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Profª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
1 
 
 
Disciplina: Estágio Supervisionado I (Cível) 
 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Consoante exposto na apresentação de nossa disciplina, buscaremos fornecer as informações necessárias para que se acione o 
Judiciário com adequação. 
Por tal razão, as possíveis atitudes do autor e do réu serão analisadas com vagar, trazendo indicação das bases legais e de 
exemplos. 
Palavras-chave: OBJETIVIDADE, IMPESSOALIDADE, HERMENÊUTICA JURÍDICA, PORTUGUÊS, AUTENTICIDADE, 
ARGUMENTAÇÃO E PERSUASÃO. 
 
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO PIAUÍ – SESSPI 
FACULDADE DO CERRADO PIAUIENSE – FCP 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO – CD 
 
 
 
Profª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
2 
 
 
 
 
Profª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
3 
I - SOLUÇÃO DE LITÍGIOS PERANTE O PODER JUDICIÁRIO 
ESTRUTURA JURISDICIONAL BRASILEIRA 
A jurisdição é una enquanto função estatal; todavia, sua atribuição pode ser dividida. A quantidade de jurisdição atribuída aos órgãos 
jurisdicionais para que possam aplicar o direito é denominada competência. Para que a “divisão do trabalho” relativa à administração da 
justiça seja bem-sucedida, há vários critérios previstos pelo legislador, como demonstram os quadros a seguir: 
 
 
Conforme a natureza do conflito de interesses (litígio) discutido em juízo, uma das “justiças” será a competente, em detrimento de 
qualquer outra (conforme a competência prevista na Constituição Federal). 
 
 
 
Profª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
4 
 
Por seu turno, em alguns Estados, há Justiça Militar Estadual, com competência envolvendo policiais militares – seja para crimes ou 
questões disciplinares (CF, art. 125, §§ 4º e 5º). Onde existir essa Justiça, haverá um Tribunal de Justiça Militar (atualmente, há TJM em 
MG, no RS e em SP); onde não existir, essas causas serão julgadas pela própria Justiça Estadual. 
 
Tomando por base o quadro acima, esses tribunais militares estaduais, onde existem, se inserem na Justiça Estadual, e não na Justiça 
Militar, que é exclusiva da União. 
 
No que se refere à Justiça Estadual, cada Estado da Federação e o DF possuem o seu respectivo Tribunal de Justiça (TJ), com sede na 
capital. 
 
No âmbito da Justiça Federal, existem no Brasil cinco Tribunais Regionais Federais. 
 
Além de tais órgãos julgadores, a Constituição Federal, no art. 98, prevê ainda a existência de Juizados Especiais para causas cíveis (de 
menor complexidade). 
 
 
 
 
Profª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
5 
A Lei nº 9.099/1995 criou os Juizados Especiais Cíveis (JEC) no âmbito estadual, cuja competência é relativa: as partes podem optar 
pela tramitação em tal órgão julgador se a causa tiver o valor de até 40 salários mínimos. 
 
A Lei nº 10.259/2001 criou os Juizados Especiais Federais (JEF), cuja competência é absoluta para as demandas em que o valor da 
causa não ultrapasse 60 salários mínimos. 
 
A Lei nº 12.153/20096 criou os Juizados Especiais das Fazendas Públicas no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e 
dos Municípios com competência absoluta para apreciar causas cíveis envolvendo tais entes em demandas cujo valor não ultrapassa 60 
(sessenta) salários mínimos. 
 
Vale destacar que os Juizados não contam, em sua estrutura, com Tribunais. O duplo grau de jurisdição é realizado pelos Colégios 
Recursais (compostos por três juízes que atuam na primeira instância). Este órgão colegiado irá apreciar e julgar os recursos interpostos 
contra a decisão proferida pelo juiz de primeira instância dos Juizados. 
 
Como já sabemos, finalmente, como guardião da Constituição, acima de todos esses órgãos julgadores, há o Supremo Tribunal Federal 
(STF), cuja competência se encontra expressa no art. 102 da CF. 
 
