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TRATO GASTROINTESTINAL - Ácido gástrico e pepsina → cáusticos • Não provocam lesões e nem sintomas → mecanismos de defesas (ajudam na fisiologia gastrointestinal) - Secreção de ácido gástrico → processo contínuo e complexo, com múltiplos fatores centrais e periféricos. • Meta comum → secreção de H+ pelas células parietais FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA - Hormônios que regulam a secreção ácida: • Neuroniais: Acetilcolina → M3 • Parácrinos: Histamina → H2 • Endócrinos → Gastrina → CCK2 o Receptores – localizam-se na membrana basolateral das células parietais no corpo e no fundo gástrico o Células tipo-enterocromafins (ECL) – liberação de histamina ESÔFAGO - Defesa → barreiras ao refluxo do conteúdo gástrico. • Falha das barreiras protetoras causam refluxo – surgem sintomas de dispepsia (incômodo na região epigástrica) e/ou esofagite erosiva. • Tratamento: diminuir a acidez gástrica e fortalecer o esfíncter esofágico inferior ou estimular a motilidade esofágica. ESTÔMAGO - Fatores protetores → “defesa da mucosa” • Prostaglandinas e NO → secreção local (barreira de proteção que impede que o ácido cause lesão nas células estomacais) – quando a secreção dessas é falha, há lesão das células • Ruptura dessas defesas – formação de úlcera gástrica ou duodenal - Tratamento e prevenção → diminuição da acidez gástrica e aumento da defesa da mucosa. • Helicobacter pylori – papel chave na patogênese das doenças ácido- pépticas. ** Facilidade na tentativa de bloquear a secreção gástrica: Quando os receptores são ativados por seus hormônios, há o aumento da produção de ácido internamente que será jogado na mucosa gástrica por meio da bomba H+K+ ATPase. (Aqui agirá os inibidores da bomba de prótons, Ex.: omeprazol). Também pode se utilizar antiácidos que Fármacos do Sistema Digestivo Mariana Vergani Garcia combatem diretamente o H+ liberado no lúmen, utilização de antibioticoterapia para combate ao H. pylori e fármacos que fazem defesa diretamente nas células. INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS - A inibição da bomba H+K+ ATPase inibe a liberação de H+ pro meio extracelular. - São inibidores da bomba H+K+ ATPase gástrica. - Supressores mais potentes da secreção de ácido gástrico: • Diminuem a produção diária de ácido em 80-96% • Bloqueio na etapa final da produção de ácido → eficazes na supressão ácida, independentemente de outros fatores estimuladores. - Pró-fármacos → ativação em meio ácido - Ligação irreversível - 6 inibidores para uso clínico: • Omeprazol • Esomeprazol • Pantoprazol • Lansoprazol • Dexlansoprazol • Rabeprazol FARMACOCINÉTICA - Ativação em meio ácido • Alimento → produção de ácido • Administração desses fármacos deve ser cerca de 30 minutos antes das refeições - Inibição da bomba de prótons → Irreversível • Secreção ácida permanece suprimida por 24-48 horas • Nova secreção apenas quando novas bombas de prótons sejam sintetizadas e incorporadas na membrana luminal das células parieterais EFEITOS ADVERSOS - Náuseas, dor abdominal, constipação, flatulência e diarreia - Miopatia subaguda, artralgias, cefaleias e exantemas cutâneos INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Varfarina, Diazepam, Ciclosporina e Fenitoína USOS TERAPÊUTICOS - Doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) - Cicatrização de úlceras gástricas e duodenais • Tratamento e prevenção da recidiva de úlceras gástricas → associadas ao uso de AINES • Reduzir o risco de recidiva de úlcera duodenal → associada a infecção por H. pylori - “Sintomático” – Azia - Tratamento de distúrbios hipersecretores patológicos → Síndrome de Zollinger-Ellison - Omeprazol e Pantoprazol: • Apresentação: 10, 20 e 40 mg (VO) e 40 mg (EV) • Dose: 20 – 40 