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PARASITOLOGIA PROFESSOR: Klenio Oliveira Patry AULA 2 INTRODUÇÃO As protozooses são doenças causadas por Protozoários, seres unicelulares e heterotróficos do Reino Protista Protozoários são organismos : UNICELULARES; - 1 celular EUCARIONTES; - com núcleo delimitado pela membrana e organelas HETEROTRÓFICOS; As espécies de protozoários parasitas são responsáveis por causar várias doenças no homem, as chamadas protozooses. Características Gerais INTRODUÇÃO • As doenças citadas possuem diversas formas de transmissão, como a ingestão de água e alimento contaminados, picadas de insetos e até mesmo via sexual. • Sendo assim, é importante conhecer cada doença e sua forma de contágio para que uma prevenção eficaz seja feita. As espécies de protozoários parasitas são responsáveis por causar várias doenças no homem, as chamadas protozooses. PARASITOLOGIA PROFESSOR: Klenio Oliveira Patry AULA 2 GIARDÍASE • É uma infecção do intestino delgado causada por um protozoário flagelado unicelular; • Ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente em regiões em que as condições sanitárias e de higiene são precárias; GIARDÍASE Agente etiológico • Giardíase é uma doença causada por pelo protozoário Giardia lamblia ou G. duodenalis ou G. intestinalis Taxonomia •Reino : Protista •Sub-reino: Protozoa •Filo: Sarcomastigophora •Sub-filos: Mastigophora •Classe: Zoomastigophorea •Família: Hexamitidae •Gênero: Giardia GIARDÍASE GIARDÍASE 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE • Ampla distribuição mundial: • 2 a 5% em países desenvolvidos; • 20 a 30% em países em desenvolvimento; • Afeta principalmente crianças de 8 meses aos 12 anos; (creches) • Pode ocorrer surtos epidêmicos em ambientes fechados. • Surtos epidêmicos veiculados por água • Prevalência • 5 a 43% em países em desenvolvimento • 3 a 7% em países desenvolvidos 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE MORFOLOGIA • TROFOZOÍTO • Encontrado no intestino delgado: forma responsável pelas manifestações clínicas da infecção; • Formato de pera (piriforme); • Simetria bilateral (20 µm de comprimento x 10 µm de largura); • Quatro pares de flagelos. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE MORFOLOGIA • TROFOZOÍTO 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE MORFOLOGIA • TROFOZOÍTO 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE Formas de vida - Trofozoíto 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE Formas de vida - Trofozoíto 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE Formas de Vida - Cisto 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE MORFOLOGIA • CISTO • Forma responsável pela transmissão do parasito; • Formato oval (12 m de comprimento x 8 de largura); • Parede cística: resiste a variações de temperatura, umidade e produtos químicos. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE MORFOLOGIA • CISTO 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE MORFOLOGIA • CISTO 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE TRANSMISSÃO • Via fecal e oral: os cistos são as formas infectantes para humanos e animais; • Contato com fezes de cães e gatos; • Manuseio de solo contaminado sem a devida limpeza posterior das mãos; • Maioria das infecções ocorre por ingestão dos cistos presentes na água, nos alimentos ou no ambiente contaminado por fezes. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE CICLO BIOLÓGICO: MONOXÊNICO • Após a ingestão do cisto, ocorre a transformação para forma de trofozoíto (no intestino delgado); • O trofozoíto se multiplica por divisão binária dentro do intestino delgado do paciente contaminado, aderido à sua parede; • Trofozoítos chegam ao duodeno e jejuno e ligam-se ao epitélio através das ventosas. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE CICLO BIOLÓGICO: MONOXÊNICO • Quando a carga parasitária for grande, ocorre o fenômeno chamado de ATAPETAMENTO • Quando o parasita chega ao intestino grosso, ele volta à forma de cisto, pois este é o único meio de sobreviver no meio ambiente após a sua eliminação nas fezes. Os protozoários formam um tapete que recobre as vilosidades do intestino, dificultando a absorção dos nutrientes pelo corpo 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE SINTOMAS • Infecção aguda • Diarreia • Dor abdominal • Fezes amolecidas • Fraqueza • Flatulência • Náuseas 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE SINTOMAS • Principal problema da infecção por giardíase: síndrome da má absorção caracterizada clinicamente pela perda de peso; • Paciente com giardíase apresenta: • Dificuldade de digerir gorduras: esteatorréia • Dificuldade de digerir carboidratos • Dificuldade de digerir vitaminas • 40% pacientes desenvolvem intolerância a lactose. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE DIAGNÓSTICO • PARASITOLÓGICO • Exame microscópico das fezes, com identificação de trofozoíto e/ou cistos. • Fezes diarreicas: TROFOZOITO • Fezes formadas: CISTOS. • Método de Faust. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE DIAGNÓSTICO • IMUNOLÓGICOS • Imunofluorescência indireta; • ELISA; • PCR. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE TRATAMENTO • Derivados dos 5-nitroimidazóis: Metronidazol, Tinidazol, ornidazol • Derivados dos nitrofuranos: Furazolidona • Derivados de benzimidazóis: Albendazol • Derivados de 5-nitrotiazóis: Nitazoxanida 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE PROFILAXIA • Lavar bem as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais; • Lavar as mãos antes de comer ou preparar alimentos; • Lavar e desinfetar todas as frutas e verduras que são consumidas sem cozimento; • Verificar o parasitismo nos animais e trata-los; • Consumir água tratada. 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS GIARDÍASE 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS Amebíase Agente etiológico • Amebíase é uma doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica • Amebas que vivem no intestino humano: • Reino: Protozoa • Filo: Sarcomastigophora • Superclasse: Sardocina • Classe: Lobosea • Ordem: Amoebida • Família: Entamoebidae • Gêneros: Entamoeba • Espécies: Entamoeba histolytica, E.coli, E. dispar, E.hartmanni AMEBÍASE • Importante problema de saúde publica; • Leva a morte mais de 100.000 anualmente; • Terceira maior causa de morte entre as parasitoses; • Estima-se que cerca de 650 milhões de pessoas no mundo estão infectadas com Entamoeba histolytica e Entamoeba díspar. AMEBÍASE • As espécies do gênero Entamoeba foram reunidas em grupos diferentes, segundo o número de núcleos do cisto maduro ou pelo desconhecimento dessa forma. São eles: 1. Entamoeba com cistos contendo oito núcleos, também chamada grupo coli: E. coli (homem), E. muris (roedores). E. gallinarum (aves domésticas); 2. Entamoeba de cistos com quatro núcleos, também chamada grupo hystolytica: E. histolytica (homem), E. dispar (homem), E. ranarum (sapo e rã), E. invadens (cobras e répteis). AMEBÍASE 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS AMEBÍASE • As espécies do gênero Entamoeba foram reunidas em grupos diferentes, segundo o número de núcleos do cisto maduro ou pelo desconhecimento dessa forma. São eles: 3. Entamoeba de cisto com um núcleo: E. polecki (porco, macaco e, eventualmente, humanos), E. suis (porco, para alguns sinonímia de E. polecki); 4. Entamoeba cujos cistos não são conhecidos ou não possuem cistos: E. gingivalis (humanos e macacos). 