 
 
 
Profª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
6 
Por sua vez, a EC nº 45/2004 criou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), previsto no art. 103-B, para promover o “controle da atuação 
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes”. 
 
Agora falaremos sobre o Ministério Público (MP) como sendo uma instituição destinada à preservação dos valores fundamentais do 
Estado. O art. 127 da CF o define como instituição permanente e essencial à função jurisdicional, sendo responsável pela defesa da 
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais. 
 
No âmbito criminal, o MP é responsável pela acusação (repressão ao crime, que atenta contra valores fundamentais da sociedade). No 
âmbito cível, pode atuar como fiscal da ordem jurídica ou como parte em certas hipóteses, nos termos dos artigos 176 e 178 do 
CPC/2015. O MP está presente, portanto, em toda a estrutura 
jurisdicional brasileira. 
 
A Constituição, no art. 128, divide o MP em Ministério Público da União (MPU) e Ministério Público Estadual (MPE). 
 
O MPU compreende o MP Federal (que atua no STF, no STJ e na Justiça Federal), o MP do Trabalho (que exerce atividades perante a 
Justiça do Trabalho), o MP Militar (atuante na Justiça Militar da União) e o MPDFT (pertinente ao Distrito Federal e Territórios). As 
carreiras e os concursos são diferenciados segundo as variadas áreas de atuação. 
 
 
 
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FCP 2021.1 
 
 
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Bem pessoal na jornada, merecem ainda destaque as figuras do advogado e do defensor público. 
 
O advogado, dotado de capacidade postulatória, é “indispensável à administração da justiça” (CF, art. 133) e representa as partes em 
juízo. 
 
A defensoria é instituição pública que presta serviços de assistência jurídica à população carente (CF, art. 134). 
 
Há, no âmbito federal, a Defensoria Pública da União (DPU); da mesma forma, nos Estados há as Defensorias Estaduais (CF, art. 134, 
§§ 1º e 2º). 
 
A Defensoria Pública, que tem suas principais diretrizes na Lei Complementar nº 80/1994, passou a ser contemplada no Código de 
Processo Civil de 2015 entre os arts. 185 e 187. 
 
É certo que o Estado (nas suas três esferas – Federal, Estadual e Municipal) também necessita de advogados para atuar em juízo. 
Esses profissionais usualmente recebem o nome de procuradores (da União, do Estado ou dos Municípios), membros da advocacia 
pública. 
 
Para a defesa da União o art. 131 da CF/1988 prevê a atuação da Advocacia-Geral da União (AGU). Assim, a representação da União é 
feita pelos advogados da União que integram a AGU. 
 
 
 
 
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FCP 2021.1 
 
 
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Por sua vez, a representação dos demais órgãos federais (INSS, Incra etc.) é feita pelos procuradores federais. 
 
Já para a execução da dívida ativa (débitos tributários) há a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN, conforme CF, art. 131, § 
3º); tais carreiras são distintas da AGU. 
 
No âmbito estadual, para a defesa dos Estados da Federação, atuam as Procuradorias-Gerais dos Estados (PGEs). 
 
No âmbito municipal, há a Procuradoria-Geral do Município (PGM). 
2. LIDE, PROCESSO E PROCEDIMENTO 
Pois bem, sem muitas delongas, é perceptível que em nossas relações, os indivíduos têm interesses que podem ser identificados como 
posições favoráveis à satisfação de necessidades. Quando uma pessoa visa a satisfazer seu interesse e não consegue fazê-lo pela 
conduta do outro envolvido, surge a pretensão: exigência que a outra parte se sujeite ao cumprimento do interesse alheio. 
A partir de tais conceitos, podemos chegar à clássica definição de lide: conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. 
Lide é sinônimo de disputa, litígio, conflito. 
 
