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Vasos sanguíneos

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1 
 
 
V A S O S S A N G U Í N E O S 
 
Podem ser divididos em vasos da macrocirculação 
(artérias e veias de vários calibres) e da 
microcirculação (arteríolas, vênulas e capilares). 
Artérias e veias realizam transporte de nutrientes entre 
o coração e os órgãos (uma leva e outra trás). E os 
vasos de menor calibre, são importantes nos processos 
de intercâmbio entre o sangue e os tecidos 
circunjacentes (em processos normais e inflamatórios). 
 
H I S T O L O G I A D O S V A S O S: 
A parede dos vasos é composta maioritariamente por 
endotélio (epitélio originado no mesênquima), tecido 
muscular e tecido conjuntivo. A associação desses 
tecidos, formam as chamadas túnicas e a quantidade 
desses componentes presentes em cada órgão, vai 
depender de fatores mecânicos (ex. pressão) e 
metabólicos. 
 
 
E N D O T É L I O 
 Tipo especial de epitélio pavimentoso simples, 
que funciona como uma barreira semipermeável 
entre o plasma sanguíneo e o líquido intersticial. 
 Ao mesmo tempo que “trabalha” ativamente nas 
trocas bidirecionais de pequenas moléculas, 
controla também o transporte de 
macromoléculas. 
 O tipo de endotélio varia de acordo com o vaso 
que reveste. 
 Executa funções nas trocas entre o sangue e 
os tecidos, na conversão de angiostensina 1 
em angiostensina 2 (relacionada com 
pressão), conversão de norepinefrina, 
serotonina, trombina, prostaglandinas em 
compostos inertes, produz fatores 
vasoativos que influenciam o tônus vascular 
(como endotelinas, agentes vasodilatadores e 
fatores de relaxamento), além de fatores de 
crescimento (formação do sistema vascular no 
embrião) e secreta colágeno tipo 2, 4 e 5 e 
Fator de von Willebrand (envolvido na cascata 
de coagulação – realiza a adesão das plaquetas 
a parte lesionada) e fatores vasoativos e realiza 
lipólise de lipoproteínas (auxilia na 
homeostase). 
 
M Ú S C U L O L I S O 
 Presente em todos os vasos sanguíneos, 
exceto capilares e vênulas pericíticas. 
 Compõem a túnica média e estão dispostos de 
forma helicoidal. 
 São envoltos por uma lâmina basal e 
quantidades variáveis de tecido conjuntivo 
produzido por elas mesmo. 
 As células musculares lisas vasculares, em 
artérias e arteríolas principalmente, são 
conectadas por junções comunicantes (gap). 
 
T E C I D O C O N J U N T I V O 
 A quantidade presente nos vasos, varia de 
acordo com suas necessidades. 
 São comuns fibras colágenas entre células 
musculares, na camada adventícia e na camada 
subendotelial de alguns vasos. Já o colágeno do 
tipo 4, é encontrado nas membranas basais, o 
do tipo 3 na túnica média e o tipo 1 na 
adventícia. 
 Apresenta também fibras elásticas, 
principalmente na parede das artérias (permite 
o estiramento). 
 Contém substância fundamental, forma tipo um 
gel nos espaços extracelulares – contém muito 
glicosaminoglicano nas paredes das artérias do 
que das veias. 
 
T Ú N I C A S 
2 
 
 
T Ú N I C A Í N T I M A: 
 Apresenta camadas de células endoteliais 
apoiadas sobre uma lâmina basal. Essa lâmina, 
é revestida por uma camada de tecido 
conjuntivo frouxo denominada de camada 
subendotelial (pode conter células musculares 
lisas e fibras colágenas). Apresenta lâmina 
elástica interna (divisor com a túnica média); 
 Mais íntima com o lúmen do vaso (luz do vaso - 
sangue que corre) – camada de revestimento 
interno. 
 
T Ú N I C A M É D I A: 
 Composta basicamente por células 
musculares lisas organizadas de forma 
helicoidal. 
 Responsável pela vasoconstrição e 
vasodilatação; 
 Interpostas as células musculares, existe em 
quantidades variáveis, matriz extracelular 
(colágeno tipo 3 – fibras reticulares- 
proteoglicanos, lamelas elásticas e 
glicoproteínas). Esses materiais da matriz 
extracelular, são produzidos pelas células 
musculares lisas. 
 
