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Colunas: estabilidade de estruturas PROF.: GASPAR JR Colunas Elementos estruturais verticais responsáveis pelo suporte de cargas compressivas ( como telhados e pisos) e pela transmissão das forças verticais para as fundações e subsolo Colunas As colunas são definidas pelo valor de seu comprimento entre as extremidades de apoio e podem ser muito curtas (por exemplo, pilares em sapatas) ou muito longas (pilares de pontes e viadutos). Aplicações: Elementos de treliças; Infraestrutura de Pontes; Quadros estruturais. Algumas Aplicações Colunas As colunas são os componentes estruturais mais importantes que afetam significativamente o desempenho global e a estabilidade da edificação e, dessa forma, são projetadas com coeficientes de segurança maiores do que os de outras estruturas. Colunas As colunas são os componentes estruturais mais importantes que afetam significativamente o desempenho global e a estabilidade da edificação e, dessa forma, são projetadas com coeficientes de segurança maiores do que os de outras estruturas. Colunas Curtas A esbelteza das colunas influencia enormemente sua capacidade de suportar carga. Colunas muito curtas e robustas apresentarão falha estrutural por esmagamento em consequência da ruptura do material; colunas longas e esbeltas apresentarão falha por flambagem – uma função das dimensões da coluna e de seu módulo de elasticidade Colunas Curtas Colunas Longas: FLAMBAGEM DE EULER O fenômeno da flambagem em colunas esbeltas deve-se às excentricidades inevitáveis de carregamento e à probabilidade de existência de irregularidades na resistência de um material submetido à compressão. Colunas Longas: FLAMBAGEM DE EULER A flambagem pode ser evitada (teoricamente) se as cargas aplicadas forem absolutamente axiais e o material da coluna for totalmente homogêneo, sem imperfeições. Obviamente, isso não é possível; em consequência, a flambagem configura uma situação real para qualquer coluna esbelta. Colunas Longas: FLAMBAGEM DE EULER A capacidade de carga de uma coluna esbelta depende diretamente da dimensão e da forma da coluna, assim como da rigidez do material (E). Ela é independente da tensão relativa ao limite de escoamento (resistência) do material. Colunas Longas: FLAMBAGEM DE EULER A equação de Euler apresenta a relação entre a carga que causa a flambagem em uma coluna com apoios em pinos (apoios de segundo gênero) em suas extremidades e as propriedades de resistência da coluna. A carga crítica de flambagem pode ser determinada pela equação Colunas Longas: FLAMBAGEM DE EULER Observe que quando o comprimento da coluna se torna muito longo, a carga crítica se torna muito pequena, aproximando-se de zero como limite. Inversamente, os comprimentos muito curtos de colunas exigem cargas extremamente grandes para que o elemento estrutural venha a apresentar flambagem. Cargas elevadas resultam em tensões elevadas, o que causa o esmagamento em vez da flambagem. 1) Equilíbrio estável: Na primeira figura, a bola encontra-se em equilíbrio estável porque se ela for ligeiramente deslocada para um dos lados e, então for solta, ela voltará para a posição de equilíbrio no fundo do “vale”. 2) Equilíbrio neutro: Se a bola estiver sobre uma superfície perfeitamente plana, ela está em uma configuração de equilíbrio neutro. Se ela for deslocada ligeiramente para qualquer um dos lados, ela não tem tendência de se mover, seja para mais longe, seja na posição original. 3) Equilíbrio instável: Apesar da bola estar na posição de equilíbrio, qualquer deslocamento aplicado à mesma fará com que a bola se afaste cada vez mais da posição de equilíbrio inicial caracterizando um equilíbrio instável Raio de giração (r): Propriedade geométrica de uma seção transversal. Quanto maior o valor de r, maior será a resistência da coluna à flambagem A tensão crítica desenvolvida em uma coluna longa na flambagem pode ser expressa por: Índice de Esbeltez (L/r): O termo L/r na equação acima é conhecido como índice de esbeltez. A tensão crítica de flambagem de uma coluna é inversamente proporcional ao