Em disciplinas anteriores (TGP), já comentamos que em alguns casos, a lei permite a autotutela (autodefesa) pelo próprio titular do 
interesse. No âmbito civil, o exemplo significativo de tal possibilidade se encontra no âmbito da posse: o ordenamento permite a atuaçãoProfª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
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direta e imediata do próprio possuidor lesado no sentido de agir em legítima defesa para manter sua posse ou, se esbulhado, atuar em 
desforço imediato para se reintegrar. 
Neste ponto é sugestivo recapitulamos que, para buscar a concordância entre os envolvidos na lide/disputa, vêm sendo estimuladas 
tentativas de facilitação da comunicação pela mediação (aproximação dos envolvidos para possibilitar o diálogo e a resolução conjunta 
da disputa pelos próprios interessados, sem propostas por parte do mediador) e pela conciliação (facilitação por um terceiro para que as 
partes se componham; para tanto, o conciliador pode formular propostas de transação). 
 
Sendo assim, no exercício prático se vale de algumas dicas para a aplicação das medidas consensuais. Vejamos: 
Um primeiro critério para entender qual é o método mais adequado é considerar os objetivos das partes com a resolução da disputa; 
geralmente são eles: (i) minimização de custos; (ii) celeridade; (iii) privacidade/confidencialidade; (iv) manutenção/aprimoramento do 
relacionamento; (v) revanche; (vi) obtenção de uma opinião neutra; (vii) criação de precedente; (viii) maximização ou minimização de 
recuperação. 
Como se percebe, vários aspectos precisarão ser objeto de conversação entre a parte e seu advogado/defensor para que possam 
identificar se a mediação ou a conciliação que podem ser pertinentes logo no início do processamento da demanda. 
 
Voltemos nossa atenção ao sistema contencioso. Para cada situação litigiosa pendente de resolução (lide), ante a resistência do suposto 
obrigado e em razão da proibição da vingança privada, o sistema jurídico disponibiliza um remédio adequado para buscar sanar a 
situação problemática. 
 
Nessa lógica, o conflito não será solucionado pelas partes, mas, sim, pela atuação do Poder Judiciário. 
 
 
 
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FCP 2021.1 
 
 
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Vale lembrar que o Poder Judiciário é inerte, não se manifestando sem que haja a provocação da parte interessada (por força do 
princípio dispositivo ou da inércia). 
 
Assim, o direito de ação pode ser entendido como o poder de provocar a atuação do Estado-juiz para pedir a aplicação do direito a certo 
caso concreto. Tal direito, porém, para que seja plenamente exercido, deve contar com certos requisitos (que serão analisados 
posteriormente). 
 
 Na prática do foro, fala-se em “propor uma ação” no sentido de demandar (instaurar uma demanda), promover uma causa. 
 
O processo é o instrumento que o Estado coloca à disposição dos litigantes para decidir a lide. Assim, é o sistema concebido para 
compor o conflito. 
 
O legislador disponibiliza diferentes instrumentos para a solução dos conflitos, sendo tradicionalmente feita a classificação dos processos 
segundo o tipo de proteção conferida pelo ordenamento ao demandante. 
Na perspectiva do CPC/2015, há dois tipos de processos, conforme o tipo de prestação jurisdicional pedida pelo autor, ao exercer o 
direito de ação: processos de conhecimento e de execução. 
 
 
 
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PROCESSO DE CONHECIMENTO 
Este se constitui o sistema apto a definir, a partir da análise dos fatos (conhecimento dos fatos) trazidos a juízo, a existência (ou 
inexistência) do direito no caso concreto. 
 
Pode-se dizer, de forma simplificada, que “o juiz transformará os fatos em direito”, com ampla atividade para conhecer detalhes sobre a 
causa. Por tal processo, formula-se a norma jurídica aplicável ao caso concreto mediante uma sentença de mérito. 
 
O Estado-juiz, ante uma pretensão insatisfeita (um conflito entre as partes, uma lide), define a vontade concreta da lei declarando-a em 
uma sentença de mérito e dando resposta definitiva ao pedido do autor. Ao fazê-lo, o Poder Judiciário reconhece quem tem razão no 
caso submetido à sua apreciação (o autor, no caso de procedência do pedido, ou o réu no caso de improcedência). 
 
