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Doenças das pálpebras, vias lacrimais e órbita Proteção do globo ocular Secreção, distribuição e drenagem da lagrima Abertura: músculo elevador e músculo de Muller Fechamento: músculo orbicular Funções Ajuda na lubrificação dos olhos ao piscar. Dinamica palpebral - Porção orbitária: fechamento forçado / voluntário - Porção palpebral: fechamento involuntário (dormir, piscar reflexo) - Porção lacrimal: mecanismo de bombeamento _________________________________________________ Pálpebras Anatomia Thais Passos - T1 ECC 2 Pele fina e frouxa (a mais fina do corpo humano Placa tarsal: tecido conjuntivo denso + glândula de Meibomius Cílios e pontos lacrimais Ramos das artérias carótida interna e externa Linfonodos pré-auriculares e submandibulares Inervação sensorial: nervo trigêmio. Inervação motora: nervo facial Pele e apêndices Irrigação vascular e inervação Relembrando • Mácula. Área de alteração de cor localizada sem infiltração, depressão ou elevação, com menos de 1 cm de diâmetro. • Pápula. Uma elevação sólida com menos de 1 cm de diâmetro. • Vesícula. Lesão circunscrita contendo fluido seroso; menos de 0,5 cm transversalmente. • Bolha. Uma grande lesão (mais de 0,5 cm) preenchida por fluido seroso. • Pústula. Uma elevação cheia de pus com menos de 1 cm de diâmetro. • Crosta. Exsudato seroso ou purulento solidificado. • Nódulo. Uma área sólida palpável medindo mais de 1 cm. • Cisto. Um nódulo composto por uma cavidade revestida por epitélio, preenchida com líquido ou material semissólido. • Placa. Uma elevação sólida da pele, maior que 1 cm de diâmetro. • Escama. Fragmentos prontamente destacáveis da camada de ceratina solta. • Papiloma. Uma projeção neoplásica benigna verrucosa ou semelhante a um fibroma de pele ou mucosa. • Úlcera. Uma área circunscrita de perda epitelial; na pele, uma úlcera se estende através da epiderme para dentro da derme. _________________________________________________________ Ptose palpebral congênita Hemangioma palpebral Anquilobléfaro (pedacinho de pele) Colobama palpebral (não fechou a pálpebra corretamente) Doenças congênitas Blefarite avaliação da margem palpebral Pode ser dividida em anterior e posterior, mas geralmente ambos os tipos estão presentes - mista. É uma doença crônica - Anterior: afeta a área ao redor das bases dos cílios e pode ser estafilócica ou seborreica. - Posterior: disfunção da glândula de Meibomius e alteração na secreção dessa glândula. * Lipases bacterianas podem resultar na formação de ácidos graxos livres. Isso aumenta o ponto de derretimento do meibo, dificultando sua saída das glândulas, contribuindo para irritação da superfície ocular e possivelmente permitindo o crescimento de S. aureus. - Envolvimento bilateral e simétrico geralmente - Sintomas: dormência, sensação de areia nos olhos, fotofobia leve e formação de crostas e vermelhidão das margens palpebrais com remissões e exarcebações Sintomas piores pela manhã - Tratamento: Higiene palpebral, compressa quente, avaliar necessidade de atb. Thais Passos - T1 ECC 2 Papiloma Tumores benignos - Tumor epitelial comum com aparência clínica variável - Incidencia aumenta com a idade - Causados pelo vírus papiloma humano em alguns casos - Tratamento: excisão simples, crioterapia, ablação a laser ou química _________________________________________________________ Corno cutâneo Ceratose seborreica - Lesão benígna - Pode estar presente no carcinoma espinocelular - Lesão com crescimento lento e extremamente comum - Frequentemente são numerosas - É um papiloma basocelular - Dx diferencial: carcinoma basocelular, nevo e melanoma - Tratamento: shaving [com excisao simples], eletrodissecção com curetagem, ablação a laser, crioterapia com nitrogênio liquido e peeling químico. Ceratose folicular inverdida Hiperplasia sebácea Ceratoacantoma Nevos Malígno - Tumor de crescimento rápido e subsequente regressão - Acontece em pessoas claras com exposição