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Desenvolvimento embriológico da pele e anexos

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Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
Introdução 
 A pele é diferente em cada região do corpo 
do ser humano, ou seja, pode ser mais fina ou mais 
grossa, mais delicada ou menos delicada. Pode haver 
mais ou menos pelo, mais ou menos glândulas 
sudoríparas e sebáceas. Isso ocorre porque há 
interações indutivas entre ectoderme e 
mesênquima, que definem como vai ser a pele nas 
determinadas regiões; toda a diferenciação da 
epiderme se dá através dessa indução. Em um 
momento é o mesênquima que atua sobre a 
ectoderme e, em outro momento, a ectoderme que 
atua sobre o mesênquima – sendo que essa indução 
ocorre de maneira recíproca. 
 A pele é constituída por epiderme, derme 
 
 
 
 A hipoderme é constituída por um tecido 
conjuntivo frouxo e muitas células adiposas, não 
fazendo parte da pele. 
 A pele possui uma origem embrionária dupla, 
segundo o esquema abaixo: 
 
 
Início do desenvolvimento da pele 
 O início do desenvolvimento da pele 
coincidirá com o momento da gastrulação na 
terceira semana do desenvolvimento, com a 
formação dos três folhetos germinativos. Quando os 
folhetos se estabelecem, temos os precursores da 
pele: ectoderme e mesoderme. Nesse estágio do 
desenvolvimento do embrião, há apenas uma 
ectoderme – ou seja, não há separação entre a 
ectoderme que formará o tubo neural, crista neural 
e a ectoderme que formará o epitélio de 
revestimento do embrião. 
 Entretanto, mais adiante, na 4ª semana, no 
processo de organogênese rudimentar, mais 
especificamente no processo de neurulação, ocorre 
a formação do tubo neural. Quando esse evento 
ocorre, há a aproximação das pregas neurais, que 
se fundem e parte da ectoderme se regenera e 
recobre o tubo neural, dando origem ao ectoderme 
de revestimento ou ectoderme de superfície. Esse 
ectoderme que dará origem à epiderme. O 
mesênquima que está abaixo da epiderme de 
superfície dará origem a derme, posteriormente. 
 Entre a 5ª e a 6ª semana, as células da 
ectoderme se proliferam e formam uma camada de 
células pavimentosas (epitélio pavimentoso simples) 
acima da ectoderme. Essa camada que se forma é 
chamada de periderme. 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
 
 Então, a epiderme nesse momento é 
formada por duas camadas – a periderme: células 
ricas em glicogênio; e a camada basal: com alta 
capacidade de sofrer mitose, se proliferando muito. 
Essa camada fica responsável, durante toda a vida, 
por ser uma camada progenitora, pois é ela que 
renova a pele morta. 
 A camada denominada periderme possui 
células com núcleos achatados. A camada basal, em 
sua região de contato com a derme ou com o 
mesênquima, possui uma membrana basal rica em 
colágeno, laminina e fibronectina, que funciona como 
um limite entre os dois tecidos. 
 
Corte histológico da pele em HE. Duas camadas, epitélio 
pavimentoso e camada basal. Abaixo, o mesênquima que 
formará a futura derme. 
Função da periderme: No início do desenvolvimento, 
a função da periderme é de trocas de água, sódio e 
glicose entre o líquido amniótico e a epiderme. 
Na 11ª semana, a camada basal se prolifera e 
produz uma camada intermediária. Essa camada fica 
entre a periderme e a camada basal. A partir desse 
momento, a epiderme passa a ter três camadas. 
Função da camada intermediária: precursora das 
camadas externas da epiderme madura, pois será 
substituída pelas outras camadas que serão formadas 
posteriormente. É rica em queratina. 
 As células da periderme duram um período 
de tempo, apenas. Elas são descartadas no líquido 
amniótico até a 21ª semana., até toda a periderme 
ser removida, já que há uma mudança na função da 
epiderme fetal – que era de troca e que passa a ser 
de barreira contra infecções. Se for feita uma 
amniocentese nesse momento, essas células, que 
podem ser chamadas de células amniocíticas, podem 
ser retiradas e usadas como célula tronco 
embrionárias e pode ser feito cariótipo do bebê. 
Se as células da periderme não forem 
removidas, forma-se o bebê colódio. Nesse caso, o 
bebê colódio apresenta regiões com crostas sobre 
a pele, que seriam o resto da periderme que não se 
descamaram. Ao retirar essa pele, ao nascer, ela fica 
muito sensível e a recuperação pode ser muito boa 
ou pode evoluir para doenças de pele mais graves. 
Diferenciação das camadas da epiderme 
1. Camada basal → camada ou extrato 
germinativos. Possui células tronco com 
capacidade de regeneração das camadas da 
epiderme por atividade mitótica. 
2. Camada intermediária → substituída pelas 3 
camadas definitivas: *** 
1. Estrato espinhoso interno 
(camada espinhosa); 
2. Estrato granuloso (camada 
granular); 
3. Estrato córneo externo (camada 
córnea ou queratinizada). 
*** No 5º mês de gestação. 
 
