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Relatório Estágio Hibrido Ensino Fundamental - Maxwell dos Santos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
MAXWELL DOS SANTOS, RU 1220329, TURMA 2018/07
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO - EXTENSÃO
VITÓRIA
2021
MAXWELL DOS SANTOS, RU 1220329, TURMA 2018/07
 
	
ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO - EXTENSÃO
Relatório de Estágio Supervisionado da disciplina Estágio Supervisionado: Docência no Ensino Fundamental apresentado ao curso de Licenciatura em História do Centro Universitário Internacional UNINTER
VITÓRIA
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 O PROJETO DE EXTENSÃO	5
2.1 ESTADO DA ARTE	5
2.2 CAMPO EXTERNO REMOTO – ANÁLISE IMAGÉTICA	6
2.3 MATERIAL: CRIAÇÃO E REFLEXÃO	9
2.4 PRÁXIS E RELATÓRIO DE EVIDÊNCIAS	9
2.4.1 Práxis	9
2.4.2 Relatório de evidências	13
3 PLANO DE AULA	17
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	18
REFERÊNCIAS	20
1 INTRODUÇÃO
Cuida-se do Relatório de Estágio Supervisionado Híbrido-Extensão, apresentado ao curso de Licenciatura em História do Centro Universitário Internacional UNINTER, faz parte da disciplina: Estágio Supervisionado: Docência no Ensino Fundamental.
O estágio em questão foi desenvolvido por meio de uma proposta de ação de extensão universitária, face à impossibilidade da execução de uma observação presencial,em virtude da pandemia de COVID-19.
No plano de estágio supervisionado - projeto de extensão, propus uma live, em forma de aulão de datas redondas em História, direcionada aos alunos de 9º ano que vão prestar exame às escolas técnicas para ingresso em 2021.
Os objetivos da live foram:
1) Revisar efemérides ou datas redondas, certamente "vestibuláveis" por caírem no ano da execução do exame;
2) Elevar o moral do adolescente periférico, majoritariamente negro ou pardo, mostrando-lhe que ele pode entrar numa escola técnica com ensino de qualidade, como o IFES. 
A live ocorreu no dia 28 de outubro de 2020, transmitida do PAP Vitória. A princípio, seria no meu canal do YouTube, mas tive problemas técnicos e a mesma foi transmitida pelo meu Instagram @sanmaxwell1 e durou 2 horas, 7 minutos e 23 segundos. Este foi o programa:
- 20 anos do atentado às Torres Gêmeas (2001)
- 25 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás (1996)
- 30 anos da Guerra do Golfo (1991)
- 30 anos da extinção da União Soviética (1991)
- 30 anos de criação do Mercosul (1991)
- 35 anos do acidente de Chernobyl (1986)
- 35 anos do Plano Cruzado (1986)
- 40 anos do atentado do Riocentro (1981)
- 60 anos da primeira missão espacial tripulada pela União Soviética (1961)
- 125 anos de início da Guerra de Canudos (1896)
- 150 anos da Lei do Ventre Livre (1871)
- 160 anos do início da Guerra Civil Americana (1861)
- 200 anos da morte de Napoleão Bonaparte (1821)
- 190 anos de criação da Guarda Nacional (1831)
- 190 anos da Setembrada (1831)
- 190 anos da Noite das Garradas (1831)
- 180 anos de coroação de D.Pedro II (1841)
- 150 anos da Comuna de Paris (1871)
- 150 anos do Tratado de Frankfurt (1871)
- 130 anos da Revolta da Armada (1891)
- 115 anos do primeiro voo de Santos-Dumont (1906)
- 80 anos da invasão da Ilha de Pearl Harbor (1941)
- 80 anos da invasão da União Soviética pela Alemanha (1941)
2 O PROJETO DE EXTENSÃO 
2.1 ESTADO DA ARTE 
Na pesquisa de estado da arte sobre a educação, utilizando as palavras chave: "ensino", "coronavírus", "covid-19" "cursinho popular" no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e Google Acadêmico, encontrei várias pesquisas a respeito, das quais destaco as mais relevantes:
· Percepções de estudantes do Ensino Médio das redes pública e privada sobre atividades remotas ofertadas em tempos de pandemia do coronavírus (Medici, Tatto e Leão, 2020);
· Alternativas de ensino em tempo de pandemia (Silva, Andrade e Santos, 2020);
· Crise estrutural, conjuntura nacional, coronavirus e educação – o desmonte da educação nacional (Saviani, 2020);
· A educação em tempos de COVID-19: ensino remoto e exaustão docente (Saraiva, Traversini, Lockmann, 2020);
· A EXPERIÊNCIA POLÍTICO-PEDAGÓGICA DO CURSINHO POPULAR EDSON LUÍS DURANTE A PANDEMIA DO SARS-CoV 2 (Grammont e Pereira, 2021);
· DE “A VIDA NÃO PODE PARAR” A “VOCÊ QUE LUTE”: DISCURSOS OFICIAIS, CONTRADISCURSOS E A RESISTÊNCIA DE UM CURSINHO POPULAR NA PANDEMIA DA COVID-19 (Neto e Silva, 2020) 
2.2 CAMPO EXTERNO REMOTO – ANÁLISE IMAGÉTICA 
Contexto: 
O documentário A Educação na Pandemia - Presença da Ausência tem como temas centrais a atual realidade das aulas virtuais neste período de isolamento social, a questão do ensino híbrido e o repensar a relação entre escola e comunidade. O tema do documentário é social. O contexto onde passa o documentário é urbano, com depoimentos dos professores e tomadas das escolas. O ambiente se passa na casa dos educadores e na escola.