mg/dia - Esomeprazol: • Apresentação: 20 a 40 mg (VO) • Dose: 20 – 40 mg/dia - Lansoprazol: • Apresentação: 15 a 30 mg (VO) • Dose: 30 mg/dia ANTAGONISTA DOS RECEPTORES H2 MECANISMO DE AÇÃO - Inibem a produção de ácido competindo de modo reversível com a histamina → ligação aos receptores H2 na membrana basolateral das células parieterais. - São menos potentes que os inibidores da bomba de prótons; - Atuam predominantemente na supressão da secreção ácida noturna; - Administração: oral, nasogástrica, intravenoso ou intramuscular. - 4 fármacos principais: • Cimetidina • Ranitidina • Famotidina • Nazatidina FARMACOCINÉTICA - Absorvido rapidamente após administração oral → aumentada pela presença de alimento e diminuída por antiácidos. REAÇÕES ADVERSAS - Baixa incidência de efeitos adversos → diarreia, cefaleia, sonolência, fadiga, dor muscular e constipação, confusão, delírio, alucinações, fala arrastada e cefaleias. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA - Antiácidos USOS TERAPÊUTICOS - Cicatrização de úlceras gástricas e duodenais - DRGE não complicada - Profilaxia de úlceras de estresse; ** Risco: tolerância e resistência ao aumento da dose, além de afeito rebote após a retirada do fármaco. - Cimetidina: • Apresentação: 200 a 400 mg (VO), e 300 mg (EV) • Dose: 400 – 800 mg/dia - Ranitidina: • Apresentação: 150 e 300 mg (VO) e 50 mg (EV) • Dose: 150 – 300 mg/dia AGENTES QUE AUMENTAM AS DEFESAS DAS MUCOSAS ANÁLAGOS DAS PROSTAGLANDINAS: MISOPROSTOL - Ligação ao receptor EP3 nas células parieterias → diminuem o AMPc intracelular → Diminui a secreção de ácido gástrico. - Efeitos citoprotetores → estimulação da secreção de mucina e bicarbonato e o aumento do fluxo sanguíneo da mucosa; - Farmacocinética: • Alimentos e antiácidos reduzem a taxa de absorção - Efeito adverso: • Diarreia, com ou sem dor e cólicas abdominais - Contraindicado durante a gravidez → pode aumentar a contratilidade uterina - Usos terapêuticos: • Ulcera péptica, principalmente com paciente em uso de AINEs SUCRALFATO - Ambiente ácido (pH < 4) – produz polímero viscoso e pegajoso – faz aderência às células epiteliais e às crateras das úlceras → duração de até 6 horas após uma dose única. - Mecanismo de ação: efeito citoprotetor, estimulação da produção local de prostaglandinas e fator de crescimento epidérmico - Usos: • Profilaxia das úlceras de estresse, mucosite oral e gastropatia por refluxo de bile - Efeito adverso: constipação. ANTIÁCIDOS - Hidróxido de magnésio → aumenta o esvaziamento gástrico - Hidróxido de alumínio → retardo do esvaziamento gástrico (constipação) - O magnaldrato é um complexo aluminato de hidroximagnésio, rapidamente convertido no ácido gástrico em Mg(OH)2 e Al(OH)3 - São pouco absorvidos, exercendo um efeito antiácido sustentado • Substituídos por fármacos mais eficazes e convenientes • Titulados para tratamento dos sintomas, 1 a 3 horas após as refeições DISTÚRBIOS ÁCIDO-PÉPTICOS ESPECÍFICOS - Sucesso dos fármacos supressores da secreção – depende de sua capacidade de manter pH intragástrico. - Acima de determinado alvo → pH de 3 a 5. DOENÇA POR REFLUXO GASTROESOFÁGICO – DRGE - Tratamento → resolução dos sintomas e a cura da esofagite - Agentes mais eficazes – Inibidores da bomba de prótons - Taxas de cura depois de 4-8 semanas de tratamento com inibidores de bomba de prótons → 80 e 90% • Com antagonistas dos receptores H2 → 50 a 75% - iBP (inibidor da bomba de prótons) → alta eficácia – uso empírico (prova terapêutica) em suspeita de DRGE. DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA - Desequilíbrio entre os fatores de defesa da mucosa (bicarbonato, mucina, prostaglandinas, óxido nítrico e outros) e fatores lesivos (ácido e pepsina). - O H. pylori e fármacos exógenos (AINEs) → formação de úlcera - iBP → alívio dos sintomas e cicatrização mais rápida do que osantagonistas dos receptores H2 • Embora ambas as classes sejam eficazes • Melhor esquema terapêutico em pacientes com úlceras hemorrágicas agudas → pantoprazol ou lansoprazol (EV) TRATAMENTO DA INFECÇÃO POR Helicobacter pylori - Associado à gastrite e ao desenvolvimento subsequente de úlceras gástrica e duodenal, adenocarcinoma gástrico e linfoma gástrico de células B. - Erradicação da infecção → tratamento padrão em pacientes com úlceras gástricas ou duodenais. - Associação de dois ou três antibióticos (mais supressão da secreção de ácido) está associado à taxa mais elevada de erradicação do H. pylori → esquema com antibióticos únicos são ineficazes. - IBP ou antagonista dos receptores H2 → aumento da eficiência dos esquemas antibióticos → contendo amoxicilina ou claritromicina - Duração ideal do tratamento → 10 a 14 dias - Insucesso da erradicação do H. pylori → resistência à claritromicina e ao metronidazol ÚLCERAS RELACIONADAS COM AINEs - Usuários crônicos de AINEs → 2-4% de risco de desenvolver úlcera sintomática, sangramento do TGI ou mesmo perfuração - AINEs deve ser suspenso em pacientes com úlceras → se houver necessidade de terapia contínua – usar inibidores da COX-2 seletivos. - Cicatrização de úlceras apesar do uso contínuo de AINEs – administração de fármacos supressores da secreção ácida, em doses mais elevadas por um período mais longo. - Utilização de Ibp → Superiores aos antagonistas dos receptores H2 e ao misoprostol em promover a cicatrização das úlceras ativas e na prevenção da recidiva das úlceras gástricas e duodenais em caso de administração contínua de AINEs. ULCERAS RELACIONADAS COM O ESTRESSE - Ulceras de estresse – surgem no contexto de uma doença profunda ou de traumatismo que exigem tratamento intenso - Antagonista dos receptores H2 (EV) → Utilizados para reduzir a incidência de hemorragia GI causada pelas úlceras de estresse. - Problema: • Risco de pneumonia secundária a colonização gástrica por bactérias em meio alcalino – sucralfato parece proporcionar uma profilaxia razoável contra o sangramento, sem aumentar o risco de pneumonia por aspiração. SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON - Gastrinomas pancreáticos ou duodenais → estimulam a secreção de grande quantidade de ácido – pode estar associado a neoplasia endócrina múltipla tipo 1 - Hipersecreção → ulceração gastroduodenal grave e a outras consequências de hipercloridria não controlada; - IBP → Fármacos de escolha, geralmente administrados em doses duas vezes maiores que as utilizadas paraúlceras pépticas DISPEPSIA NÃO ULCEROSA - Sintomas semelhantes aos da úlcera → sem evidência de ulceração gastroduodenal - Associação com: gastrite (com ou sem H. pylori) e uso de AINESs. - Não há evidência do benefício do uso de agentes supressores da secreção ácida, porem são utulizados empiricamente TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DA MOTILIDADE INTESTINAL - TGI possui constante atividade contrátil, absortiva e secretora → controle complexo e multifatorial: • Músculos, epitélio, nervos locais do sistema nervoso entérico (SNE) e do sistema nervoso autonômico (SNA) e dos hormônios circulantes - Regulador mais importante da função intestinal fisiológica → SNE - SNE – única parte do SNA capaz de funcionar autonomamente - SNE é organizado em duas redes de neurônios e fibras nervosas interligadas: • Plexo mioentérico (Plexo de Auerbach): localizado entre as camadas musculares circulantes e longitudinais. Responsável pelo controle motor. • Plexo submucoso (Plexo de Meissner): localizado na submucosa e é responsável pela regulação da secreção, pransporte de líquidos e fluxo sanguíneo. - Peristaltismo: • Série de respostas reflexas à presença do bolo