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RESUMO FISIOLOGIA (1)

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RESUMO FISIOLOGIA – TESTE 1 – Nataliê Sutilli 
BIOELETROGÊNESE 
 
 
❖ POTENCIAL DE AÇÃO: 
- O potencial de ação é alteração rápida, do 
tipo tudo-ou-nada, do potencial de 
membrana, seguida por retorno ao 
potencial repouso da membrana. 
- É constituído por 7 etapas: 
1- potencial de repouso; 
2- despolarização (membrana +permeável 
ao Na+ do que ao K+ tornando a célula 
mais positiva); 
3- reversão; 
4- pico máximo do PA; 
5- repolarização (canais de Na+ se fecham e os canais de K+ se abrem mais que o normal); 
6- pós hiperpolarização (resultante da injeção de carga negativa, aumenta a polarização da membrana); 
7- retorno ao repouso. 
 
→ A base dos potenciais de ação são os canais iônicos, controlados pela voltagem, presentes na membrana 
plasmática. Os canais de K+ e Na+ são controlados voltagem juntamente com a bomba de K/Na e os canais de 
extravasamento. 
 
1) Canal de sódio apresenta duas comportas: uma de ativação (perto da abertura externa) e a outra de 
inativação (perto da abertura interna). 
• Repouso: comporta de ativação fechada para que não entre Na dentro da célula. 
• Ativado: comporta de ativação e de inativação estão abertas. A mudança de conformação da 
comporta ocorre quando o potencial da membrana está menos negativo do que no estado de repouso. 
• Inativado: é inativada logo depois de ser ativada. Quando a comporta de inativação é fechada, 
os íons sódio não conseguem mais entrar, fazendo com que o potencial de membrana volte ao repouso -
> processo chamado de repolarização. 
OBS: a comporta de inativação só irá se abrir depois da repolarização. 
 
2) Canal de potássio 
• Repouso: comporta está fechada 
• Ativação lenta: comporta abre devido a variação de voltagem, fazendo com que o K saia do meio intra e 
vai para o meio extra. 
OBS: Ativação da comporta é lenta, logo há um retardo na abertura dos canais de K. Assim, eles abrem por 
inteiro exatamente quando os canais de sódio estão fechando. Com isso, há um processo de aceleramento de 
repolarização, pois ocorre redução da entrada de Na e aumento da saída de K. 
3) Papel de outros íons no potencial de ação 
• Ânions negativos: ficam dentro do axônio, assim, na falta de íons positivos dentro da membrana (Na ou 
K) gera um excesso de carga negativa. 
• Íons cálcio: está presente nas bombas de cálcio e junto com o sódio. As bombas de cálcio funcionam de 
maneira igual à bomba de sódio, jogando cálcio para o meio exterior da membrana. Possuem uma ativação 
lenta. 
OBS: quando há déficit de íons cálcio o canal de sódio é ativado. 
 
→ O potencial de ação tem estabilidade, ou seja, é propagado com a mesma forma e amplitude ao longo de 
todo o axônio. 
→ Em geral, os potencias de ação se iniciam no segmento inicial do axônio. 
→ Os padrões dos potenciais de ação conduzidos codificam a informação transmitida pelas células nervosas. 
 
❖ POTENCIAIS DE MEMBRANA: 
- Todas as células, incluindo os neurônios, têm potencial de repouso, tipicamente, em torno de –70 mV; 
- Quanto maior a corrente que passa através da membrana plasmática, maior a alteração no potencial de 
membrana; 
- Existem três diferenças importantes entre o potencial de ação e as respostas sublimiares e passivas (não 
geram PA): 
1) o potencial de ação é resposta muito mais ampla, na qual a polaridade do potencial de membrana é 
invertida (o interior passa a ser positivo em relação ao exterior); 
2) ele se propaga por toda a extensão da fibra nervosa; 
3) o potencial de ação se propaga sem alteração (ele mantém sua amplitude e sua forma à medida que é 
regenerado ao longo do axônio). Além disso, quando se aplica um estímulo ainda maior do que o limiar, o 
potencial de ação se mantém inalterado, não aumentando com o aumento da intensidade do estímulo. Um 
estímulo produz um potencial de ação ou não (para produzir precisa atingir o L.E → Limiar de 
Excitabilidade). Por essa razão, ele é descrito como uma resposta do tipo tudo-ou-nada. 
Obs: P.A pode ser gerado em outras partes da membrana da célula nervosa, mas sua principal função é a 
condução ao longo do axônio. 
 
❖ POTENCIAL DE DIFUSÃO: 
- Diferença de potencial entre as partes interna e externa. 
 
• Relação do potencial de difusão com a diferença de concentração: quanto maior é a 
concentração de um íon em um dos lados da membrana, maior será a tendência para que o íon se difunda em 
direção oposta. 
 
• Potencial de difusão quando a célula é permeável a vários íons: depende de três fatores -> 
polaridade das cargas elétricas, permeabilidade da membrana para cada íon e as concentrações dos íons nos 
lados externo e interno da membrana. 
OBS: Os íons Na+, K+ e Cl- são os mais importantes envolvidos no desenvolvimento dos potenciais de 
membrana nas fibras musculares e nervosas. O grau de importância de cada um desses íons depende da 
permeabilidade da membrana para os mesmos. Se não for permeável ao K+ e ao Na+ , por exemplo, apenas o 
íon Cl- determinará o potencial de membrana. Porém, a variação da permeabilidade do K+ e do Na+ são as 
responsáveis pela transmissão no sinais nervoso. 
 
▪ Contribuição do potencial de difusão: 
• K: alto gradiente de concentração e alta permeabilidade da membrana (MAIOR 
CONTRIBUIÇÃO); 
• Na: alto gradiente de concentração e baixa permeabilidade da membrana. 
• Bomba de Na/K 
 
❖ POTENCIAL DE REPOUSO: 
- O potencial de membrana das células nervosa é -70mV, ou seja, a parte interna é 70mV mais negativa que a 
parte externa. 
 
▪ Bomba de sódio e potássio: 
- É responsável pelo transporte de íons para dentro e para fora da célula. É uma bombaeletrogênica, pois 
mais cargas positivas são bombeadas para fora (3 Na+) do que para dentro (2K+), deixando o meio intra 
negativo e o meio extra positivo. 
OBS: normalmente acontece maior extravasamento do K+ através da membrana nervosa, pois esse é mais 
permeável do que o Na+. Essa diferença da permeabilidade é importante na determinação do potencial de 
repouso da célula. 
 
▪ Origem do potencial de repouso: 
1. Diferença nas concentrações dos líquidos intra e extracelulares. 
2. Diferença na permeabilidade da membrana em relação aos íons (relaciona o diâmetro do íon com o canal 
iônico). 
 
 
❖ PERÍODO REFRATÁRIO: 
- Tem como efeito limitar a frequência de potenciais de ação, além de promover a unidirecionalidade da 
propagação do potencial de ação. 
- No absoluto, qualquer estímulo para gerar potencial de ação é inútil, pois os canais de sódio estão em 
estado inativo (comporta rápida aberta e comporta lenta fechada). -- No relativo, alguns destes canais já 
estarão de volta ao repouso ativável (comporta rápida fechada e comporta lenta aberta), mas nem todos. 
Estímulos supralimiares conseguem gerar potenciais de ação no período refratário relativo. 
 
SINAPSE 
❖ CONCEITO: ponto de contato entre uma célula nervosa (elemento pré-sináptico) e outra célula 
excitável nervosa ou não (elemento pós-sináptico), visando à transmissão da informação. 
CLASSIFICAÇÃO DAS SINAPSES 
- Quanto à condução do sinal: 
sinapse elétrica 
sinapse química 
▪ SINAPSE ELÉTRICA 
 
• Elemento pré e pós sinaptico; 
• Não há espaço físico entre as células pré e pós sinapticas. Logo, existe um contato direto entre elas 
-> condução é mais rapida, se for comparada a sinpase química; 
• Não há liberação de NT -> resposta é conduzida de uma célula a outra através de estruturas de baixa 
resistência que são os conexons; 
• Não depende de NT. Não possui retardo sináptico, pois não há fenda sináptica; 
• Representa a minoria no SNC; 
• Não é modulável, pois não possui NT. 
 