 O estrato basal (ou estrato germinativo) 
consiste em uma única camada de queratinócitos 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
colunares ou cúbicos altos sobre uma membrana 
basal. As células do estrato basal mantêm o equilíbrio 
entre diferenciação celular e divisão mitótica celular, 
bem como reparo ao dano. Os hemidesmossomos 
e os filamentos intermediários associados ancoram o 
domínio basal das células basais à membrana basal. 
Enquanto algumas das células em divisão são 
acrescentadas à população das células-tronco do 
estrato basal, outras migram para o estrato 
espinhoso e alteram o formato de cúbicas altas ou 
colunares para, em seguida, tornar‑se poligonais e 
iniciar o processo de diferenciação, com vistas a 
iniciar a síntese de queratina de forma diferente das 
células basais. O citoplasma contém filamentos 
intermediários associados aos desmossomos. Feixes 
de filamentos intermediários, visíveis sob microscopia 
de luz, são chamados de tonofilamentos. 
O estrato espinhoso se encontra acima da 
camada germinativa e possui células alongadas e 
dispostas na horizontal. Acima do estrato espinhoso, 
há o estrato granuloso, com células mais achatadas. 
Os queratinócitos no estrato granuloso apresentam 
aglomerados escuros de materiais citoplasmáticos, 
queratina e lipídeos. O estrato córneo, constituído de 
queratinócitos em maturação terminal, é a camada 
mais externa da epiderme, responsabilizando‑se pela 
função de barreira da pele. A barreira exclui vários 
agentes tóxicos e impede a desidratação. É o estrato 
córneo que se descama periodicamente. 
 
 A espessura da derme aumenta conforme o 
desenvolvimento do feto. A periderme é descartada 
no 4º mês de gestação e normalmente está 
ausente por volta da 21ª semana. As camadas 
definitivas da epiderme, incluindo o estrato 
germinativo (EG), o estrato espinhoso (EE), o estrato 
granuloso (EGR) e o estrato córneo (EC), começam 
a se desenvolver durante o 5º mês e a epiderme se 
torna totalmente diferenciada no nascimento. 
 
 
Corte histológico da pele, mostrando os estratos da epiderme. 
 O estrato espinhoso, ao ser visualizado na 
lâmina de histologia, são reconhecidos por ter uma 
série de “risquinhos” ao redor das células 
(queratinócitos), que são os desmossomos. O estrato 
granuloso é mais achatado e mais escuro em 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
coloração HE. O estrato córneo possui células 
anucleadas, com bastante queratina presente. 
 
Corte histológico de pele na 22ª semana. 
Tipos celulares da epiderme 
Estrato germinativo: Possui filamentos de queratina 
específicos que não se encontram em outras células 
epiteliais dos outros estratos (Krt 5 e 14) e muitos 
desmossomos ligando células adjacentes. Atua como 
uma barreira impermeável e seladora, evitando a 
perda de água e infecções, já que as células estão 
fortemente unidas por filamentos de queratina 
internamente e por desmossomos externamente. 
 É possível saber, bioquimicamente, de qual 
camada ou estrato um queratinócito faz parte. Isso 
acontece porque, ao longo do processo de 
diferenciação,as células da epiderme vão sofrendo 
modificações no seu metabolismo que faz com que 
a expressão de genes seja diferente em cada 
estrato. 
Estrato espinhoso: Há perda de proteínas lamininas 
e fibronectinas que conectavam a camada 
germinativa à membrana basal, descolando-se da 
membrana basal para formar o estrato espinhoso. À 
medida que as células migram para o estrato 
espinhoso, os filamentos Krt 5 e 14 são substituídos 
por Krt 1 e 10. Esses filamentos de actina possuem 
ligações cruzadas de pontes dissulfeto, o que 
confere maior resistência dessa camada. Além disso, 
as células do extrato espinhoso produzem 
involucrina, que é uma proteína que também tem 
uma função de resistência. 
 
