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Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Tricomoníase - Trichomonas vaginalis ● T. vaginalis → Fazem divisão binária, são anaeróbios e seu habitat é trato urogenital (Não tem forma cística). Possui quatro flagelos e uma curta membrana ondulante responsáveis pela sua mobilidade. ● Tricomoníase → Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ● A tricomoníase é a IST não viral mais comum no mundo, com 170 milhões de casos novos ocorrendo anualmente. ● Faixa etária: 16 a 35 anos → Mais frequente entre as mulheres ● Pode sobreviver por mais de uma semana no prepúcio do homem sadio após a relação sexual com mulher infectada. ● A doença pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto. Man����tações ��íni��� NA MULHER: ● O período de incubação varia de 3 a 20 dias ● T. vaginalis infecta principalmente o epitélio do trato genital ● Corrimento vaginal fluido, abundante, de cor amarelo esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais frequente no período pré menstrual. ● A mulher apresenta dor e dificuldade para as relações sexuais (dispareunia), desconforto nos genitais externos, dor ao urinar (disúria) e aumento na frequência miccional (polaciúria) NO HOMEM: ● Normalmente assintomática ● Sintomática: Uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra Di�g�ós�i�� ● Clínico: quadro muito variável leucorréia pode ter outras causas ● Laboratorial: mulher: secreção vaginal, homem: sedimento urinário, secreção uretral ou prostática → Cultura Tra����n�o ● Para paciente e parceiro: → Metronidazol: 10 dias, Ornidazol: 5 dias, Tinidazol: dose única e Nimorazol: 6 dias. Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Giardíase - giardia spp. ● Ocorre em todo o mundo → OMS: 500 mil novos casos/ano ● Mais comum climas temperados do que tropicais, maior incidência em crianças ● Giardia → Flagelados binucleados parasitos do intestino delgado de mamíferos, aves, répteis e anfíbios ● Três espécies de Giardia: ➔ Giardia agilis → anfíbios ➔ Giardia muris → roedores, aves e répteis ➔ Giardia intestinalis (G. lambia e G. duodenalis) → vários mamíferos, inclusive humanos, aves e répteis ● O parasito sobrevive no ambiente por períodos prolongados ● A dose infecciosa é baixa (10 cistos) - tanto cistos quanto trofozoítas são encontrados em amostras fecais de infectados. ● Há pouco conhecimento de como Giardia spp. causam doença; eles não são invasivos e não secretam toxina conhecida. O ácido gástrico estimula rompimento do cisto e libera trofozoítos, estes organismos se multiplicam por fissão binária → se fixam nas vilosidades intestinais Tra��m���ão ● INGESTÃO DE CISTOS → resistem dias ou semanas na água gelada → Trofozoítos: não são infectantes 1. Engolir água contaminada (+ comum) 2. Ingerir alimentos contaminados - cozimento mata a giárdia 3. Contato direto com fezes contaminadas Pat����i� ● O trofozoíto causa inflamação da mucosa duodenal, acarretando má absorção de proteínas e gorduras. ● Depende do estado imunológico e nutricional do hospedeiro ● Crianças jovens que vivem em condições sanitárias precárias são expostas à giardíase que, em combinação com desnutrição ou imunossupressão (por exemplo, HIV), pode ser fatal. ● Infecções persistentes em crianças podem causar desnutrição Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD ● Mecanismo de patogenicidade depende: ➔ Número de parasitos que colonizam o intestino delgado ➔ Da cepa do protozoário ➔ Do sinergismo entre bactérias e fungos ➔ Além de fatores inerentes ao hospedeiro, como hipocloridria e deficiência de IgA e IgE na mucosa digestiva. ● Não ocorre invasão da mucosa ● Processo principalmente mecânico → parasitas aderem e recobrem a parede do duodeno “tapete” ● Perda de microvilosidades: quando o parasita descola diminui a absorção intestinal Sin����s ● Assintomático em 50% dos infectados ● Diarreia