➢ ESTRUTURAS NEURONAIS QUE REALIZAM SINAPSE ENTRE SI: 
- Axo-dendítica: sinapse do neurônio com dendrito-> Mais comuns. 
- Axo-somática: sinapse do neurônio com o corpo celular. 
- Axo-axônica: sinapse do neurônio com axônio. 
➢ EFEITO DAS SINAPSES: 
- Excitatória: gera uma resposta positiva (contração muscular,secreção glandular, etc.) 
- Inibitória: inibe a resposta da célula efetora, ou seja, não vai contrair, não produz secreção celular, etc. 
 
o CONEXONS: são proteínas transmembranares que se juntam para formar ligação do tipo gap. 
Representam a via de fluxo de corrente elétrica entre as células. 6 conexinas formam um conexon. 
OBS: a passagem da corrente ocorre de forma bidirecional. 
- Quanto ao efeito: 
> sinapse excitatória 
>sinapse inibitória 
 
 
▪ SINAPSE QUÍMICA 
- Presença da fenda sináptica, que é o espaço físico entre as células. Porém, a consequência dessa fenda é o 
retardo sináptico (tempo desde o estímulo da célula pré - liberação do NT - até a resposta da célula pós). 
- Condução é unidirecional. 
- É passível de modulações farmacológicas, fisiológicas e etc, com bloqueadores, ativadores, ente outros. 
 
➢ Fadiga sináptica: liberação excessiva de NT, por hiperexcitabilidade, e não tem tempo de sintetizar e 
armazenar novos NT. 
ex: casos epiléticos e convulsivos. 
 
➢ Produção de NT: podem ser sintetizados no soma (corpo celular) ou no terminal axônico. 
1) Soma (corpo celular): NT de alto peso molecular, é transportado pelo transporte axonal, por proteínas de 
transporte e fica armazenado no axônio até a liberação. 
2) Terminal axônico: NT de baixo peso molecular, produzidos e armazenados em vesículas no axônio. Os que 
não precisam ser armazenados já são produzidos na própria vesícula. 
 
➢ Armazenamento: NT que não são produzidos pelas vesículas sofrem armazenamento ou vesiculação. 
OBS: o potencial de ação define a exocitose. Exocitose é o processo de fusão das vesículas às membranas do 
terminal determinado pelo P.A. No processo de atração das vesículas há fusão de proteínas especificas das 
vesículas com proteínas especificas da membrana do terminal (sinatobrevina e sinapsina). Além disso, para 
que haja essa fusão é necessário também a ativação de fosfolipases especificas e ATPases p/ permitir 
abertura dos poros. 
OBS: as vesículas são recicladas e serão reutilizadas para novos mecanismos de vesiculação e 
armazenamento. 
OBS2: no caso dos NT que não são produzidos por vesículas, ou seja, precisam ser armazenados, ocorrerá um 
contra transporte de H+. Transporte ativo secundário, pois não gasta ATP, mas sim energia química gerada 
pelo transporte ativo primário. 
H+ entra gastando ATP, a entrada desse H+ gera energia química para o transporte ativo secundário e então 
o H+ saí e o NT entra. (MODULADOR) 
 
➢ Etapas da liberação de NT: 
1) Estímulo do potencial de ação: elétrico; 
2) Despolarização abre os canais PDC sódio; 
3) Há alteração no potencial de membrana e induz a abertura de canais de cálcio PDC; 
4) Ocorre influxo de cálcio -> forma complexo calmodulina (precisa de 4 cálcios para ativar) -> ativa enzima 
específica chamada de calmodulina quinase. 
Calmuldina quinase: fosforila/quebra microtubulos para que vesículas migrem para a membrana e ocorra a 
exocitose. 
OBS: vesículas inicialmente estão presas a microtubulos. Para que migrem para até a membrana do terminal 
os microtubulos precisam ser rompidos. 
 
➢ Destinos dos NT: 
1. Se ligar ao sítio específico nos receptores 
Excitatório: aumenta liberação de NT 
Inibitório: diminui liberação de NT 
2. Degradação 
Dependendo do tipo de sistema neuronal, há enzimas de degradação na fenda; 
Quando não há enzimas, ocorre recaptação neuronal podendo ser reutilizado (vesiculado) ou degradado. 
- Recaptação extraneuronal: o NT é transferido para outro tecido que não seja o neurônio que o secreta. Ex: 
gaba pode sofrer captação por células da glia. 
 
➢ Interação dos NT com os receptores: 
1) Ionotrópicos: responde abrindo e fechando os canais de maneira rápida pois o NR se liga diretamente a 
ele; possui sitio de ligação para o NT (estrutura específica). 
2) Metabotrópicos: associados a via de sinalização da proteína G. Existem subunidades especificas das 
proteínas. Canal abre e fecha de forma indireta pq o NT não se liga diretamente. 
OBS: existem NT que possuem os dois, o que muda é a localização deles. 
 
➢ Tipos de Sinapses 
1- Excitatória: 
Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for a despolarização, iniciando o potencial de ação, então 
será uma sinapse excitatória. PPSE (potencial pós sináptico excitatório). 
2- Inibitória: 
Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for de hiperpolarização, a ação resultante será inibitória do 
potencial de ação, portanto nesse caso há uma sinapse inibitória. PPSI (potencial pós sináptico inibitório). 
 
➢ Potencial graduado (PPSE e PPSI) x Potencial de ação 
Graduado: produzido por estimulo químico na região soma quimioexcitavel. 
Ação: produzido por estimulo elétrico em região axonal. 
Obs: o estímulo que chega ao cone de implantação é o somatório de todos os estímulos que chegam na região 
somatodendritica. A resultante depende da intensidade. 
Se a resultado for inibitória nada acontece. Se for excitatória o estimulo químico que será convertido em 
elétrico gerara o potencial de ação. 
ex: NT gaba é inibitório; NT glutamato é excitatório. 
OBS: NT puros podem gerar resposta inibitória ou excitatória, depende do receptor. 
 
➢ Neuromoduladores: neurônio interferindo na ação de outro neurônio; modula a neurotransmissão da 
célula pré podendo aumentar a liberação de NT ou inibir. Ligam-se a receptores pós gerando uma cascata de 
reações enzimáticas. 
 
o EXCITAÇÃO PÓS SINÁPTICA: neurônio modulador → libera NT inibitório→ célula pré inibitória→ 
NT inibe a célula inibitória → efeito excitatório permanece. 
o INIBIÇÃO PÓS SINÁPTICA: neurônio modulador → célula pré excitatória → inibe a célula 
excitatória → prevalecem efeitos inibitórios. 
 
➢ Somação dos potenciais sinápticos: 
a) espacial: diversos terminais neuronais descarregando os potencias no neurônio principal. Chega mais 
rápido e geral potencial mais rápido. 
b) temporal: o pré descarrega com elevada frequência no pós. É mais lenta. 
➢ Co-transmissores: potencializam os efeitos dos NT 
- possuem receptores para eles mesmos; 
- função: modular a atividade dos NT, normalmente, aumentando-a. 
- geralmente liberada junto com NT na própria vesícula. 
 
 
FISIOLOGIA DA DOR 
 
❖ ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA SENSORIAL 
 
➢ Somestesia: capacidade da detecção de sinal, por receptores específicos,que partem do ambiente interno 
e externo. 
 
➢ Via aferente (sensitiva): leva informação para o SNC. 
- córtex -> atitude consciente ; medula -> atitude inconsciente 
 
➢ Via eferentes (motora): músculos esqueléticos como mecanismos da resposta (contração da musculatura 
com a finalidade de ter afastamento de acordo com determinado estímulo doloroso). 
 
OBS: Ajustes homeostásicos são realizados de forma inconsciente, pois, se fosse realizado de forma 
consciente, teria muitos gastos (controles de glicemia, pressão arterial, etc). 
 
❖ ESQUEMA VIA AFERENTE: 
Sinais ambientais e meio interno → Detecção do sinal por receptores específicos → Processador (SNC) → 
Pomover respostas comportamentais e ajustes homeostaticos essencias à sobrevivência 
 
 
 
 
 
➢ Dor: muito relevante para o médico, pois doenças que não cursam com dor são difíceis de detectar (Ex: 
câncer nos estágios iniciais). 
- Inicia com característica *semiológica, mas no decorrer do tempo encontra o campo emocional e perde essa 
característica. 
- Experiência emocional desagradável, subjetiva (pq cada paciente sente a mesma dor com intensidade 
diferente), relaciona a uma lesão tecidual real ou potencial. 
- A medida que a dor vai cronificando, ela deixa de ser uma dor sinalizadora e passa a ser neuropática. 
- 5º sinal vital 
* semiologia: meio e modo de se examinar um doente. 
 
❖ TIPOS DE DOR: 
 
1. Dor fisiológica: sinalizadora de uma lesão potencial ou real. Possui correlação entre a intensidade da dor 
e do processo de dano celular que está originando a dor. 
- Dor é sintomada doença. 
- É uma dor nociceptiva -> lesão celular. 
Ex: dor de infrator, dor de apendicite, etc. 
 