Roteiro: 
A temática central do documentário é introduzida por meio de slides que informam sobre como a pandemia do novo coronavírus modificou o modo de ensino. Os fatos do documentário são reais, com fatos encadeados logicamente e com fatos simultâneos.
Ambiente/Espaço: 
Os ambientes são as casas dos professores e algumas tomadas das escolas. O que é destacado são as falas dos professores, com aspectos emocionais.
Personagens: 
Os professores se apresentam como bondosos e compassivos, preocupados com os alunos que enfrentam dificuldades de acompanhar aulas on-line
Reflexões interdisciplinares 
Gostei bastante do documentário, porque ele me fez refletir a respeito das dificuldades dos alunos em escola pública em acompanhar os conteúdos de forma virtual durante a pandemia do novo coronavírus.
Não há nenhuma produção cultural, a meu ver, nenhum elemento que estabeleça relação com conhecimentos prévios, uma vez que a questão da pandemia do coronavírus é relativamente nova.
Relações com a sua formação acadêmica-pedagógica: 
O documentário colaborou para que eu pudesse ver as dificuldades do ensino público, acentuadas pela pandemia, que colocou alunos e professores em casa, para evitar aglomeração e impedir o contágio.A produção toca na questão do trabalho docente, o que tem a ver com o ensino de História. A nível de ensino fundamental, talvez não usaria a produção. Talvez, no Ensino Médio.
FICHA TÉCNICA
2.3 MATERIAL: CRIAÇÃO E REFLEXÃO
AULÃO DE EFEMÉRIDES LITERÁRIAS
Foi produzido um aulão, em forma de live, de datas redondas em História, direcionada aos alunos de 9º ano que vão prestar exame às escolas técnicas para ingresso em 2021. Não é um produto, mas a ministração do aulão de História, com participação dos internautas com suas dúvidas, e eu respondendo no decorrer da live.
2.4 PRÁXIS E RELATÓRIO DE EVIDÊNCIAS
2.4.1 Práxis
A linha de pesquisa é Currículo e Didática, onde vou abordar o ensino de História durante a pandemia do novo coronavírus através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Oliveira et al (2020, p.292) fala da mudança das estratégias de ensino durante a quarentena:
Com o fechamento das escolas, as aulas presenciais foram substituídas pelo ensino remoto emergencial, buscando aliviar os impactos na aprendizagem dos estudantes. A utilização de meios e tecnologias digitais é uma substituição temporária das aulas presenciais.
A pandemia de Covid-19 aumentou o abismo que há entre os estudantes de escola privada e os estudantes de escola pública, sobretudo os que são pretos e periféricos. É sabido que a pandemia afetou todo o sistema escolar. Por conta da Covid- 19, o Enem foi adiado para janeiro de 2021. O então ministro da Educação, Abraham Weintraub, relutou em adiar o exame. O senador Otto Alencar (PSD-BA) reproduziu as falas elitistas do ex-ocupante da pasta: 
Ele disse que sabe que existem injustiças, mas que Enem não foi feito para corrigir injustiças, mas para selecionar. 
(...) 
