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Asma: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

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Haíssa Maria Augusto Soares
Asma
Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação. A inflamação crônica está associada à hiper responsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. Esses episódios são uma consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com tratamento.
Na fisiopatologia temos padrões diversos, assim como na clínica. É importante lembrar que a asma é uma inflamação crônica, logo, ela persiste mesmo quando os sintomas são episódicos e o parênquima pulmonar não é afetado, pois é uma doença de via aérea. A inflamação crônica pode normalizar com um tratamento adequado.
O diagnóstico da asma pode ser feito apenas com a clínica, mas podemos pedir espirometria para ajudar. No quadro clínico clássico temos dispneia, tosse e sibilância que podem melhorar espontaneamente e tem melhora total ou parcial com o tratamento. O paciente também pode referir opressão e desconforto torácico e sintomas noturnos ou nas primeiras horas do dia (queda do cortisol). Há piora com a exposição à alérgenos e os períodos intercrise podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos.
Os sintomas classicamente começam na infância e 80% dos pacientes também apresentam rinite alérgica e geralmente têm história familiar de asma ou alergia.
Dentre os sintomas que reduzem a probabilidade do diagnóstico de asma, temos: tosse isolada sem outros sintomas respiratórios, produção crônica de secreção, dor torácica e sintomas constitucionais.
A avaliação complementar é feita com hemograma (eosinofilia), radiografia de tórax (diagnóstico diferencial - pode ver hiperinsuflação), pesquisa de alergia e espirometria. A espirometria vai demonstrar uma limitação ao fluxo de ar com resposta ao broncodilatador (7% e 200ml ou 12% e 200ml). Avaliamos principalmente o VEF1.
Também podemos fazer o pico de fluxo expiratório que mede, de forma longitudinal, o grau diurno de obstrução das vias aéreas e sua instabilidade. Logo, flutuação indica asma não controlada. 
No exame físico, o FTV pode estar normal ou diminuído, a percussão pode estar normal ou com hipersonoridade, na ausculta podemos escutar sibilos (ausência não exclui, mesmo na exacerbação, mas nesses casos é um sinal de gravidade).
O principal diagnóstico diferencial é a DPOC
Para um bom tratamento devemos sempre verificar a resposta, avaliar e ajustar os medicamentos. O tratamento atual é feito de acordo com o GINA 2020. A medicação de alívio de escolha é o corticoide inalatório com formoterol (beta 2 de longa com início rápido).
· Step 1 - a medicação de escolha é o CI-formoterol, não recomendando o uso de SABA isolado;
· Step 2 - CI inalado em dose baixa + SABA ou CI+formoterol se necessário;
· Step 3 - ICS/LABA em baixa dose + SABA para alívio ou ICS/LABA ;
· Step 4 - ICS/LABA em dose moderada + SABA de resgate;
· Step 5 - doses altas de CI e LABA ou tiotrópio, omalizumabe (anti-IgE), mepolizumabe (anti-IL5);
Para avaliar o controle do paciente podemos utilizar o mnemônico DeLiCiA - despertares noturnos, limitação das atividades, sintomas e medicações de alívio, esses pontos devem ser avaliados em relação às últimas 4 semanas. Devemos reavaliar o tratamento a cada 3 meses, escalonando ou descalonando, se necessário. A gravidade do paciente é avaliada de acordo com os medicamentos. 
A crise de asma é um episódio agudo ou subagudo de piora progressiva da falta de ar, chiado, tosse e aperto no peito. As crises podem ocorrer por: tratamento irregular, infecção viral, exposição a alérgenos e irritantes. A hipoxemia é rara, se estiver presente, pensar em outras causas ou uma crise muito grave. Em adultos, no pronto socorro, se estiver disponível, devemos fazer espirometria ou pico de fluxo expiratório. 
A crise de asma pode ser dividida em:
· Leve a moderada - estado geral e mental normal, pico de fluxo acima de 50% do previsto, dispneia ausente ou leve;
· Grave a muito grave - cianose, exaustão, sudorese, sonolência, agitação, dispneia intensa, FC acima de 110, pico de fluxo abaixo de 50% do previsto;

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