alimentar no lúmen de determinado segmento do intestino • Reflexo excitatório ascendente → resulta na contração dos músculos circulares no lado oral do bolo alimentar • Reflexo inibitório descendente → resulta no relaxamento da musculatura no lado anal • O gradiente de pressão final move o bolo alimentar em direção distal - Distúrbios típicos da motilidade GI são: • Acalasia do esôfago → Redução do relaxamento do esfíncter esofágico inferior associado a uma anormalidade da peristalse do esôfago --. Disfagia e regurgitação • Gastroperesia → demora do esvaziamento gástrico • Formas miopática e neuropática de dismotilidade intestinal • Podem ser congênitos, idiopáticos ou secundários a doenças sistêmicas AGENTES PROCINÉTICOS E OUTROS ESTIMULANTES DA CONTRATILIDADE GI - Estimulam a motilidade GI coordenada e favorecem o trânsito do bolo alimentar no TGI - Estimulam a liberação do neurotransmissor excitatório na junção neuromuscular, sem interferir no padrão e ritmo fisiológico normal da motilidade - Mantem a coordenação das atividades dos diversos segmentos intestinais, necessária à propulsão do conteúdo intraluminar. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DA DOPAMINA - Dopamina possui efeitos inibitórios na motilidade, incluindo redução das pressões do esfíncter esofágico inferior e intragástricas. • Antagonistas dos receptores da DA – fármacos eficazes como procinéticos • Antagonizando o efeito inibidor da DA nos neurônios motores mioentéricos. - Ainda, aliviam as náuseas e vômitos por meio do antagonismo aos receptores dopaminérgicos na zona de gatilho dos quimiorreceptores. - Exemplos: Metoclopramida e Domperidona - Metoclopramida: • Provoca contrações coordenadas que aceleram o trânsito • Aumenta o tônus do esfíncter esofágico inferior e estimula as contrações do antro gástrico e do intestino delgado • Mecanismo de ação: o Agonista dos receptores 5-HT4 o Antagonismo vagal centros dos receptores 5HT3 o Sensibilização dos receptores muscarínicos dos músculos lisos o Antagonista dos receptores da DA • Usos terapêuticos: o DRGE para alívio sintomático da esofagite associada o Pacientes sintomáticos com gastroparesia → melhora no esvaziamento gástrico o Aliviar náuseas e vômitos que geralmente acompanham as síndromes de dismotilidade do trato GI o Profilaxia dos vômitos induzidos pela quimioterapia • Administração: VO, EV e IM. • Efeitos adversos: o Reações extrapiramidais o Distonias o Sintomas parkisonianos o Discinesia tardia o Galactorreia - Domperidona: • Antagoniza principalmente o receptor dopaminérgico D2, sem afetar significativamente os outros receptores; • Não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica a ponto de causar efeitos adversos extrapiraminais. Porém, exerce efeitos nas estruturas do SNC que não possuem tal barreira, com centros que controlam os vômitos, a temperatura e a secreção de prolactina LAXANTES, CATÁRTICOS E TRATAMENTO CONTRA CONSTIPAÇÃO - Quantidade de líquido – determinante principal do volume e da consistência das fezes. - Mecanismos neuro-humorais, patógenos e fármacos podem causar alterações na secreção e absorção de líquidos pelo epitélio intestinal. • Distúrbio da motilidade – também contribuem para essas alterações (grau de absorção varia com o tempo de trânsito) • Redução da motilidade e a remoção excessiva de líquidos → fezes podem ficar endurecidas e impactadas levando à constipação. - Quando a capacidade de absorção de líquidos do cólon é prejudicada psciente apresenta diarreia. CONSTIPAÇÃO: Tem muitas causas reversíveis ou secundárias: • Baixa ingestão de fibras dietéticas, fármacos, problemas hormonais, distúrbios neurogênicos e doenças sistêmicas - Correção fácil na maioria dos casos – dieta rica em fibras, ingestão adequada de líquidos, hábitos intestinais