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS AMEBÍASE MORFOLOGIA • Trofozoíto ou forma vegetativa • Pré-cisto • Cisto ou forma de resistência • Metacisto TROFOZOÍTO • Mede de 20 a 40µm, podendo chegar a 60µm; • Geralmente apresenta um núcleo; • Corado: bem visível - organismo viável não é bem visualizado; • Exames a fresco observa-se os pseudópodes: movimentação; • Na parte central do núcleo encontra-se o cariossoma; • Muitas vezes aparece com pequenos grânulos centrais – aspecto de roda de carroça. AMEBÍASE AMEBÍASE TROFOZOÍTO AMEBÍASE TROFOZOÍTO Trofozoíto de E. histolytica, medindo aproximadamente 16,7mm, corados com tricrômico Trofozoíto de E. histolytica AMEBÍASE TROFOZOÍTO Trofozoítode E. histolytica / E. dispar AMEBÍASE PRÉ-CISTO • Fase intermediária entre trofozoíto e cisto; • Oval ou ligeiramente arredondado, menor que o trofozoíto; • Núcleo é semelhante ao do trofozoíto; • No citoplasma podem ser vistos corpos cromatóides em forma de bastonetes com pontas arredondadas. AMEBÍASE CISTO • São esféricos ou ovais: medem 8 a 20µm de diâmetro; • Exame direto a fresco: aparecem como corpúsculos claros e às vezes de coloração palha, com paredes refringentes e núcleo pouco visível; • Corados: núcleos se tornam bem visíveis e variam de 1 a 4, tomando cor castanho escura, cariossoma pequeno no centro do núcleo e corpos cromatóides, quando presentes, tem forma de bastonete. AMEBÍASE CISTO Cisto de E. histolytica / E. dispar Seta: cromatóides AMEBÍASE CISTO Cisto de E. histolytica / E. dispar corados com tricrômico. Observe o corpo cromatóide com extremidades arredondadas (seta vermelha). AMEBÍASE METACISTO • Forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre divisões, dando origem aos trofozoítos. AMEBÍASE AMEBÍASE AMEBÍASE CICLO BIOLÓGICO - MONOXÊNICO • Inicia-se com a ingestão dos cistos maduros: alimentos ou água contaminada; • Passam pelo estômago (resiste ao suco gástrico); • Chegam ao intestino delgado ou no início do intestino grosso: ocorre o DESENCISTAMENTO, com a saída do metacisto. AMEBÍASE CICLO BIOLÓGICO - MONOXÊNICO • Metacisto sofre sucessivas divisões nucleares e citoplasmáticas, dando origem a 4 e depois 8 trofozoítos; • Trofozoítos migram para o intestino grosso onde se colonizam; • Geralmente ficam aderidos à mucosa do intestino, vivendo como um comensal, alimentando-se de detritos e de bactérias; AMEBÍASE CICLO BIOLÓGICO - MONOXÊNICO • Por diferentes circunstâncias, podem se desprender da parede e na luz do intestino grosso e sofrer desidratação, transformando-se em pré-cistos; • Em seguida secretam a membrana cística transformando-se em cistos; • São então eliminados nas fezes. AMEBÍASE CICLO Entamoeba Indivíduos ingerem cistos maduros (alimento ou água) Estômago (suco gástrico) Intestino delgado Desencistamento (saída metacisto ) METACISTO sofre divisões 4 – 8 trofozoítos metacísticos Migram intestino grosso Ficam aderidos a mucosa - comensal AMEBÍASE AMEBÍASE CICLO BIOLÓGICO - PATOGÊNICO • O equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser quebrado e os trofozoítos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se e, através da circulação porta, atingem outros órgãos. Amebíase extra intestinal • Trofozoíto: forma invasiva ou virulenta - não formam cistos. AMEBÍASE PATOGENIA E VIRULÊNCIA AMEBÍASE: contaminação do homem causada por Entamoeba histolytica - com ou sem manifestações clínicas. Alteração do estado de comensal para agressivo invasor Início da invasão amebiana é resultante da ruptura ou quebra do equilíbrio parasito-hospedeiro, em favor do