 
2. Dor patológica: não é sinalizadora. Ocorre por lesões das fibras nervosas que conduzem a dor e sinaliza 
dor que não esta ocorrendo. É uma dor neuropática. 
- Dor é a própria doença. 
- É uma dor neuropática -> não há lesão celular, ou seja, não há causa. Essa dor se deve a uma lesão ao nível 
do SNC. 
 
▪ Dor aguda: provocada por lesão real e sua intensidade varia de acordo com o estímulo. 
- Geralmente é localizada. 
- Função da dor é de alarme, advertência e proteção. 
- Leva a diagnóstico e tratamento. 
 
▪ Dor crônica: representa o desafio terapêutico. 
- Pode advir de uma dor aguda que cronificou. 
- Neuropática: causada por lesão da fibra nervosa; quadro de neuralgia. 
- Muitas vezes não possui estímulo causal. 
- Se torna a própria doença e nao tem propósito. 
- É refrataria ao tratamento farmacológico. 
 
Nocicepção: características apenas neuroanatomicas da percepção e transmissão da dor. 
 
Via aferente 
Via eferente 
❖ MODULAÇÃO DA DOR 
 
➢ Modulação negativa: quando a dor é transmitida pelo sistema nervoso central e chega na medula, 
ocorre a percepção de que é necessário alguma coisa para atenuar o processo da dor. 
- Ao nível da medula espinal a dor sofre uma modulação negativa, ou seja, a dor é analgesiada (atenuada). 
- Analgésicos endógenos são liberados dentro do organismo e possuem a função de atenuar a dor. 
- Está presente na fase aguda da dor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ Sistema opióide endógeno: substâncias analgésicas que são formadas dentro do organismo. Essas 
substâncias são semelhantes a fármacos, tais como a morfina. 
• São produzidos pelos neurônios e possuem a finalidade de fazer a neuromodulação, ou seja, de 
atenuar a dor. 
• Possui a função de diminuir a dor. 
 
➢ Modulação positiva: 
- Está presente na fase crônica da dor: quando paciente sofreu algum problema a muito tempo, porem ainda 
sofre mesmo sem processo inflamatório acontecendo. 
- Foi percebido que existem quadros de dores que são provocados por sinais do meio (alteração de 
temperatura, pressão, etc) e que é aumentada/exacerbada. Paciente não possui danos, mas está com dor. 
- Evoca na transmissão da dor mecanismos de facilitação. 
 
 
▪ Glutamato: está sendo liberado e possui a função de amplificar a dor. 
▪ Alterações de plasticidade neural: sinapses sofrem alterações que levam a uma plasticidade altamente 
danosa e cruel ao paciente, pois leva a um aumento das sinapses de glutamato e, consequentemente, uma 
amplificação da dor. →Pequenos estímulos 
geram uma resposta grande. 
 
 
❖ TRANSMISSÃO DA DOR 
 
➢ A dor é um sinal somestésico, ou seja, tem origem em uma lesão celular real ou potencial de 
determinada parte do corpo. 
➢ Detecção de um sinal: é realizada por receptores sensoriais que são altamente específicos. 
 
OBS: Receptores da dor detectam temperatura, pressão, substâncias químicas, entre outros. 
- São polimodais: detectam qualquer modalidade de sensação. 
- Só depende da intensidade para sentir ou não a dor. 
 
 
➢ Receptores para a dor são os nociceptores: 
- São terminações nervosas livres (não possui capsula) das fibras A-delta (grossas e mielinizadas) e C (finas e 
amielinizadas). 
PAPEL DA MEDULA ESPINAL NA DOR 
➢ Transmitir a sensação dolorosa para o tálamo 
➢ Modular a transmissão da dor 
➢ Fornecer uma resposta efetora à dor (reflexos 
medulares) 
- Não se adaptam, é uma característica diagnóstica. 
- Podem ser modulados positiva e negativamente. 
- São estimulados por varias modalidades distintas (estímulo químico, mecânico, etc). 
- Possuem alto limiar de excitabilidade, ou seja, precisa ter bastante estímula para que seja ultrapassado. 
 
 
 
 
OBS: Quando há processos inflamatórios ocorre redução do limiar de excitabilidade 
 -> estímulos, que antes não iriam alcançar o limiar, quando a área esta inflamada, alcançam mais 
rapidamente. 
 
➢ Estímulo algogênico: é aquele que ultrapassa o limiar alto de excitabilidade e gera a dor. 
 
➢ Nociceptores silentes: nao esta externalizado, nao esta detectando a sensação da dor normalmente. 
Porém, quando há regiões inflamadas ele externaliza receptores da dor para aumentar a detecção de sinal, ou 
seja, passar a transmitir os receptores da dor. 
 
➢ Cascata inflamatória: depende da ativação do ácido aracdônico e da produção de prostaglandinas (um 
dos principais mediadores da inflamação). 
- Substâncias vao produzir vasodilatação, rubor, edema, calor, vermelhidão e vao reduzir o limiar de 
excitabilidade da dor. 
- Substâncias liberadas e reação inflamatória formam uma informação que é levada para a medula espinhal 
através da fibra aferente. 
- Substâncias inflamatórias vão diminuir o limiar, ou seja, vários estímulos que não são conduzidos com dor 
passam a ser. Área inflamada fica altamente sensível. 
 
❖ MODULADORES POSITIVOS DA DOR: 
 
➢ Algumas dessas substâncias, que são liberadas pela área inflamada, vão produzir uma ativação direta dos 
nociceptores, ou seja, vao produzir uma despolarização e agem como substancias diretamente 
algogênicas. Sao capazes de abrir canais iônicos dos nociceptores e gerar diretamente estímulos para que a 
dor seja conduzida, ou seja, eles sao o estimulo da dor. 
 
o Bradicinina, potássio, serotonina, alguns ácidos -> ativam diretamente os nociceptores realizando uma 
despolarização. 
o PGE, interleucinas, neucotrienos -> reduzem o limiar de excitabilidade facilitando a transmissão de 
sinal. 
 
➢ Modulação periférica da dor: fora do SNC. 
➢ Modulação central da dor: dentro do SNC. 
 
➢ Anestésico local: vão interagir com os canais de sódio e vao estabilizar esses canais na configuração 
inativada. 
 
o Analgésico x anestésico: 
 
Analgésico: bloqueia a percepção da dor. 
Anestésico: ausência de estesia (perda do tato, pressão, detecção da temperatura, etc). Não é so a dor que esta 
sendo abolida, mas sim toda a estesia da área. 
 
OBS: Por que anestésico nao atua em locais com inflamação? Pois há variação do pH. Anestésicos locais são 
bases fracas. Quando o meio está ácido, esse anestésico ganha H+, ou seja, fica ionizado. Na forma ionizada 
ele nao atravessa a membrana celular, ou seja, quando a área inflamada é ácida (sempre é) o anestésico nao 
consegue atuar, pois fica ionizado. 
Para solucionar: injetar o anestésico em local próximo. 
 
➢ Cascata do ácido aracdônico: 
 
É importante quando se trabalha com a fisiologia, pois 
O ponto central é o acido aracdônico que é um fosfolipidio natural das membranas celulares do próprio 
organismo. 
 
➢ Quando há lesão tecidual: 
 
 
 
Precalicreína vai ser ativada em calicreína por substancias produzidas na lesão tecidual. 
Calicreína vai fazer bradicininogênio ser ativado em bradicinina. 
Bradicinina (umas das principais substancias mediadoras da dor) vai atuar diretamente no receptor da dor 
gerando dor. É uma substancia algogênica. É vasodilatadora. 
Bradicinina vai ser fundamental nesse momento, pois ela que ativa a enzima fosfolipase A2. 
Fosfolipase A2 vai tirar o acido aracdônico da membrana celular e vai desencadear a cascata desse ácido. 
Quando o ácido sai da membrana celular, vai sofrer 2 ações enzimáticas: 
1. Enzima COX que converte o acido em prostaglandinas (leva a dor, febre, inflamação -> diminui o limiar 
de excitabilidade). 
2. Enzima lipoxigenase: formação dos leucotrienos (importante na inflamação brônquica, por exemplo). 
Ácido libera outro produto que é o PAF, só que esse sem ação de enzimas. PAF elemento pró-inflamatório. 
 
OBS: PAF (fator de agregação plaquetária), prostaglandinas e leucotrienos são produtos do ácido aracdônico 
que estao envolvidos na hiperalgesia, inflamação, entre outros. 
 
➢ Anti-inflamatóriosnão esteroidais (remédios comprados livremente na farmácia): sao chamados 
de AINES (anti inflamatorio não esteroidais). 
• São os mais populares e consumidas medicamentos do universo. 
• São inibidores da COX: inibe uma das etapas do processo inflamatório, pois inibe a liberação das 
prostaglandinas que possuem papel importante no processo inflamatório, tais como, reduz o limiar de 
excitabilidade dos receptores da dor, etc. 
• Bloqueia apenas uma das vias, ou seja, deixa PAF livre e lipoxigenase tambem. 
• São úteis em dores leves e moderadas. 
 