ao sol - Invasão e metástase são raras mas o tratamento definitivo é indicado - Tratamento: excisão cirúrgica completa, com margem de pelo menos 3mm Lesões melanocíticas / pigmentadas benígnas Nevos melanocíticos congênito - São incomuns - Pequenos e de colocarão uniforme - Tratamento: envolve excisão cirúrgica caso seja necessário Thais Passos - T1 ECC 2 Nevo palpebral dividido _________________________________________________________ Nevos melanocíticos adiquiridos - Nevo juncional: em jovens, macula ou placa marrom uniforme. Baixo potencial para transformação maligna - Nevo composto: meia idade, lesão papulosa elevada com tons de marrom variáveis. Baixo potencial para transformação maligna - Nevo intradérmico: mais comum, pcts mais velhos. Lesão papilomatosa com pouco ou nenhum pigmento. Não apresentam potencial maligno - Formas variantes Tratamento: indicado por estética – excisão completa Hemangiomas congênitos Hemangioma adquirido Cisto dermóide Neurofibromatose Tumores vasculares Causado por sequestro de pele durante o desenvolvimento embrionário Thais Passos - T1 ECC 2 _________________________________________________________ Xantelasma Carcinoma basocelular Carcinoma espinocelular - Comum e muitas vezes é bilateral - Pacientes de meia idade e idosos - Gordura intracelular Tumores malígnos - Mais comum (90% dos tumores malignos de pálpebra) - Pcts com idade mais avançada (72% em maiores de 60 anos) - Normalmente se origina na pálpebra inferior seguindo pro canto medial, pálpebra superior e canto lateral - Localmente invasivo, mas não metastiza - Aspectos: nodular, nódulo ulcerativo, esclerodermiforme. - Menos comum - Mais agressivo - Metástases para linfonodos regionais (20% dos casos) - Tende a recorrência - AIDS e transplante renal – risco aumentado - Aspectos: nodular, ulcerado e cutâneo Melanoma Tipos - Pouco frequente - Placa com contornos irregulares e pigmentação variável - Tratamento: excisão ampla podendo incluir o linfonodo local. Ectrópio Mal posicionamento palpebral com eversão da margem palpebral para longe do olho - Involucional: Relacionado com a idade – senil Causa de epífora (transbordamento de lagrima) - Cicatricial: congênito e adquirido Formado por cicatrizes ou contração da pele e tecidos subjacentes - Paralitico Por paralisia do nervo facial ipsilateral Thais Passos - T1 ECC 2 _________________________________________________________ - Mecânico Causado por tumores na margem palpebral ou próximo a ela Tratamento: cirúrgico (não urgente) Procedimento de faixa tarsal lateral Encurtamento da pálpebra horizontal Entrópio Inversão da borda palpebral, levando os cílios a tocarem no olho Tipos - Congênito - Adquirido Involucional: senil. Afeta mais a pálpebra inferior Cicatricial: formação de cicatrizes na pálpebra pode girar a margem em direção ao globo. Conjuntivite, tracoma, trauma e lesões Tratamento: cirúrgico - Potencial de causar lesão nos olhos - Abrasão da cornea Triquíase É a alteração nadireção do crescimento dos cílios – anormalmente encurvados em direção ao olho mesmo com os folículos em localizações anatômicas normais Associação frequente com entrópio cicatricial Sensação de corpo estranho Em geral ocorrem devido a inflamação crônica como blefarite e herpes zoster oftálmico ou por traumas Thais Passos - T1 ECC 2 _________________________________________________________ - Tratamento: Lubrificantes, LC, epilação mecânica Eletrólise, fotocoagulação laser argonio, crioterapia Cirúrgico: ressecção em cunha, interposição de enxerto Ptose Borda palpebral superior abaixo de sua posição normal (2mm cobrindo limbo superior – DMR(distancia margem-reflexo normal de 4 a 5 mm) Tipos: - Miogenica: miopatia do próprio musculo elevador da pálpebra ou por distúrbios na transmissão de impulsos na juncao neuromuscular (neuromiopática) - Aponeurótica/ involucional: defeito na aponeurose do elevador - Neurogênica: paralisia do 3˚ nervo e sd de Horner - Mecânica: defeito