Se “A” afirma ser titular do direito à reparação de danos causados por “B” (p. ex., em um acidente de veículo), o meio para a obtenção de 
provimento jurisdicional que resolva essa lide será o processo de conhecimento. O juiz buscará conhecer a realidade dos fatos e sobre 
eles formará seu convencimento a partir da coleta de manifestação das partes e da produção das provas necessárias ao deslinde da 
causa. 
 
 
 
 
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O processo de conhecimento, conforme o tipo de litígio e de proteção pedidos pelo demandante pode comportar decisões de conteúdo 
meramente declaratório, constitutivo ou condenatório, segundo a doutrina tradicional. A decisão do juiz pode ainda, segundo alguns, ter 
caráter mandamental e executivo lato sensu. 
 
NOÇÕES PRELIMINARES: PRÁTICA PROCESSUAL 
 
 
CHEGOU A SUA HORA DE PRODUZIR: 
 PETIÇÃO INICIAL 
Neste ensejo, pessoal, o CPC é o nosso Código Base, vamos começar a manusear, de preferência, o físico para que possa 
habituar seja para o exame de OAB, mais ainda, para o exercício profissional. 
 
 
 
 
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FCP 2021.1 
 
 
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LEVES DICAS DO USO DE CÓDIGO: 
Utilize marca-textos, desde que estes não sejam utilizados para realizar a 
estrutura de elaboração de peças processuais. 
Use clipes, inclusive coloridos, para auxiliar na separação das páginas. 
Utilize separadores de códigos fabricados por editoras ou outras instituições 
ligadas ao mercado gráfico, desde que com impressão que contenha simples 
remissão a ramos do Direito ou a leis. Atenção: são expressamente proibidos os 
separadores de códigos que estiverem com anotações realizadas pelo próprio 
candidato. Muito cuidado! 
 
Os requisitos da petição inicial estão elencados no art. 319, III,do CPC, que dispõe sobre: 
 Indicação do juízo a que é dirigida a petição inicial: através desse requisito delimita-se a competência, indicando-se o 
magistrado ou tribunal competente para conhecer e julgar a pretensão. 
 
 
No antigo CPC, no inciso I do art. 282, constava que a petição inicial indicaria o juiz ou tribunal a que seria dirigida a petição inicial. 
Perceba que deveria constar o juiz, sendo correto o uso do endereçamento: 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709872/inciso-i-do-artigo-282-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709917/artigo-282-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
 
 
 
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EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CORRENTE/PI. 
 
Contudo, isso foi abolido no novo CPC, que agora consta no inciso I do art. 319, de que a petição inicial indicará o juízo a que é 
dirigida, ou seja, não mais o juiz (PREZA-SE PELA IMPESSOALIDADE SEJA PARA A DEFESA ESCRITA COMO ARGUMENTAÇÃO 
ORAL), devendo o endereçamento constar: 
 
MERÍTISSIMO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CORRENTE/PI. 
 
Endereçamento para Segunda Instância 
AO JUÍZO DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PIAUÍ 
AO JUÍZO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PIAUÍ 
AO JUÍZO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA FEDERAL DO ESTADO DE PIAUÍ 
Endereçamento para STJ 
AO JUÍZO DA PRESIDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
AO JUÍZO DA QUARTA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
Endereçamento para o STF 
AO JUÍZO DA PRESIDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893815/inciso-i-do-artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893817/artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
 
 
 
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FCP 2021.1 
 
 
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AO JUÍZO DA SEGUNDA TURMA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 QUALIFICAÇÃO DAS PARTES:os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o 
número de inscrição CPF ( PESSOA FÍSICA) 
ou 
CNPJ (pessoa jurídica – ATENÇÃO), o endereço eletrônico (se houver), o domicílio e a residência do autor e do réu: refere-se 
aos elementos da ação. 
 No caso de Mandado de Segurança, vale lembrar de que a ação é interposta contra ato da autoridade coatora. 
EX: AUTOR, (qualificação), por seu procurador infra-assinado (instrumento de mandato incluso), vem, respeitosamente, 
perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE ___[indicar o nome da ação] em face de RÉU (qualificação), pelas 
razões de fato ou de direito a seguir expostas: 
 Os fatos e fundamentos jurídicos do pedido: a causa de pedir é determinada com a indicação da relação jurídica de que se 
trata, bem como do fato gerador. Transcrição literal e integral do caso apresentado. É imprescindível ressaltar que não se pode 
criar fato novo e nem inventar dados. 
Apresentação dos argumentos jurídicos que fundamentam a peça prático-profissional, com menção aos artigos de lei e/ou 
súmulas relacionadas ao caso. 
 