➢ Glicocorticóides: abaixam a imunidade, elevam a pressão arterial, entre outros. 
• São inibidores da fosfolipase A2, ou seja, vao bloquear a fosfolipase de cima. 
• Acido aracdônico nao é retirado da membrana, logo, inibe todos os produtos dele. 
• São chamados de anti inflamatórios esteroidais, pois são a cópia da molécula que o organismo produz 
pela adrenal (hormônios esterioidais da supre renal) 
 
OBS: Ambos sao medicamentos que atuam na periferia da dor, ou seja, atuam no receptor e não no nervo. 
 
No processo inflamatório duas coisas acontecem por conta da cascata do ácido aracdônico: alodinia e 
hiperalgesia. 
 
Alodinia: estÍmulos que, normalmente, nao gerariam dor passam a gerar. 
Hiperalgesia: estímulos nocivos são percebido com intensidade muito maior na área inflamada. 
 
 
 
 
➢ Curva patológica: estímulos não nocivos (movimentos, toque, entre outros) passam a gerar dor -> 
alodinia. 
➢ Curva fisiológica: qualquer estimulo nocivo vai ser percebido de maneira exagerada/com intensidade 
muito maior na região inflamada. Isso ocorre, pois há gênese dos nociceptores silêntes, ou seja, receptores 
que não geravam dor passa a gerar (se externalizam, aumentando a quantidade dos receptores da dor). 
 
❖ CANAIS IÔNICOS DO NOCICEPTOR: 
 
• Há canais de sódio e cálcio que são ativados pelo hidrogênio (área ácida por causa da inflamação vai 
ativar esses canais) -> entrada de sódio e cálcio da célula causa a despolarização do nociceptor (gera maior 
potencial de ação e, consequentemente, maior dor). 
- Estímulos mecânicos (ex: estiramento, pancada, entre outros): gera despolarização. 
- Estímulos térmicos e diversos outros estímulos. 
Nociceptor é simples histológicamente, porém complexo no ponto de vista fisiológico. 
 
❖ PROCESSO DE MODULAÇÃO DA DOR É FEITO DESDE O NOCICEPTOR (ORIGEM DA DOR): 
 
➢ Modulação pode ser excitatória: feita pela bradicinina, prostaglandina, etc. 
• Favorece a transmissão da dor. 
 
➢ Modulação pode ser inibitória (modulação negativa): opiódes endógenos liberados na periferia 
• São liberados por células de defesa, entre outras. 
• Realizam analgesia na periferia (receptor). 
 
 
 
Ação dos opióides endógenos: ativa proteína GI -> ativa canais de potássio do nociceptor 
-> hiperpolarização (célula mais negativa que o normal) -> redução da atividade do nociceptor -
> ANALGESIA. 
 
RESUMINHO: 
 
- Tudo isso ocorre nos nociceptores. 
- Modulação periférica da dor: ocorre ao nível dos nociceptores (estruturas que são fisiológicamente ricas). 
1. Modulação positiva: prostaglandinas, leucotrienos, bradicininas, ácidos etc. 
2. Modulação negativa: opióides endógenos e cannabinóides endógenos. 
 
➢ Tradução do sinal a partir do nociceptor: 
 
- Nociceptor traduz o sinal e vai gerar alterações de voltagem até que se chegue ao limiar de excitabilidade. 
- Como o SNC vai diferenciar uma dor fraca de uma dor forte, já que se o estímulo for maior o potencial não 
aumenta (respeita a lei do tudo ou nada)? 
• Frequência: a intensidade da dor é determinada por 2 códigos -> código de frequência e código 
de população. 
 
Código de frequência: a frequência dos PAs em cada fibra estimulada vai ser maior quanto maior for o 
estímulo. 
• É mais importante para diferenciar a intensidade de qualquer sensação (luz, som, dor, prazer, 
etc). 
 
Código de população: número de receptores estimulados. 
• Receptores silentes: participando da percepção da dor. Quanto maior é a intensidade, maior é o 
recrutamento de receptores silentes. 
 
Dor - nível medular 
 
- É quando a dor é suficiente para gerar um PA na fibra aferente. 
Sinapse: comunicação dos neurônios. 
Fibra aferente sai da periferia até chegar à medula, onde tem o axônio e o neurotransmissor. 
 
Para que que o estímulo entra na medula? 
• Da medula o estímulo vai para o tálamo (feixe espinotalâmico - parte da medula e chega ao 
tálamo - e córtex - dor fica consciênte e é muito importante, pois é através da consciência que indivíduo 
toma decições como a de ir ao médico). 
• Evoca o reflexo medular: estímulo sai da medula e faz com que haja respostas para previnir 
agravos imediatos. 
• Teoria do portão da dor: modula a transmissão da dor. 
 
Componentes da dor: transmissão supra-espinhal da dor 
Há dois tipos de feixes espinotalâmicos: 
1. Neo-espinotalâmico: capacidade do ser humano de localizar a dor (detecta localização, precisão). 
2. Paleo-espinotalâmico: é responsável pelo componente afetivo motivacional (considera a dor uma 
experiência oposta ao prazer; da uma sensação de desagrado). 
 
Se cortar o feixe paleo-espinotalâmico: o paciente não fala da dor como ''dor'' e sim como um ''desconforto'' 
(calor, pressão -> usa outra palavra para definir o processo que ele está sentindo). 
• Morfina como analgésico (baixas concentrações): pode bloquear o feixe afetivo motivacional 
sem bloquear o feixe da localização (localiza um desconforto, mas não há o componente afetivo emocional 
atuando). 
 
▪ Três dimensões: "sensorial-discriminativa" (sensação de intensidade, localização, qualidade e duração da 
dor), "afetivo-motivacional" (desagrado e desejo de escapar do desagrado) e "cognitivo-avaliativo" (cognições 
como avaliação, valores culturais, distração e sugestão hipnótica). 
 
1. Componente da localização da dor: 
Parte dos nociceptores → entra pelas fibras A delta (grossas, mielinizadas, condução rápida-saltatória) → 
chega à medula espinhal e ativa o feixe neo-espinotalâmico que vai para o tálamo cortical -> nasce o feixe 
tálamo cortical direito (localiza a dor) que vai para uma parte do córtex, que é chamada de córtex 
somatossensorial. 
- Se cortar o feixe neo-espinotalâmico o paciente sente a dor, mas não consegue localizar. Logo, vai piorar 
a dor. 
 
2. Componente afetivo motivacional da dor: 
Parte dos nociceptores → entra pelas fibras C (amielinizadas, mais lentas) → chega à medula, vai para 
a formação reticular (área do sono vigia -> pessoa com dor não dorme), sistema límbico (sistema da emoção: 
ansiedade, depressão, quadros ligados à emoção) e córtex prefrontal, que também é uma área emocional e 
ativa respostas autonômas (palidez, sudorese, etc). 
 
Mecanismos de modulação da dor: modulação espinhal da dor. 
- Modulação periférica: feita no nociceptor; 
- Modulação espinhal: mecanismos que operam dentro da medula. 
 
➢ Medula: evoca mecanismos fisiológicos para atenuação da dor e também evoca mecanismos fisiológicos 
para transmitir e perceber a dor (excitatórios -> leva informação para feixe espinotalâmico para ter a 
localização e tudo mais). 
 
→ Fibras A delta: são grossas, mielinizadas, possuem velocidade rápida, pois a condução é saltatória. 
• Está ligada com os mecanoreceptores: receptores ligados com traumas. 
→ Fibras C: são finas e mielinizadas. São mais importantes, pois correspondem a 80% das fibras aferentes 
que levam a transmissão da dor até a medula espinhal. 
 
Sinapses são químicas e precisa haver um NT que vai despolarizar (ativa) o neurônio de transmissão da dor -
> sinápse excitatória. 
 
Tanto as fibras A delta, quanto as fibras C vão ter um transmissor principal que vai ativar o neurônio de 
transmissão da dor que vai levar a informação da dor para o nervo supra-espinhal. 
 
• Neurotransmissor: glutamato-> aumenta/transmite a dor. 
''Tudo que aumenta o glutamato, aumenta a dor'' 
''Tudo que facilita o glutamato, facilita a dor'' 
 
- Fibras aferentes A delta liberam apenas o glutamato. 
- Fibras C são de condução mais lenta -> liberam não só o glutamato, mas também as substâncias P e as 
neurocininas. 
 
