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Semiologia - Ginecologia e Obstetrícia

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HABILIDADES MÉDICAS 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
Habilidades Médicas 
Ginecologia e Obstétrica
1. ANAMNESE
A Semiologia Mamária compreende um conjunto de procedimentos que visam um 
diagnóstico do que é normal e do que é patológico, a partir de interpretações 
de sintomas e sinais obtidos através da anamnese e do exame físico. As 
mamas, a nosso ver, merece consideração especial. A dor, se relatada, 
deve ser bem caracte- rizada quanto à intensidade, ritmo, 
característica e local. Da mesma forma, a queixa de nódulo implica em 
determinar o número, local, tempo de aparecimen- to, consistência, 
mobilidade, crescimento rápido ou não, presença de nódulos axilares e 
regularidade de sua superfície. Interrogar sobre a possibilidade de 
saída de secreção pelo mamilo e, se presente, caracterizar coloração, 
quantidade, saída espontânea, se é uni ou bilateral, se por um ou mais 
ductos.
2. INSPEÇÃO 
 Estática e dinâmica 
Antes de começar, sempre verificar consentimento da 
paciente, além de exigir testemunha no local e boa 
iluminação e privacidade.
Estática 
 
 - FORMA 
 globosa, plana, pendente, tuberosa
 - AREOLA 
 tamanho, coloração, forma e simetria
 - MAMILO 
 protuso, semiprotuso, hipertrófico e invertido.
 
Invertido: Ocorre devido encurtamento dos ductos 
lactíferos. É normalmente congênito; se a alteração 
aparecer após os 40 anos, deve-se investigar. A 
correção é cirúrgica
 - SIMETRIA 
 - OUTROS 
Alterações de superfície mamária: depressões, 
abaulamentos, contorno, textura, descamações, sinais 
flogísticos, cicatrizes, pele, rede venosa, lesões...
Dinâmica 
- Movimento dos braços para cima e para baixo por 
algumas vezes repetidas
− Posicionar os braços no quadril e retrair os ombros 
para frente
− Inclinar-se para frente com os braços estendidos
3. PALPAÇÃO 
Palpação: realizamos esta etapa do exame físico na 
seqüência da inspeção dinâmica, aproveitando o fato 
das pacientes estarem sentadas, e o realizamos em 
dois tempos distintos, quais sejam: palpação das 
cadeias ganglionares e a palpação das mamas, sempre 
bilateralmente. 
Gânglios 
Para a palpação da cadeia linfática axilar direita, 
deve-se deixar o braço direito da paciente solto ao 
longo do corpo, ou apoiado ou sustentado pelo braço 
direito do examinador, enquanto com a mão esquerda, 
este faz a palpação. Para a cadeia linfática do lado 
esquerdo, inverte-se o braço de apoio e a mão que 
palpa, ou seja, mão direita palpa axila esquerda e 
mão esquerda palpa axila direita (Figura 7). 
Deve-se observar a presença de gânglios, localização 
dos mesmos, tamanho, consistência, mobilidade, 
relação entre si, aderência a planos profundos e 
eventuais ulcerações. Da mesma forma, todos os 
achados devem ser criteriosamente anotados
Mamas: Com a paciente em decúbito dorsal e com as 
mãos atrás da cabeça, divide-se a mama em 4 
quadrantes e então faz-se movimentos circulares com 
a polpa digital, repetindo este processo 2 vezes (1° 
vez mais superficial, 2° vez mais profunda. 
Para a palpação das mamas, a paciente deve estar em 
decúbito dorsal, de forma que toda a mama se 
distribua sobre a parede torácica.
Os braços devem estar elevados com as mãos atrás da 
nuca.
Deve-se utilizar a ponta e a polpa digital dos dedos 
indicadores, médios, anulares e mínimos (Figura 8). 
Movimentos de dedilhamento, de massagem e de 
deslizamento das mãos podem aumentar a sensibilidade 
do examinador, como também a pressão variável sobre 
as mamas. Achados como nódulos, espessamentos, 
consistência do parênquima, temperatura e 
dolorimento devem ser criteriosamente anotados. Para 
a descrição mais acurada do local onde a alteração 
se encontra na mama, dividimos a mama em quatro 
quadrantes, direitos ou esquerdos. 
