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Universidade Estadual da Paraíba- UEPB Centro de Ciências Biológicas e da Saúde-CCBS Departamento de Farmácia Curso: Farmácia RELATÓRIO 05: TENSÃO SUPERFICIAL. Campina Grande - PB Abril de 2018 Centro de Ciências Biológicas e da Saúde-CCBS Departamento de Farmácia Turma: Quarta-Feira (11:00 horas) Laboratório de: Físico-Química Experimental Professor (a): Dauci Pinheiro Rodrigues Aluno (a): Curso: Farmácia Título e Número referente: Experimento 05- Tensão Superficial. Data do Experimento: 18 de Abril de 2018 Recebimento em:_____________ Por Professor (a): _________________ CORREÇÃO Preparação: _____________ Relatório: _______________ Nota Global: _____________ Rubricada por Professor (A): ___________________ Campina Grande-PB Abril de 2018 1. Introdução O fenômeno físico que justifica o andar dos insetos sobre a superfície livre de água e uma flutuação de uma agulha de aço, é a tensão superficial, muito embora a densidade desses objetos seja maior que a densidade da água. A tensão superficial ocorre a partir das forças de coesão entre moléculas semelhantes, capaz de modificar o comportamento e espessura de um líquido. A mesma permite que a camada superficial de um líquido venha a se comportar como uma membrana elástica. O formato esférico das gotas deve-se em parte a tensão superficial. As gotas são esféricas, pois nesse formato a distribuição das forças é mais regular e ocupa o menos espaço possível. As forças existentes entre moléculas diferentes são conhecidas como forças coesivas e são essas responsáveis pela molhabilidade. Esse fenômeno é definido como a tendência de um fluido aderir ou espalhar-se preferencialmente sobre uma superfície sólida em presença de outra fase imiscível. A molhabilidade pode ser indicada pelo ângulo de contato, o ângulo igual a zero, o líquido é perfeitamente molhante, pois as forças adesivas são maiores que as coesivas. Já o ângulo igual a noventa graus não molha, pois as forças tendem ao equilíbrio. Alguns fatores podem influenciar na tensão superficial, dentre eles podemos citar, as forças intermoleculares, a pureza e a temperatura. A tensão superficial é diretamente proporcional as forças intermoleculares, quanto maior forem as forças, maior será a tensão superficial, como por exemplo, a água, que possui uma alta tensão superficial, pois as pontes de hidrogênios são ligações fortes. Para determinação da tensão superficial dispõe se de alguns métodos. A ascensão capilar é um destes, e o mais preciso. Nesse método a tensão superficial é obtida pelo cálculo do raio interno de um tubo capilar a partir da entrada de um líquido por esse tubo. A determinação da tensão superficial também pode ser realizada pelo método da lâmina de Wilhelmy, no qual uma pequena placa de perímetro conhecido, suspensa do braço de uma balança é mergulhada no líquido. O recipiente, então, vai sendo gradativamente abaixado até o desligamento da placa do líquido em que a mesma está imersa. O Stalagnômetro de Trawbe é outro meio que pode ser utilizado para determinação da tensão superficial. 2. Objetivo do Experimento 1) Calcular a tensão da água pelo método do peso da gota. 2) Calcular a tensão superficial das soluções etanólicas e de cloreto de sódio nas diferentes concentrações. 3-PROCEDIMENTOS 3.1-MATERIAIS UTILIZADOS · Termômetro · Pipeta · Beckers · Bureta · Balança analítica 3.2-SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS · Álcool etílico P.A · Água Destilada · Cloreto de sódio 3.3-METODOLOGIA Procedimento com a pipeta Lavou-se a pipeta com água destilada. Manteve-se o instrumento na posição vertical através de um suporte. Colocou-se um volume não definido de água destilada na pipeta e deixou-se pingar 20 (vinte) gotas num Becker seco. Em seguida levou-se para balança analítica e verificou-se a massa da água. Fez-se este procedimento duas vezes e tirou-se a média das massas. Repetiu-se todo procedimento com o Álcool etílico a 50% e PA a também e com as soluções de NaCl a 5%, 