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AULA 3 - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

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Competência da Justiça do Trabalho
Regras de competência material e territorial – artigos 114 da CF e 651 da CLT.
AULA 3
COMPETÊNCIA:
É a delimitação da Jurisdição, atribuindo a cada órgão o exercício de sua atividade. Assim, cada órgão somente exerce a jurisdição dentro da delimitação feita pelas regras de competência.
Assim, a competência é a atribuição que os órgãos do Poder Judiciário têm para julgar e solucionar um conflito existente entre as pessoas.
Existem regras que determinam as formas de competências da Justiça do Trabalho.
COMPETÊNCIA MATERIAL
A competência em razão da matéria na justiça do trabalho é delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo.
Tem se entendido que a determinação da competência material na Justiça do Trabalho é fixada em decorrência da causa de pedir e do pedido.
COMPETÊNCIA MATERIAL. Definição na CF:
CF/88. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  
          
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;                  
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;                 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;             
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;              
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;                  
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;                  
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;            
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.              
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.              
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.           
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.            
Importante:
O Supremo Tribunal Federal determinou ao deferir medida cautelar na ADI 3.395-6, a suspensão de toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do artigo 114 da Constituição Federal, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.
Jurisprudência:
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 114, I, DA CONSTITUIÇÃO. JULGAMENTO DA ADI 3395-6 PELO STF. Segundo a decisão proferida pelo STF no julgamento da ADI 3395-6, o art. 114, I, da Constituição, atribui competência à Justiça do Trabalho para o julgamento de lides concernentes a vínculos empregatícios celebrados pela administração pública direta e indireta dos entes federados, mas não para o julgamento de controvérsias relativas às relações de ordem estatuária ou de caráter jurídico administrativo.
(TRT-3 - RO: 00100752120195030165 MG 0010075-21.2019.5.03.0165, Relator: Vitor Salino de Moura Eca, Data de Julgamento: 19/12/2019, Decima Turma, Data de Publicação: 24/01/2020).
Exceção do art. 102 da CF:
CF/88. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
Ação de dano material e moral:
DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido (Súmula 392, Tribunal Superior do Trabalho).
Dano moral na fase pré-contratual:
DANO MORAL PRÉ-CONTRATUAL CONFIGURADO. O dano moral atinge o patrimônio imaterial ou não patrimonial da pessoa física e pode se consubstanciar na forma de dano pré-contratual. Este ocorre, por exemplo, quando a empresa ilude o trabalhador, causando-lhe expectativa exacerbada de contratação, mormente quando a fase das tratativas inclui a realização de exames admissionais, gerando no obreiro a quase certeza da admissão, que, por fim, não ocorre.
(TRT-5 - RECORD: 6004920095050193 BA 0000600-49.2009.5.05.0193, Relator: LUÍZA LOMBA, 2ª. TURMA, Data de Publicação: DJ 05/03/2010).
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento a recurso e declarou a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações envolvendo cobrança de honorários advocatícios (RR 48900-38.2008.5.15.0051 SDI-1 – TST).
AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. A Justiça do Trabalho é incompetente para julgar pedido envolvendo ação de cobrança de honorários advocatícios contratuais. Incide na espécie o disposto na Súmula nº 363 do Superior Tribunal de Justiça. Sentença mantida no aspecto.
(TRT-4 - RO: 00206301320165040121, Data de Julgamento: 26/04/2018, 7ª Turma).
Súmula 363 STJ.
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
Data da Publicação - DJe 31.10.2008.
Competência Territorial:
Também chamada de competência em razão do local define a competência da Justiça do Trabalho para julgar as ações relativas a conflitos ocorridos em um espaço geograficamente delimitado.  
Regra geral: 
local da prestação de serviço.
A regra na Justiça do Trabalho é que a competência das Varas do Trabalho é determinada pelo local onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviço ao empregador, ainda que tenha sido contratado em local ou no estrangeiro.