Dinâmica: esta etapa do exame físico é feita com a 
paciente na mesma posição anteriormente descrita, e 
engloba três manobras distintas que visam mobilizar a 
glândula mamária sobre a parede torácica.
Habilidades Médicas 
Ginecologia e Obstétrica
Além destas informações, a descrição da lesão pode 
ser feita de forma bastante precisa tomando-se como 
referência um mostrador de relógio e a distância do 
CAM onde está a lesão
 EXAME GINECOLÓGICO - mamas
Expressão 
terminamos a palpação com a expressão das mamas, 
bilateralmente (Fig. 10). Deve-se fazer ordenha, de 
forma firme, porém delicada. Os movimentos devem 
ser abrangentes, estendendo-se da base da mama até 
o CAM e de forma radiada. Caso ocorra a descarga 
papilar, devemos observar sua característica 
(líquida, oleosa ou pastosa), coloração (hialina, 
leitosa, sanguinolenta ou escura), volume, número 
de ductos excretores, bilateralidade e a presença 
de ponto gatilho, ou seja, ponto que ao ser tocado 
produz derrame papilar.
Gravidez
durante a gravidez as mamas sofrem considerável 
variação em volume e, às vezes em forma, devido ao 
grande estímulo hormonal decorrente da gestação. 
Pode ocorrer dolorimento e aumento da consistência 
do parênquima mamário. As aréolas apresentam 
pigmentação, tornando-se mais escuras, sofre 
alargamento de seu diâmetro e há maior proeminência 
dos tubérculos de Montgomery, que são glândulas 
sebáceas presentes na aréola. A rede venosa 
superficial sofre dilatação e é chamada de rede 
venosa de Haller. Em conseqüência do aumento de 
volume, pode ocorrer o aparecimento de estrias 
cutâneas. Da mesma forma, a presença de colostro 
pode ser verificada, com aumento do volume à medida 
que a gravidez avança.
BI RADS
• É um acrônimo para Breast Imaging-Reporting and 
Data System
• Classificação desenvolvida para ser utilizada 
originalmente com a mamografia, mas com classificação 
similar já utilizada para ultrassonografia
EXAME ANORMAL 
Características clínicas sugestivas de:
− Benignidade: mobilidade, fibroelástico,
pele livre, descarga papilar multiorificial e 
bilateral, linfonodos pouco palpáveis, axilas livres
− Malignidade: fixo, endurecido, pele aderida, 
descarga papilar espontânea sero- sanguinolenta 
uniductal, linfonodos aumentados de volume e palpáveis
CARACTERÍSTICAS DO NÓDULO 
1) Localização 
2) Tamanho – Duas dimensões (cm)
3) Forma – Oval, arredondado, lobulado
4) Delimitação – Bem/Mal delimitado
5) Consistência – Amolecida, endurecida,
elástica, firme
6) Mobilidade – Móvel, pouco móvel, fixo
7) Sensibilidade – Doloroso ou indolor
Para melhorar a localização, recomenda-se especificar 
a distância em cm do nódulo em relação a aréola e ao 
mamilo
Ex: QSLD, 10h, X cm da aréola, Y cm do mamilo
Outras possíveis localizações: Retroareolar, 
transição entre quadrantes, prolongamento axilar da 
mama
Habilidades Médicas 
Ginecologia e Obstetrícia 
EXAME GINECOLÓGICO - genital
1. ANAMNESE 
A consulta ginecológica começa, como em outras áreas da 
medicina, pela anamnese, tempo dos mais importantes. 
Marca o primeiro contato do médico com a paciente e deve 
ser o início de uma relação de confiança mútua.
EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO: O exame ginecológico engloba 
o exame das mamas, o exame da vulva, da vagina, do útero 
e dos anexos uterinos
2. INSPEÇÃO 
Antes de começar, sempre verificar consentimento da 
paciente, além de exigir testemunha no local e boa 
iluminação e privacidade.
OBS: No exame das genitálias, além de uma boa iluminação 
ambiente, é necessário um foco luminoso
Posicionamento: Paciente em decúbito dorsal, com as 
pernas fletidas e joelhos afastados. Quando os joelhos 
estão apoiados, denomina-se posição de litotomia. Também 
há a possibilidade do exame em posição genitupeitoral, 
porém não é muito utilizada.
