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Por que estudar o músculo e suas estruturas?
Não adianta querer falar sobre os conteúdos mais complexos se a gente não souber a parte fundamental dos sistemas do corpo humano e suas funções. Então, como pontapé inicial, o assunto desse post será “o músculo e suas estruturas”, porque, afinal de contas é no músculo que observamos as modificações anatômicas (mudança na estética corporal) e eles são a parte fundamental para entender a adaptações que o exercício de musculação provoca. Mas, antes de continuar, é importante lembrar que, se você tiver alguma dúvida ou sugestão de post, é só comentar no final da publicação que vou ter maior prazer em te ajudar ou receber sua solicitação, combinado?
Sistema Muscular
 
Formado por cerca de 600 músculos, o sistema muscular é o único sistema do corpo humano que tem a capacidade de transformar energia química em energia mecânica. Esse é um processo fascinante que vamos aprender e desvendar ao longo das postagens em nosso blog. Juntos, nossos músculos podem somar de 40 a 50% de nosso peso. Essas estruturas são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar…
A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e músculo, sob a “supervisão” e controle do sistema nervoso.
Mas o que é músculo?
Então, de uma forma bem elementar, os músculos são as estruturas básicas do Sistema Muscular. Como uma de suas principais propriedades, temos a contração, ou o encurtamento e alongamento das fibras musculares, e é justamente essa característica que torna possíveis os movimentos.
Os músculos também são responsáveis, entre outras coisas, por estabilizar as posições do nosso corpo e produzir calor, por exemplo. Esses órgãos são formados por um conjunto de células especializadas que são chamadas de Fibras Musculares (Você verá uma descrição detalhada das Fibras Musculares no final deste post).
Tipos de Músculos
Pode parecer que não, mas os músculos são divididos em três grupos: liso, estriado cardíaco e estriado esquelético. A diferença entre eles exige um estudo em microscópio, mas não é difícil compreender pela classificação. Os músculos lisos não possuem estrias (sim, é como aquelas estrias da pele), e não conseguimos controlá-lo, ou seja, todo seu controle é feito de forma involuntária. Em sua maioria,
Constituem as paredes dos órgãos musculares como por exemplo o esôfago, estômago e outros órgãos que formam nosso sistema digestivo. Os outros dois tipos de músculos, tanto o cardíaco quanto o esquelético são estriados. O que isso quer dizer? Bom, de forma simplificada, isso significa que a aparência deles lembram estrias. Essas estrias nada mais são que o limite de uma estrutura chamada sarcômero. Dentro da mesma fibra muscular possuímos vários sarcômeros. Para tomar nota: o sarcômero é a unidade contrátil da musculatura, ou seja, eles são responsáveis pelo encolhimento (contração) dos músculos.
Pois bem, como eu estava falando, tanto o músculo cardíaco quanto o esquelético são estriados, porém há algumas diferenças entre eles, por exemplo, quanto ao controle da contração da musculatura. No músculo cardíaco o controle é involuntário. Nós não precisamos pensar no batimento cardíaco para que ele trabalhe. Ainda bem, né? Imagina o desastre que seria se a cada batimento nós tivéssemos que dizer ao coração para contrair? Isso não seria uma boa ideia. Se compararmos os dois tipos de fibras estriadas, veremos que possuem formas diferentes. O músculo estriado esquelético já tem controle voluntário, ou seja, cada movimento que estou fazendo, como por exemplo ao digitar esse texto, é pensado, organizado e depois enviado para que os músculos responsáveis executem os momentos de pressionar cada tecla.
Bem, falei de uma maneira geral do Sistema Muscular e, a partir de agora, vamos focar exatamente neste último músculo e suas estruturas: o músculo estriado esquelético.
Componentes do Músculo
Os músculos são constituídos de duas partes: o ventre muscular e os tendões. O ventre muscular é a parte carnosa da musculatura e, é responsável pela contração muscular, que, como já vimos, é o que produz os movimentos e movem os pesos que carregamos. Sendo assim, podemos afirmar que este é o agente ativo do movimento humano.
Já os tendões são formados por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente por sua função) é caracterizado por apresentar células distanciadas entre si, em maior ou menor grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar os outros tecidos.
Muito importante: os tendões não possuem unidade de contração muscular, sendo assim, são elementos passivos do movimento, pois transmitem a tensão gerada no músculo durante a contração muscular para as estruturas onde estão fixados, como o joelho, por exemplo. Quando esse músculo cruza uma articulação, e a contração é forte o bastante para movimentar as alavancas corporais formadas pelos ossos e suas articulações, presenciamos o movimento, como aquele de “fazer o muque”, que, tecnicamente, é a flexão do cotovelo quando o bíceps braquial entra em ação.