OBS: Cotransmissores são ''ajudantes'' liberados juntos com o NT (neurocininas e substância P são ajudantes 
do glutamato -> vão interagir nos seus próprios receptores e prolongando o sinal da dor/deixa o sinal um 
pouco mais contínuo). 
• Fibra C está relacionada a dor lenta, pois, além de liberar o glutamato, libera duas substâncias 
que vão ajudar o glutamato a prolongar o sinal da dor -> faz a pessoa se conscientizar que tem que procurar 
socorro, ajuda, etc. 
 
Receptores do glutamato 
 
Glutamato interage com três tipos de receptores: AMPA, NMDA e metabotrópico. 
• AMPA e NMDA: receptores ionotrópicos -> acoplados a um canal iônico. 
• Metabotrópico: reproduz o sinal ativando a proteína G. Demora mais para traduzir o sinal. 
 
DOR AGUDA: 
Dor aguda fisiológica está envolvendo a liberação de glutamato e esses interagindo com receptores AMPA, 
que vão mediar as respostas fisiológicas da dor. 
• Dor fisiológica: glutamato atuando em receptor AMPA. 
 
 
DOR CRÔNICA: neurotransmissor da dor crônica interage com outros tipos de receptores. . 
• É mais sustentada. . 
 
➢ PPSE de maior duração consegue tirar o Mg do receptor NMDA. 
Glutamato fica com livre acesso a unidade receptora que não tinha acesso quando a dor era aguda -> 
NMDA. . 
NMDA vai participar da gênese do processo de transmissão da dor. . 
 
➢ Degraus para chegar à dor crônica: 
1. Despolarização sustentada. 
2. Retirada do Mg no receptor NMDA. 
3. NMDA passa a participar do processo. . 
4. Receptor NMDA faz a entrada de cálcio, além do sódio. 
 
 
➢ À medida que o tempo passa, a dor vai evocando mecanismos de amplificação: 
Neurônio aferente liberando glutamato, pois recebeu estímulo da dor (mais dor -> mais glutamato). 
- Quando é formado o óxido nítrico (NO), ele próprio vai aumentar a liberação de glutamato -> não é mais o 
estímulo da dor que libera o glutamato e sim o NO -> dor pode aparecer mesmo sem ter estímulo, ou seja, a 
dor virou doença. 
Dor não é mais uma sinalização da lesão celular. 
Foi criado um feedback positivo da dor. 
 
➢ FEEDBACK POSITIVO DA DOR -> esquema no caderno 
Libera NO -> libera glutamato -> maior ativação de NMDA -> maior entrada de Ca -> mais NO é produzido. 
 
- Glutamato: NT da dor. 
- Crônica o processo sai do controle, criando mecanismo de feedback e dor com autonomia. 
- Fisiologia do glutamato: liberado por uma terminação nervosa, o glutamato encontra receptores e vai 
atuando nos disponíveis para ele. 
- Dor crônica: alterações da célula nervosa -> aumento das sinapses de glutamato no paciente com dor 
crônica. 
- Plasticidade neural: medula espinhal de um paciente com dor crônica é diferente estruturalmente de um 
paciente sem dor -> dificuldade na abordagem da dor crônica. 
• Alterações estruturais e funcionais que levam ao aumento da transmissão da dor. 
• Aumento do número de receptores NMDA/glutamato. 
• Inserção de recetores AMPA em sinapses salientes. 
• Aumento de receptores metabotrópicos. 
• Aumento da expressão de PKC (proteínas quinases). 
 
- Glutamato na dor crônica encontra caminho de excessiva facilitação. Isso faz com que o paciente tenha 
dores maiores, desproporcionais ao estímulo doloroso e, muitas vezes, uma dor que acontece de maneira 
autônoma, ou seja, mesmo que não haja mais na região nenhum sinal inflamatório, a dor continua 
existindo. 
 
➢ Dor aguda: modulação negativa prevalece sobre a modulação positiva. 
• Paciente sente menos dor do que a realidade. 
 
➢ Dor crônica: intensifica tanto o glutamato que o sistema de modulação tenta analgesiar, mas não 
consegue. 
• Paciente sente mais dor do que a realidade. 
 
Modulação inibitória da dor 
 
 
✓ O que a encefalina faz para diminuir a dor? 
- Encefalina é liberada diretamente no neurônio de transmissão da dor e também nas terminações nervosas 
que liberam o glutamato. 
- Fibra A delta nociceptiva liberando glutamato -> abre portão da dor. 
- Fibra A delta nociceptiva libera encefalina -> inibe diretamente o neurônio de projeção da dor que o 
glutamato ativa. 
- Encefalina diminui a liberação do glutamato atuando na terminação nervosa que libera o glutamato -> 
inibe o neurônio de projeção da dor e também inibe a liberação do NT excitatório para realmente fechar o 
portão da dor. 
 
*Medula espinhal possui receptores para encefalinas endorfinas. 
Receptores da medula espinhal vão interagir também com a morfina exógena (analgésica, ou seja, não 
bloqueia outras percepções deixando o paciente “intacto” para ações normais). 
 
➢ Receptores opióides: 
Quando morfina entra no organismo, ela se liga ao receptor opióide para encefalina. 
 
- Encefalina: diminui a liberação de glutamato ou inibe neurônio de projeção da dor. 
Fecha o portão da dor, causando analgesia. 
 - Ação da encefalina no elemento pré-sináptico: bloqueia os canais de cálcio e reduz a liberação de 
glutamato. 
- Ação da encefalina no elemento pós-sináptico: ativa o canal de potássio (hiperpolariza) e reduz a 
transmissão da dor. 
 
Quem ativa o sistema inibitório da dor: 
Estímulo entra na medula para gerar dor (liberação de glutamato). Encefalina tenya diminuir a dor. O que 
sobe para tálamo e tronco cerebral é o conjunto entre a excitação mediada pelo glutamato e a inibição 
mediada pela encefalia. 
 
Quem libera encefalina na medula espinhal para analgesiar é: 
• Dor (fibras A delta liberam encefalina) -> vias nocicepticas. 
• Vias não nociceptivas. EX: bater cotovelo na parede (tato, pressão, compressão, entre outros 
estímulos) -> não é preciso que vc tenha a dor propriamente dita para que encefalinas sejam liberadas. 
• Vias descendentes. 
 
*Tudo que libera encefalina na medula, fecha o portão da dor e produz analgesia. 
 
Controle da dor pelas vias descendentes: 
 
 - Vias de cima para baixo -> sai de alguma região em cima da medula até chegar à medula para fechar o 
portão da dor. 
- Do equilíbrio entre a excitação e a inibição ao nível da medula surgiu uma subida de informação -> quanto 
maior for essa subida, mais o SNC percebe que não foi analgesiado em baixo da maneira correta (medula não 
fechou o portão da dor como deveria). 
- Em cima, no tronco cerebral, são enviadas p/ as vias descendentes que vão liberar encefalinas na medula e 
vão reforçar o fechamento do portão da dor. 
- Vias descendentes da regão bulbar e da ponte possuem fibras que vão chegar até a medula (cima -> baixo) 
- Fibras vão liberar noradrenalina (bulbo) e serotonina (ponte) na medula e fecham o portão da dor. 
 - Vias descendentes são mecanismos de proteção quando está com dor. Mas quando está sem dor, precisam 
ser inibidas. 
*GABA (principal NT inibitório do SNC): neurônio gabaérgico é tonicamente ativo e inibe as vias 
descendentes. 
 
- Quando tem dor: neurônio de projeção da dor da medula espinhal vai ser ativado. 
Vai fazer com que haja sinalização no SNC para que possa tomar atitudes. A fibra que sobe promoverá 
liberação de encefalinas -> neurônio encefalinérgico que está presente na medula e em outros locais. A 
ativação de neurônio encefalinérgico: inibe o GABA, para que pare a inibição sobre as vias 
descendentes. Fibras descendentes ficam livres ocorrendo liberação de serotonina e noradrenalina na 
medula. 
 
➢ Via noradrenérgica: libera noradrenalina. 
Noradrenalina liberada pelas vias descendentes noradrenérgicas, atuando nos receptores alfa 1 -> aumenta 
liberação de encefalina -> fecha o portão da dor (analgesia) 
Noradrenalina atuando nos receptores alfa 2 -> diminui a liberação deglutamato -> reduz quem abre o 
portão da dor. 
 
Medicamentos que ativam receptores alfa 2 -> analgésicos na medula espinhal. 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 
Organização do SNC e suas vias-> está no caderno, OLHAR AO ESTUDAR. 
 
➢ Via aferente -> leva informações para SNC analisar e responder. 
➢ Via eferente -> leva as respostas para sistema nervoso autônomo ou somático. 
 