gravitacional de uma passa ou por formação de cicatrizes Exame - medida da fenda palpebral / função do elevador: 10 a 12 mm - DRM: 4 a 5 mm - Graduação: Leve: ate 2 mm Moderada: ate 3 mm Grave > 4 mm - Tratamento: cirúrgico • Refixação da Aponeurose: função MEPS > 8mm • Ressecção da Aponeurose: função MEPS 4-8 mm • Suspensão ao frontal: função MEPS < 4mm Thais Passos - T1 ECC 2 _________________________________________________________ Deslocamento das pálpebras em direção ao rebordo ósseo correspondente Exposição escleral [em condições normais não se ve a esclera] Encurtamento dos mm. retratores: cicatricial, cinético Causas: Tratamento: Retração palpebral - Orbitopatia de Graves - Compensação de ptose contralateral - Trauma - Iatrogenia: pós-blefaroplastia - Retração PS 2-3mm: müllerectomia - Recuo aponeurose MEPS - PI: levantamento malar, interposição de espaçadores (cartilagem, palato duro) Thais Passos - T1 ECC 2 Excesso de pele em PI ou PS Relacionado a idade Tratamento: blefaroplastia Dermatocalase Traumas e Trauma palpebral _________________________________________________________ Sistema lacrimal Formado por: - glândula lacrimal principal: responsável pela secreção reflexa da lacrima. Localizada no quadrante temporal superior da orbita - vias lacrimais: responsável pela drenagem de lagrimas. São formadas por canalículos, saco lacrimal e ducto lacrimal. Sistema lacrimal de drenagem A lágrima é produzida na glândula lacrimal. Com o piscar ela é distribuida por toda superficie ocular até os óstios lacrimais superior e inferior situados no canto nasal das pálpebras. Dalí ela atinge o saco lacrimal e o nariz onde é reabsorvida. Obstruções: - Congênitas [mais comum] - Adquiridas Thais Passos - T1 ECC 2 Obstruções altas Obstruções baixas Infecciosas Inflamatórias Tumores Doenças sistêmicas Traumas - Canaliculite - Estenose / eversão do ponto lacrimal - Estenose canalicular - Tumores - Dacriocistite - Estenose do ducto naso lacrimal - Tumores - HSV - HZV - Tracoma - Blefarites - Stevens-Johnson - CEC - CBC - Cistos - pólipos - papilomas - granulomas - Sarcoidose - granulomatose com poliangeíte (Wegener) - leishmaniose - tb - laceração de canalículos _________________________________________________________ Obstrução alta Incomum, pouco diagnosticada (incidência de 2 a 4%) Confundida com conjuntivite Quando tem obstrução de via alta pode ter inflamação ·Primaria ·Secundária Quadro típico: ATENÇAO Tratamento: cirúrgico Canaliculite Mais prevalente em mulheres mais idosas Geralmente associado ao plugue de VL (tampão em via lacrimal) - 92% em mulheres - Grande prevalência de olho seco (pct com sd de sjogren por exemplo) Mulher com epífora (perda ou alteração – olhos mt úmidos), eritema palpebral, palpebra edemaciado, com ou sem secreção mucopurulenta Não é conjuntivite = não tem secreção ocular, não tem hiperemia na conjuntiva É canaliculite Canaliculotomia Faz curetagem e marsupializa o canalículo Sutura aberta favorecendo a drenagem pela via Obstrução baixa É uma inflamação do saco lacrimal ·Aguda Sinais e sintomas: Tratamento: Dacriocistite - Geralmente infecciosa - Mais comum em mulheres adultas [via lacrimal mais estreita] e crianças - Edema - Eritema - Dor - Área abaulada abaixo do tendão do canto medial (TCM) *se for acima (no teto da orbita) pode ser uma meningocele - Conjuntivite - Celulite pós-septal #OBS: lembrar que é no canal que passa a via lacrimal. ·Aguda em adultos - ATB empírico sistêmico (amoxicilina, clavulanato 8/8h ou 12/12h - ATB tópico (ciprofloxacino 8/8h) - AINH oral - Drenagem em caso de abscesso (flutuação) Dacriocistorrinostomia (DCR) endonasal Reavaliar em 72h se piora internação e DCR Thais Passos - T1 ECC 2 _________________________________________________________ Teste de desaparecimento da fluoresceína Obstrução de via lacrimal (OVL) congênita Para bebe (congênita) Usa-se uma colírio de fluoresceína – laranja Pinga uma gota em cada olho Espera em média 5min