Classificação funcional dos músculos
Agonista: são os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado, normalmente apresenta uma contração concêntrica. Ex: realizar uma flexão de cotovelo, o agonista é o bíceps braquial.
Antagonista: é aquele que se opõe à ação do agonista, regulando a potência, a força e a rapidez do movimento pretendido, e normalmente, apresenta uma contração excêntrica. Quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente produzindo um movimento suave. Ex: no exemplo anterior, o antagonista é o tríceps braquial.
Sinergista: é o músculo que indiretamente ajuda em um movimento, atua eliminando ou minimizando movimentos indesejáveis, ajudando assim a tornar os movimentos precisos e objetivos. Ex: no mesmo exemplo, os flexores e extensores do punho contraem-se mantendo estáveis as articulações do punho e cotovelo.
Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando se move a parte distal.
Envoltórios do músculo esquelético – fáscias musculares
Cada fibra muscular isolada, cada fascículo e cada músculo no seu conjunto, estão revestidos por tecido conjuntivo (fáscia muscular – esqueleto conectival).
O musculo e suas estruturas
Esquema ilustra as fáscias musculares
A fáscia é formada pelo tecido conjuntivo e o próprio músculo inteiro está envolvido por uma capa de tecido conjuntivo, chamado Epimísio. Algumas projeções de colágeno penetram desde o Epimísio até ao interior do músculo, formando uma membrana que rodeia todos e cada um dos fascículos, essa membrana é o Perimísio. Por sua vez, existe um retículo extremamente delicado que reveste cada fibra muscular, o Endomísio. Esses envoltórios servem para reunir as unidades contráteis, os grupos de unidades, para integrar a sua ação e permitir, ainda, um certo grau de liberdade de movimentos entre elas. Deste modo, ainda que as fibras se encontrem extremamente compactadas, cada uma é relativamente independente das restantes e cada fascículo pode movimentar-se independentemente dos vizinhos.
As fáscias são consideradas elementos passivos da contração muscular transmitindo a tensão gerada pela atividade muscular. Têm como principal função fricção (entre músculos, fascículos e fibras musculares) permitindo, assim, que os músculos deslizem uns sobre os outros, e como essas as membranas envolvem e isolam um do outro, dificulta, por exemplo, a proliferação infecções.
Irrigação muscular
A cor avermelhada da musculatura é resultado da grande concentração de sangue dentro das fibras musculares que estão ali para nutrire para retirar todos os substratos energéticos durante o exercício.
“O músculo transforma energia química em energia mecânica.”
Os vasos sanguíneos que irrigam o músculo esquelético, correm pelas membranas de tecido conjuntivo e se ramificam para formar uma abundante rede capilar em torno de cada uma das fibras musculares. Os capilares são suficientemente tortuosos para se adaptarem às alterações de comprimento das fibras, estirando-se durante o alongamento muscular e tornando-se tortuosos durante a contração.
Fibras Musculares
Como adiantamos mais acima, aqui eu vou falar um pouco mais sobre as fibras que formam os músculos. O diâmetro dessas fibras pode variar entre 10 e 100μm (ou até mais). Durante a nossa fase de crescimento, podemos perceber um aumento gradual do diâmetro nas fibras musculares. No entanto, esse aumento pode ainda ser estimulado por solicitação muscular intensa, fenômeno designado por hipertrofia de uso. O contrário também pode acontecer, as fibras podem diminuir e se tornarem músculos imobilizados, o que, cientificamente, a gente chama de atrofia por desuso. A maior parte do interior da fibra muscular está ocupada por miofibrilas de 1 a 2μm de diâmetro. Cada fibra pode conter, desde várias centenas, até muitos milhares de miofibrilas. Por sua vez, cada miofibrila apresenta cerca de 1500 filamentos de miosina e 3000 de actina, dispostos lado a lado. Em cortes longitudinais pode ser observada a estriação transversal tão característica das miofibrilas. Esta estriação é devida à presença dos sarcômeros que contém os filamentos de actina e de miosina, que são as duas principais proteínas responsáveis pela contração do músculo.
Fisiologia muscular
O músculo esquelético constitui, aproximadamente, 45% do peso corporal e é o maior sistema orgânico do ser humano, sendo um importante tecido na homeostasia bioenergética (em outras palavras, na preservação das funções vitais do organismo), tanto em repouso como em exercício. Representa o principal local de transformação e de armazenamento de energia, sendo o destino final dos sistemas de suporte primários envolvidos no exercício, como o cardiovascular e o pulmonar.