❖ ORIGEM DO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO: nervos cranianos e espinhais. 
Cranianos: inervação em cima da musculatura da face. 
Espinhais: vão se dirigir aos diferentes músculos esqueléticos (perna, braço, respiração, etc). 
*Inervação do músculo estriado esquelético: nervo espinhal sai da medula, se arboriza e vai para o músculo 
esquelético, promovendo movientos. 
 
➢ Características do sistema nervoso somático: 
- Voluntário. 
- Motoneurônio no corno anterior da medula espinhal (pares espinhais) ou no tronco cerebral (pares 
cranianos) e vai diretamente ao efetor (músculo esquelético). 
- Neurônio sempre vai liberar NT que será excitatório. 
- Sinapse será colinérgica: NT será sempre a acetilcolina e os receptores serão sempre nicotínicos do tipo II 
(pós-sinapse). 
 
 
OBS’s: 
- Músculo estriado vai ser dependente do nervo que irá chegar nele, ou seja, para que ele faça o movimento, 
ele depende do estímulo do nervo. 
- Se por algum motivo, a sinapse for prejudicada, o músculo sofre um processo de degeneração, ou seja, sofre 
atrofia muscular. 
- Células musculares sofrem trofismo -> crescimento não do número em células, mas sim das proteínas que 
compõe essas células (miosina e actina). 
- Se há lesão do neurônio motor inferior (neurônio que irá fazer contato com o músculo): paralisia flácida 
(músculo pode perder a força muscular), hipotonia (baixo tônus muscular), falta de reflexos (arreflexia) ou 
uma hipo atrofia ou atrofia total. 
- A junção neuromuscular precisa mandar sinais para o músculo contrair e se manter saudável. 
- Músculo que não se exercita sofre atrofia muscular -> músculo fica fraco por diminuição das fibras 
musculares (filamentos de actina e miosina). 
- Hipoatrofia: atrofia não tão grave (perda do tônus muscular). 
- Hipertrofia: aumento das fibras musculares (actina e miosina). 
*Músculo precisa ser sempre estimulado, se não ele sofre. 
 
❖ INERVAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO: ESTÁ NO PAPEL. 
 
- Córtex motor é quem vai definir quais fibras serão ativadas para trabalhos mais fracos ou mais fortes. 
- Unidade motora: número de fibras musculares inervadas por uma única fibra nervosa. 
• Quanto menor o número de fibras ativadas, mais leve é o movimento. 
• Quanto maior o número de fibras ativadas, mais rápido e pesado é o movimento -> precisa de mais 
tônus muscular. 
 
❖ TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR: 
 - Sinapse nos músculos: transmissão do PA elétrico, que vai se espalhar do neurônio 1 (pré sinapse) para o 
músculo (pós sinapse). 
- Mitocôndria e vesículas (vesículas sinapticas) com NT. 
- NT é acetilcolina. 
- Fenda sinaptica: espaço entre axônio e músculo (nesse caso). 
- Pós-sinática: receptores (nicotínicos do tipo II) -> são ionotrópicos (permitem a passagem de íons). 
- Se não há PA, não libera NT. É necessário que o PA chegue e abra os canais de cálcio voltagem 
dependente. Com a abertura dos canais de cálcio, a vesícula sináptica libera acetilcolina para a fenda 
sináptica. 
- Quando receptor se abre tem o influxo e afluxo de sódio e potássio. Assim, o PA passa. 
- Placa motora: local que o neurônio está fazendo sinapse. 
- Ach liberada em excesso sofre recaptação (reciclagem) -> precisa inibir, ou seja, faz com que ela pare de 
funcionar pela ação da enzima acetilcolinesterase. 
 
➢ Destinos da Ach depois de ser liberada: 
• Difunde-se pela fenda sináptica. 
• Combina com o receptor nicotínico do tipo II (N2). 
• Despolariza a placa motora. 
• É metabolizada pela acetilcolinesterase em colina e acetato. 
 
➢ Receptor N2: 
• Canal que, com a presença de duas Ach, se abre. 
• Se abre, promove a entrada de sódio (supera a saída de potássio) e ocorre a despolarização. 
 
➢ Região quimioexcitável: local de liberação dos NT, onde há receptores N2. 
• Precisa de uma subtância química (NT) para que o potencial chegue. 
• Precença de receptores N2 ionotrópicos. 
• PA precisa de espalhar pela fibra muscular -> espalha por abertura de canais de sódio voltagem 
dependente (eletroexcitável). 
• Gera potenciais graduados. 
• Potencial não é de ação e sim de placa motora. 
 
➢ Região eletroexcitável: local que espalha o PA (sarcolema). 
• Ocorre de maneira elétrica através da abertura dos canais de sódio voltagem dependente. 
• Propaga-se por diferença de potencial (DDP). 
• Não possui receptor e sim canais de sódio PDC. 
• Não pode manter a despolarização prolongada, pois vai ter inativação dos canais de sódio depois 
da passagem de certo valor máximo de potencial. 
 
- É necessario que aconteça a despolarização do neurônio motor. 
- Liberação de Ach na placa motora (quimioexcitável). 
- Ligação da Ach, entrada de sódio, saída de potássio -> despolarização da placa motora para que isso 
transmita para toda a fibra muscular. 
 
❖ ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO: ESTÁ NA FOLHA. 
 
➢ Contração muscular: 
- Sarcômero diminuindo de tamanho e os filamentos finos deslizando sobre os filamentos grossos. 
- Tropomiosina: proteína que não permite que a miosina se ligue com actina. 
- Tropomiosina está associada com as troponinas. 
- Troponinas possuem subunidade que se ligao ao cálcio. 
- Quando o cálcio se liga a troponina faz com que a tropomiosina seja deslocada e ocorra o deslizamento dos 
filamentos finos (actina) sobre os grossos (miosina). 
- Só ocorre a contração se o cálcio se ligar a troponina. 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 
OLHAR ALGUMAS COISAS DESSE SITE PARA 
ESTUDAR: http://www.icb.usp.br/~pulmolab/downloads/aula_parassimpaticosmimeticos1.pdf 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO É DIVIDIDO EM: 
• Simpático. 
• Parassimpático. 
• Entérico. 
 
➢ Os centros de controle do SNA no encéfalo são o bulbo, a ponte, o hipotálamo, o sistema límbico e o 
córtex cerebral. 
Ex: centros primários e secundários de respiração, centros de controle de temperatura, centro 
comportamental, entre outros. 
 
➢ Características do SNA: 
• Involuntário. 
• Faz sinapse ganglionar antes de chegar ao órgão efetor e, por isso, possui fibras pré e pós-
ganglionar. MEDULA --> GÂNGLIO --> ÓRGÃO EFETOR 
• Os órgãos efetores são os músculos lisos, glândulas (exócrinas mais especificamente), coração e 
vísceras abdominais. 
 
OBS: A fibra pré faz sinapse com a pós no simpático e no parassimpático. O que muda entre eles é a 
localização do corpo celular. 
OBS 2: Gânglio é um região onde ocorre sinapse fora do sistema nervoso central -> é uma coleção de corpos 
celulares neuronais fora do SNC. 
 
http://www.icb.usp.br/~pulmolab/downloads/aula_parassimpaticosmimeticos1.pdf
❖ SIMPÁTICO: 
- Neurônio pré-ganglionar libera acetilcolina, que é recebida pelo corpo celular do neurônio pós-ganglionar 
pelos receptores colinérgicos (nicotínicos). 
- Neurônio pós-ganglionar fará sinapse com as células efetoras, liberando noradrenalina, que será recebida 
pelas células efetoras, pelos receptores adrenérgicos. 
- Fibra pré-ganglionar é curta e fibra pós-ganglionar é longa. 
- Gânglios estão localizados perto da medula e os neurônios da divisão simpática se originam na região 
toraco-lombar (T1 - L3). 
 
❖ PARASSIMPÁTICO: 
- Neurônio pré-ganglionar libera acetilcolina, que é recebida pelo corpo celular do neurônio pós-ganglionar 
pelos receptores colinérgicos (nicotínicos). 
- Neurônio pós-ganglionar libera também acetilcolina que é recebida pelo receptor colinérgico 
(muscarínico) das células do órgão efetor. 
- Fibra pré-ganglionar é longa e a fibra pós-ganglionaré curta. 
- Gânglios estão localizados perto ou dentro do órgão efetor e os neurônios da divisão parassimpática se 
originam no crânio (pares III, VII, IX e X) e na sacral (S2 - S4). 
 
➢ RECEPTORES COLINÉRGICOS: 
• Nicotínicos: sinapses ganglionares simpáticas e parassimpáticas. 
• Muscarínicos: encontrado em todas as células estimuladas por receptores colinérgicos. 
 
Receptores adrenérgicos: 
• Alfa: alfa1 e alfa2. 
• Beta: beta1, beta2 e beta3. 
 
