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CLÍNICA MÉDICA 22-03-21: INSUFICIENCIA CARDIACA: CONCEITO: · A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. · Exemplo: paciente antes conseguia fazer uma caminhada de 40 minutos sem parar, só que com o tempo descobriu hipertensão e não tratou ai passou 10 anos disso e agora a caminhada que ele conseguia fazer não consegue mais, pois só consegue 10 minutos. · O coração esse período todo sofreu com a hipertensão e ai não dá conta mais da demanda metabólica durante o esforço físico (que no caso precisamos de uma maior demanda de oxigênio). PREVALÊNCIA: · 23 milhões no Mundo; · 550 mil casos novos no EUA; · Risco individual de desenvolver IC no passar dos anos em 20 a 30% (depende muito dos fatores de risco, pois a IC é uma doença secundaria – por exemplo paciente que tem hipertensão e não trata desenvolve IC, assim como paciente que tem chagas e mais para frente desenvolve IC, assim como paciente que teve doença coronária arterial que sofreu um infarto e ai ficou sequela de perda de musculatura como áreas de fibrose ai o paciente desenvolve IC e muito mais). MORTALIDADE: · Sobrevida de 50% em 5 anos; · Sobrevida de 10% em 10 anos; · Disfunção ventricular é o principal fator para essa mortalidade; · Avanços na medicação têm melhora da mortalidade. HOSPITALIZAÇÃO: · 1 milhão/ano nos EUA; · 25% das altas internam novamente em 30 dias. ETIOLOGIA: · DAC (doença arterial coronariana) vai de 36 a 68% das causas de IC; · Paciente com disfunção miocárdica queixa de angina – devemos investigar doença arterial coronariana, pois se conseguimos tratar essa isquemia o paciente retoma essa função ventricular que estava deteriorada e com isso consegue melhorar a capacidade para fazer as atividades que já estava acostumado a fazer. · HAS vai de 30% das causas de IC; · Obesidade e diabetes também contribuem para o desenvolvimento da IC. BRASIL: · MS, 2007 – 40% das internações em pacientes com mais de 70 anos; · Etiologia – doença de chagas e febre reumática. · Importante na anamnese perguntar: onde nasceu? Viveu em casa de alvenaria ou de madeira? Viveu em um sítio? Lembra se teve contato com o bicho barbeiro? Doença de chagas? · Febre reumática ela acomete as válvulas no coração e ao longo prazo acaba por formar quadros de estenose e insuficiência. As válvulas mais acometidas, então no caso as mitrais e aórticas. · Valvar (febre reumática no Brasil – pacientes jovens - já fora é em pacientes mais velhos que serão causas de degeneração); · Miocardio NC (não compactadas); · DAVD: displasia arritmogênica de VD; · Doenças que infiltram assim como doença de deposito que deixam o coração duro – endomiocardiofibrose: · Doença acima causa um processo inflamatório e gera enrijecimento dessas estruturas e ai o coração não consegue relaxar que causa aumento da pressão diastólica final e isso reflete no pulmão que vai acabar tendo um aumento da sua pressão, que faz extravasar liquido para os alvéolos e a congestão. · Cardiotoxicidade – lembrar-se dos pacientes que foram submetidos à quimio ou radioterapia – principalmente a quimio; · Paciente fez quimioterapia por conta de um tumor na mama e ai depois de um tempo procura o medico com queixa de dispneia aos esforços (intolerância aos esforços físicos), ai no ECO mostra uma disfunção global desse VE – ai a principal causa pode ser uma CARDIOPATIA POR TOXICIDADE DO QUIMIOTERAPICO. · O álcool em excesso além das complicações gástricas (cirrose, pancreatite) também tem acometimento cardíaco muito importante. · Taquicardiomiopatia acaba desenvolvendo uma IC. · Miocardite Peri-parto. ISQUÊMICA: · Fatores de risco para DAC (como hipertenso, diabético, dislipidêmico, historia familiar); · Historia de IAM (infarto prévio) / RM / ATC (já tenha feito uma revasque – cirurgia de revascularização do miocárdio - ou já tenha feito cateterismo com implante de estende); · Alteração de ECG: · Onda Q patológica; · Inversão de onda T; · Áreas inativas no eletro... · Alterações de ECOTT (ecocardiograma): · Alterações segmentares em determinada parede, localidade em que não estarão movimentando adequadamente por conta de uma fibrose causada pelo infarto. ALCÓOLICA: · Ingesta de mais de 90 g/dia de álcool; · Mais de 8 doses diárias por mais de 5 anos; · Exclusão de outras causas. CHAGÁSICA: · Antecedentes epidemiológicos: · Onde ele nasceu? Quais foram as condições sanitárias? A casa como era? Morou no sitio? Interior? Em minas gerais? · Sorologia para chagas; · Alterações do ECG; · Alterações do ECOTT. · ECG de um doente com Chagas; · DII, DIII e AVF estão negativos bloqueio divisional Antero superior; · Bloqueio atrioventricular de primeiro grau (DAV de primeiro) é quando o intervalo PR fica prolongado; · Bloqueio de ramo direito; · Isso mostra um ECG com BLOQUEIO TRIFASCICULAR (pacientes com doença de chagas). MIOCARDITE: · Historia recente de infecção viral; · Acontece normalmente em pacientes jovens, ai vem com uma queixa de cansaço, ai pedimos um eletro que vem com uma disfunção importante, ai a possível causa pode ser miocardite