O ministro chegou a dizer que existem pessoas que são mais inteligentes
e outras que têm pouca inteligência. Achei tão absurdo quando ele falou isso que tive vontade de sair da reunião. É muito absurdo ouvir isso. (LEMOS, 2020) 
Tão asquerosa como a fala de Weintraub, foi a campanha do MEC com o mote “a vida não pode parar”. Eis a fala mais nauseante: 
“E se uma geração de novos profissionais fosse perdida? Médicos, enfermeiros, engenheiros, professores. Seria o melhor para o nosso país? A vida não pode parar, é preciso ir à luta, se reinventar, se superar. Dias melhores virão”, diz um estudante no vídeo exibido nesta quinta-feira nas TVs abertas. 
(LEMOS, 2020) 
David (2020), por meio da análise do discurso, expõe a espúria estratégia da propaganda governamental:
Assim, quando a propaganda oficial do Enem afirma que a vida não pode parar, que é preciso se reinventar, ir à luta e estudar de diferentes formas, ressoa aí o discurso do empreendedorismo; quando se diz que o exame não serve para corrigir injustiças, mas selecionar parece que a meritocracia se tornou parâmetro governamental. O problema é que, se não acompanhada por uma efetiva igualdade de condições, ou seja, pelo fim da exploração e opressão estruturais, a meritocracia serve apenas para que o Estado entregue à própria sorte (leia-se: à exploração, opressão ou ação de patógenos virais) aqueles/as a quem deveria assistir.
Tal discurso parece ter sido tirado de um livro de autoajuda que figura na lista dos mais vendidos das revistas semanais. O coach londrinense “raiz” Abraham Shapiro critica a banalização dos coaches:
Quando eu comecei a falar de coaching, no ano 2000, o termo era grande desconhecido de quase todos no mundo dos negócios. Já em 2016, o que havia de carregador de sacos, entregador de pizza ou lanterninha de cinema que se transformou em coach após um cursinho de fim de semana e de publicar sua foto com os braços abertos em posição de entusiasmo era medonho. Virou moda.
No princípio, os coaches eram pessoas experientes, com formação de nível superior e amplitude corporativa prática. Mas, à medida que o coaching tornou-se uma técnica multiplicada através de “cursinhos” itinerantes e de adesão incondicional, a oferta de pseudoprofissionais inundou o mercado. Empresários que contrataram muitos desses sem tomar qualquer referência de resultados anteriores, pagaram caro e nada viram acontecer do que esperavam. 
Da minha parte eu já nem digo mais que sou coach. Sinto certa vergonha! Mudei o nome do trabalho que presto. E sei de muitos que fizeram o mesmo após verem profissionais fracassados em suas carreiras usar o coaching como ‘tábua de salvação’. 
(SHAPIRO,2017)
Ademais, ignora a realidade da maioria dos alunos, principalmente periféricos, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e os que moram na zona rural, onde sequer o sinal de celular chega. É o discurso liberal de que individuo é responsável pelo seu sucesso ou fracasso, ignorando o meio em que o(a) adolescente(a) está inserido(a). Em outras palavras, o MEC, ao insistir na manutenção da aplicação do exame para novembro, queria instituir a "meritocracia", a "lei das selvas" e o "cada um por si e Deus por todos". David (2020, p.283) tece ácidas críticas à meritocracia:
Do ponto de vista do senso comum, de uma forma de pensar intuitiva, a meritocracia ressoa na noção de que para “vencer na vida” basta ter “força de vontade”, de que o caminho do indivíduo é por ele/a traçado, e os obstáculos são superados pela sua determinação, ou pela sua capacidade de adaptação às adversidades. Em que pesem as dificuldades, a veracidade da meritocracia é confirmada pelos casos, reconhecidamente excepcionais, daqueles/as que ascenderam socialmente, que “venceram” sem que precisassem revolucionar o sistema. Nesse contexto, as exceções constituem a regra, alimentando a crença em um milagre, e qualquer um/a que reclame de suas condições de vida, ao invés de seguir o exemplo daqueles/as cuja força de vontade é reconhecida, provavelmente será acusado/a de estar se “vitimizando”.
A bela e caríssima propaganda oficial fala em se reinventar, em se superar. A doutora em educação Mariana dos Reis também critica a meritocracia. 
