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efeito da música na epilepsia

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A MÚSICA E A EPILEPSIA 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 
CAMPUS CERES
CAROLINA RIBEIRO TELES
INTRODUÇÃO
As descobertas recentes da pesquisa cientifica sobre o cérebro vem exercendo um fascínio enorme sobre todos nós. Entre essas descobertas estão os estudos que provam o poder que a música exerce sobre quem ouve e quem pratica.
A música é algo que está presente em nosso cotidiano, em casa, festas restaurantes, lojas ou em qualquer lugar onde esteja, influenciando nosso comportamento e participando na interligação de memorias. 
INTRODUÇÃO
O processamento musical envolve 3 etapas: percepção musical, reconhecimento e emoção. Córtex auditivo primário e o giro temporal superior são áreas responsáveis pela percepção musical. O córtex primário é sensível a percepção do tom, enquanto o de associação auditiva é sensível a melodia e a harmonia. O ritmo é processado no cerebelo, nos gânglios basais e nos lobos temporais superiores. O reconhecimento musical e emoção envolve o orbito-frontal e o sistema límbico.
INTRODUÇÃO
A música ativa muitas áreas cerebrais para quem escuta e para quem toca, também aumenta o tamanho e atividade do corpo caloso (a ponte que liga os dois hemisférios), permitindo à informações circularem rapidamente e em rotas diversificadas. Na maioria das vezes essa atividade pode proporcionar grandes benefícios e soluções, mas que em alguns casos pode se tornar um problema.
OBJETIVO
O artigo objetiva o esclarecimento de como a música pode afetar de forma positiva ou negativa no âmbito de alguns distúrbios que afetam uma parte da população.
RESULTADOS 
Dentro os benefícios que música possui está um alto potencial terapêutico. Estudos revelam o poder da música em melhoras cognitivas de doenças como Parkinson, demência senil, hiperatividade e na epilepsia, onde foi comprovado por meio de um estudo que incluiu 11 crianças de Taiwan com idade entre 2 a 14 anos com epilepsia refrataria. 
RESULTADOS
O estudo comparou as crises 6 meses antes do tratamento e 6 meses durante a exposição a música. Quando analisado foi constatado que em 73% das crianças obteve uma melhora de 50% nas crises e em 2 pacientes a inexistência de crises durante o tratamento. A explicação disso se da quando analisamos o poder da música de promover a liberação de dopamina inundando os sistemas dopaminérgicos receptores de D2. Em pacientes com epilepsia do lobo temporal, a inundação de dopamina pode servir como um anticonvulsivante.
RESULTADOS 
Além disso, a música também pode provocar o aumento do raciocínio humano. Chamado de “Efeito Mozart”, foi descoberto em 1993 por Rauscher em um estudo onde foram analisados estudantes universitários expostos á Sonata de Mozart por 10 minutos. Este foi comprovado em ratos, quando expostos à sonata na vida uterina ou quando recém nascidos, obtinham maior desempenho ao se orientarem no labirinto em T, diferentemente dos que não eram expostos.
RESULTADOS 
Já por outro lado estão os distúrbios relacionados a música. Sendo alguns deles: Alucinações Musicais, Amusia, musicofilia e principalmente a epilepsia musicogênica, um tipo raro de epilepsia no qual as crises são ocasionadas pelo som e algum instrumento ou nota musical e até por um estilo de música.
RESULTADOS
Uma pesquisa relatou 110 casos entre 1884 e 2007, em 60 pacientes submetidos a exames de eletroencefalografia (EEG) tiveram predomínio de atividade do lado direito e por meio de tomografias computadorizadas, indicaram uma prevalência de 6 casos onde o temporal direito tem anormalidades. Dessa forma, acredita-se que a emoção desencadeada pela música dispara os ataques epilépticos e não a música em si.
CONCLUSÃO
Portanto, conclui-se que a música realmente possui um alto poder tanto para quem ouve quanto para quem pratica algum instrumento. Sendo assim, cabe a profissionais, cientistas e pesquisadores realizarem mais estudos para descobrir uma maneira melhor e mais certa de estar utilizando a música para fins terapêuticos, afim de proporcionar tratamentos simples e eficientes para quem sofre de distúrbios como a epilepsia.

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