Observa se o colírio foi escoado para o nariz igualmente nos 2 olhos - 90% de sensibilidade e 100% de especificidade Dacriocistorrinotomia Geralmente é realizada com uma parceria entre oftalmo e otorrino A incisão é feita na face externa do paciente e, com uma broca, chega até o saco lacrimal, retira-se o tecido redundante (fica sem a porção posterior do saco lacrimal) e passa uma sonda por toda a via lacrimal. Fica uma comunicação direta com o interior do nariz. Resolução espontânea: Condutas Sondagem - 80 a 90% ate 3 meses - 68 a 75% ate 6 meses - 36 a 57% ate 9 meses - 60 a 79% entre 13 e 24 meses - Massagem no SL [compressão da região do saco lacrimal]: terapia conservadora - Sondagem de via lacrimal: principal escolha para tratamento de OVL congênita O ponto lacrimal inferior e/ou superior é dilatado, introduzindo uma sonda metálica do respectivo canalículo sobre o saco lacrimal – a sonda rompe a membrana. Thais Passos - T1 ECC 2 Avaliação oftalmológica no PS Princípios Trauma ocular Primeiro objetivo é descartar lesão ocular e depois olha a pálpebra - Avaliar o olho antes de suturar (descartar perfuração) - Tentar reparo dentro das primeiras 24h para evitar retrações e risco de infecção (se muito edema, pode esperar até 72 horas) - Vacina de tétato - Administrar antibioticoterapia sistêmica profilática, no pré, intra e pós operatório (cefalotina EV e cefalexina VO) - Suspeitar de lesão de canalículo em lacerações de canto medial - Sutura 3 planos • Linha cinzenta e linha dos cílios: seda 6-0 • Tarso e músculo orbicular: vicryl 6-0 • Pele com nylon 6-0 _________________________________________________________ Lesão fechada comumente decorre de traumatismo contuso. A parede corneoescleral do globo ocularestá intacta. Lesão aberta consiste em um ferimento que envolve toda a espessura do envelope corneoescleral. Contusão é uma lesão fechada resultante de traumatismo contuso. A lesão pode ocorrer no local do impacto ou distante dele. Ruptura é um ferimento que afeta toda a espessura e é causado por traumatismo contuso. O globo ocular rompe no seu ponto mais fraco, que pode não ser no local do impacto. Laceração é um defeito que afeta toda a espessura da parede do olho, produzido por um ferimento em rasgo, geralmente resultante de um impacto direto. Laceração lamelar é uma laceração que afeta parte da espessura. Lesão incisa é causada por um objeto afiado, como vidro ou faca. Lesão penetrante refere-se a um ferimento simples que afeta toda a espessura e é, frequentemente, causada por um objeto pontiagudo, sem um ferimento de saída. Um ferimento penetrante pode estar associado à retenção intraocular de um corpo estranho. Perfuração consiste em dois ferimentos que afetam toda a espessura, sendo um de entrada e outro de saída, geralmente causados por um projétil. Blefaroespasmo x Espasmo hemifacial Blefaroespasmo Dificuldade de começar a abrir o olho. Geralmente começa a abrir com a mão. Espasmo Hemifacial Contração que não cessa durante o sono. É mandatório descartar lesão compressiva periférica do facial. Proptose (exoftalmia) A proptose descreve uma profusão anormal de um órgão, mas é geralmente aplicada ao globo ocular, enquanto a exoftalmia refere-se apenas ao globo ocular. A posição da proptose pode indicar a patologia provável Proptose axial Lesões que ocupam espaço dentro do cone muscular (tumores do nervo óptoco, hemangioma cavernoso ...) Distopia Deslocamento do globo no plano coronal, devido geralmente a uma massa orbitária extraconal (tumor da glândula lacrimal) Quando se suspeita de proptose - olha o paciente de baixo para cima e compara a projeção dos olhos Causa mais comum unilateral: Doença de Graves Thais Passos - T1 ECC 2 _________________________________________________________ Celulite Processo que atinge a derme profunda e o tecido subcutâneo, com extensão variável e por vezes pouco definida. Celulite periocular Pré-Septal É uma infecção do tecido subcutâneo anterior ao septo