)
“Uma lógica geral conquanto pura, ocupa-se, então, de princípios puros a priori e é um cânone do entendimento e da razão, porém só com referência ao que há de formal no seu uso, seja qual for o conteúdo – empírico ou transcendental”.(p.91)
2. Lógica transcendental
“Haveria nesse caso, também uma lógica em que não se abstrairia totalmente o conteúdo do conhecimento. Sem dúvida a que contivesse apenas as regras do pensamento puro de um objeto excluiria todos os conhecimentos de conteúdo empírico...Esta Ciência, que determina a origem, o âmbito e o valor objetivo desses conhecimentos, deveria chamar-se lógica transcendental, porque trata das leis do entendimento e da razão, conquanto só apenas ao se referir a objetos, a priori e nunca indistintamente como a lógica vulgar, aos conhecimentos da razão, sejam empíricos sejam puros.”(p.92/93)
3. Divisão da lógica geral em analítica e dialética
 “Esta parte da lógica pode pois denominar-se analítica e é, exatamente por isso, a pedra de toque da verdade, conquanto negativa, na medida em que, primeiramente, comprovar e avaliar com base nestas regras todo conhecimento quanto a sua forma, antes de investigar o conteúdo para descobrir se em relação ao objeto contém uma verdade positiva”.(p.94)
4. Divisão da lógica transcendental em analítica e dialética transcendentais
“Numa lógica transcendental isolamos o entendimento – da mesma forma que anteriormente a sensibilidade na estética transcendental – e destacamos apenas do nosso conhecimento... Dessa maneira, a parte da lógica transcendental que apresenta os elementos do conhecimento puro do entendimento, bem como os princípios sem os quais nenhum objeto pode, em absoluto, ser pensado , é a analítica transcendental e, concomitantemente, uma lógica da verdade.” (p.96)

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