T Ú N I C A A D V E N T Í C I A: 
 Camada de revestimento externo. 
 Composta basicamente de colágeno do tipo 1 e 
fibras elásticas. 
 Contínua com o tecido conjuntivo do órgão no 
qual o vaso sanguíneo está passando. 
 
Em alguns vasos grandes, principalmente veias do que 
artérias, tem-se a presença de VASA VASORUM (vaso 
do vaso). Esses vasos, normalmente são arteríolas, 
vênulas e capilares que se ramificam para ajudar na 
nutrição dos vasos maiores – ficam na túnica adventícia. 
 
 
 
I N E R V A Ç Ã O 
 Contém fibras não mielínicas da inervação 
simpática (nervos vasomotores) na maioria das 
paredes dos músculos lisos. 
 Apresentam como neurotransmissor a 
norepinefrina – causa vasoconstrição – que 
precisa se difundir para alcançar as células 
musculares da camada média (nas artérias). 
 Nas veias, as terminações nervosas alcançam 
a camada adventícia e média. 
 As terminações nervosas aferentes (sensoriais) 
das artérias incluem os barorreceptores 
(receptores de pressão), o seio carotídeo e o 
arco da aorta, como também 
quimiorreceptores da carótida e corpos 
aórticos. 
 
 
 
3 
 
A R T É R I A S 
 Classificadas como: artérias elásticas, artéria de 
diâmetro médio ou artérias musculares e 
arteríolas. 
 A túnica íntima é separada da média por uma 
lâmina elástica interna – composta 
principalmente de elastina. 
 Túnica média é a sua camada mais espessa 
(para aguentar grandes pressões). 
 
G R A N D E S A R T É R I A S E L Á S T I C A S: 
 Estabilizam o fluxo sanguíneo - condutoras; 
 Artéria aorta e seus grandes ramos; 
 Localizadas próximas ao coração; 
 Apresentam coloração amarelada devido ao 
acúmulo de elastina na túnica média – aumenta 
com a idade; 
 A túnica íntima dessas artérias, é mais espessa 
que a túnica íntima de artérias musculares; 
 A túnica adventícia é pouco desenvolvida; 
 Apresentam mais fibras elásticas do que 
músculo liso; 
 Durante a sístole, a lâmina elástica está 
distendida e reduz a variação de pressão. Já na 
diástole, quando a pressão ventricular cai as 
propriedades elásticas ajudam a manter a 
pressão arterial; 
 Apresentam corpos carotídeos - são 
pequenos quimiorreceptores sensíveis à 
concentração de dióxido de carbono e oxigênio 
no sangue, encontrados perto da bifurcação da 
artéria carótida comum e são irrigados, por 
vasos capilares fenestrados que envolvem as 
células do tipo 1 (contém vesículas que 
armazenam serotonina, epinefrina e dopamina) 
e tipo 2 (de suporte); 
 A maioria dos nervos do corpo carotídeo são 
aferentes (levam pro SNC); 
 E as células do tipo 1 realizam processo de 
despolarização (saída de K+ e entrada de Ca2+ 
e liberação dos neurotransmissores por 
exocitose); 
 Os seios carotídeos, são pequenas dilatações 
das artérias carótidas internas. Esses seios 
contêm barorreceptores que detectam 
variações na pressão sanguínea e transmitem 
essa informação ao sistema nervoso central, 
que processa a informação e tenta controlar a 
vasoconstrição e manter a pressão sanguínea 
normal. 
 
 
A medida que os vasos se distanciam do coração, a 
pressão vai diminuindo. 
 
A R T É R I A S M U S C U L A R E S M É D I A S: 
4 
 
 Contêm a túnica média formada essencialmente 
por células musculares lisas – artérias 
distribuidoras; 
 Apresentam muito mais músculo liso do que 
fibras elásticas; 
 Apresenta camada subendotelial um pouco 
mais espessa do que nas arteríolas; 
 Na túnica média contém fibras reticulares, 
lamelas elásticas, proteoglicanos, etc. 
 Na túnica adventícia, contém tecido conjuntivo 
frouxo, vasa vasorum, vasos capilares 
linfáticos etc. 
 Podem controlar o fluxo de sangue para vários 
órgãos, contraindo ou relaxando as células 
musculares da túnica média. 
 