❖ SINAPSES AUTÔNOMAS: 
- Liberação do NT é difusa, podendo afetar uma grande área do tecido alvo. Neurônio 
possui varicosidades nas terminações nervosas, ou seja, vesículas contendo NT que é liberado em vários 
pontos do órgão efetor e depois vai se difundindo. 
- Síntese de NT ocorre no axônio e depois são estocados nas vesículas sinápticas. 
- Concentração do NT está relacionada com a necessidade/nível de resposta do tecido alvo e a taxa de 
degradação ou remoção. 
• Quanto maior a liberação do NT, maior é a resposta. 
• Quando menor é a liberação do NT, menor é a resposta. 
 
❖ SINAPSES ADRENÉRGICAS: 
- NT é a noradrenalina. 
- Receptor é adrenérgico. 
- Síntese: axoplasma (citoplasma do axônio) da terminação nervosa (transformação da tirosina em DOPA) e 
termina na vesícula (transformação da dopamina em noradrenalina). 
- Degradação: depois de secretada, a NA é removida do local por três mecanismos: 
1. Recaptação neuronal: retorna para a varicosidade da terminação nervosa do axônio. 
2. Degradação da NA pela enzima MAO (monoamina oxidase), gerando um produto chamado de ácido 
vanilmandélico (VMA). 
3. Difusão para fora dos terminais sinápticos. 
OBS: Na medula adrenal, 80% da noradrenalina formada é convertida em adrenalina. 
OBS 2: Cotecolaminas -> adrenalina, noradrenalina e dopamina. 
 
- Medula adrenal (parte interna da glândula adrenal) -> a estimulação dos nervos simpáticos que vão até as 
medulas adrenais, provocam a liberação de adrenalina e noradrenalina do sangue circulante e esses dois 
hormônios são levados para todos os tecidos. 
• Quando o neurônio pré-ganglionar chega, encontra o gânglio, que está dentro da parte da 
medula adrenal, que depois encontra o neurônio pós-ganglionar que libera os NTs na corrente sanguínea. 
- Possui efeito mais prolongado e generalizado do que os efeitos da liberação do NT para um órgão efetor, 
pois mais de um órgão pode ser ativado/excitado ao mesmo tempo (liberação de NT na corrente sanguínea). 
- Pré -> acetilcolina (receptores colinérgicos-nicotínicos 1). 
- Possui receptores nicotínicos. 
- Libera adrenalina e noradrenalina (produzidas nas células cromofins) pela corrente sanguínea. 
 
*Distúrbios na medula adrenal -> Feocromocitoma. 
Tumor raro nas células cromofins. 
Provoca os 5 H -> hipertensão, hipermetabolismo, hiperidrose, cefaleia e hiperglicemia. 
Diagnóstico: exame de imagem, clínico ou laboratorial. 
 
❖ RECEPTORES ADRENÉRGICOS: 
 
- Alfa1 -> encontrado na maioria dos tecidos-alvo simpáticos. 
• Possui maior afinidade pela noradrenalina do que pela adrenalina. 
• Ativa fosfolipase C e, consequentemente, a proteína G que leva ao aumento do cálcio -> 
diminui negatividade da célula, estimulando a mesma. 
- Efeitos: midríase (contração do músculo radial da íris que leva a uma dilatação da pupila), vasoconstrição 
dos vasos, aumento da resistência vascular e da pressão arterial, contração do esfíncter gastrointestinal 
(redução do esvaziamento desse trato), contração do esfíncter da bexiga (reduz a micção), redução da 
secreção brônquica, piloereção e ejaculação -> contrações. 
 
- Alfa2 -> encontrado no trato gastrointestinal e pâncreas. 
• Possui maior afinidade pela noradrenalina. 
• Ativa proteína G que inibe adenilatociclase e leva a diminuição do AMPc e aumento da 
condutância ao potássio -> aumenta a negatividade da célula, inibe a célula. 
- Efeitos: pós-sinápticos e pré-sinápticos. 
Pré -> são mais importantes. Realiza a redução da liberação do NT. 
Pós -> são menos importantes. Realiza a vasoconstrição e redução da secreção de insulina. 
 
 
 
 
SONO E VIGILIA 
 
❖ Sono controla a liberação de vários hormônios -> ciclo circadiano é importante para liberação correta 
desses hormônios. Assim, é importante manter esse ciclo funcionando corretamente. 
 
❖ Ritmo biológico: durante 24h do dia (onde ocorre alternância de claro ou escuro) ocorre variação do 
limiar de excitabilidade do córtex cerebral. Esse rítmo varia de pessoa para pessoa. 
• Durante 8h o limiar é alto -> sono (muitos neurônios sendo ativados). 
• Durante as 16h esse limiar está reduzido -> vigília (poucos neurônios sendo ativados). 
• Esses limiares são determinados por neurotransmissores. 
 
❖ O sono e vigília são comportamentais e posturais: alterações nos limiares refletem alternância na 
atividade elétrica cerebral, ocorrendo variações nas respostas motoras que fazem com que haja abertura dos 
olhos, mantenha tônus muscular, etc (vigília) ou fechamento dos olhos, relaxamento do tônus muscular, etc 
(sono). 
 
Sono fisiológico: sono com etapas/estágios-profundo, leve ou moderado - diferentes do sono (arquitetura do 
sono), mas não é estado de coma. 
• Há perda do tônus muscular e pode ser acordado em qualquer momento, pois há um estado de 
consciência -> aumento do limiar de excitabilidade e redução das interações com o meio ambiente (ambiente 
com pouca luz, baixo ruído), ou seja, tem uma hora em que a pessoa não escuta mais, não percebe se a luz 
está apagada ou não. 
• É facilmente revertido por estímulo. 
 
Sono não fisiológico: estado de coma, anestesia geral. 
• Não é revertido por estímulos. 
• Não possui arquitetura normal do sono fisiológico. 
 
❖ NEUROFISIOLOGIA DO CICLO SONO VIGÍLIA: 
Relógio biológico: núcleo supraquiasmático -> é considerado o ciclo biológico, pois controla os mecanismos 
de sono e vigília. O principal mecanismo ativador do núcleo é a luz (induz a vigília) 
Entrada de luz na retina: 
• Inibe a glândula pineal, levando a redução de melatonina (é inibida pela luz e ativada pela falta de 
luz). 
• Estimula o hipotálamo no núcleo supraquiasmático (libera/regula liberação de corticotrofina CRH) -> 
CRH é levado para a hipófise, onde atua estimulando a liberação de adenocorticotrófico (ACTH), que atua 
na adrenal, levando a liberação de cortisol (hormônio do despertar) -> prepara o organismo para o estado de 
vigília (aumento da energia, glicose e pressão arterial). 
 
Entrada de luz solar na retina -> inibição da glândula pineal -> redução da melatonina -> estado de vigília é 
ativado. 
Ao mesmo tempo, essa entrada de luz estimula o núcle no hipotálamo e o mesmo libera o hormônio CRH -> 
ativa liberação de ACTH na hipófise -> aumenta a liberação de cortisol na adrenal. 
 
*Luz solar aumenta a produção de cortisol e inibe a produção de melatonina. 
 
Entrada de luz solar na retina, redução da melatonina e aumento de cortisol -> vão atuar no núcleo 
supraquiasmático do hipotálamo e fazer com que ele ative o hipotálamo lateral que vai liberar hipocretinas 
ou orexinas (hormônio da vigília, ou seja, faz pessoa ficar acordada). 
 
Hipocretinas vão atuar em cima de neurônios colinérgicos do prosencéfalo basal, que são importantes para a 
manutenção da vigília. Quando são ativados, realizam feedback positivo, estimulando mais o núcleo 
supraquiasmático e, consequentemente, a liberação de hipocretinas. 
 
OBS: Hipocretinas -> são liberadas pelo hipotálamo lateral; estão relacionadas com a sensação de fome. 
Pacientes com narcolepsia (distúrbio do sono) apresenta redução das hipocretinas: paciente tem surto de 
sono, não consegue manter-se acordado e ocorre excessivo relaxamento do tônus muscular (perda do tônus), 
ou seja, indivíduo não consegue manter-se acordado. 
 
Outros fatores que vão fazer com que haja mais liberação de hipocretinasatravés do estímulo no núcleo 
supraquiasmático: dor (sinal de alarme), ansiedade, estresse, desejo de ficar acordado, etc. 
Dor: estimula o núcleo supraquiasmático interrompendo o ciclo fisiológico normal do sono-vigília. 
Ansiedade: estímulos hipotalâmicos do sistema límbico das áreas de ansiedade fazem com que haja 
manutenção de pensamentos que vão comprometer o sono, como a preocupação. 
 