Termos como “se reinventar” se transformaram em palavras de ordem nos manuais de autoajuda que asseguram garantia de sucesso profissional ou acadêmico na contemporaneidade. Esta ideia do próprio individuo ser agente da sua mudança, através de novas ferramentas e diferentes meios de aprendizagens detém a simpatia de muitas pessoas, sobretudo diante da popularização da função “coach” no mercado. A crença de que o sucesso acadêmico depende da vontade individual centraliza comportamentos baseados em fatores internos (aptidões, personalidade, esforço). Esta linha raciocínio por sua vez, invisibiliza as causas externas (lacunas acadêmicas, poucas oportunidades, interferências sociais) que exacerbam as desigualdades educacionais existentes atualmente no Brasil.
(REIS, 2020)
Apesar deste relatório abordar o estágio supervisionado tratar do Ensino Fundamental, coloquei a questão do Enem para explicitar as desigualdades entre o sinal público e o privado, agravadas por uma pandemia de uma doença viral, que no Brasil já matou mais de 200 mil pessoas.
Particularmente, não acredito em meritocracia. Não acredito que cheguei aonde cheguei só pelo meu esforço. Tributo todas as minhas conquistas acadêmicas apenas a Deus e àqueles que Ele usou para que eu tivesse concluído o curso de Licenciatura em Letras pelo Instituto Federal do Espírito Santo e estar em vias de conclusão da Licenciatura em História nesta IES com bolsa integral concedida pela Reitoria.
Sou professor de dois pré-vestibulares populares situados na Grande Goiabeiras: Risoflora e Atitude. Ambos atendem alunos vindos 3 de bairros periféricos, alguns deles dominados pelo poder paralelo do narcotráfico. Estes educandos, ao contrário dos alunos das escolas particulares e dos alunos do IFES não optantes de ações afirmativas, não dispõem de computador em casa, quando têm, é dividido com outras pessoas. Quem têm celular, o aparelho é tão antiquado que trava ao abrir o vídeo ou não dispõem de crédito para o pacote de dados. Uma hora de aula já "come" a cota de dados, sendo necessário uma nova recarga. No Risoflora, uso o Google Sala de Aula para subir os conteúdos.
No tocante a essas desigualdades, vale a pena destacar as pontuações da professora da UNB Benigna Maria de Freitas Villas Boas sobre a EAD na conjuntura que vivemos:
Em quarto lugar, usada de forma intempestiva, como tem acontecido nesses meses de enfrentamento do Novo Coronavírus, a EAD pode contribuir para o alargamento das desigualdades sociais e educacionais. Os estudantes que têm as condições necessárias, tais como computador, espaço próprio para a realização das atividades e acompanhamento familiar, cumprirão o plano de estudos e avançarão. Aqueles que não as possuem ficarão em desvantagem. Quando as aulas forem retomadas, como os professores atuarão com esses dois grupos? (VILLAS BOAS, 2020)
Reis (2020, p. 2-3) comunga do mesmo pensamento da professora Villas Boas sobre a implantação da EAD no contexto da pandemia do novo coronavírus:
Por isso, ao discutir as práticas de educação a distância (EaD), é preciso atentar para o fato de que nem todos/as têm acesso aos meios e aos instrumentos necessários para serem digitalmente integrados/ as nessa modalidade de ensino; e, ainda que tenham acesso, isso não significa que dominem plataformas e linguagens digitais, sequer que disponham das condições mínimas para um processo significativo de ensino-aprendizagem em suas residências e territórios – tanto no que concerne à disponibilidade de infraestrutura e dos dispositivos de acesso ao ambiente digital, quanto às condições para o acesso efetivo, isto é, a posse e o uso pessoal dos dispositivos digitais
A professora Camilla Ferreira Paulino, em reportagem ao portal Século Diário, critica a maneira em que a SEDU tem conduzido o ensino remoto, apontando o contexto de escola localizada
em local remoto:
Ele [Vitor de Angelo, secretário de Educação] diz que os alunos podem pegar o material impresso, mas esquece que o acesso às escolas as vezes é muito complicado. Por exemplo, na escola aqui de Coqueiral de Aracruz, Primo Bitti, o ônibus só passa quando tem aula presencial. Então o aluno tem dificuldade para chegar na escola. Fora isso, é muito complicado para o professor corrigir esses exercícios, pois, ou ele tem que ir na escola pegar o material, se expondo ao risco, já que muitos não tem carro próprio, ou a equipe da direção da escola manda foto, muitas da vezes bem depois do lançamento da atividade original, e vira uma bagunça. Ou seja, o que o Vitor de Angelo diz que é uma alternativa, na verdade não funciona. (COUZEMENCO, 2020)
2.4.2 Relatório de evidências 
Nome da ação: Live de efemérides históricas
Ementa – breve resumo da atividade: Live,em formato de aulão, onde foram apresentadas as efemérides ou datas redondas de 2021.