 
A R T E R Í O L A S: 
 Artérias de pequeno calibre – resistentes 
(controlam o fluxo na microcirculação); 
 Apresentam camada subendotelial bem fina, 
com poucas lâminas elásticas e poucas células 
musculares lisas. 
 Existem ainda, as meta-arteríolas (apresentam 
esfíncteresque fecham completamente e 
nenhum sangue passa por elas); 
 Anastomoses arteriovenosas – 
comunicações diretas entre arteríolas e vênulas 
(comum nos músculos esqueléticos e na pele 
das mãos e dos pés – contribuem para regular 
a circulação nos capilares). 
 
 
C A P I L A R E S 
 São vasos que sofrem variações estruturais que 
os adaptam e são responsáveis pelas trocas 
metabólicas entre o sangue e os tecidos 
circunvizinhos (vasos de troca); 
 Formados apenas por 1 camada de endotélio 
(apresentam poucas células que são 
produzidas pelo próprio endotélio) e não são tão 
longos; 
 As células endoteliais prendem-se lateralmente 
umas às outras, por meio de zônulas de oclusão 
- desempenham importante papel na fisiologia 
do sistema circulatório. Essas junções 
apresentam permeabilidade variável a 
macromoléculas, de acordo com o tipo de vaso 
sanguíneo considerado, e desempenham um 
papel fisiológico significativo tanto em 
condições normais como patológicas. 
 Em vários locais ao longo dos capilares e de 
vênulas pós capilares ou pericíticas, células de 
origem mesenquimal (células tronco), dotadas 
de longos processos citoplasmáticos, 
envolvem porções de células endoteliais. 
Essas células são chamadas de pericitos ou 
células CD146 +CD34 –CD45. Apresentam 
miosina, actina e tropomiosina e isso sugere 
fortemente que essas células também tenham 
uma função contrátil; 
 Podem ser divididos em: 
- capilares somáticos ou contínuos: não 
apresentam fenestras em sua parede ( 
parede pouco permeável) - é encontrado em 
todos os tipos de tecido muscular, em tecidos 
conjuntivos, glândulas exócrinas e tecido 
nervoso. Apresentam vesículas de pinocitose; 
5 
 
- capilares fenestrados ou viscerais: 
apresentam fenestras nas paredes, os quais 
obstruídos por um diafragma. São encontrados 
em tecidos nos quais acontece intercâmbio 
rápido de substâncias entre os tecidos e o 
sangue, como o rim, o intestino e as 
glândulas endócrinas. Macromoléculas 
injetadas experimentalmente na circulação 
sanguínea podem cruzar a parede capilar por 
essas fenestras e entrar nos espaços 
intersticiais. 
- capilares fenestrados e destituídos de 
diafragma: o sangue está separado dos tecidos 
apenas por uma lâmina basal muito espessa e 
contínua (sem diafragma). Comum no 
glomérulo renal – trocas são muitas e rápidas. 
- capilares sinusóides: Caminho tortuoso e 
diâmetro bem maior que o dos demais capilares 
(30 a 40 μm), o que reduz a velocidade da 
circulação do sangue - estravazamento. 
Suas células endoteliais formam uma camada 
descontínua e são separadas umas das outras 
por espaços amplos. O citoplasma das células 
endoteliais exibe fenestrações múltiplas, as 
quais são desprovidas de diafragmas, e a 
lâmina basal é descontínua. Nesse tipo de 
capilar, macrófagos são encontrados entre as 
células endoteliais - são encontrados 
principalmente no fígado e em órgãos 
hemocitopoéticos (formadores das células do 
sangue), como a medula óssea e o baço. A 
estrutura da parede desses vasos facilita muito 
o intercâmbio entre o sangue e os tecidos. 
 