2.1 VULVA: Na vulva deve-se examinar o monte de Vênus 
superiormente, grandes e pequenos lábios lateralmente, o 
vestíbulo vulvar, o clitóris, o meato uretral externo, 
as glândulas de Bartholin, a fúrcula vaginal, o hímen e 
o períneo, posteriorment. 
2.2 MONTE DE VÊNUS: é formado por coxim gorduroso cuja 
pele é recoberta por pêlos, glândulas sudoríparas e 
sebáceas. É zona erógena e a distribuição pilosa deve 
ser triangular de base, voltada superiormente.2.3 GRANDES LÁBIOS: atingem seu desenvolvimento, após a 
puberdade e tendem à atrofia, após a menopausa. São 
homólogos do escroto e, analogamente, podem ser 
estimulados pelos androgênios. Fazem a proteção da 
parte mediana da vulva e são sede freqüente de lesões 
infecciosas (granuloma, herpes, condilomas e outros) ou 
transformações malignas. 
2.4 PEQUENOS LÁBIOS: são recobertos por pele 
pigmentada e glândulas sudoríparas. Superiormente, 
formam o prepúcio cli- toridiano e, inferiormente, 
dissimulam-se nos grandes lábios. São estrogênios-
dependentes e ricamente vas- cularizados. Durante a 
excitação sexual, aumentam de tamanho (congestão 
vascular) e podem variar em cor, tornando-se vermelho 
vivo ou vinhoso. 
2.5 VESTÍBULO VULVAR: clitoris + peq. Lábios + 
fúrcula vaginal. É nele, observa-se os orifícios da 
uretra, da vagina e dos canais das glândulas de 
Skene e Balrtholin. 
2.5 -1 
CLÍTORIS: mede cerca de 1 cm e é a porção mais 
erógena do trato genital feminino. Durante a 
excitação, sofre fenômeno de ereção, aumentando de 
tamanho e consistência. 
MEATO URETRAL EXTERNO situa-se abaixo do clitóris e 
pode apresentar, ocasionalmente, carúnculas uretral, 
que pode ser devido a processo granulomatoso ou an- 
giomatoso. 
GLÂNDULA DE BARTHOLIN: situam-se às 4 e 8 horas no 
coxim adiposo dos grandes lábios. Em geral, não são 
palpáveis e os óstios de seus ductos, raramente, 
visíveis. Podem ser sede de cistos ou abscessos. 
FÚRCULA VAGINAL: 
A fúrcula vaginal resulta da fusão dos grandes lábios 
na região mediana posterior. É o local onde, 
habitualmente, se encontra corrimento quando se 
realiza o exame ginecológico. Delimita anteriormente 
a fosseta navicular. 
PERÍNEO: O períneo é a região entre a fúrcula vulvar 
e o ânus. É a base de uma cunha fibro-muscular com, 
aproximadamente, 4 cm de extensão. Pode ser sede de 
roturas que são classificadas em 3 graus: 
I) quando acomete apenas a mucosa; 
II) quando aco- mete os planos musculares porém 
preservando o mús- culo esfincteriano; 
III) quando
a rotura atinge o esfíncter anal externo.
HÍMEN: hímen separa o ves- tíbulo vulvar da vagina, 
sendo uma estrutura fibrosa que se rompe quando da 
primeira re- lação sexual, formando os res- tos 
himenais. 
Habilidades Médicas 
Ginecologia e Obstetrícia 
HÍMEN: Após parto nor- mal, os restos himenais são, am- 
plamente, separados e formam as carúnculas mirtiformes ou 
himenais (Figura 1). Ocasio- nalmente, pode existir hímen 
elástico (complacente) que não se rompe às relações. 
2.6 ACHADOS CLÍNICOS DURANTE O EXAME EXTERNO
2.6-1 HÍMEN IMPERFURADO: pode ter retenção de fluxo 
menstrual 
2.6-2 CARCINOMA VULVAR 
2.6-3 LÍQUEN PLANO VULVAR
Se apresenta como pápulas ou placas eritematosas e 
eventualmente descamativas ou erosadas da região vulvar, 
onde o prurido é sua principal manifestação. Ocupam com 
maior frequência a face interna dos lábios menores na 
forma erosiva.
2.6-4 LÍQUEN ESCLEROSO E ATROFIO GENITAL É uma 
dermatose inflamatória crônica e benigna, predominando na 
região genital feminina. Acomete mais a faixa etária da 
mulher adulta e principalmente no período pós-menopausal.