 
 
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FCP 2021.1 
 
 
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ATENÇÃO PARA AS NOSSAS ATIVIDADES: 
É válido ressaltar que, conforme os espelhos de prova dos últimos exames, a simples menção ou transcrição do dispositivo 
legal não pontua. Deste modo, é importante, portanto, a apresentação do dispositivo legal que se aplica no caso concreto, 
justificando-o, vale dizer, fazendo relação com o caso apresentado. 
Desta forma, pessoal, fiquem atentos, pois na doutrina processualista civil adota-se a teoria da substanciação pela qual os fatos 
integram a causa de pedir, assim, o demandante tem que indicar na inicial o fato jurídico e a relação jurídica dele decorrente. 
DA TUTELA ANTECIPADA / DO PEDIDO LIMINAR 
A depender do caso concreto, pode ser que seja necessário o requerimento de uma tutela de urgência. Sendo esta a situação da sua 
peça prático-profissional, entre a parte DO DIREITO e DOS PEDIDOS, você deve abrir espaço para apresentar seja DA TUTELA, seja 
DO PEDIDO LIMINAR. 
 Pedido: presente na peça inicial do processo, o pedido delimita a atividade do magistrado. Com efeito, o pedido deve ser certo, 
determinado, devendo, pois, o autor além de delimitar a natureza do pedido, deve especificar o valor ou objeto especifico 
pleiteado, com ressalva das hipóteses no art. 324, § 1º do CPC. 
OBS: O STJ admite o pedido genérico em sede de danos morais (art. 286, II, do CPC). 
Ressaltamos que. é possível a cumulação de pedidos, desde que compatíveis entre si, sob pena de ser considerada PETIÇÃO 
INEPTA, (art. 330, 1§º, IV, do CPC). 
 
 
 
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FCP 2021.1 
 
 
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 Valor da causa: NÃO SE ASSUSTE, AQUI É UM POUCO TENSO, MAS NECESSÁRIO. 
 
 O valor da causa é o valor econômico a ela atribuído. Ou seja, o potencial proveito econômico para as partes que 
demandam a tutela jurisdicional. E equivale, então, à monetarização dos fatos e fundamentos jurídicos da causa. 
Subentende-se, assim, que é um requisito indispensável da petição inicial. E consequentemente, a sua ausência pode caracterizar 
inépcia da inicial, sob o risco de seu indeferimento, nos moldes do art. 330, Novo CPC. 
O indeferimento, contudo, não será imediato. O juiz deverá abrir prazo para emenda da inicial, indicando o conteúdo da correção. 
Como calcular o valor da causa 
O art. 292, Novo CPC, indica como o valor da causa será calculado a depender da espécie de ação. Dessa forma, ele estabelece que 
será o valor: 
1. na ação de cobrança de dívida: a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras 
penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; 
2. na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a 
rescisão de ato jurídico: o valor do ato ou o de sua parte controvertida; 
3. na ação de alimentos: a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; 
4. na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação: o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; 
5. na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral: o valor pretendido; 
6. na ação em que há cumulação de pedidos: a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; 
7. na ação em que os pedidos são alternativos: o de maior valor; 
https://blog.sajadv.com.br/peticao-inicial/
https://peticionamais.com.br/blog/indeferimento-da-peticao-inicial/?utm_source=blog%20saj%20adv
https://peticionamais.com.br/blog/aditamento-da-inicial-e-emenda-novo-cpc/
https://blog.sajadv.com.br/novo-cpc-cumprimento-da-sentenca-5/
https://blog.sajadv.com.br/novo-cpc-cumprimento-da-sentenca-5/
 
 
 