 Apresentam metarteríolas: camada 
descontínua de músculo liso que formam os 
capilares. Essas metarteríolas ajudam a 
controlar a circulação capilar quando ocorre por 
toda a rede capilar contraindo seus músculos 
lisos. 
A circulação capilar é controlada por excitação neural 
e hormonal, e a riqueza de vasos da rede capilar é 
relacionada com a atividade metabólica dos tecidos. 
Tecidos que têm taxas metabólicas altas, como rim, 
fígado e músculos cardíaco e esquelético, contêm uma 
rede capilar abundante; o oposto é verdade para tecidos 
com baixas taxas metabólicas, como o músculo liso e o 
tecido conjuntivo denso. 
O fluxo lento de sangue e a delgada parede dos 
capilares tornam esses vasos um local favorável para 
trocas entre o sangue e os tecidos. 
 
V Ê N U L A S 
 Chamadas de pós capilares ou pericíticas (vêm 
após dos capilares); 
 São “veias” de pequeno calibre – contém 1 
única camada de células endoteliais com 
junções frouxas muito permeáveis entre elas 
que são revestidas por células pericíticas 
contráteis; 
 Sem músculo liso; 
 Essas vênulas pericíticas têm várias 
características funcionais e morfológicas em 
comum com os capilares; por exemplo, 
participam em processos inflamatórios e trocas 
de moléculas entre o sangue e os tecidos. 
Mediadores da inflamação, como a histamina produzida 
pelos mastócitos do tecido conjuntivo, alteram a 
permeabilidade vascular de vênulas pós-capilares, 
facilitando a passagem de células da defesa do sangue 
para os tecidos. 
 A maioria das vênulas, entretanto, é do tipo 
muscular, contendo pelo menos algumas 
células musculares lisas na sua parede. As 
vênulas também podem influenciar o fluxo de 
sangue nas arteríolas por meio da produção e 
secreção de substâncias vasoativas difusíveis. 
 
V E I A S 
 São vasos aferentes (levam o sangue pro 
coração) e mais “achatadas”; 
6 
 
 Recebem sangue das vênulas e são 
classificadas como: pequeno, médio e de 
grande calibre. 
 São mais ‘maleáveis” que as artérias. 
 A maioria das veias são de pequeno e médio 
calibre e que contém algumas células 
musculares em suas paredes. 
 Não apresentam membrana elástica interna. 
 A íntima apresenta normalmente uma camada 
subendotelial fina composta por tecido 
conjuntivo, que pode estar muitas vezes 
ausente. A túnica média consiste em pacotes de 
pequenas células musculares lisas 
entremeadas com fibras reticulares e uma 
rede delicada de fibras elásticas. Nas veias, a 
túnica adventícia é a mais espessa e bem 
desenvolvida das túnicas. 
Os grandes troncos venosos, perto do coração, são 
veias de grande calibre. As grandes veias têm uma 
túnica íntima bem desenvolvida, mas a média é 
muito fina, com poucas camadas de células musculares 
lisas e abundante tecido conjuntivo. Frequentemente, a 
adventícia contém feixes longitudinais de músculo 
liso e fibras colágenas. Essas veias, particularmente 
as maiores, contêm válvulas no seu interior, que 
consistem em dobras da túnica íntima em forma de 
meia-lua, que se projetam para o interior do lúmen do 
vaso – impedem o reflexo do sangue. Comum nas veias 
dos membros inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
F I S I O L O G I A V A S C U L A R: 
 
C I R C U L A Ç Ã O S A N G U Í N E A 
 Serve para suprir as necessidades dos tecidos 
corporais – transporte de nutrientes; 
 Dividida em circulação sistémica (grande 
circulação ou periférica – lado esquerdo) e 
circulação pulmonar (pequena circulação – lado 
direito); 
 Envolve o coração e vasos sanguíneos; 
 Funciona em sistemas fechados. 
 