Período de realização: 28 de outubro de 2020
Número de inscritos e participantes: 5 participantes
Lista de participação, conforme consta; 
A seguir ficha de frequência obrigatória:
Divulgação da live na imprensa:
Print da tela de participação:
3 PLANO DE AULA
1.IDENTIFICAÇÃO 
Disciplina/Área do conhecimento: História
Campo em que o plano foi aplicado: Live pelo Instagram
2.CONTEÚDO DA AULA/ATIVIDADE 
Aulão de datas redondas em História, direcionada aos alunos de 9º ano que vão prestar exame às escolas técnicas para ingresso em 2021
3.OBJETIVOS 
· Revisar efemérides ou datas redondas, certamente "vestibuláveis" por caírem no ano da execução do exame;
· Elevar o moral do adolescente periférico, majoritariamente negro ou pardo, mostrando-lhe que ele pode entrar numa escola técnica com ensino de qualidade, como o IFES.
· Despertar nos educandos o gosto pela História e pelos fatos históricos.
4.SÍNTESE DO ASSUNTO 
Como fundamentação teórica será utilizado o livro História Geral: Brasil e Geral, de Gilberto Cotrim, autor deveras consagrado na Educação Básica, adotado em todas as escolas públicas e particulares
5.DESENVOLVIMENTO DA AULA/ATIVIDADE 
Na live, ministrado como aulão, será feita a explanação das efemérides históricas ou datas redondas relativas ao ano de 2021
6.RECURSOS 
Smartphone, tripé, folhas e fone de ouvido.
7. REFERÊNCIAS 
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2002
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A experiência do Estágio Supervisionado II foi proveitosa, não obstante as limitações causadas pela pandemia. Não foi permitido que eu pudesse entrar numa escola e pudesse fazer observação, participação e regência. Então, tive que propor um projeto de extensão, uma live em forma de aulão, com as efemérides históricas.
Resta evidente que a pandemia escancarou o abismo entre os alunos de escola pública e escola particular ou entre os alunos ricos e os alunos pobres. Além da falta de infraestrutura para que possam estudar, os alunos têm que trabalhar para poder sobreviver, uma vez que seus pais perderam o sustento da casa. Para quem tem uma vida abastada, sem problemas, é muito fácil dizer que que quer estudar, que não quer dar desculpa. O discurso de meritocracia cai por terra
Se hoje estou estudando nesta IES, como aluno de Licenciatura em História, é porque um dia, eu fui ajudado. É uma forma de devolver à sociedade aquilo que me foi proporcionado, ajudando adolescentes pobres, pretos e periféricos a ingressarem numa instituição de educação profissional de excelência como o IFES.
A educação pública é intencionalmente sucateada para se afirmar que o poder público é incompetente para gerir. A mídia corporativa tece loas a iniciativas de privatização do ensino ou da entrega da rede escolar à gestão de OSCIPs, cujos controladores têm íntimas relações com os políticos. Kuenzer (2011) comenta a respeito dessa onda privatista e seu impacto sobre os professores: 
De todo modo, tal como tem se dado a crescente privatização dos serviços educacionais, a tendência à sua mercantilização é uma característica cada vez mais presente, diminuindo as possibilidades de intervenção criativa e independente dos profissionais da área, mesmo considerando a natureza não material do trabalho docente, o que pode lhe conferir certo grau de autonomia. Isto porque os serviços educacionais, como os demais serviços, sofreram os impactos da crise do capitalismo no final do século passado e no início deste. Forçadas a se reorganizar para serem competitivas, inclusive na disputa pelos fundos públicos, as instituições educacionais públicas e privadas desencadearam estratégias próprias da reestruturação produtiva, não se diferenciando, neste sentido, das demais empresas, a não ser pela especificidade de seu processo de trabalho. (KUENZER, 2011, p. 680) 
O processo de privatização do ensino começa com a desmoralização, depois vem o sucateamento, por meio da falta de investimento deliberado na rede escolar. Cria-se a ideia que o poder público não consegue gerir a educação e surge a grita pela privatização, ressoada por setores da mídia corporativa. As escolas são vendidas a gestão destas é terceirizada para OSCIPS e depois, ocorre o fim do ensino público. Movimentos friamente calculados, como dizia o herói mexicano Chapolin Colorado, ou como diz a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, pastora Damares Alves: “Nada é por acaso”.Trago um trecho do conto de minha autoria, Senza pietá, onde as personagens Rodrigo e Drielli discutem acerca da
- O governo cobra muitos impostos dos contribuintes, mas não vejo esse dinheiro sendo investido na educação. Por isso, a gente vê tantas pessoas que saem da escola sem saber escrever o próprio nome ou interpretar um texto simples. São os chamados analfabetos funcionais, fadados aos subempregos e empregos de baixa qualificação.