aquosa (não sanguinolenta e fétida), dor epigástrica, náuseas, vômitos e perda de peso. (6 e 15 dias após a infecção) → Impacto clínico é mais forte em crianças pequenas e em indivíduos desnutridos ou imunodeficientes Com���c�ções ● Desidratação e desequilíbrio eletrolítico ● Má absorção de proteína, gordura e vitaminas ● Inflamação crônica da mucosa do duodeno ● Hiperplasia nodular linfoide no duodeno ● Anemia ferropriva ● Deficiência de zinco ● Síndrome do intestino irritável Di�g�ós�i�� ● Parasitológico de fezes → Cistos em fezes sólidas; Trofozoítos em fezes líquidas ou aspirado de duodeno ● Exame direto (a fresco) ou corado pelo lugol; método de Faust e colaboradores ou o de Hoffman, Pons e Janer ● Pode requerer exames repetidos (3 amostras) ● Imunológico → ELISA pesquisa de antígeno específico nas fezes Tra����n�o ● Metronidazol ou hidrocloreto de quinacrina. Pre���ção ● A prevenção envolve a ingestão de água fervida, filtrada ou iodada, em regiões endêmicas ou durante a realização de trilhas. Não há fármacos profiláticos ou vacinas. Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Amebíase - E. histolytica ● Entamoeba histolytica causa disentería amebiana e abscesso hepático. ● Uma das principais causas de morte por protozoário no mundo, acometendo cerca de 10% da população mundial. ● África e Ásia mais atingidos → Brasil maior prevalência na região Amazônica ● Assintomática em 90% dos casos ● Relacionada a condições precárias de higiene ● Estado nutricional deficiente Ame��� ● São microorganismos unicelulares primitivos ● A replicação ocorre por fissão binária ou desenvolvimento de números trofozoítas dentro do cisto maduro multinucleado. ● Movimentação ocorre através do pseudópode ● Vários habitats das amebas: ➔ VIDA LIVRE vários gêneros e espécies ➔ COMENSAIS Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gengivalis, Endolimax nana, Iodamoeba butschlii ➔ VIDA LIVRE e EVENTUALMENTE PARASITAS Acanthamoeba, Naegleria ➔ PARASITA Entamoeba histolytica Tra��m���ão ● Via fecal - oral ● Ingestão do cisto → Alimentos e água contaminada ● Moscas também podem ser fontes de contaminação ● Sexo anal seguido de sexo oral Cic�� �� vi�� ● O ciclo de vida de E. histolytica apresenta dois estágios: a ameba móvel (trofozoíto) e o cisto imóvel. ● Tem um ciclo não patogênico: cistos maduros ingeridos → desencistamento no tubo digestivos → trofozoítos → permanecem no intestino grosso e aderem na parede intestinal → multiplicam-se por divisão binária → começam a secretar membrana císticas e formar cistos que vão ser eliminados pelas fezes. ● E um ciclo patogênico: trofozoítos podem ser hematófagos → invadir a submucosa intestinal e formar úlceras → podem cair na corrente sanguínea e atingir outros órgãos (fígado, rim, pulmão, pele)- extra intestinal. Man����tações ��íni��� ● 90% assintomático Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD ● Sintomático: surge entre 1 a 4 semanas após a contaminação pelos cistos do parasito. ● Intestinal: assintomático (descobre somente com exame de fezes) ou sintomático ● Sintomas mais comuns diarreia 2 a 4 evacuações por dia com fezes moles, pode sentir dores ou cólicas abdominais ● Os portadores da amebíase podem ter épocas com diarreia e épocas com fezes normais ● O sítio mais frequente de doença sistêmica corresponde ao fígado, onde são formados abscessos contendo trofozoítos → aspiração do abscesso hepático revela pus marrom-amarelado com consistência de pasta de anchovas. FORMA INTESTINAL INVASIVA ● Evacuações de 8 a 10 vezes por dia ● Disenteria grave (fezes líquidas com sangue e muco) ● Colite amebiana aguda ● Úlceras intestinais ● Abcessos ● Pode ser grave e até fatal (grávidas e imunodeprimidos) Di�g�ós�i�� ● CLÍNICO → diarreias/síndrome do cólon irritável ● LABORATORIAL ● Parasitológico de fezes → Pesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas); Trofozoítos em fezes líquidas ● Diagnóstico imunológico (ELISA) ● Diagnóstico molecular (PCR) Tra����n�o ● Sintomáticos e abcessos: metronidazol (Flagyl) ou tinidazol. Portadores assintomáticosde cistos devem ser tratados com iodoquinol ou paromomicina. ● Tratamento de sintomáticos e assintomáticos Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Isosporose - Isospora belli ● Doença de distribuição mundial → Mais frequente em áreas tropicais e subtropicais, sendo endêmica na América do Sul, África e Sudoeste Asiático ● O aumento da incidência está relacionado ao surgimento da AIDS: prevalência de 15% em indivíduos infectados. ● Não necessita de hospedeiro intermediário ● Ingestão de oocistos maduros em água ou alimentos contaminados por fezes Pat����i� ● Reprodução sexuada como assexuada no epitélio intestinal → lesão ● Patogenia ocorre de forma discreta, sintomas benignos e limitados a poucos dias; alteração na mucosa intestinal (síndrome da má absorção); destruição das células epiteliais; atrofia das vilosidades intestinais; hiperplasia das criptas; infiltração de células inflamatórias e edema Man����tações ��íni��� ● Indivíduos infectados podem ser assintomáticos ou ter doenças Gastrointestinais moderada ou severa ● A doença mimetiza a giardíase → síndrome da má absorção - fezes moles e odor fétido ● Pode haver diarreia crônica, com perda de peso Di�g�ós�i�� ● Biópsia ou raspado da mucosa duodenal (não é de fácil identificação) ● Exames de fezes busca de oocistos Tra����n�o ● A evolução da doença é para a cura espontânea e completa, ao fim de um prazo médio de 40 dias ➔ Alimentação leve ➔ Reidratação oral ou venosa ➔ Repouso ➔ Medicação com sulfametoxazol associada com trimetropim Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Criptosporidiose - Cryptosporidium parvum ● A prevalência é de 5-10% em pacientes com AIDS e de 5-20% em crianças imunocompetentes (creches) ● Causa significativa de diarreia no mundo todo ● Parasita a mucosa do intestino delgado do hospedeiro ● Transmitida pela ingestão ou inalação de oocistos maduros OU autoinfecção ● Gado e animais domésticos também são fontes de infecção → Ainda não há conhecimento se são mais importantes que a transmissão de homem a homem Man����tações ��íni��� ● Pacientes imunocompetentes → Enterocolite aguda que se cura espontaneamente entre 1 a 4 semanas ● Pacientes imunodeprimidos → Esteatorréia (gordura nas fezes) ou diarreia aquosa crônica; Cólicas; Flatulência; Náuseas; Vômitos; Emagrecimento; Desidratação Di�g�ós�i�� ● Biópsia ou raspado da mucosa duodenal ● Exames de fezes busca de oocistos ● ELISA ● PCR Tra����n�o ● Não existe medicamento eficaz ➔ Dieta leve e rica ➔ Hidratação do paciente e repouso ● Na profilaxia é importante saber que gados e animais domésticos são fontes de infecção; não ingerir água contaminada; higienizar frutas e verduras; oocistos são destruídos por água sanitária e aquecimento a 65 graus Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Sarcocistose - Sarcocystis ● Possui distribuição mundial ● Prevalência de 6 a 10% ● Ser humano é o hospedeiro definitivo ● É adquirida pela ingestão da carne de porco ou de gado mal cozida ● Sarcocistose humana é uma doença causada por duas espécies do gênero Sarcocystis: ➔ Sarcocystis hominis - BOVINOS ➔ Sarcocystis suihominis - SUÍNOS Pat����i� � ma����s�ações ��íni��� ● Sarcocistose muscular (rara) é assintomática ➔ Pode apresentar miosite localizada ou difusa e febre discreta ● Sarcocistose intestinal - doença benigna e de curta duração ➔ Náuseas, vômitos, diarreia e cólicas ➔ 3 a 6 horas após a ingestão Balantidiose - Balantidium coli ● Infecção no intestino grosso ● Diarreia ou disenteria semelhante à amebíase ● Ingestão de cistos em água e alimentos contaminados ● Casos humanos se relacionam com a presença de porcos infectados ● Ocorre em várias espécies de animais ➔ Ratos, paca, chimpanzé, gorila e babuíno ● Balantidium coli → É o maior