Caracteriza-se pela presença do prurido vulvar associado 
com o aparecimento de pápula branco-nacaradas, que podem 
agrupar-se e assumir progressivamente aspecto apergaminado 
na pele.
2.6-5 VITILIGO
2.6-7 BARTHOLINITE
Para casos recorrentes, sugere-se cirurgia. Pode 
ser bartolinectomia (retirada cirúrgica da 
glândula) ou a marssuperização.
2.6- 8 SKENITE 
As glândulas de Skene são de difícil 
visualização e não são palpáveis. São 
responsáveis pela secreção de um líquido 
esbranquiçado, principalmente durante a 
ejaculação feminina. Quando obstruídas, podem 
crescer e formar cistos – Skenite
TIPOS DE HÍMEN 
2.6-9 IST’s
HERPES
Lesões vesiculares, hiperemiadas, pruriginosas 
e muito dolorosas. Acomete tanto homens quanto 
mulheres.
SÍFILIS 
Sífilis/Cancro Duro – Treponema pallidum 
(bactéria)
É uma lesão ulcerada, indolor, com bordos 
elevados. Período de incubação de 
aproximadamente 3 semanas
Habilidades Médicas
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
Caracteriza-se por múltiplas lesões (na maioria dos 
casos) dolorosas, ulceradas, com bordas irregulares e 
contornos eritemato-edematosos. Podem apresentar 
exsudato necrótico amarelo. Tem odor fétido e pode 
apresentar tecido de granulação
EXAME DOS GENITAIS INTERNOS
Começa-se o exame dos genitais internos pelo exame da 
vagina. Para o exame da vagina, utiliza-se espéculo 
bivalvar, e observa-se as paredes vaginais quanto à 
sua coloração que deve ser rósea, quanto à sua 
rugosidade, que é normal durante o menacme, quanto ao 
seu trofismo, quanto ao seu comprimento e 
elasticidade, os fundos de sacos laterais, anteriores 
e posteriores e a presença de secreção ou corrimento. 
CORRIMENTO VAGINAL 
Se este estiver presente, verificar quantidade, cor, 
odor, se fluido ou não, pre- sença de bôlhas e sinais 
inflamatórios associados. Lembrar que o epitélio 
endocervical produz muco hialino fisiológico que pode 
ser confundido com cor- rimento infeccioso pelas 
pacientes
COLO UTERINO 
Observa-se na seqüência o colo uterino quanto à 
coloração, forma, volume e forma do orifício externo 
(OE) que deve ser puntiforme nas nulíparas e em fenda 
transversa nas multíparas, presença de muco no 
orifício, caracte- rísticas deste muco, situação do 
colo quanto ao eixo vaginal, presença de ectopia 
(crescimento do epitélio glândular endocervical, além 
do OE)
 EXAME ESPECULAR
• Espéculo: Instrumento médico utilizado para avaliar uma cavidade difícil de ser 
avaliado
1) Segurar o espéculo fechado com a mão não-dominante, e com a mão dominante 
afastar os grandes lábios e introduzi-lo de forma oblíqua e com a borboleta para baixo
2) Conforme introdução, ir suavemente girando o espéculo até que ele fique na 
posição correta
3) Quando completamente introduzido, girar a borboleta para abrir o espéculo.
4) Analisar as estruturas (colo uterino) e fazer coleta, se necessário
5) Fechar o espéculo (nunca totalmente) e posicionar um dos dedos entre a 
fechadura, para evitar lesões.
6) Retirar o espéculo, gradativamente voltando para a posição inicial (obliqua)
COLPOSCÓPIO 
Aparelho utilizado para ampliar a imagem, facilitando a 
observação de lesões cervicais
PREVENTIVO/ PAPANICOLAU/ ESFREGAÇO CERVICO- VAGINAL/ 
COLPOCITOLOGIA
É um exame de rastreio. O câncer só é diagnosticado 
com biópsia
Contraindicações: Virgens Tempo: 5 minutos
Detecta principalmente: lesões precursoras, 
clamídia, sífilis, gonorreia, HPV, candidíase, 
tricomoníase
Materiais: Swab, escova endocervical, espátulas de 
Ayre, fixador, lâminas de vidro, coletor e caneta
− Para a coleta na ectocérvice utiliza-se a espátula 
de Ayre, do lado que apresenta reentrância. Encaixar 
a ponta mais longa da espátula no orifício cervical 
externo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem 
em movimento rotativo de 360° em torno de todo o 
orifício, para que toda a superfície do colo seja 
raspada e representada na lâmina, procurando exercer 
uma pressão firme, mas delicada, sem agredir o colo, 
para não prejudicar a qualidade da amostra.
