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ética dissertativa 1

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Comente sobre ser serviço público a atividade de advocacia, mesmo em âmbito privado, conforme inscrição no § 1º do art. 2º do EAOAB.
O jurista Fábio Konder Comparato afirma na obra “A função do advogado na administração da justiça”, página 45, que o exercício da advocacia, mesmo que de forma privada, tem por objetivo a realização da justiça. Por isso que o trabalho do advogado é considerado como um múnus público, nos termos do Art. 2º, § 1º, do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil: “O advogado é indispensável à administração da justiça (...), no seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.
Além da prestação social relevante o profissional do Direito e da Justiça cumpre uma verdadeira missão de solidariedade humana no patrocínio de direitos e interesses da parte que, sendo pessoa física, traz um misto de esperança e de ansiedade maior ou menor, é o que ensinam Giovani Cássio Piovezan e Gustavo Tuller Oliveira Freitas, no livro “Estatuto da advocacia e da OAB comentado”, p. 19.
Destarte, a função social da advocacia está, além do cumprimento da lei, na busca do direito e da justiça, sendo que a compreensão dos deveres e a plena concretização dos direitos dos advogados passam pela mediação de sua prática social, de sujeito coparticipante do processo de reinstituição contínua da sociedade. Em suma, a atividade judicial do advogado não visa precipuamente à satisfação de interesses privados, mas também à realização da justiça.
Cuidando-se de atividades privativas de advocacia, previstas no art. 1º, inciso II, do EAOAB, diferencie entre assessoria e consultoria jurídicas.
De acordo com Paulo Lôbo, no Comentário ao estatuto da advocacia e da OAB (10. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017, p. 31 e seguintes), consultoria, assessoria e direção jurídicas são atividades privativas da advocacia que abrange situações que não se enquadram especificamente na administração da justiça. São instrumentos da advocacia preventiva, que busca soluções negociadas para os conflitos ou mesmo aconselhamento técnico que evite o litígio judicial. O autor critica a judicialização das soluções dos conflitos no Brasil, uma vez que em muitas sociedades contemporâneas há um claro privilégio pelas soluções consensuais.
Em conceito sintético, a assessoria jurídica se concretiza com o auxílio de um advogado para quem precisa ou deve tomar decisões fundamentadas juridicamente. A consultoria jurídica, por sua vez, consiste no aconselhamento que o advogado faz para o cliente em relação às práticas que podem ser aplicadas para identificar e resolver problemas ou melhorar as operações do negócio. Portanto, a consultoria jurídica é um serviço de apoio que consiste em esclarecer questões ligadas ao universo do Direito e prestar informações e opiniões especializadas.
Tanto na assessoria quanto na consultoria, o advogado é o profissional especializado, cuja atuação é imprescindível. Portanto, esse é um vasto campo profissional para as novas práticas jurídicas da modernidade.
Fale sobre a indispensabilidade do advogado para a administração da justiça. 
A indispensabilidade do advogado para a administração da justiça é matéria constitucional, tratada no Art. 133 da Carta Magna de 1988, nestes termos: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”. A Lei, a que se refere a Constituição, é a 8.906/1994, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Estatuto reafirma o mandamento constitucional em seu artigo segundo.
A indispensabilidade do advogado tem como foco a proteção ao cidadão, por se tratar de serviço privado, mas que os atos dos advogados constituem múnus público, portanto de interesse social.
Daí porque a OAB representa um serviço público totalmente desvinculado da Administração Pública, com a qual não sustenta qualquer liame funcional ou hierárquico. O STF reconheceu essa insubmissão absoluta ao pronunciar que a OAB é categoria sui generis no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro: não é pública, não é privada, não é autarquia, é apenas OAB.

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