quadrado do índice de esbeltez. Índice de Esbeltez (L/r): Altos índices de esbeltez significam tensões críticas menores que causarão flambagem; Inversamente, menores índices de esbeltez resultam em tensões críticas mais altas (mas ainda dentro do limite elástico do material). O índice de esbeltez é um indicador fundamental para o modo de ruptura que se pode esperar de uma coluna submetida a algum carregamento. Índice de Esbeltez (L/r): Índice de Esbeltez (L/r): Em geral, as seções transversais mais eficientes de colunas para cargas axiais são aquelas com valores quase iguais de rx e ry. As seções transversais circulares e tubulares e tubos quadrados são as formas mais efetivas, porque o raio de giração em torno de ambos os eixos são os mesmos (rx = ry). Por esse motivo, esses tipos de seção são usados frequentemente como colunas para cargas leves e moderadas. Índice de Esbeltez (L/r): Entretanto, elas não são necessariamente adequadas para grandes cargas e onde precisarem ser feitas muitas conexões com vigas. Seções especiais de abas largas são fabricadas especificamente para fornecer colunas relativamente simétricas (razões rx/ry próximas a 1,0) com grande capacidade de suporte de carga Índice de Esbeltez (L/r): Eixo “fraco "de Inércia A tendência de giro na flambagem de uma coluna é sempre na direção do eixo de menor momento de Inércia (eixo “fraco”). Influência das condições de apoio Na análise anterior da equação de Euler, foi admitido que cada coluna tivesse apoios em pinos (segundo gênero) no qual as extremidades do elemento estrutural estavam livres para sofrer rotação (mas não para sofrer translação) em qualquer direção. Portanto, se fosse aplicada uma carga verticalmente até que a coluna flambasse, ela se deformaria com a configuração de uma curva suave Análise de Euler Influência das condições de apoio Entretanto, na prática, nem sempre esse é o caso, e o comprimento que está livre para flambar é grandemente influenciado por suas condições de apoio nas extremidades. Uma modificação nas condições de extremidade imposta numa coluna pode ter um grande efeito em sua capacidade de carga. Comprimento Real x Comprimento efetivo Para acharmos o comprimento efetivo (Le) de flambagem, basta multiplicarmos o Comprimento Real (Lr) por um fator K , que depende do tipo de apoio. Coeficiente K de flambagem Caso A ( K=1) Ambas as Extremidades com Pinos – Estrutura contraventada adequadamente contra forças laterais (vento e terremotos). Exemplos: • Coluna de madeira com pregos na extremidade superior e na extremidade inferior. • Coluna de aço com conexão de cantoneira simples na extremidade superior e na extremidade inferior. Caso B ( K=0,5) Ambas as Extremidades Fixas – Estrutura contraventada adequadamente contra forças laterais. Exemplos: • Coluna de concreto rigidamente conectada a grandes vigas na extremidade superior e na extremidade inferior. • Colunas de aço conectadas rigidamente (soldadas) a grandes vigas de aço na extremidade superior e na extremidade inferior Caso C ( K=0,7) Uma Extremidade com Pino (Rotulada) e Uma Extremidade Fixa (Engastada) – Estrutura contraventada adequadamente contra forças laterais. Exemplos: • Coluna de concreto conectada rigidamente a uma laje de concreto na base e ligada a um telhado leve na extremidade superior. Caso D ( K=2) Uma Extremidade Livre e Uma Extremidade Fixa – Translação lateral possível (desenvolve carga excêntrica na coluna). Exemplos: • Tanque de água colocado sobre uma coluna tubular simples. Estratégia para reforço à flambagem As conexões fixas parecem ser uma solução óbviapara minimizar os tamanhos das colunas; entretanto, o custo associado à construção de conexões rígidas é alto e tais conexões são difíceis de fazer. Que outros métodos existem para assegurar um aumento da capacidade da coluna sem que sejam especificados tamanhos maiores de colunas? Estratégia para reforço à flambagem Uma estratégia comum usada para aumentar a eficiência de uma coluna é acrescentar contraventamento lateral em torno do eixo fraco de flambagem.
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