 
C O R A Ç Ã O: 
 Bomba dupla em série: 
- circulação sistêmica x circulação pulmonar 
- contração atrial x contração ventricular 
 
V A S O S S A N G U Í N E O S: 
 Artérias: transportam sangue para os tecidos 
sob altas pressões – apresentam paredes 
vasculares fortes e transporte rápido do sangue. 
 Arteríolas: ramos finais das artérias e realizam 
a condução do sangue para os capilares – 
apresentam paredes vasculares resistentes e 
podem alterar o fluxo sanguíneo em cada 
tecido, de acordo com a necessidade através da 
vasoconstrição e vasodilatação. 
 Capilares: realiza a troca de nutrientes entre o 
sangue e o líquido intersticial – por isso 
apresentam paredes muito finas e normalmente 
com fenestras. 
 Vênulas: transportam o sangue dos capilares e 
de forma gradual se “transformam” em veias 
maiores. 
 Veias: levam o sangue de volta para o coração 
sob baixas pressões – por esse motivo, suas 
paredes são mais finas, mas ainda assim 
apresentam células musculares para contrair e 
expandir de acordo com a necessidade da 
contração. 
 
O controle da circulação sanguínea pelo sistema 
nervoso, principalmente com a estimulaçãosimpática, 
causa o aumento do tônus muscular liso. 
 
V O L U M E S A N G U Í N E O: 
 Constante: 
- 84% na circulação sistémica (64% nas veias, 
13% nas artérias e 7% nas arteríolas e 
capilares); 
- 16% no coração e pulmões (9% nos pulmões 
e 7% no coração). 
 
P R I N C Í P I O S D A C I R C U L A Ç Ã O: 
8 
 
 A circulação apresenta 3 princípios básicos 
subjacentes a todas as suas funções: 
 
I. Intensidade ou velocidade do fluxo 
sanguíneo para cada tecido corporal: é 
quase sempre controlado em relação às 
necessidades teciduais, ou seja, os microvasos 
são responsáveis pelo controle (de mais ou de 
menos nutrientes) de acordo com as 
necessidades dos tecidos. Também pode ser 
controlado pelo sistema nervoso central 
(controle neural) e também os hormônios. 
Nesse caso, o coração não pode realizar esse 
controle quando apenas 1 tecido em particular 
precisa de “mudanças” no fluxo. 
II. O débito cardíaco, é controlado 
principalmente pela soma de todos os fluxos 
teciduais: depois de fluir pelos tecidos, o 
sangue retorna para o coração pelas veias. O 
coração imediatamente bombeia esse sangue 
para as artérias. Dessa forma, o coração 
funciona como autômato, respondendo as 
demandas dos tecidos. 
III. A regulação da pressão arterial é geralmente 
independente do fluxo sanguíneo local ou 
débito cardíaco: o sistema circulatório tem 
sistema extensivo de controle da pressão 
sanguínea arterial. Exemplo – se em dado 
momento a pressão arterial de uma pessoa cai 
e fica abaixo do normal (cerca de 100mmHg), 
conjunto de reflexos nervosos desencadeiam 
em poucos segundos alterações circulatórias 
para normalizar a pressão. 
Como ocorre? Os sinais nervosos agem aumentando o 
bombeamento cardíaco, causando constrição dos 
grandes reservatórios venosos para levar mais sangue 
pro coração e causa constrição generalizada na maioria 
das arteríolas em todo o corpo, ocasionando acúmulo de 
sangue nas grandes artérias e aumenta a pressão 
arterial. 
F L U X O S A N G U Í N E O: 
 Quantidade de sangue que passa por 
determinado ponto da circulação durante certo 
intervalo de tempo. 
 Velocidade do fluxo sanguíneo - é controlada 
pela área de secção transversal, ou seja, na 
macrocirculação (veias, artérias) a velocidade é 
muito maior do que na microcirculação 
(arteríolas, vênulas e capilares); 
 Formado devido um gradiente de pressão – 
quando existe uma diferença de pressão, o fluxo 
tende a ir pra região de maior pressão pra de 
menor; 
 Definido pela Lei de Ohm: F= ∆𝑃 𝑅⁄ 
 Fluxo pode ser: 
- laminar: o sangue ele flui de forma estável 
(como se fosse em “linha reta”) – fluxo mais 
lento nas regiões próximas das paredes do 
vasos e fluxo mais rápido nas regiões mais 
distantes (no centro do vaso). 
- turbulento: o sangue flui em várias direções 
(de forma “desorganizada”) – situações como 
essa, ocorrem em indivíduos que apresentam 
aterosclerose (placas nos vasos) e também 
quando realiza a medição da preção com 
esfigmomanômetro (“aperta”). 
 