− Para a coleta na endocérvice, utilizar a escova 
endocervical. Recolher o material introduzindo a 
escova endocervical e fazer um movimento giratório 
de 360°, percorrendo todo o contorno do orifício 
cervical. 
AVALIAÇÃO DA INCONTINÊNCIA
Examinador deve se posicionar de pé, ao lado da 
paciente. Observar o meato uretral e pedir que a 
paciente realize a manobra de valsava, e então avaliar 
se há perda de urina.
AVALIAÇÃO DE PROLAPSOS
➢ Cistocele
Prolapso da parede vaginal anterior – Descida da 
bexiga. Tratamento: cirúrgico – colpoperineoplastia 
anterior
➢ Prolapso Uterino
Habilidades Médicas 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
➢ Prolapso da parede vaginal posterior – 
Retocele ou Enterocele
TOQUE
Realizar o exame em pé, de frente para a paciente.
• O toque pode ser:
UNIDIGITAL
Realizar com o dedo indicador a palpação de algumas 
regiões estratégicas, como:regiões parauretrais 
(glândulas de Skene), região abaixo da uretra, região 
das glândulas de Bartolini e tônus vaginal
BIDIGITAL
Após este tempo do exame, fazemos o toque bidigital 
bimanual. O toque é feito, após calçar luva de 
borracha de tamanho apropriado, e lubrificá-la com 
vaselina. Os dois dedos que tocam devem estar em 
extensão, e o quarto e quinto dedo devem estar 
fletidos sobre os metacarpos. 
E o polegar em adução de 90o. A introdução dos dedos 
farse-á após afastamento dos lábios genitais, 
deprimindo-se a fúrcula com o bordo cubital dos 
mesmos, até que se alcance a cavidade vaginal. 
Explora-se o tônus muscular perineal e, em seguida, as 
paredes da vagina. Superiormente, faz-se a exploração 
da bexiga; posteriormente, do reto; lateralmente, das 
paredes pélvicas. Em seguida, palpa-se os fundos de 
saco anterior e posterior, à procura de possíveis 
massas. 
Neste exame deve-se sentir: as paredes da vagina e o 
colo (avaliar consistência, mobilidade, sensibilidade, 
orifício). É o toque realizado em gestantes em 
trabalho de parto para avaliar a dilatação cervical
BIMANUAL 
Bimanual – Posicionar os dedos no colo com a mão 
dominante, e com a outra mão apalpar o abdômen da 
paciente, imobilizando o útero. Desta forma, é 
possível avaliar o volume uterino, seus contornos, sua 
mobilidade, tamanho e sensibilidade. Também recomenda-
se deslocar a mão lateralmente, procurando anexos 
(ovários e tubas, normalmente não palpáveis, exceto em 
pacientes muito magras)
Útero normal: piriforme, 7 cm, regular, móvel, indolor
Condições que podem ser encontradas: útero 
retrovertido
Habilidades Médicas 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
Retovaginal/retal – Não é obrigatório. É realizado 
em casos de suspeita de neoplasias.
O toque retovaginal é feito em forma e movimento de 
tesoura: dedo indicador na vagina e dedo médio no 
ânus. Os dedos não devem se encontrar – deve haver 
estruturas entre eles.
ACHADOS CLÍNICOS DO EXAME DA GENITÁLIA INTERNA
➢ Ectopia
É uma condição saudável, em que o colo fica com 
coloração avermelhada. Ocorre por contato com 
hormônios femininos (principalmente estrogênio). 
Deixa o colo mais susceptível a lesões e infecções 
(principalmente HPV), pois deixa o tecido mais 
delicado.
É comum na adolescência, em pacientes gestantes, 
pacientes em uso de anticoncepcionais orais, 
obesas, etc
➢ Pólipos Endocervicais
São projeções da mucosa do canal do colo do útero, 
podendo gerar sangramentos vaginais fora do 
período da menstruação ou após relações sexuais.
Podem ser sésseis ou pediculados.