Estrato granuloso: produzem proteínas de 
envelope, que revestem a superfície interna da 
membrana plasmática, conferindo mais resistência. 
Entre essas proteínas, há a filagrina, a loricrina e as 
envoplaquinas. Além disso, há a agregação dos 
filamentos de filagrina com queratina. Dessa forma, 
há a formação de feixes muito firmes, que levam ao 
achatamento das células. As filagrinas se agregam aos 
finalmentos de queratina conforme o esquema a 
seguir. 
 Para que ocorra a diferenciação de estrato 
granuloso para estrato córneo, é necessário que 
ocorra o processo de queratinização. Nesse 
processo, as células começam a perder seu formato, 
tornando-se muito mais achatadas. Algumas enzimas 
líticas são liberadas na luz dessas células, fazendo 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
com que haja uma degradação dos conteúdos 
citoplasmáticos da célula. A atividade citoplasmática 
diminui e o núcleo sai (enucleação – perda do núcleo 
e organelas pelo queratinócito), ficando com um 
aspecto de escamas. 
 
Processo de agregação da filagrina com os filamentos de 
queratina. 
 
Processo de queratinização e formação da camada cornificada 
Estrato córneo: estrato que possui células 
anucleadas, achatadas e mortas, com grande 
quantidade de queratina. Nessa camada, ocorre o 
processo de descamação. Levando em 
consideração que a diferenciação (mudança na 
expressão de proteínas) dos estratos ocorre na 
direção camada basal → camada córnea, a 
descamação ocorre na camada córnea. 
Melanócitos: surgem das células da crista neural, 
que migram da crista neural e se transformam em 
melanoblastos. Os melanoblastos migram para a 
epiderme em desenvolvimento e se transformam 
em melanócitos. Os melanócitos são importantes 
pois possuem vários melanossomos que levam à 
pigmentação da pele. Aparecem na epiderme 
embrionária durante a 6ª e a 7ª semana de 
desenvolvimento. 
Células de Langerhans: células imunes macrofágicas, 
que surgem na medula óssea e migram para a 
epiderme embrionária por volta da 7ª semana de 
desenvolvimento. 
Células de merkel: são mecanorreceptores de 
detecção de pressão. Surgem de células da crista 
neural. 
 
 
Regulação da diferenciação celular 
 A regulação da diferenciação das camadas 
da epiderme ocorre através de ativação ou 
desativação de um fator de transcrição chamado de 
p63. Quando ativado, as células entram no ciclo 
celular para se proliferarem. Quando ele é desativado, 
as células saem do ciclo celular, parando de se 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
proliferar. Essa regulação é ajudada pela interação 
contínua entre mesênquima e epitélio. 
 
 
 
 
 
 Se ocorrer algum problema genético 
envolvendo o gene que leva a expressão desse 
fator de transcrição p63, podem ocorrer alterações 
visíveis na pele do feto, como malformação nos 
dedos, fenda palatina associada, coloração pálida com 
manchas, pele seca. 
Derme 
 Outra camada, além da epiderme, que 
compõe a pele. É constituída por tecido conjuntivo, 
fibras colágenas e elastina. A derme possui uma 
origem embriológica tripla, pois tem origem a partir 
de células de diferentes partes. As células da crista 
neural (origem no ectoderme) dão origem à derme 
da face e do pescoço. As células do mesoderme 
lateral somático ou o Dermátomo podem originar a 
derme do dorso e de outras partes do corpo. 
O Dermátomo é proveniente do somito que 
sofreu uma diferenciação; é a parte mais externa e 
próxima do ectoderme. O mesoderme lateral 
somático está logo abaixo da ectoderme e foi 
formado a partir da diferenciação do mesoderme na 
organogênese rudimentar. 
Uma vez que a derme começa a se formar 
a partir do mesoderme, surgem algumas 
características especiais desse tecido. No 3º mês, há 
a formação das papilas dérmicas (penetrações da 
derme na epiderme) e cristas epidérmicas 
(penetrações da epiderme na derme). 
A derme, incialmente, na 6ª semana, é 
formada por uma matriz de ácido hialurônico. 
 
 
 
 
A partir da 8ª semana, a derme passa a 
possuir fibras colágenas. Com 14 semanas, há uma 
distinção de organização entre os componentes 
celulares e as fibras. Essa diferenciação faz com que 
a derme tenha duas camadas distintas – camada 
papilar, abaixo da derme e camada reticular. Há um 
tecido altamente modelado derme reticular (14ª sem). 
 