CLT. Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Art. 651, § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
RECURSO DE REVISTA. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. RECLAMAÇÃO AJUIZADA NO DOMICÍLIO DO RECLAMANTE. ELEIÇÃO DE FORO PELO EMPREGADO. POSSIBILIDADE APENAS NA HIPÓTESE DE O DOMICÍLIO COINCIDIR COM O LOCAL DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO OU DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. Em respeito ao princípio constitucionalda ampla defesa, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a possibilidade de eleição de foro pelo empregado, para o ajuizamento de reclamação trabalhista, deve-se pautar pelos critérios objetivos fixados no art. 651, "caput" e parágrafos, da CLT. O preceito consolidado franqueia a possibilidade de ajuizamento da ação no foro do domicílio do empregado, ou da localidade mais próxima, quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial. Nas demais situações, o reclamante somente poderá ajuizar a reclamação trabalhista no seu domicílio se este coincidir com o local da prestação dos serviços ou da celebração do contrato. Na hipótese, o reclamante foi contratado para prestar serviços na cidade de Itaboraí-RJ e a ação foi ajuizada na Vara do Trabalho de Orlândia - SP, lugar de seu atual domicílio, não restando evidenciado motivo excepcional para flexibilizar a regra de competência territorial. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. II - AGRAVO DE INSTRUMENTO. Em razão do decidido no recurso de revista, resta prejudicada a análise do apelo.
(TST - ARR: 112204420165150146, Relator: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 04/03/2020, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/03/2020).
Art. 651, § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
EMENTA. CONFLITO DE LEI NO ESPAÇO. CLT. LICC. CÓDIGO DE BUSTAMANTE. Ao empregado brasileiro, residente nos Estados Unidos da América, tendo sido contratado e prestado serviços no território alienígena, cuja empresa também tem sede neste território nacional, é conferida a faculdade de ajuizar sua demanda naquele ou neste País, pois a competência está fixada em norma especial, a consolidada, art. 651, § 2º, e também na geral, LICC, art. 9º, além de prevista no Código de Bustamante, sendo-lhe, contudo aplicada a lex loci executionis, que deve ser provada pelas partes, inclusive no que se refere ao prazo prescricional do direito perseguido.
PROCESSO TRT 2ª REGIÃO. Nº 00158.2003.056.02.00-4
Art. 651, § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO. A moderna doutrina, interpretando o § 3º do artigo 651 da CLT conforme o princípio do acesso à justiça (CRFB, art. 5º, XXXV), posiciona-se no sentido de que em se tratando de empregador que arregimente empregado domiciliado em outro município ou estado da federação, poderá o trabalhador optar por ingressar com a reclamatória na Vara do Trabalho de seu domicílio, do local da contratação ou do local da prestação dos serviços.
(TRT-17 - RO: 00003871720185170121, Relator: JAILSON PEREIRA DA SILVA, Data de Julgamento: 17/06/2019, Data de Publicação: 08/07/2019).
Jurisprudência:
RECURSO ORDINÁRIO DAS RECLAMADAS. CONTRATO CELEBRADO NO BRASIL. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO NO BRASIL E NO EXTERIOR. COMPETÊNCIA. Tratando-se a hipótese de trabalhador, contratado no Brasil, por empresa com domicílio no Brasil, para prestar serviço no Brasil e no exterior, é competente a Justiça brasileira para processar e julgar a ação, sendo, inclusive, assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços, conforme art. 651 , §§ 2º e 3º da CLT . Recurso das reclamadas a que se nega provimento, no ponto. 
Processo: ROT - 0001739-71.2017.5.06.0017 , Redator: Andrea Keust Bandeira de Melo, Data de julgamento: 21/10/2020, Primeira Turma, Data da assinatura: 23/10/2020).
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO:
A Justiça do Trabalho é parte que integra o Poder Judiciário (artigo 92, Constituição Federal), composta pelo Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho (artigo 111, Constituição Federal).