parasito. AMEBÍASE PATOGENIA E VIRULÊNCIA • Fatores que favorecem a virulência: • Ao hospedeiro: raça, sexo, idade, resposta imune, estado nutricional, dieta, alcoolismo; • Fatores diretamente ligados ao meio onde as amebas vivem: microbiota bacteriana associada; • Determinadas bactérias, principalmente anaeróbicas, são capazes de potencializar a virulência de cepas de E. histolytica (Ex: Escherichia coli, Salmonella, Shiguela, Enterobacter e Clostridium); • Colesterol alto também pode aumentar a virulência. AMEBÍASE PATOGENIA E VIRULÊNCIA • Com relação ao parasito, sabe-se que a evolução da patogenia ocorre através da invasão dos tecidos pelos trofozoítos invasivos e virulentos; • Os mecanismos dessa invasão não estão ainda totalmente esclarecidos; • HIPÓTESE: a E. histolytica tem um efeito letal direto sobre a célula, necessitando, para isso, que haja inicialmente uma forte adesão entre a ameba e a célula que será lesada; • Uma vez vencida a barreira epitelial, os movimentos amebóides e a liberação de enzimas proteolíticas favorecem a progressão e destruição dos tecidos. AMEBÍASE PATOGENIA E VIRULÊNCIA • Adesão: por meio de lectinas contidas na superfície das amebas que reconhecem as células da mucosa intestinal por meio de seus resíduos de Galactose-N-acetil-galactosamina; • Efeito citopático: capacidade de destruição celular dos trofooítos por meio da liberação de proteases (hialuronidase, protease e mucopolissacaridases) que favorecem a progressão e destruição dos tecidos. Esta liberação de enzimas depende do processo de adesão. As amebas apresentam ainda a capacidade de produzir a amoebapore, uma proteína formadora de poro diretamente ligada com a destruição das células intestinais. AMEBÍASE PATOGENIA E VIRULÊNCIA • Invasão: uma vez invadida a mucosa, os trofozoítos se multiplicam na submucosa e prosseguem penetrando nos tecidos sob a forma de micro-ulcerações. • As lesões amebianas são mais frequentes no ceco e na região retossigmodiana. Mais raramente, os trofozoítos podem induzir um a resposta inflamatória proliferativa com formação de um a massa granulomatosa, chamada "ameboma" (que pode ser confundido com um tumor do intestino), caracterizado por um grande nódulo (ameboma) que comumente causa obstrução intestinal. AMEBÍASE AMEBÍASE AMEBÍASE E. histolytica fagocitando hemáceas AMEBÍASE TRANSMISSÃO • Ingestão de cistos maduros: alimentos ou uso de água sem tratamento; • Alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados nas patas de baratas e moscas; • Principal disseminação: portadores assintomáticos que manipulam alimentos. AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: formas assintomáticas ou infecção assintomática da amebíase • Maioria das infecções : 80% a 90% ; • Diagnóstico: é detectada pelo encontro de cistos no exame de fezes. AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites não disentéricas (forma sintomática) • Forma mais frequente; • Sintomas: duas a quatro evacuações por dia, com fezes moles ou pastosas, às vezes contendo muco ou sangue; desconforto abdominal ou cólicas; • Características: alterna entre manifestação clínica e períodos silenciosos, com funcionamento normal do intestino; • A maioria das amebas provenientes deste quadro clínico foi identificada como E. dispar. AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas)• Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) • Ocorre frequentemente de modo agudo; • Sintomas: cólicas intestinais e diarreia, com evacuações mucos sanguinolentas, acompanhadas de cólicas intensas e tremores de frio; • Ocorre acima de 8 evacuações; • Disenteria amebiana aguda: pode tomar todo o cólon, podendo perfurar o intestino (úlceras