subaguda (mal estar, febre, dispneia mas que depois passa, só que vai evoluindo de uma forma rápida que caba levando a uma IC por miocardite); · IC de inicio recente (menor que 2 meses); · Exclusão de outras causas (HAS, DAC...) HIPERTENSIVA: · Historia de HAS (não vai ser aquela que vai ser controlada com medicação); · Exclusão de outras causas. DIAGNÓSTICO: · Anamnese + EF é o suficiente; · Historia clínica com: dispneia noturna, edema maleolar, “gripe que não passa”, tem que dormir com vários travesseiros na cabeça. · Paciente com IC já tem uma pressão diastólica final elevada; · Paciente que os níveis pressóricos em nível de circulação pulmonar estão aumentados e isso faz extravasamento de sangue. · No dia ficamos bastante em pé então esse liquido por conta da gravidade fica para baixo e ai quando deita depois de um tempo o liquido sobe e gera a congestão pulmonar que faz com que o paciente tenha que se levantar novamente. · Paciente está sempre tossindo. · Ele avalia através da anamnese, exame físico e raio-X de tórax. · A sensibilidade é de 50% e especificidade de 78%. · Pacientes taquicardíacos mostram uma descompensação do quadro clínico – tem que manter uma FC mais elevada para manter o DC cardíaco adequado para aquela demanda metabólica. · Estase jugular em relação à congestão. · Sensibilidade de 100% e especificidade de 78%. ECOCARDIOGRAMA: · Exame de escolha; · Função ventricular E e D; · Disfunção diastólica; · Tamanho de cavidades; · Função valvar. · Avalia espessuar da parede, do septo, alteração valvar, tamanho de câmaras cardíacas, peso do coração... · Problema é examinador dependente ( tem que ver se o ecocardiografista é de confiança); · BNP; · Podemos usar ele quando estamos em duvida; · Podemos usar para fazer diagnostico inicial do paciente; · Se ele vem zerado é porque a causa da dispneia não é cardíaca, é mais relacionada a parte pulmonar; · Se caso ele vem muito alto ai podemos já pensar muito em fator cardíaco; · Lembrar que conforme envelhecemos, se tem doença renal crônica ou algum grau de anemia o BNP vem aumentado; · Na obesidade os valores basais da BNP são baixos. · Eletro e raio x não precisamos para fechar o diagnostico. · Avaliou a tolerância do paciente ao esforço físico. · II: cansaço aos moderados esforços – ex: paciente vai andar 2 quadras, mas ai só consegue andar 50 metros e parar; · III: não consegue tomar banho sozinho que cansa, não consegue fazer uma caminhada adequada, só consegue ficar em repouso deitado e ainda com a cabeceira elevada; · IV: paciente que já está com dispneia em repouso – tem mortalidade elevadíssima. CLASSIFICAÇÃO – ESTAGIO DE EVOLUÇÃO – ACC: · Fase boa para intervenção é no estagio A. · EX: faz um ECG no paciente do estagio B e já vemos uma hipertrofia só que ele não sente sintomas, então acha queestá tudo bem; · BB: beta bloqueador. · Estagio D é estagio final da doença. · Paciente congesto ou não pela ausculta pulmonar: · Se ele estiver estertorando está congesto; · Paciente está com muito edema está congesto. · Avaliar perfusão apertamos a ponta do dedo e soltamos (enchimento capilar): · Menor que 3 segundo perfusão boa; · Maior que 3 segundos perfusão ruim. · Também avaliar se a mão está gelada; · Também avaliar se a diurese está diminuindo perfusão ruim. · PACIENTE A: seco e bem perfundido – não tem o que fazer com ele; · PACIENTE B: congesto e bem perfundido – podemos tratar ele no PS e liberar ele – ai melhoramos a diurese com diurético terapia. · PACIENTE C: má perfusão (frio) e congesto – temos que melhorar a perfusão e sua congestão. · PACIENTE L: seco e frio – paciente que tem uma cardiopatia e desenvolve uma diarreia e ai desidrata e isso gera uma descompensação. · ICFEP: insuficiência cardíaca de extração de ejeção preservada – isso ocorre devido a disfunção diastólica, então o coração não consegue relaxar direito então não consegue encher a quantidade necessária de sangue e consequentemente de forma retrograda vamos aumentando as pressões até chegar no pulmão. · ICFER: insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida. · Clinica qual classe funcional está? 3 ou 4 então é grave; · Hemodinâmica paciente está conseguindo manter pressão ou sempre é baixa – fator de prognostico ruim; · Laboratório quanto que é o sódio dele? Tem uma hiponatremia? Será que é relativa pelo aumento de volume desse paciente? Será que esta conseguindo filtrar? · Ritmo sinusal; · Em DII e DIII vemos uma inversão simétrica e profunda de onda T e a presença de entalhe em QRS de DII e em aVF e DIII parece que vemos uma onda QS então temos uma AREA INATIVA EM PAREDE INFERIOR – Tem cardiologia por conta de causas isquêmicas. EXAMES COMPLEMENTARES: RX tórax: · Índice cardiotorácico (para avaliar congestão, hilo congesto...). ECOTT: · Método de eleição para documentação da disfunção cardíaca, uma vez que fornece informações anatômicas e funcionais, além de ser de fácil acesso, rápido e seguro. ERGOESPIROMETRIA: · VO2 menor que 10 mL/kg/min – alta mortalidade; · Pulmão X coração BNP e NT-próBNP.
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