 Apresenta resistência – impedimento ao fluxo 
sanguíneo pelo vaso -, como: 
 
- Resistência vascular periférica (RVP): 
quanto menor o diâmetro do vaso, quanto 
maior o seu comprimento e a concentração 
sanguínea (viscosidade sanguínea) mais difícil 
(maior resistência) fica o fluxo pelo vaso. 
 
P R E S S Ã O S A N G U Í N E A 
 Força exercida pelo sangue contra qualquer 
área da parede vascular (zona de maior pressão 
para zona de menor pressão). 
 Pressão sistólica (maior pressão) e Pressão 
diastólica (menor pressão ao longo do 
percurso). 
O que é o pulso? É a transmissão de energia, que 
ocorre devido à contração ventricular que como os 
vasos não são rígidos (tem complacência) transmitem 
essa “onda”. Analisa a frequência cardíaca e é definida 
como a pressão sistólica – diastólica. 
 
 Apresenta fatores determinantes físicos como, 
volemia e complacência arterial (mais 
9 
 
“maleável”) e fisiológicos como, resistência 
vascular periférica e débito cardíaco. 
 
Conceitos: distensibilidade vascular (medida percentual 
– o vaso aumentou de calibre %) e complacência ou 
capacitância vascular – medida absoluta. Além da 
condutância – facilidade de passar (inverso da 
resistência -> Condutância = 1/ Resistência). 
 
T R O C A S – M I C R O C I R C U L A Ç Ã O 
O meio mais importante de transferência de substâncias 
entre o plasma e o líquido intersticial é a difusão. Esse 
processo de trocas, ocorre nos capilares sanguíneos. 
Envolvem pressão hidrostática, pressão coloidosmótica 
e o sistema linfático – “forças de Starling”. 
- Pressão hidrostática ou de filtração: “pressão da 
mangueira” – pressão sobre a parede dos vasos (as 
paredes contêm vários furos que quanto maior a 
pressão, maior a quantidade de fluidos vazados pelos 
furos – maior a troca). Essa é a pressão que expulsa os 
nutrientes do vaso. 
- Pressão coloidosmótica ou oncótica: como saiu 
muito líquido devido a pressão osmótica, ocorre o 
aumento da concentração de sólidos nos vasos – 
proteínas, principalmente albumina – que realizam uma 
pressão de reabsorção (a volta do líquido). Se 
assemelha com a pressão osmótica. Contém falhas. 
- Sistema linfático: entra para reabsorver o líquido que 
ficou e desemboca no sistema venoso. 
 
Equilíbrio de Starling pra a Troca capilar: a 
quantidade de líquido filtrado para fora nas 
extremidades arteriais dos capilares, é quase igual a 
quantidade que volta pra circulação por absorção. 
 
 
C O N T R O L E S A N G U Í N E O 
 Serve para controlar o fluxo sanguíneo, de 
acordo com as necessidades individuais de 
cada tecido. 
 Pode ser local ou humoral. 
 
C O N T R O L E L O C A L: 
Pode ser dividido em 2 fases: 
- Controle agudo: realizado por meio de rápidas 
variações da vasodilatação ou da vasoconstrição local 
das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-capilares, 
ocorrendo em segundos ou minutos para permitir a 
manutenção muito rápida do fluxo sanguíneo tecidual 
local apropriado. 
Um dos nutrientes metabólicos mais necessários é o 
oxigênio. Quando a disponibilidade de oxigênio para os 
tecidos diminui, conforme acontece (1) nas grandes 
altitudes, como no topo de montanha; (2) na pneumonia; 
(3) na intoxicação por monóxido de carbono (que 
impede a hemoglobina de transportar oxigênio); ou (4) 
na intoxicação por cianeto (que impede os tecidos de 
utilizar oxigênio), o fluxo sanguíneo pelo tecido aumenta 
intensamente. 
 
- Para o retorno venoso, é necessário: menor pressão 
(pressão de troca), veias (e as válvulas), musculatura 
dos membros inferiores (músculo gastrocnêmio – 
“batata” da perna) e sistema respiratório (expansão 
torácica, principalmente). 
 