Podem se localizar dentro do colo do útero ou em 
sua porção externa. Os localizados na porção 
externa são diagnosticados no exame de rotina, e 
podem ser removidas no próprio laboratório, 
através de torção.
É uma condição benigna – a chance de evoluir para 
malignidade é muito baixa (0,5%).
Habilidades Médicas 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
OBSTETRÍCIA 
PRÉ-NATAL
Tem como principal objetivo diminuir a morbimortalidade 
materno infantil, garantindo a saúde da mãe e do feto 
durante toda a gravidez e o parto, identificando situações 
que possam aumentar o risco de desfechos desfavoráveis
Deve ser iniciado o mais precoce possível – 1° trimestre.
Para iniciar o pré-natal, basta apresentar o exame Beta-
HCG positivo
Um pré-natal deve ter, no mínimo, 6 consultas 
Antecedentes Obstétricos
− G – Gesta – Gestações
− P – Para – Paridade (pode ser PN ou PC) − A – Abortos
− E – Ectópica
− M – Molar
− Primigesta: 1° gestação
− Nuligesta: nunca gestou
− Primípara: parturiente do 1° concepto − Multigesta: gestou múltiplas vezes
− Nulípara: nunca pariu
− Paucípara: pariu poucas vezes (até 3)
 
ANAMNESE 
− Peso prévio e altura
− Sinais e sintomas na gestação em curso
− Hábitos alimentares
− Medicações em uso
− Internações
− Hábitos: tabagismo/etilismo/ilícitos
− Ocupação habitual
− Aceitação da gestação
- Dum
- Idade gestacional 
DUM
DUM (data da última menstruação)
- É o dia que começou a última menstruação da paciente
- É importante para determinar a DDP (data provável do 
parto)
- Cálculo da data provável do parto (DPP): 
Considera-se que a gravidez tem em torno de 280 dias, 
considerando a data da última menstruação (DUM), que é 
contada a partir do primeiro dia da última menstruação.
. Exemplo: DUM = 03/03/2017 → dia + 7 / mês + 9 → 
10/12/2017.
DPP: utilizando a DUM.
DIA: + 7 dias
MÊS: + 9 (se janeiro, fevereiro e março) ou - 3 (se abril 
até dezembro).
Se a soma dos 7 nos dias, ultrapassar o mês, em vez de 
subtrair 3 nos meses, subtrai apenas 2. Exemplo: DUM = 
25/03/2017 → dia + 7 / mês - 2 → 01/01/2018
Se o ano for bissexto e durante a conta ultrapassar o mês 
de fevereiro, em vez de somar +7 aos dias, soma-se +6.
IDADE GESTACIONAL 
- Cálculo da idade gestacional: Soma-se o número de dias 
desde o primeiro dia da última menstruação até à data 
desejada (data da consulta) e divide o resultado obtido 
por sete. Exemplo:
DUM = 03/03/2017 → hoje: 28/08/2017 →
178 dias / 7 = 25 semanas e 3 dias.
- Quando a divergência for menor que 7 dias, seguir a DUM 
ao invés da USG. Quando a divergência for superior a 7 
dias, seguir a
USG.
EXAME OBSTÉTRICO
Medida da Altura Uterina
Borda superior do pube até o fundo uterino com 
borda cubital da mão
Em média: 4cm/mês
Causas de altura uterina menor que a esperada: Erro 
de data, retardo no crescimento fetal, oligoâmnio, 
morte fetal
Causas de altura uterina maior que a esperada: Erro 
de data, macrossomia, polidrâmnio, mioma, gemelar, 
mola
• Ruptura Prematura de Membranas Ovulares/ 
Amniorrexe Prematura ou ruptura das bolsas das 
águas 
− Ocorre em cerca de 10% das gestações (80% ocorre 
nas gestações a termo).
− RPMPT (antes das 37 semanas): causa 30% dos 
partos prematuros e 20% das mortes perinatais.
− Fatores de risco: tabagismo, vaginose 
bacteriana, deficiências nutricionais, etc.
− Diagnóstico: anamnese + EF (especular – detecção 
de saída de líquido pelo orifício) Perda liquida 
significativa via vaginal (líquido transparente, 
amarelo esverdeado ou purulento), odor de água 
sanitária ou sêmen. Não é doloroso.