protozoário parasito do homem ➔ Possui cílios → Movimentação rápida e direcional ➔ Produz correntes líquidas no meio que dirigem partículas alimentícias em direção ao citóstoma ➔ Se alimenta de bactérias, fungos, outros protozoários, hemácias e detritos orgânicos Pat����i� ● Normalmente a presença de B. coli no intestino grosso humano não é capaz de desencadear uma balantidiose ➔ Considerado comensal ● Sob certas circunstâncias deixa de ser comensal e passa a ser um verdadeiro parasito capaz de desencadear lesões Qu�d��� c�íni��� v��iáve�� ● Assintomáticos até manifestações intestinais leves e crônicas ou graves ● Formas mais graves: evacuações mucosanguinolentas, hemorragias intestinais, desidratação, febre e um desfecho fatal Di�g�ós�i�� ● Exames de fezes de rotina ● Na fase aguda (em fezes diarreicas) trofozoítos vivos e ativos ● Na fase crônica (em fezes pastosas ou sólidas) cistos Tra����n�o ● A cura espontânea é frequente ● Manifestações clínicas severas: metronidazol e tetraciclina Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Malária - Plasmodium ● A malária é causada por quatro plasmódios: P. vivax e P. falciparum são as causas mais comuns de malária que P. ovale e P. malariae. ● Em escala mundial, a malária é uma das doenças infecciosas mais comuns e uma das principais causas de morte → mais de 200 milhões de pessoas apresentam malária, e mais de um milhão morre a cada ano, tornando-a a doença infecciosa letal mais comum ● O vetor e hospedeiro definitivo de plasmódios é o mosquito Anopheles fêmea (somente a fêmea é hematófaga). Pat��êne�� ● O protozoário leva a destruição de hemácias → são destruídas pela liberação dos merozoítos e pela ação do baço que sequestra as hemácias e as lisam. ● Esplenomegalia surge da congestão de sinusoides com eritrócitos, associada à hiperplasia de linfócitos e macrófagos. ● A malária causada por P. falciparum é mais grave que aquela causada por outros plasmódios → infecta maior quantidade de hemácias. ● Além disso, a P. falciparum causa um alto grau de parasitemia por ser capaz de infectar hemácias de todas as idades, enquanto a P. vivax infecta apenas reticulócitos e a P. malariae infecta apenas hemácias maduras. ● Indivíduos com traço falciforme (heterozigotos) estão protegidos contra malária porque suas hemácias exibem baixa atividade de ATPase e não produzem energia suficiente para sustentar o crescimento do parasita ● Indivíduos com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) também são protegidos contra os efeitos severos da malária falcípara ● Transmissão: principalmente por picadas de mosquitos, embora a transmissão através da placenta, em transfusões de sangue, e por uso de fármacos injetáveis também ocorra. Di�g�ós�i�� ● Exame microscópico do sangue utilizando esfregaços espessos e delgados → corados com Giemsa ● Os gametócitos de P. falciparum exibem forma em meia-lua ● Pode ser usado também teste de PCR para ácidos nucleicos de Plasmodium, ou um teste de ELISA para uma proteína específica de P. falciparum, podem ser úteis. Tra����n�o ● Principal tratamento: Hidroxicloroquina (malária aguda). Porém não afeta P. vivax e P. ovale presentes no fígado, que são mortos por primaquina (tomar cuidado com indivíduos com deficiência de D6PD - hemólise severa) ● P. falciparum resistentes à cloroquina, é utilizada mefloquina ou uma combinação de quinino e doxiciclina. Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Toxoplasmose - Toxoplasma gondii ● O hospedeiro definitivo é o gato doméstico e outros felinos; humanos e outros mamíferos são hospedeiros intermediários Pat��êne�� ● A infecção em humanos é iniciada pela ingestão de cistos em carne malcozida ou pelo contato com fezes de gatos. ● Transmissão transplacentária da mãe infectada para o feto também ocorre ● Após a infecção do epitélio intestinal, os organismos disseminam-se para outros órgãos, especialmente cérebro, pulmões, fígado e olhos. ● A progressão da infecção é geralmente limitada por um sistema imunocompetente. ● A infecção congênita do feto ocorre apenas quando a mãe é infectada durante a gestação ➔ Infecção congênita pode gerar → aborto, natimorto, oudoença neonatal e é uma das principais causas de cegueira em crianças. ● Pacientes imunodeprimidos (p. ex., pacientes com AIDS) → ocorre doença disseminada de risco à vida, principalmente encefalite. Di�g�ós�i�� ● Ensaio de imunofluorescência para anticorpos IgM ➔ IgM é utilizada no diagnóstico de infecção congênita, uma vez que a IgG pode ser de origem materna ● O exame microscópico de preparações coradas por Giemsa revela trofozoítos em forma de crescente durante as infecções agudas Tra����n�o ● Toxoplasmose congênita (tanto sintomática quanto assintomática) e imunocomprometidos→ combinação de sulfadiazina e pirimetamina ● Imunocompetentes → autolimitante Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Doença de Chagas - Trypanosoma cruzi ● A doença de Chagas ocorre principalmente nas regiões rurais ● das Américas Central e do Sul ● Transmissão: pelo inseto reduvídeo (mosquito barbeiro) ● A doença é observada principalmente em regiões rurais, uma vez que o inseto reduvídeo vive nas paredes de casebres rurais e alimenta-se à noite. ● O barbeiro pica preferencialmente ao redor da boca ou dos olhos, daí a denominação “besouro beijador”. Pat����i� ● O músculo cardíaco é o tecido afetado com maior frequência e gravidade. Além disso, o dano neuronal leva à arritmia cardíaca e perda do tônus no cólon (megacólon) e esôfago (megaesôfago). ● A fase aguda da doença de Chagas consiste em edema facial e um nódulo (chagoma) próximo ao sítio da picada, acompanhados por febre, linfadenopatia e hepatosplenomegalia. ● A fase aguda regride em cerca de dois meses. A maioria dos indivíduos permanece então assintomática; contudo, alguns progridem para a forma crônica, com miocardite e megacólon. ● A morte por doença de Chagas crônica geralmente é decorrente de arritmia e insuficiência cardíaca. Di�g�ós�i�� ● Verificar presença de tripomastigotas em esfregaços espessos ou delgados do sangue do paciente. ● Biópsia de linfonodos ● Testes sorológicos Tra����n�o ● O fármaco de escolha para a fase aguda é o nifurtimox, que mata tripomastigotas no sangue, embora seja menos eficaz contra amastigotas nos tecidos. ● Benznidazol é um fármaco alternativo. Não há fármaco efetivo para a forma crônica. ● A prevenção envolve proteção contra a picada do reduvídeo, melhoria nas condições da moradia e controle dos insetos. Não existe fármaco profilático ou vacina Parasitologia - PROTOZOÁRIOS Rafaela Pelloi - Medicina UFGD Leishmaniose - Leishmania ● O gênero Leishmania inclui quatro patógenos importantes: Leishmania donovani, Leishmania tropical, Leishmania mexicana e Leishmania braziliensis. ● L. donovani é a causa de calazar (leishmaniose visceral). ● L. braziliensis causa leishmaniose mucocutânea, que ocorre apenas na ● América Central e do Sul. Cic�� �� vi�� ● envolve o mosquito-pólvora como vetor e uma variedade de mamíferos como reservatórios, como cães, raposas e roedores ● Na leishmaniose visceral, os órgãos do sistema reticuloendotelial (fígado, baço e medula óssea) são os mais gravemente afetados. A redução da atividade da medula óssea, associada à destruição celular no baço, resulta em anemia, leucopenia e trombocitopenia. Isso leva a infecções secundárias e uma tendência ao sangramento. O acentuado aumento do baço deve-se a uma combinação de macrófagos em proliferação e hemácias sequestradas. ● A hiperpigmentação cutânea é observada em pacientes de pele clara (calazar significa febre negra) ● Na leishmaniose mucocutânea ocorre uma resposta granulomatosa e forma-se uma úlcera necrótica no sítio da picada. As lesões tendem a tornar-se superinfectadas por bactérias.
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