Não é totalmente compreendido o mecanismo pelo qual 
as variações no metabolismo tecidual ou na 
disponibilidade de oxigênio modificam o fluxo sanguíneo 
nos tecidos, embora tenham sido propostas duas teorias 
principais: a teoria da vasodilatação e a teoria da 
demanda de oxigênio. 
10 
 
TEORIA DA VASODILATAÇÃO: quanto maior a 
intensidade do metabolismo ou menor a 
disponibilidade de oxigênio ou de outros nutrientes 
para o tecido, maior será a intensidade/velocidade 
de formação de substâncias vasodilatadoras pelas 
células teciduais. Acredita-se que as substâncias 
vasodilatadoras se difundam pelos tecidos até os 
esfíncteres pré-capilares, metarteríolas e arteríolas, 
causando dilatação. Algumas das diferentes 
substâncias vasodilatadoras, que foram sugeridas, são 
a adenosina, o dióxido de carbono, os compostos 
fosfatados de adenosina, a histamina, os íons 
potássio e os íons hidrogênio. As substâncias 
vasodilatadoras podem ser liberadas pelo tecido em 
resposta à deficiência de oxigênio. 
TEORIA DA FALTA DE OXIGÊNIO: O oxigênio é um 
dos nutrientes metabólicos necessários que provocam a 
contração do músculo vascular (com a necessidade 
também deoutros nutrientes). Assim, na ausência de 
quantidades adequadas de oxigênio, é razoável a 
crença de que os vasos sanguíneos de forma 
simples relaxariam, resultando naturalmente em 
dilatação. Além disso, o aumento da utilização de 
oxigênio pelos tecidos, como resultado do metabolismo 
mais intenso, teoricamente diminuiria a disponibilidade 
de oxigênio para as fibras musculares lisas nos vasos 
sanguíneos locais, o que, por sua vez, também 
ocasionaria vasodilatação local. A abertura e o 
fechamento cíclicos são chamados de 
vasomotilidade. Como o músculo liso precisa de 
oxigênio para permanecer contraído, pode-se assumir 
que a força de contração dos esfíncteres aumentaria 
após elevação da concentração de oxigênio. 
Consequentemente, quando a concentração de 
oxigênio no tecido se elevasse acima de certo nível, 
os esfíncteres précapilares e as metarteríolas 
supostamente fechariam até que as células 
teciduais consumissem o excesso de oxigênio. 
Entretanto, quando o excesso de oxigênio fosse 
consumido e sua concentração caísse o suficiente, 
os esfíncteres se abririam de novo reiniciando o 
ciclo. 
Tanto a teoria das substâncias vasodilatadoras quanto a 
teoria da demanda de oxigênio explicariam a regulação 
local aguda do fluxo sanguíneo em resposta às 
necessidades metabólicas teciduais. Provavelmente, a 
verdade reside em uma combinação dos dois 
mecanismos. 
 
 
- Controle a longo prazo: consiste em variações lentas 
e controladas do fluxo ao longo de dias, semanas ou até 
mesmo meses. Em geral, essas variações resultam no 
melhor controle do fluxo em proporção às necessidades 
teciduais. Essas variações ocorrem como resultado de 
aumento ou diminuição nas dimensões físicas e no 
número de vasos sanguíneos que suprem os tecidos. 
A regulação do fluxo sanguíneo a longo prazo é 
especialmente importante quando as demandas 
metabólicas do tecido se alteram. Assim, se o tecido 
passa a ser cronicamente hiperativo e, portanto, 
precisar de quantidades maiores de oxigênio e de outros 
nutrientes, as arteríolas e os vasos capilares, em 
geral, aumentarão em número e em tamanho após 
algumas semanas, para suprir as necessidades do 
tecido — a menos que o sistema circulatório tenha 
ficado patológico ou muito envelhecido para responder. 
Se o metabolismo no tecido é aumentado por período 
prolongado, a vascularização aumenta, processo em 
geral denominado angiogênese; se o metabolismo for 
reduzido, a vascularização diminui. 
 