e treinamentos apropriados, além de evitar fármacos que a causam LAXAÇÃO:Evacuação do material fecal formado no reto CATARSE: Evacuação do material fecal não formado, geralmente na forma líquida de todo o intestino grosso. - Os laxante podem atuar pelos seguintes mecanismos: • Aumentar retenção dos líquidos intraluminais por mecanismos hidrofílicos ou osmóticos • Redução da absorção global de líquidos por ações no transporte de líquidos e eletrólitos nos intestinos delgado e grosso • Alteração na motilidade por inibição das contrações segmentares (não propulsoras) ou estimulação das contrações propulsoras AGENTES OSMOTICAMENTE ATIVOS LAXANTES SALINOS - Contem cátios magnésio ou ânions fosfato → sulfato de magnésio, hidróxido de magnésio, citrato de magnésio ou fosfato de sódio - Ação catártica resulta da retenção de água mediada osmoticamente --. Estimulando peristalse - Laxantes que contêm Mg podem estimular a liberação de colecistocinina – acúmulo intraliminar de líquidos e eletrólitos → aumenta a motilidade intestinal. AÇÚCARES E ALCOÓIS INDIGERÍVEIS - Lactulose → É um dissacarídeo sintético formado por galactose e frutose, que resiste à atividade das dissacaridades intestinais - Esse e outros açucares não absorvíveis são hidrolisados no intestino grosso em ácidos graxos e estimulam a motilidade propulsora do cólon por atraírem osmoticamente a água para o lúmen intestinal. - Sorbitol e a lactulose → são eficazes no tratamento da constipação causada pelos opioides, da constipação dos pacientes idosos e da constipação crônica idiopática. SOLUÇÕES ELETROLÍTICAS DE POLIETILENOGLICOL - PEG não são bem absorvidos e as soluções ficam retidas no lúmen intestinal em virtude da sua natureza altamente osmótica; - Quando administradas em grande volume provocam catarse eficaz - Substituem o fosfato de sódio oral como a preparação mais utilizada para limpeza do cólon antes de procedimentos radiológicos cirúrgicos e endoscópicos AGENTES UMECTANTES E EMOLIENTES FECAIS - São surfactantes aniônicos que reduzem a tensão superficial das fezes com o objetivo de facilitar a mistura das substâncias aquosas e gordurosas, amolecer as fezes e permitir a evacuação mais fácil. - Óleo mineral – mistura de hidrocarbonetos alifáticos retirados da vaselina • Administrado por VO – penetra e amolece as fezes, podendo interferir na reabsorção de agua. • Podem interferir na absorção de substâncias lipossolúveis – vitaminas FÁRMACOS ANTIDIARREICOS - Diarreia – diminuição na consistência das fezes e aumento do número de evacuações. - Causas: • Sobrecarga osmótica presente no intestino – resultante da retenção de agua dentro do lumen intestinal • Secreção excessiva de eletrólitos e água no lúmen do órgão • Exsudação de proteínas e líquidos presentes na mucosa • Alteração da motilidade intestinal resultando em aceleração do trânsito (e redução da absorção dos líquidos) - Diarreia de inicio súbito estão associadas a doenças benignas e autolimitadas, que não necessitam de tratamento ou avaliação - Nos casos graves as principais complicações são: desidratação e desequilíbrio eletrolítico. - Quadros diarreicos graves → terapia de reposição oral de líquidos. - Tratamento farmacológico: • Reservado para pacientes com sintomas persistente ou significativos - Utilidade principal do tratamento → oferecer alivio sintomático nos casos brandos de diarreia aguda. - Atuam por meio da diminuição da motilidade intestinal - Deve ser evitado nas diarreias agudas provocadas por microrganismos patogênicos, pois podem obscurecem o quadro clínico. FÁRMACÓS HIGROSCÓPICOS E FORMADORES DO BOLO FECAL - Colóides ou polímeros hidrofílicos pouco fermentáveis → absorvem água e aumentam o volume fecal – Carboximetilcelulose e a policarbofilia cálcica - Úteis em diarreia episódica