10% e 30%. Procedimento com a bureta Lavou-se a Bureta com água destilada. Conservou-se o instrumento na posição vertical através de um suporte. Colocou-se um volume não definido de água destilada na Bureta e deixou-se pingar 20 (vinte) gotas num Becker seco. Pesou-se na balança analítica e verificou-se a massa da água. Fez-se este procedimento duas vezes e tirou-se a média das massas. Repetiu-se todo o procedimento com o Álcool etílico à 50% e PA a também e com as soluções de NaCl a 5%, 10% e 30%. RESULTADOS E DISCUSSÃO 0. DADOS BURETA Temperatura inicial: 24°C Temperatura final: 24°C 24°C + 24°C = 24°C 2 Substâncias Massa de 20 gotas (em g) 1ª medição Massa de 20 gotas (em g) 2ª medição Média das massas (em g) γ (dinas/cm) Tensão superficial Água destilada 0,8620 0,8362 0,8491 - Álcool etílico 0,3391 0,2864 0,3142 26,6894 Acetona 0,2378 0,2466 0,2422 20,5734 Álcool a 50% 0,3950 0,3618 0,3784 32,1428 Observação: Álcool a 50% foi preparado com: 10 mL de água destilada e 10 mL de álcool etílico PIPETA Temperatura inicial: 24°C Temperatura final: 25°C 24°C + 25°C = 24,5°C 25°C 2 Observação: o valor da temperatura foi aproximado para 25°C Substâncias Massa de 20 gotas (em g) 1ª medição Massa de 20 gotas (em g) 2ª medição Média das massas (em g) γ (dinas/cm) Tensão superficial Água destilada 1,2149 1,1907 1,2028 - Álcool etílico 0,3961 0,4078 0,4014 24,0179 Acetona 0,3810 0,3840 0,3825 22,8870 Álcool a 50% 0,5325 0,5295 0,5310 31,7725 Observação: Álcool a 50% foi preparado com: 10 mL de água destilada e 10 mL de álcool etílico 0. APLICAÇÃO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS 1. Como um tensoativos quebra a tensão superficial? Os tensoativos são substâncias que possuem uma parte apolar (hidrofóbica) e outra polar (hidrofílica). Esta possui afinidade com água e a outra não. Ao serem adicionados em água, por exemplo, algumas moléculas permanecem na superfície água-ar com a parte hidrofílica voltada para o interior do líquido enquanto a parte hidrofóbica permanece voltada para o ar. Com esta modificação na interação das moléculas de água nesta região, não há uma forte atração das moléculas de água do interior sobre aquelas que estão na superfície. O que provoca redução na tensão superficial. 1. O que são micelas? Faça uma ilustração. Micela é uma estrutura globular formada por um agregado de moléculas anfipáticas, ou seja, compostos que possuem características polares e apolares simultaneamente, dispersos em um líquido constituindo uma das fases de um colóide. 1. Como são constituídos e como se classificam os surfactantes? Dê exemplos. São constituídos de uma parte apolar (hidrofóbica) e outra polar (hidrofílica). Dentre os tipos de tensoativos encontrados, temos os catiônicos, aniônicos e os não-iônicos. Os surfactantes mais comuns são os aniônicos que apresentam sulfato na estrutura, como o lauril sulfato de sódio e lauril sulfato de amônio. O lauril sulfato de sódio é, provavelmente, o agente surfactante mais utilizado nas indústrias de cosméticos. É relativamente uma matéria-prima barata, produz bastante espuma e é um agente de limpeza eficiente. 1. Agentes emulsificantes são capazes de impedir que os componentes (disperso e dispersante) de uma emulsão se separem. Caseína do leite, detergente e gema de ovo são agentes emulsificadores. Justifique e explique como funciona. Pois eles vão fazer com que os dois componentes se unam formando micelas, em uma mistura de água e óleo por exemplo, o óleo vai se ligar com a parte apolar do surfactante e a água com a parte polar formando uma estrutura assim: A caseína se trata de uma proteína que mantém unidas a gordura e a água presentes no leite. O sabão é constituído de moléculas que apresentam uma parte apolar e uma polar. A parte apolar é capaz de dissolver sujeiras gordurosas, por exemplo, gordura em panelas. Ao mesmo tempo, a parte polar liga-se às moléculas de água, retirando a sujeira da panela a ser limpa, formando assim uma emulsão (espuma emulsificante). A gema deovo, quando adicionada à