 
 
Estímulos externos, cortisol e hipocretinas vão atuar ativando o sistema monoaminérgico ativador 
ascendente, liberam as monomanias, que são derivadas das catecolaminas (noradrenalina, adrenalina, 
serotonina e dopamina). 
Sistema monoaminérgico é um conjunto de regiões do cérebro que liberam monoaminas que são 
neurotransmissores diferentes (catecolaminas). Inibe todas as áreas do sono e faz a pessoa entrar na vigília, 
ou seja, há uma ativação cortical da vigília. 
Todas as catecolaminas vão acordar o paciente. São neurotransmissores da vigília. 
 
 
 
• Eletroencefalograma na vigília: 
 
Gráfico que percebe ondas elétricas onde tem a frequência (número de vezes que o evento se repete no 
tempo) e amplitude (tamanho da onda). 
É dessincronizado, ou seja, há ativação desordenada dos neurônios do córtex cerebral (monoaminas). 
PQ É DESSINCRONIZADO A LIBERAÇÃO? Está relacionado ao padrão diferente de ativação em diferentes 
áreas do córtex. 
Respouso mental: menos frequência; ondas alfa -> pessoa relaxada. 
Atividade mental: maior frequência; ondas beta -> pessoa acordada. 
 
• Modulação da vigília 
 
Ecstasy, anfetaminas, cocaina, etc. 
Liberação das monoaminas e ocorre recaptação do mesmo -> normal. 
Quando toma o ecstasy ocorre diminuição da recaptação das monoaminas. Logo, há um aumento da 
quantidade de monoaminas na região da fenda. Assim, aumenta o estado de vigília e diminui o estado de 
sono. 
Quando o efeito da droga acaba ocorre um estado de extremo cansaço, pois há esgotamento do 
neurotransmissor (precisa ser sintetizado). 
Ecstasy -> dopamina. 
Cocaína -> noradrenalina. 
Anfetaminas -> noradrenalina. 
 
Melatonina: ajuda a redução da vigília e induz o sono. 
É interessante em pessoas que possuem problemas de insônia. 
Existem drogas que são agonistas de receptores melatoninérgicos: usados também para o tratamento para 
insônia. Aumentam/potencializam o efeito do receptor da melatonina. 
 
Anti-histamínicos: vão bloquear os receptores H1 da histamina e causar a sonolência. 
OBS: A histamina normalmente contribui para o processo de vigília. Logo, se há menos histamina se ligando 
nos receptores, há processo de sono e menor vigília. 
 
Almorexam: bloqueia a ação da hipocretina, pois bloqueia os receptores. Logo, haverá menos ativação do 
sistema monoaminérgico e desencadeará o sono. 
 
• Sono: arquitetura do sono 
 
Sono fisiológico apresenta fases e estágios. 
REM: significa movimento rápido dos olhos. 
 
NREM (sono não REM): sono de onda lenta, ou seja, de baixa frequência. 
• Globo ocular fica parado. 
• É ortodoxo. 
• Possui 4 estágios e depois passa para o sono REM. 
• Representa 75% do sono. 
• Tem uma duração de 90 a 120 minutos. 
• Possui 3 ciclos: N1, N2 e N3. 
 
N1: sono leve (tem noção dos estímulos externos). Corresponde a 5% do sono. Estágio 1. 
N2: sono um pouco mais profundo, mas ainda pode ser acordado com facilidade. As noções do meio 
ambiente são diminuídas. Corresponde a 50% do sono. Estágio 2. 
N3: mais profundo antes do sono REM. É importante para a liberação sem alguns hormônios, como o GH 
(hormônio do crescimento). Estagio 3 e 4. 
 
❖ Características do sono NREM: 
 
Apresenta ondas do tipo delta -> baixa frequência e alta amplitude. 
Eletroencefalograma é sincronizado, ou seja, tende a se repetir de acordo com uma sincronia. 
É a hora do descanso e reparo do organismo (compensa gastos do dia, como ATP). 
Sistema nervoso parassimpatico atua -> miose, redução da presssao arterial, braquicardia, redução da 
ventilação pulmonar, aumento da secreção de GH e prolactina. 
 
REM: sono de onda rápida, ou seja, de alta frequência. 
• É paradoxal, pois mais se parece com o estado de vigília. 
• Ocorre rápido movimento do globo ocular. 
• É a fase que da sensação de descanso. 
• É a fase que tem sonho. 
• Corresponde a 25% do sono 
• Tem uma duração de 5 a 10 minutos. 
 
❖ Características do sono REM: 
 
Paradoxal: movimento dos olhos no sono. 
Eletroencefalograma é muito parecido com o estado de vigília (dessincronizado), pois a frequência é alta com 
ondas do tipo beta. 
Aumento da atividade simpática -> libera adrenalina no coração aumentando a frequência cardíaca e 
respiratória. Aumento da pressão arterial, frequência respiratória, intenso relaxamento muscular, intensos 
abalos musculares (ligados ao sonho) e aumento da ereção peniana. 
 
Durante a noite a pessoa passa por diversos ciclos de NREM e REM, indo e voltando. 
Não da para sair da vigília e ir diretamente para o sono REM, porém da para sair de qualquer estagio do sono 
e ir para a vigília. 
 
Como o organismo sabe e se prepara para sair do estado de vigília e começar a dormir? Entrada do papel 
da adenosina. 
Adenosina é a quebra do ATP -> durante o dia tem um gasto grande de ATP, formando as adenosinas. 
Papel da adenosina: vai se acumulando com a quebra de ATP ao longo do dia. 
Ação: se liga a um receptor A1 pré-simpático de acetilcolina, inibindo sua liberação. Assim, diminui a 
quantidade de acetilcolina. 
Diminuição da acetilcolina leva a um cansaço, preparação para o estado de sono. 
 
Adenosina vai ser produzida pelo aumento do metabolismo neuronal. Assim, vai atuar inibindo a liberação 
de acetilcolina pelos neuronios do prosencéfalo basal (liberam monoaminas). 
Dessa forma, ocorre menor atividade do núcleo supraquiasmático, que é responsável pela vigília 
-> maior dificuldade de manter na vigília. 
Menor concentração de acetilcolina -> maior cansaço, dificuldade de manter acordado/de olho aberto. 
Adenosina atua como modulador negativo nos receptores pré sinapticos, ou seja, de liberação da 
acetilcolina. 
 
Cafeína: bloqueia os receptores de adenosina. Acetilcolina não é inibida e sua liberação é continua. 
Existe uma saturação desse sistema e dependência, sendo que tem que aumentar a dose com o passar do 
tempo de uso. 
 
• Neurofisiologia do sono: 
 
Sono NREM: 
Quando há uma redução da luz solar ocorre diminuição do cortisol (hormônio da vigília), aumento da 
melatonina (hormônio do sono). Além disso, aumenta também a adenosina pelo cansaço ao longo do dia. 
O aumento da adenosina e da melatonina faz com que o núcleo supraquiasmático tenha uma menor 
atividade (menor liberação de hipocretinas). 
Essa atividade reduzida vai atuar no hipotálamo anterior (região ventro posterior lateral dele-VLPO), que 
vai estimular os neurônios que liberam neurotransmissores envolvidos com o sono de onda lenta (NREM - 
ondas delta). 
GABA e GALANINA vão ser liberados. Sendo que o GABA é o principal neurotransmissor do sono. 
 
GABA: vai se ligar ao receptor de GABA e promover uma abertura dos canais de cloro, ou seja, causa uma 
hiperpolarização. 
Essa hiperpolarizacao vai inibir a sinapse. 
 
Sono REM: 
Durante o sono de onda lenta, as atividades das monoaminas vão caindo gradativamente. 
Essa diminuição ativa os neurônios colinergicos pontinhos -> estão relacionados ao sono REM. Leva a uma 
dessincronizarão rápida do eletrocardiograma. 
Com isso, ocorre ativação dos neurônios glutamatergicos das áreas do locus coeruleus. Ocorre liberação 
de Glutamato nessa área. 
 
Fármacos para dormir: diazepinicos e drogas Z. 
Vão atuar nos receptores de gaba, aumentando a afinidade desse neurotransmissor. 
 
• Transtornos do sono: 
 
Polissonografias vão identificar esses transtornos: eletroencefalograma, eletromiogramae eletrooculograma. 
Dissonias: transtorno que há alteração na qualidade do sono e na vigília do dia seguinte. É a apnéia do sono. 
Parassinias: transtorno que não há alteração na qualidade do sono e nem na vigília do dia seguinte. É 
quando a pessoa fala durante o sono. 
Ex de parassonias: sinilóquios (pessoa fala dormindo), bruxismos, paralisia do sono, sonambulismo, terror 
noturno, enurese (xixi na cama), gemidos, síndrome da explosão da cabeça, etc.

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