intestinais). AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase intestinal: colites disentéricas (colites amebianas) AMEBÍASE Colite Amebiana AMEBÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amebíase extra-intestinal • Uma das formas mais raras; • Forma mais comum: abscesso amebiano no fígado; • As principais manifestações clínicas são: dor, febre e hepatomegalia; • A dor se localiza no quadrante superior direito do abdômen, com hepatomegalia dolorosa em 90% dos pacientes; • Inclui febre intermitente e irregular, variando de 38°C a 40°C com calafrio, anorexia e perda de peso. AMEBÍASE Abscesso amebiano no fígado AMEBÍASE DIAGNÓSTICO • Clínico • Sintomas comuns a outras doenças: salmoneloses, síndrome do cólon irritado, esquistossomose; • Conclusão só pode ser feita quando se encontra o parasito nas fezes. AMEBÍASE DIAGNÓSTICO • Laboratorial • Feito com fezes e exsudatos; • Exame de fezes é o mais utilizado: identifica trofozoítos ou cistos; • Coleta e armazenamento das fezes é de extrema importância: deve ser coletada sem urina e contaminação e jamais permitir contato com o solo. AMEBÍASE DIAGNÓSTICO • Exame de fezes • O exame direto das fezes sem conservante é muito importante na distinção entre a disenteria amebiana e a bacilar; • Nesta última, o número de evacuações é sempre maior, com tenesmo intenso e grande número de piócitos e hemácias intactas; • Isto normalmente não ocorre na disenteria amebiana. AMEBÍASE Cisto E. hystolitica/ E. dispar Trofozoíto E. hystolitica/E. dispar AMEBÍASE DIAGNÓSTICO • Imunológico • ELISA • Imunofluorescência indireta • Hemaglutinação indireta • Radioimunoensaio AMEBÍASE EPIDEMIOLOGIA • A sintomatologia e números de infectados varia de região para região em todo o Brasil: • Sul e Sudeste: 2,5 a 11% • Região Amazônica: 19% manifesta-se com mais gravidade (abscessos hepáticos) • Demais regiões: 10% • Os surtos de amebíase no Brasil não apresentam a gravidade e intensidade dos verificados no México, e em alguns países da África e da Ásia. AMEBÍASE EPIDEMIOLOGIA • Alguns aspectos sobre epidemiologia da amebíase são comuns: • Transmissão oral através de ingestão de cistos nos alimentos e água; • Apesar de poder atingir todas as idades, é mais frequente nos adultos; • Algumas profissões são mais atingidas (trabalhadores de esgoto); • Cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições de umidade) durante cerca de 20 dias. AMEBÍASE PROFILAXIA • Educação sanitária; • Ao contrário de várias parasitoses, a E. histolytica é encontrada em países desenvolvidos: portadores assintomáticos; • Combate às moscas que frequentam lixos e dejetos humanos e também alimentos dentro das casas. AMEBÍASE PROFILAXIA • Ambiente doméstico: • Lavar bem todos os alimentos crus; • Verduras devem ser mergulhadas por 15 minutos numa solução de permanganato de potássio; • Vacina para E. histolytica tem sido avaliada em animais de laboratório, com relativo sucesso, mas ainda não tem apresentado estudos em humanos. AMEBÍASE TRATAMENTO • Medicamentos utilizados no tratamento de amebíase são divididos em 3 grupos: 1. Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal; 2. Amebicidas tissulares; 3. Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal como nos tecidos. AMEBÍASE TRATAMENTO 2.1 PROTOZOÁRIOS CAVITÁRIOS TRICOMONÍASE TRICOMONÍASE Tricomoníase é uma doença causada por pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Agente etiológico Taxonomia •Reino : Protista •Sub-reino: Protozoa •Filo: Sarcomastigophora •Sub-filos: Mastigophora •Classe: Trichomonadae (Zoomastigophorea) •Família: Trichomonadidae •Gênero: Trichomonas TRICOMONÍASE MORFOLOGIA • Não possui a forma cística, apenas trofozoítica; • Medidas: 9,7 µm comprimento x 7,0 µm de largura; • Forma ovalada ou esférica; • Emite pseudópodes; • Possui 4 flagelos livres e com tamanhos diferentes; • Membrana ondulante; • Não possui mitocôndria (anaeróbio); • Núcleo elipsoide na porção anterior; • Presença de uma estrutura rígida ao longo do eixo longitudinal do corpo (axóstilo). TRICOMONÍASE MORFOLOGIA TRICOMONÍASE CICLO BIOLÓGICO - MONOXÊNICO • Ao atingir um hospedeiro, o Trichomonas vaginalis encontra condições favoráveis e passa a multiplicar-se por divisões binárias sucessivas, colonizando-se, até que seja transmitido a outro hospedeiro, permitindo que o processo se perpetue; • Não há formação de cistos; TRICOMONÍASE TRICOMONÍASE EVOLUÇÃO • O parasito é transmitido via relação sexual: • O parasito pode sobreviver sobre o prepúcio por mais de uma semana após o homem se infectar; • A mulher se infecta quando os parasitos na mucosa da uretra do homem são levados à vagina após a ejaculação. TRICOMONÍASE EVOLUÇÃO • Estabelecimento do parasito depende do aumento do pH vaginal: • Os parasitos necessitam de um pH entre 5 a 7,5 (pH vaginal normal fica entre 3,8 e 4,5); • O período de incubação dura de 3 a 20 dias; • O parasito se estabelece aderido ao epitélio do trato genital; • Os sintomas surgem decorrentes do desenvolvimento de uma resposta imunológica local contra moléculas liberadas pelo parasito; • Formação de pontos hemorrágicos. TRICOMONÍASE EVOLUÇÃO TRICOMONÍASE SINTOMAS • NA MULHER: • Muitos casos são assintomáticos; • Corrimento vaginal fluido, amarelo-esverdeado, bolhoso e fétido; • Prurido ou irritação vulvovaginal; • Dores no ventre e ao urinar; • NO HOMEM: • Geralmente assintomático; • Uretrite com fluido leitoso; • Prurido na uretra; • Desconforto ao urinar. TRICOMONÍASE TRICOMONÍASE E GRAVIDEZ • A resposta inflamatória (doença inflamatória pélvica) pode causar alterações na membranafetal e na estrutura tubária (danifica as células ciliadas): • Ruptura precoce; • Parto prematuro; • Natimorto; • Baixo peso; • Endometriose pós-parto; • Destruição de células da mucosa tubária; • Inibição de espermatozoides ao longo da tuba uterina; • Infertilidade. TRICOMONÍASE TRICOMONÍASE E HIV • A resposta inflamatória aumenta a exposição e transmissão do vírus HIV: • Formação de pontos hemorrágicos permite o acesso direto do vírus à corrente sanguínea; • Resposta TCD4: célula alvo do HIV; • Degradação de protease do trato genital que atua inibindo o ataque do HIV às células TCD4; • Pessoas com tricomoníase possuem oito vezes mais chances de se infectar e transmitir o HIV TRICOMONÍASE EPIDEMIOLOGIA • Incidência anual de 170 milhões de casos; • Depende de fatores comuns às ISTs: • Idade; • Atividade sexual; • Número de parceiros; • Co-infecção com outras ISTs. TRICOMONÍASE EPIDEMIOLOGIA • A prevalência é maior em grupos de nível socioeconômico mais baixo; • Incomum na infância; • Casos de transmissão no parto de mães infectadas chega a 5%; • Prevalência em homens é 50-60% menos que em mulheres (eliminação mecânica por fluidos: urina e sêmen). TRICOMONÍASE DIAGNÓSTICO • CLÍNICO: inviável (se assemelha a outras ISTs); • LABORATORIAL • Homem: pesquisa de parasitos em material uretral ou amostras de sêmen; • Mulher: pesquisa de parasitos em material do trato vaginal; • IMUNOLÓGICOS: ELISA – não é utilizado na rotina. TRICOMONÍASE DIAGNÓSTICO TRICOMONÍASE PROFILAXIA • Conscientização da prática se sexo com preservativos; • Tratamento de doentes. TRICOMONÍASE TRATAMENTO • Metronizadol (Flagyl); • Tinidazol (Fasigyn); • Ornidazol (Tiberal); • Nimorazol (Nagoxin); • Carnidazol; • Secnidazol. TRICOMONÍASE
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