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8. na ação em que houver pedido subsidiário: o valor do pedido principal; 
9. nas prestações vencidas e vincendas: considerar-se-á o valor de umas e outras, sendo que o valor das prestações vincendas 
será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por 
tempo inferior, será igual à soma das prestações (art. 292, §§ 1º e 2º). 
Apesar disso, o valor da causa muitas vezes causa discussões no ordenamento jurídico. Isto porque existem variedades de ações e de 
peculiaridades nas causas e pedidos, o que pode impactar no valor econômico atribuído a eles. 
Ademais, a parte contrária também poderá discutir o valor da causa, impugnando-o em preliminar da contestação. De acordo com o art. 
293, Novo CPC: 
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz 
decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas. 
Esta é uma modificação significativa do CPC/2015 em relação ao CPC/1973. Isto porque, no código anterior, a impugnação ao valor da 
causa era realizada em autos apartados, aumentando o tempo do andamento processual. A previsão de que a oportunidade de 
impugnação é no momento da contestação não apenas facilitar a defesa do réu, como contribui para a celeridade do processo. 
Caso a impugnação não seja realizada, entretanto, a pretensão será atingida pela preclusão. Ou seja, implicará a perda do direito de 
discussão posterior. 
O juiz, então, decidirá acerca da impugnação. E, caso haja modificações e seja o caso, determinará a complementação das custas 
processuais. 
Como se percebe, portanto, o valor da causa pode influenciar a competência para processamento. E isto envolve, sobretudo, os 
Juizados Especiais. 
https://blog.sajadv.com.br/ordenamento-juridico/
https://blog.sajadv.com.br/contestacao/
https://blog.sajadv.com.br/custas-processuais/
https://blog.sajadv.com.br/custas-processuais/
 
 
 
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Juizados Especiais Estaduais 
Segundo a Lei 9.099/1995, serão de competência dos Juizados Especiais Estaduais as causas que não superarem 40 salários mínimos 
e que não se enquadrem nos incisos II, III e IV do art. 3º, os quais dispõem: 
II – as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; 
III – a ação de despejo para uso próprio; 
IV – as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. 
De igual modo, ficam excluídas da competência do Juizado Especial, segundo o parágrafo 2º do art. 3º da Lei 9.099/1995, as causas: 
 de natureza alimentar; 
 de natureza falimentar; 
 de natureza fiscal; 
 de interesse da Fazenda Pública; 
 relativas a acidentes de trabalho; 
 relativas a resíduos; e 
 relativas ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. 
Juizados Especiais Federais 
A competência para processamento nos Juizados Especiais Federais é regulada pela Lei 10.259/2001. Podem, então, ser de sua 
competência causas que não excedam 60 salários mínimos. Ainda, devem versar sobre conteúdode competência da Justiça Federal, 
exceto as causas e ações: 
 referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal; 
https://blog.sajadv.com.br/prazos-lei-9-099-95/
 
 
 
Profª Msª. Jéssica de Souza Lima 
FCP 2021.1 
 
 
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 as de mandado de segurança; 
 de desapropriação; 
 de divisão e demarcação; 
 populares; 
 execuções fiscais e por improbidade administrativa; 
 as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos; 
 sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais; 
 para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal; 
 que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou de sanções disciplinares 
aplicadas a militares. 
Enfim, o valor da causa é um elemento imprescindível não apenas para a garantia do recebimento da inicial, mas também para a 
definição da competência. Contudo, também é essencial na advocacia para o cálculo, inclusive, dos honorários advocatícios. 
 As provas que pretende produzir a fim de demonstrar os fatos constitutivos do seu direito: a ausência de sua indicação , poderá 
ocorrer a antecipação do julgamento da lide, uma vez dispensada a audiência de instrução e julgamento. 
 
 A opção do autor pela realização ou não da audiência de conciliação. 
 Requerimento de citação do réu. 
 
 
VAMOS AVANÇAR E.... 
PETICIONAR. 
 
https://blog.sajadv.com.br/mandado-de-seguranca/
https://blog.sajadv.com.br/embargos-a-execucao-fiscal/
https://blog.sajadv.com.br/guia-honorarios-advocaticios/

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