aguda e em diarreias crônicas brandas em pacientes com síndrome do intestino irritável - Atuam como géis e modificam a consistência e a viscosidade das fezes. SEQUESTRADORES DOS ÁCIDOS BILIARES - Colestiramina, colestipol e colessevalam - Ligam-se eficazmente aos ácidos biliares e algumas toxinas bacterianas - útil no tratamento da diarreia provocada pelos sais biliares, como ocorre nos pacientes que fizeram ressecção do íleo distal. - Contraindicado: diarreias infecciosas (pode retardar a eliminação do patógeno do intestino. BISMUTO (Peptulan) - Produz efeitos antissecretores, anti- inflamatórios e antimicrobianos - Alívio de náuseas e cólicas abdominais - Usos: • Profilaxia e o tratamento da diarreia dos viajantes • Gastrites e duodenites – tratamento da infecção por H. pylori PROBIÓTICOS - Alterações no equilíbrio ou composição da flora comensal do TGI são responsáveis pelas diarreias associadas ao uso de antibióticos → colite pseudomembranosa - Preparação probióticas (variedade de cepas bacterianas) → benefício das diarreias agudas, diarreias associadas a antibióticos e diarreias infecciosas - Equilíbrio da flora intestinal - Ex.: Repoflor, Floratil, Enterogermina OCTREOTIDA E SOMATOSTATINA - Octreotida → análogo à somatostatina - Eficaz para inibir a diarreia secretora grave - Desencadeada pelos tumores secretores de hormônios localizados no pâncreas e no TGI - Inibe a secreção hormonal - Sua maior utilidade → síndrome do dumping – observada em alguns pacientes submetidos a cirurgia gástrica com piloroplastia. - Efeitos adversos: • Tratamento a curto prazo: náuseas transitórias, timpanismo e dor • Tratamento a longo prazo: formação de cálculos biliares e hipoglicemia ou hiperglicemia AGENTES ANTIEMÉTICOS E ANTINAUSEANTES - Vômito/náusea → reflexos protetores que ajudam a livrar o estômago e o intestino das substâncias tóxicas e impedir sua ingestão subsequente: - Vômito – três fases: • Pré-ejeção → relaxamento gástrico e retroperistalse • Ânsia de vômito → Ação rítmica dos músculos respiratórios que precede o vômito e consiste na contração dos músculos abdominais e intercostais e do diafragma contra a glote fechada • Ejeção → contração vigorosa dos músculos abdominais e relaxamento do esfíncter esofágico superior - Assintomático – classificados de acordo com os receptores predominantes nos quais atuam ANTAGONISTA DO RECEPTOR 5HT3 ONDASETRONA - Usos: • Tratamento dos vômitos causados pela quimioterapia e das náuseas secundárias à irradiação do abdome superior • Tratamento da hiperêmese gestacional e no controle das náuseas pós-operatórias OUTROS FÁRMACOS - Granissetrona, dolassetrona, palonossetrona e tropissetrona EFEITOS ADVERSOS - Constipação, diarreia, cefaleia e tontura ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DA DOPAMINA - Antagonizam os receptores dopaminérgicos D2 na ZDQ → Antinauseantes e antieméticos - Usos: atuam no vômito induzido por citotóxicos - Fenitiazinas: Metoclopramida e Clorpromazina - Metoclopramida – usos: • Distúrbios da motilidade do TGI • Náuseas e vômitos relacionados à QT • Gastroparesia no pós-operatório ANTI-HISTAMÍNICOS - Antagonistas dos receptores histamínicos H1 - Atuam nos nervos aferentes vestibulares e no tronco cerebral - Usos: cinetose e nos vômitos pós-operatórios - Exemplos: Prometazina, difenidramina, ciclizina e hidroxizina. AGENTES ANTICOLINÉRGICOS ESCOPOLAMINA - Antagonista dos receptores muscarínicos - Usos: profilaxia e tratamento da cinetose e pode atuar no vômito pós-operatório das náuseas induzidas pela quimioterapia OUTROS ANTIEMÉTICOS BROMOPRIDA - Usos: • Náuseas e vômitos em geral • DRGE • Distúrbios da motilidade TGI DIMENIDRATO - Usos: • Náuseas e vômitos em geral • Distúrbios vestibulares
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