- Após pensar muito, cheguei à conclusão de que os políticos não querem que as pessoas tenham uma educação de qualidade, porque se isso acontecer, elas começam a questionar e os políticos podem ser derrubados. Pessoas que pensam, raciocinam e questionam são bastante perigosos ao sistema.
(SANTOS, 2021, p. 21-22)
Sinceramente, espero que os alunos que cursarem Estágio Supervisionado: Docência no Ensino Fundamental em 2021 encontrem uma conjuntura mais favorável do que eu encontrei.
REFERÊNCIAS
LEMOS, Iara. Em reunião com senadores, Weintraub diz que Enem não foi feito para corrigir injustiças. Folha de São Paulo. São Paulo, 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/05/em-reuniao-com-senadores-weintraub-diz-que-enem-nao-foi-feito-para-corrigir-injusticas.shtml. Acesso em: 4 set.2020.
KUENZER, Acacia Zeneida. A formação de professores para o ensino médio: velhos problemas, novos desafios. Educação & Sociedade , Campinas, v. 32, n. 116, p. 667-688, 2011. 
OLIVEIRA, Vanuza Cecilia de et al. DE REPENTE 4.0: MUDANÇAS DE PARADIGMA EDUCACIONAL EM TEMPO DE PANDEMIA. In: PALÚ, Janete; SCHÜTZ, Jenerton Arlan; MAYER, Leandro (org.). Desafios da educação em tempos de pandemia. Cruz Alta: Ilustração, 2020. p. 291-302. Disponível em: https://c0e13a64-7607-45ad-a19d-4c79c9d0bd5c.filesusr.com/ugd/13f659_0ce6ff53483548818da042f991a368e3.pdf. Acesso em: 21 mar. 2021.
DAVID, Ricardo Santos. ENEM EM TEMPOS DE PANDEMIA: UMA ANÁLISE DO DISCURSO GOVERNAMENTAL. In: PALÚ, Janete; SCHÜTZ, Jenerton Arlan; MAYER, Leandro (org.). Desafios da educação em tempos de pandemia. Cruz Alta: Ilustração, 2020. p. 275-290. Disponível em: https://c0e13a64-7607-45ad-a19d-4c79c9d0bd5c.filesusr.com/ugd/13f659_0ce6ff53483548818da042f991a368e3.pdf. Acesso em: 21 mar. 2021.
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Em tempos de pandemia: banalização da educação a distância. Disponível em: http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br/em-tempos-de-pandemia-banalizacao-da-educacao-a-distancia/. Acesso em 21 mar. 2021.
COUZEMENCO, Fernanda. Secretário
de Educação é omisso e vive fora da realidade, apontam professores. Século Diário. 2020. Disponível em: https://www.seculodiario.com.br/educacao/secretario-de-educacao-e-omisso-e-vive-fora-da-realidade-apontam-professores. Acesso em: 21 mar. 2021.
SHAPIRO, Abraham. A REALIDADE DO COACHING NO BRASIL. [S. l.], 25 maio 2017. Disponível em: https://www.profissaoatitude.com.br/Blog/Post/1208178. Acesso em: 23 mar. 2021.
DOS REIS, Mariana. O discurso meritocrático derrotado com o adiamento do Enem. [S. l.]: Jornalistas Livres, 25 maio 2020. Disponível em: https://jornalistaslivres.org/artigo-o-discurso-meritocratico-derrotado-com-o-adiamento-do-enem/. Acesso em: 23 mar. 2021.
REIS, Diego dos Santos. CORONAVÍRUS E DESIGUALDADES EDUCACIONAIS: REPOSICIONANDO O DEBATE. Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 23, p. 1-5, dezembro 2020. Disponível em: ttps://revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/15592/209209213498. Acesso em: 23 mar. 2021.
DOS SANTOS, Maxwell. Senza pietà. Vitória: Edição do Autor, 2021. 32 p. Disponível em: http://bit.ly/contosenzapietapdf. Acesso em: 23 mar. 2021.

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