 
 A derme se torna mais espessa na infância 
e na vida adulta, mas se degrada na senescência, 
com diminuição das fibras colágenas e atrofia das 
tramas de elastina. 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
 A presença das cristas epidérmicas é visível 
principalmente na região dos dedos das mãos e dos 
pés, de vários formatos – compondo as impressões 
digitais. 
Formação dos anexos epidérmicos 
 Os anexos epidérmicos são os pêlos, 
glândulas sebáceas, sudoríparas, mamárias, unhas e 
dentes. Independente do anexo, sua formação é 
similar. A formação dos anexos ocorre através de 
uma interação entre a epiderme e a derme – 
através de sinais a epiderme induz a derme a se 
desenvolver e através de sinais, a derme induz a 
epiderme a se desenvolver. Isto é, ocorre uma 
interação mútua entre derme e epiderme para a 
formação dos anexos. 
 Inicialmente, a epiderme, induzida por sinais 
da derme, começa a formar um agrupamento 
celular que se prolifera e invade a derme subjacente, 
se alongando cada vez mais. Conforme essa massa 
epidérmica invade a derme, ela induz a derme a se 
agrupar abaixo dela, formando grandes aglomerados. 
 Esse processo pode levar a formação de 
pelos, glândulas, dente. 
 
 Os pelos começam a se formar no final do 
2º mês de gestação. No 5º mês, todos os folículos 
pilosos já estão formados, como penugens e não 
pelos propriamente ditos. É possível visualizar esses 
pelos no coro cabeludo, acima da boca, sobrancelhas. 
 Em ordem cronológica, na 12ª semana, 
visualizamos um brotamento da epiderme. Na 14ª 
semana, o brotamento está crescendo e cada vez 
maior. Na 16ª semana, a haste do pelo começa a se 
formar internamente, enquanto a derme se organiza 
formando as papilas dérmicas, que são os 
aglomerados de células dérmicas. Ao mesmo tempo, 
a glândula sebácea anexa a esse pêlo começa a se 
formar. 
 
Lanugo: os primeiros pelos que o bebê tem. 
Visualizados nas sobrancelhas, dorso, coro cabeludo. 
Pelos extremamente finos, sem pigmentação. É o 
primeiro pelo que o feto possui. Posteriormente, 
esse lanugo é substituído pelos pêlos definitivos que 
tem pigmentos e são mais grossos. 
 
Vérnix caseoso: secreção no corpo do recém 
nascido que funciona como proteção da epiderme 
do feto. É o conjunto do sebo (produzidos pelas 
glândulas sebáceas) e restos de descamação de 
pele, assim como periderme. Como a função das 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
glândulas sebáceas é exacerbada, há a formação do 
vérnix. 
 O desenvolvimento das glândulas sudoríparas 
e mamárias ocorre da mesma forma: as células da 
epiderme brotam e crescem, invadindo a derme. 
Posteriormente, cria-se um lúmen e a parte distal da 
glândula em formação começa a se enovelar – no 
caso da glândula sudorípara. A glândula mamária se 
formadesde a região torácica até a região caudal 
em uma linha lateral. Há uma proliferação da 
epiderme em direção ao tecido adiposo 
(hipoderme); ocorre a formação de demais brotos 
secundários; formação de uma luz (ductos lactíferos) 
e do mamilo (através de uma fosseta mamária. 
Assim, do lado interno temos os ductos lactíferos e 
do lado externo, os mamilos. 
 
 As unhas tem origem através de um 
espessamento da epiderme a partir do final do 3º 
mês. Em algumas regiões da epiderme (um local 
chamado de campo primário da unha) há o 
espessamento da epiderme, formando a unha – uma 
camada de proteção dos dedos da mão e dos pés. 
 
Dermatopatias hereditárias 
 Quando ocorre mutações em proteínas 
ligadas a pele, como proteínas do envelope, 
transglutaminases, desmossomos, queratinas, etc. 
Epidermólise bolhosa simples: Mutações na 
queratina. Há, no recém-nascido, muitas regiões de 
bolhas, que acabam saindo e deixando a pele 
exposta. Extremamente dolorido, com alta 
capacidade de infecção. 
 
Corte histológico de pele com apresentação de bolhas. 
Epiderme descolada da derme pela ausência da queratina. 
 
Ictiose lamelar: Queratinização excessiva. Há 
defeitos nos mecanismos de empacotamento da 
queratina e falha no amadurecimento dos 
queratinócitos, que não conseguem amadurecer, 
consequentemente, não há um descamamento 
correto da pele, havendo um acúmulo de pele. 
 Quando ocorre uma ictiose lamelar do tipo 1, 
ocorre o feto arlequim, que é incompatível com a 
vida. 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11 
 
Corte histológico de pele apresentando excesso de camada 
queratina, com pouco descamamento. 
 
 
Ictiose lamelar tipo 1 
 
Espessamento cutâneo difuso, fendas, escamação, placas de 
esclerodermia difusas, eritema, sangramento e lesões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Módulo Sistema Tegumentar – Suzana Feltrin – MED LVI11

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