− Diagnóstico diferencial: incontinência urinária, 
secreções fisiológicas, candidíase, vaginose, 
tricomoníase
Habilidades Médicas
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
ESTÁTICA FETAL
São as relações entre o feto e a pelve materna
1) Situação: situação entre os maiores eixos 
longitudinais materno e o fetal
− Longitudinal 
− Transverso 
− Oblíquo
2) Apresentação: polo fetal que se apresenta ao estreito 
superior da pelve materna
− Cefálica – 95,6% dos casos
− Pélvica
− Córmica (Espádua) – 0,5% dos casos
3) Posição: relação do dorso fetal com o lado direito ou 
esquerdo da mãe
− Direita
− Esquerda
Habilidades Médicas 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
PALPAÇÃO DO ÚTERO (MANOBRAS DE LEOPOLD-
 ZWEIFEL)
É feita visando o reconhecimento do feto, sua 
situação, apresentação e posição, com a paciente em 
decúbito dorsal, ventre descoberto e bexiga vazia
As mãos do examinador devem estar limpas e aquecidas
As manobras de Leopold são feitas em 4 tempos:
1) Exploração do fundo
− É a exploração do fundo uterino, com ambas as mãos 
deprimindo a parede abdominal com as bordas
cubitais das mãos;
− Superfície mais volumosa e irregular – Polo 
pélvico
− Superfície regular e resistente (ossos) – Polo 
cefálico
2) Exploração do dorso (D/E)
− Ao deslizar as mãos do fundo uterino para o polo 
inferior, tenta-se palpar o dorso fetal e os 
membros, de um ou outro lado do útero
− A região dorsal fetal apresenta-se como superfície 
resistente e continua.
3) Exploração da mobilidade
− Visa a exploração da mobilidade do polo que se 
apresenta em relação ao estreito superior
− Apreender o polo entre o polegar e o médio –
movimentos de lateralidade que indicam o grau de 
penetração na apresentação
(mais móvel - menos “encaixado”).
4) Apresentação do feto
− Examinador volta suas costas para a cabeça da 
paciente, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas
− Com as extremidades dos dedos, palpa-se a pelve 
para tentar reconhecer o polo cefálicoou pélvico 
para determinar a apresentação do concepto
AUSCULTA DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS (BCF)
• Informa se o concepto está vivo
• Vitalidade (acelerações)
• 120 – 160 bpm
• Métodos:
Sonar – 12 semanas (mais utilizado) 
Pinard – 20 semanas
PARTO VAGINAL 
Parturiente: Mulher grávida que se encontra em 
trabalho de parto
Trabalho de Parto: É a sequência de contrações 
uterinas coordenadas e involuntárias que resultam 
no apagamento e dilatação do colo uterino, 
simultaneamente a descida fetal, e quando 
associadas aos puxos e contrações voluntarias da 
parede abdominal, na expulsão dos produtos da 
gestação.
Como identificar: Anamnese + Exame Físico
Mecanismo de Parto: São os movimentos passivos que 
o feto executa no transcurso do canal de parto.
Habilidades Médicas 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 
1) Encaixamento ou Insinuação
− Passagem da maior circunferência da apresentação através 
do estreito superior da pelve
− Plano 0 de Lee
2) Descida
− Movimento da cabeça turbinal: à medida
que o polo cefálico gira, progride no seu
trajeto descendente 
3) Rotação interna da cabeça
− Polo cefálico faz rotação no sentido anteroposterior de 
saída do canal
− Com a rotação interna e a progressão no canal, ocorre a 
penetração das espáduas no estreito superior da pelve
4) Desprendimento da cabeça
− Terminado o movimento de rotação, o
suboccipital coloca-se sob a arcada púbica
− Movimento de deflexão
5)Rotação externa da cabeça e rotação interna das
 espáduas
− Após desvencilhar-se, cabeça sobre nova flexão e rotação 
de 1/4 a 1/8 de circunferência
− Ombro anterior vai se colocar sobre a arcada púbica; o 
posterior, em relação com o assoalho pélvico
6) Desprendimento das espáduas
− Tendo o feto os braços cruzados para
diante do tórax, a espádua anterior transpõe a arcada 
púbica e aparece através do orifício vulvar
− Para libertar o ombro posterior, e tendo que acompanhar 
a curvatura do canal, o tronco há de sofrer movimento de 
flexão lateral
− O restante do feto não oferece resistência para o 
nascimento
TEMPO DOS MECANISMOS DE PARTO

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