orbitário. Porta de entrada: corte, picada de inseto, terçol ... Mais comum que a celulite orbitária Menos grave Pós-septal Acometimento de estruturas para trás do septo Mais grave Manifesta-se com um edema, frequentemente duro, doloroso ao toque e vermelhidão palpebral - Tratamento: antibióticos orais. Amoxicilina/ ácido clavulânico 250 a 500 mg/125 mg, 2 a 3 vezes ao dia, ou 875/125 mg, 2 vezes ao dia, dependendo da gravidade. Edema agudo palpebral unilateral e bipalpebral Proptose, diplopia e oftalmoplegia ocorrem tardiamente Sintomas: obstrução nasal, pressão ou dor facial, descarga nasal e gotejamento nasal posterior. Aspectos clinicos: rinossinusite aguda ou crônica, IVAS, trauma, cirurgia orbitária ou nasossinais, infecção local Inspeção: edema periocular, eritema, quemose e congestão; blefaroptose mecânica por edema Palpação: massas, deformidades do rebordo orbitário, abscessos ou empiema Proptose e oftalmoplegia: casos graves Pesquisar: Exame clínico geral: EG, sinais de sepse (taquicardia, pirexia), avaliação neurológica (nervos cranianos, meningismo). AV, reflexos pupilares e exame fundoscópico Visão de cores (Placas de Ishihara e saturação de vermelho) Medida da PIO / TOD Endoscopia nasal Celulite orbitária Emergência médica infecção grave dos tecidos moles localizados atrás do septo orbital, que pode colocar em risco tanto a visão como a vida. - Condições inflamatórias e neoplásicas - Patógenos atípicos e fungos em imunocomprometidos Exame clínico Thais Passos - T1 ECC 2 _________________________________________________________ Thais Passos - T1 ECC 2 Chandler et al (1970) Hemograma completo Provas inflamatórias de fase aguda (PCR, VHS) Bacterioscópico e cultura de secreção nasal TC com contraste de órbitas e seios paranasais em casos de: Sintomas neurológicos (TC crânio) Impossibilidade de avaliar adequadamente a visão Sintomas e sinais oftalmológicos graves: proptose evidente, oftalmoplegia, piora da AV e da visão de cores, edema bilateral Falha terapêutica após 24h Febre recorrente após 36h de tratamento: identificar e localizar abscessos Acometimento de seios paranasais: Streptococcus e Staphylococcus spp. Hiperatenuação de tecidos moles (calcificações) e ou erosão óssea: considerar etiologia fúngica ou neoplásica. As complicações oculares incluem neuropatia óptica, ceratopatia de exposição, PIO aumentada, endoftalmite e oclusão da artéria ou da veia central da retina. Abscesso subperiosteal, mais frequentemente localizado ao longo da parede orbitária medial. Classificação – I: celulite pré-septal – II: celulite orbitária – III: abscesso subperiosteal – IV: abscesso orbitário – V: trombose de seio cavernoso Exames complementares Complicações As complicações intracranianas, que são incomuns (3% a 4%) mas muito graves, incluem meningite, abscesso cerebral e trombose do seio cavernoso. Principais patógenos: ATB intravenoso: betalactâmico + inibidor betalactamase Amoxicilina + clavulanato / Piperacilina + tazobactam Cobertura ampla para aeróbios e anaeróbios Cefalosporinas: ceftriaxone, cefotaxima e ceftazidima (boa penetração SNC) Macrolídeos / Metronidazol MRSA: Vancomicina + CF ATB por 7 a 10 dias, seguido por ATB oral por 7 a 14 dias Escolha guiada por bacterioscópico, cultura e antibiograma Evidência radiológica de abscesso subperiosteal ou orbitário Redução da AV, comprometimento da visão de cores e DAR Progressão da infecção após 48h de ATB IV Deterioração clínica após 48h de ATB IV Trombose do seio cavernoso Complicação mais grave - Coagulação dentro do seio cavernoso • Rara,masdealtamortalidade(12 a 80%) • Edema e ptose bilateral, proptose, dor retro- ocular, oftalmoplegia evidente, papiledema ou sinais de irritação meníngea • AngioRNM Tratamento • Streptococcus spp. (S. pneumoniae e do Grupo A – pyogenes) • Staphylococcus spp. (S. aureus) • Polimicrobiana (Moxarella catarrhalis, Haemophilus não tipável) Cirurgia
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