TST:
Tribunal Superior do Trabalho – TST
É o órgão máximo da Justiça do Trabalho. Sua composição é de:
a) 27 (vinte e sete) ministros, togados e vitalícios, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal;
b) 1/5 (um quinto) destes membros é escolhido dentre advogados com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício da função e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior (artigo 111-A, Constituição Federal).
A CLT e o Regimento Interno do TST disciplinam a composição, as seções e o funcionamento do Tribunal Superior do Trabalho. 
Este é o teor do art. 113 da CF:
“A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho”.
São órgãos que compõem o TST: 
Tribunal Pleno; 
 Órgão Especial; 
 Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC); 
 Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI), dividida em Subseção I e
Subseção II; 
8 (oito) Turmas;
 Comissões Permanentes: de Regimento Interno; de Jurisprudência e Precedentes Normativos; e de Documentação.
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – TRT
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – TRT
São órgãos de segunda instância. Sua composição é:
a) de, no mínimo, 7 (sete) juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 (trinta) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade;
b) 1/5 (um quinto) destes membros é escolhido dentre advogados com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício e os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente (artigo 115, Constituição Federal).
Na República Federativa do Brasil existem 24 (vinte e quatro) Tribunais Regionais do Trabalho, na medida em que os Estados do Tocantins, Roraima, Acre e Amapá não possuem Tribunal Regional do Trabalho isoladamente, sendo agregados a outros Tribunais. 
De outra sorte, o Estado de São Paulo é o único Estado da Federação que possui dois TRTs (2ª Região e 15ª Região).
COMPETÊNCIA DO TRT
Artigos 678 da CLT
Art. 678 -   Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:             
I - ao Tribunal Pleno, especialmente:        
a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos;
b) processar e julgar originàriamente:
1) as revisões de sentenças normativas;
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos;
3) os mandados de segurança;
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento;
c) processar e julgar em última instância: 
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas;
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos;
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aquêles e estas;
d) julgar em única ou última instâncias:
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores;
2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários.
II - às Turmas:               
a) julgar os recursos ordinários previstosno art. 895, alínea a ;
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, êstes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada;
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e  julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem.
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c" , inciso 1, dêste artigo.     
Ainda sobre competência dos TRT’s:
Por fim, com o advento da EC n. 45/2004 (Reforma do Judiciário), foram trazidas duas novidades aos TRTs:
1ª) Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a Justiça Itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
2ª) Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras Regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
DOS JUÍZES DO TRABALHO
São órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho compostas por 1 (um) juiz do trabalho togado, que entra na carreira da Magistratura por meio de concurso público de provas e títulos, de acordo com os requisitos previstos em lei.
Os juízes do trabalho têm, de acordo com o artigo 95 da Constituição Federal, as seguintes garantias:
a) Vitaliciedade1: é a impossibilidade de perda do cargo, exceto por sentença penal condenatória transitada em julgado. Para os juízes de primeiro grau, a vitaliciedade é adquirida após 2 (dois) anos de exercício;
b) Inamovibilidade: garantia dada ao juiz de não ser transferido de local, exceto se houver interesse público. Tal hipótese deve ser reconhecida por meio de decisão dada pela maioria absoluta do Tribunal ao qual ele pertence ou pelo Conselho Nacional de Justiça;
c) Irredutibilidade de subsídio: garantia dada ao juiz de não ter a sua remuneração reduzida.
CF/88: 
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.     
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.      
Art. 652 da CLT:
Art. 652.  Compete às Varas do Trabalho:                 
a) conciliar e julgar:
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato 
individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-
Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;               
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) julgar os recursos interpostos das decisões do presidente, nas execuções;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;                   
e) impor multa e demais penalidades relativas aos atos de sua competência.                 
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do 
Trabalho.                
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles 
que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, 
constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. 
Art. 653 da CLT:
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e 
Julgamento:                
requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições;
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais 
ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
c) julgar as suspeições argüidas contra os seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, 
quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição.

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