C O N T R O L E H U M O R A L: 
É feito por substâncias secretadas ou absorvidas 
pelos líquidos corporais — como hormônios e fatores 
produzidos localmente. Algumas dessas substâncias 
são formadas por glândulas especiais e transportadas 
pelo sangue por todo o corpo. Outras são formadas em 
tecidos locais, só causando efeitos circulatórios locais. 
11 
 
A G E N T E S V A S O C O N S T R I T O R E S 
- Norepinefrina e Epinefrina: a norepinefrina é 
hormônio vasoconstritor especialmente potente; a 
epinefrina é menos potente e, em alguns tecidos, causa 
até mesmo vasodilatação leve. (Exemplo especial da 
vasodilatação causada pela epinefrina é a que ocorre 
para dilatar as artérias coronárias durante o aumento da 
atividade cardíaca.) Quando o sistema nervoso 
simpático é estimulado em quase todas, ou em todas 
as partes do corpo durante estresse ou exercício, as 
terminações nervosas simpáticas nos tecidos 
individuais liberam norepinefrina, que excita o 
coração e contrai as veias e arteríolas. Além disso, os 
nervos simpáticos, que suprem as medulas adrenais, 
fazem com que essas glândulas secretem tanto 
norepinefrina quanto epinefrina no sangue. Esses 
hormônios então circulam por todas as áreas do corpo. 
- Angiotensina II: é outra potente substância 
vasoconstritora. Até mesmo um milionésimo de grama 
pode aumentar a pressão arterial do ser humano por 50 
mmHg ou mais. O efeito da angiotensina II é o de 
contrair, de forma muito intensa, as pequenas arteríolas. 
Se isso ocorrer em área tecidual isolada, o fluxo 
sanguíneo para essa área poderá ser intensamente 
reduzido. Entretanto, a verdadeira importância da 
angiotensina II reside no fato de que em condições 
normais ela age ao mesmo tempo em muitas arteríolas 
do corpo, aumentando a resistência periférica total e 
reduzindo a excreção de sódio e água nos rins, o que 
eleva pressão arterial. 
- Vasopressina: também chamada hormônio 
antidiurético, tem efeito vasoconstritor ainda mais 
intenso que a angiotensina II, sendo uma das 
substâncias constritoras vasculares mais potentes 
do organismo. Ela é formada nas células nervosas do 
hipotálamo no cérebro, mas é, em seguida, transportada 
por axônios nervosos até a hipófise posterior, de onde é, 
por fim, secretada no sangue. A vasopressina tem a 
função principal de elevar muito a reabsorção de 
água pelos túbulos renais de volta para o sangue e 
ajuda, assim, no controle do volume de líquido 
corporal. Esse é o motivo pelo qual esse hormônio é 
também chamado hormônio antidiurético. 
 
A G E N T E S V A S O D I L A T A D O R E S 
- Bradicinina: diversas substâncias chamadas cininas 
provocam intensa vasodilatação, quando formadas no 
sangue e nos líquidos teciduais de alguns órgãos. Uma 
vez formada, a bradicinina persiste por apenas 
alguns minutos, pois ela é inativada pela enzima 
carboxipeptidase ou pela enzima conversora, a 
mesma que desempenha papel essencial na ativação da 
angiotensina. A bradicinina provoca intensa dilatação 
arteriolar e aumento da permeabilidade capilar. 
- Histamina: é liberada em praticamente todos os 
tecidos corporais se o tecido for lesado, tornar-se 
inflamado, ou se passar por reação alérgica. A maior 
parte da histamina deriva de mastócitos nos tecidos 
lesados e de basófilos no sangue. A histamina exerce 
potente efeito vasodilatador nas arteríolas e, como a 
bradicinina, tem a capacidade de aumentar muito a 
porosidade capilar, permitindo o extravasamento de 
líquido e de proteínas plasmáticas para os tecidos. 
 
 
Í O N S: 
- Aumento da concentração de íons cálcio provoca 
vasoconstrição; 
- Aumento da concentração de íons potássio, dentro da 
variação fisiológica, provoca vasodilatação; 
- Aumento da concentração de íons magnésio provoca 
intensa vasodilatação; 
- Aumento da concentração de íons hidrogênio 
(diminuição do pH) provoca a dilatação das arteríolas; 
- Aumento da concentração de dióxido de carbono 
provoca vasodilatação moderada na maioria dos 
tecidos, mas vasodilatação acentuada no cérebro. 
Esses efeitos, atuam em curto prazo.

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