maionese, impede que os ingredientes da mesma se separem: o óleo (ou azeite) se encontra disperso (dissolvido) no vinagre com auxílio da gema de ovo. 1. Defina molhabilidade e ângulo de contato. Representar a molhabilidade pelo ângulo entre o contorno da gota e a interface sólido/líquido. A tendência do líquido molhar a superfície sólida é denominada molhabilidade e pode ser representada pelo ângulo entre o contorno da superfície da gota e a interface líquido/sólido, denominado ângulo de contato (DALTIN, 2011). O sólido se mostrará completamente molhado pelo líquido se o ângulo de contato for zero, e somente parcialmente molhado se o ângulo de contato tiver valor finito. A redução da tensão superficial do líquido diminui o ângulo de contato e aumenta a área da superfície molhada (DALTIN, 2011). 4.2.6- Calcular tensão superficial das soluções utilizadas na pratica. Bureta (Temperatura média: 25ºC) Quadro 5.5 – Anotação dos dados experimentais (bureta) Solução (%) Massa de 20 gotas I (g) Massa de 20 gotas II (g) Média das massas (g) Massa de 1 gota (g) Água destilada 0,8528 0,8349 0,8438 0,0421 71, 82 NaCl 5% 0,9093 0,8880 0,8986 0,0449 71,74 NaCl 30% 1,0216 1,0113 1,0164 0,0508 85,50 Álcool 40% 0,4628 0,4636 0,4632 0,0231 40,66 Álcool PA 0,2843 0,2728 0,2785 0,0139 25,49 Acetona PA 0,2320 0,2453 0,2386 0,0119 21,78 Pipeta (Temperatura média: 25ºC) Quadro 5.4 – Anotação dos dados experimentais (pipeta) Solução (%) Massa de 20 gotas I (g) Massa de 20 gotas II (g) Média das massas (g) Massa de 1 gota (g) Água destilada 1,1896 1,2108 1,2002 0,06 71,51 NaCl 5% 1,3288 1,3904 1,3596 0,0679 80,73 NaCl 30% 1,5423 1,5422 1,5422 0,0771 86,11 Álcool 40% 0,6450 0,6420 0,6435 0,0321 39,79 Álcool PA 0,4105 0,3977 0,4041 0,0202 25,67 Acetona PA 0,3741 0,3830 0,3785 0,0189 23,97 . Interpolação para encontrar o raio da bureta 0,033450-------0,09946 0,0421----------x 0,084880-------0,29694 0,033450 - 0,0421 = 0,09946 - x 0,0421 - 0,084880 x - 0,29694 X= 0,1326 cm . Interpolação para achar o raio da pipeta 0,033450-------0,09946 0,06--------x 0,084880-------0,29694 0,033450 - 0,06 = 0,09946 – x 0,06 – 0,084880 x – 0,29694 X = 0,2014 cm Fator de correção: Há uma fórmula dada por , o resultado deste cálculo deve ser interpolado com os dados da Tabela de fatores de correção, encontrada na página 45 do Manual de práticas. Água destilada 0,35 -------- 0,7011 0,38 -------- x 0,40 -------- 0,6828 0,05 x = 0,0344 X=0,688 Álcool PA 0,50 -------- 0,6515 0,53 -------- x 0,55 -------- 0,6362 0,05 x = 0,032 X=0,64 Álcool 40 O valor tabelado para 0,45 é f=0,6669. Acetona PA 0,50 -------- 0,6515 0,53 -------- x 0,55 -------- 0,6362 0,05 x = 0,032 X=0,64 NaCl 5% 0,00 -------- 1,0000 0,29 -------- x 0,30 -------- 0,7256 -0,3 x = 0,2204 X=0,73 NaCl 30% 0,00 -------- 1,0000 0,29 -------- x 0,30 -------- 0,7256 -0,3 x = 0,2204 X=0,73 1. Bureta Água destilada NaCl 5% NaCl 30% Álcool 40% Álcool PA Acetona PA · Pipeta Água destilada NaCl 5% NaCl 30% Álcool 40% Álcool PA Acetona PA 4.2.7- Calcular o erro percentual, fazendo comentários · Bureta Na tabela encontrada no manual de prática, não há o valor da tensão superficial à temperatura de 25ºC, para descobrir esse valor, é necessário fazer uma interpolação. 20 ºC ------ 22,75 25ºC ------- X 30 ºC ------- 21,80 · Pipeta 1. Calcular a tensão superficial das soluções utilizadas na prática. BURETA PIPETA 1. Calcular o erro percentual, fazendo comentários. BURETA Interpolação do álcool à 24°C Álcool: Álcool a 50%: Interpolação da acetona à 24°C Acetona: PIPETA Interpolação do álcool à 25°C Álcool: Álcool a 50%: Acetona: 1. Dê sugestões interessantes sobre a prática, que possa contribuir para experiências futuras. Para minimizar erros, deve-se colocar duas pessoas na contagem das gotas, a balança tem que estar calibrada corretamente para evitar que o valor experimental altere muito do valor teórico, as substâncias devem estar dentro da validade, pois com o passar do tempo acaba tendo interferência.
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