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A Eletrônica e os OVNIs por Newton C. Braga Sumário Apresentação Introdução da Edição Original Capítulo 1 - A Origem do OVNI Os Fenômenos a) Efeitos Luminosos b) Efeitos Elétricos c) Fenômenos Magnéticos Raios Fenômenos Radioativos Fenômenos Térmicos Efeitos Gravitacionais Capítulo 2 - Projetos Para Montar Projeto 1 - Detector de Pulsos de Luz Como Funciona Montagem Prova e Uso Projeto 2 - Detector de Campos Elétricos Como Funciona Montagem Prova e Uso Projeto 3 - Detector de Campos Magnéticos Como Funciona Montagem Prova e Uso Projeto 4 - Relé de Luz Detector de OVNIs Como Funciona Montagem Prova e Uso Projeto 5 - Detector de Calor Como Funciona Montagem Prova e Uso Projeto 6 - Pesquisador Sonoro de Campos Magnéticos Como Funciona Montagem Prova e Uso Projeto 7 - Pêndulo Eletrônico Como Funciona Montagem Prova e Uso Apresentação Mais um livro que levamos gratuitamente aos nossos leitores sob o patrocínio da MOUSER ELECTRONICS. Trata-se de um livro publicado em 1997, mas que aborda um assunto que pode ser importante para muitos de nossos leitores. De fato, trata-se de tema muito controvertido e que na época estava em alta e que ainda hoje pode despertar a curiosidade de muitos de nossos leitores. Tratamos dos chamados “discos voadores” que seriam naves de extraterrestres que visitam nosso mundo e com os quais muitos pretender ter contato. O assunto tem diversas abordagens, inclusive em programas de TV mais sérios que apenas relatam os casos. Nossa abordagem neste livro foi bastante semelhante. Não pretendemos dar explicações sobre os fenômenos, sua origem e eventuais tecnologias usadas pelos supostos extraterrestres. Apenas descrevemos circuitos que podem ser usados numa pesquisadas, baseados em efeitos que foram relatados em muitos casos e que podem ter origem elétrica ou eletromagnética. Estes projetos práticos final que usam componentes que ainda podem ser obtidos, por exemplo, na Mouser Electronics (www.mouser.com) são de fácil execução e até utilizados com outras finalidades . Enfim, mais um presente que damos aos nossos leitores que desejam enriquecer sua biblioteca técnica e aprender muito, e sem gastos. Newton C. Braga (*) (*) Na época, por ter publicado o livro por uma segunda editora, diferente daquela em que trabalhava, o autor usou pseudônimo. https://www.mouser.com/localoffice-br/?utm_source=NewtonCBraga&utm_medium=book&utm_campaign=mouser-br-localoffice-br&utm_content=brand_book Introdução da Edição Original Eles estão aí! Não sabemos quais são suas intenções, sua origem e até mesmo se têm mais de uma origem. As obras de pesquisadores de todas as correntes se multiplicam relatando avistamentos, contatos e muitos outros fenômenos relativos aos OVNI (Objetos Voadores Não Identificados). Nossa ideia ao escrever este livro não é apoiar qualquer teoria já existente sobre a origem de tais objetos ou mesmo lançar alguma outra que pretenda explicá-la, à luz da ciência moderna ou qualquer outro tipo de fundamento. Nossa ideia é diferente: analisar os tipos de fenômenos que são associados ao aparecimento destes objetos e citar possíveis formas de se fazer sua detecção por meio eletrônicos, ao nosso alcance. Trata-se, pois de um interessante manual técnico para o pesquisador de campo que pretende sair em busca de OVNl, armado de algo mais que um binóculo e uma máquina fotográfica. Certamente, o recurso mais importante que descreveremos neste trabalho é detector de campos magnéticos. Sabendo que uma boa parte dos aparecimentos destes objetos têm sido acompanhados de distúrbios de natureza magnética, afetando aparelhos construídos pelo homem, descrevemos um interessante equipamento para pesquisa de campo que detecta estes campos. Além dele, destacamos o detector de campos elétricos e os detectores de radiação atômica, que permitem identificar locais de pouso, já que em muitos casos, estes estão associados à radiação remanescente de natureza desconhecida e até mesmo dispositivos que disparam alarmes quando são atingidos por luzes vindas do céu. Todos os equipamentos são de construção simples, de baixo custo e usam componentes que podem até serem aproveitados de aparelhos fora de uso. Isso significa que, mesmo que o leitor não seja um “expert” em eletrônica, entregando os diagramas que daremos neste livro a qualquer técnico, ele não terá dificuldades em fazer sua montagem. Enfim, além dos projetos práticos que permitem realizar uma pesquisa mais produtiva, procuraremos analisar alguns fenômenos com explicações técnicas que podem ser muito interessantes. O conhecimento da manifestação dos fenômenos pode ser muito interessante para ajudar o pesquisador a separar eventuais fenômenos naturais de qualquer fenômeno associado a OVNI, o que é muito importante numa pesquisa séria. Enfim, nossa finalidade é dotar o leitor interessado de recursos técnicos avançados que lhe ajudem a realizar uma pesquisa séria. O Autor (1997) Capítulo 1 - A Origem do OVNI O avistamento de objetos voadores não identificados; (OVNI) tem sido registrado desde os tempos dos homens das cavernas. Registros na forma de pinturas rupestres ou ainda em documentos muito antigos têm reveleado o aparecimento de luzes no céu, objetos de formas estranhas voando e até mesmo contacto de “entidades” devidamente endeusadas, com seres humanos. Para explicar a origem de tais objetos ou mesmo dos seres, o homem tem sempre feito valer teorias que estejam de acordo com o grau de conhecimento de sua época. Nos tempos atuais, entretanto, dada a diversidade do níveis culturais, as teorias que procuram explicar as origens do OVNI podem ter as mais diversas características, indo do absurdo improvável ao correto altamente provável. Para o pesquisador sério é muito difícil poder dizer que uma teoria qualquer seja válida, pois, ao nosso ver todas elas têm suas talhas, devidamente creditadas ao fato de que não temos suficiente quantidade de dados para poder fazer uma análise segura. Assim, partimos do fato de que os pesquisadores sérios ainda não têm a resposta definitiva, se bem que tenham em sua posse uma grande quantidade de dados. Por este motivo, acreditamos que qualquer recurso que lhes permita colher mais dados será extremamente valioso. O importante para nós neste livro é aceitar que existem fatos relativos ao aparecimento de OVNIs e correlatos que são suficientemente consistentes para não serem negados e suficientemente estranhos para não poderem ser explicados pela ciência oficial. Como colher estes fatos é de vital importância para o pesquisador, será interessante saber como podemos contar com mais recursos do que um simples binóculo, luneta ou telescópio na parte óptica, uma máquina fotográfica e finalmente a própria presença num local, o que reduz as probabilidades de se ter êxito,.num avistamento ou registro de um fenômeno a índices mínimos. Contando com recursos eletrônicos podemos multiplicar a probabilidade de êxito na constatação de um fenômeno e com isso enriquecer o material de pesquisa. Assim, nosso começo consiste em aceitar que os fenômenos existem e que podem ser detectados. Os Fenômenos O aparecimento dos objetos voadores não identificados (OVNI) está relacionado não só com a presença de uma imagem real (luminosa ou não) como também a diversas outras manifestações de natureza física. Não podemos dizer, a partir disso, que tais objetos tenham uma natureza física, pois isso iria além de nossa finalidade, que não é explicar o fenômeno, pois pode ser perfeitamente possível que estas manifestações sejam consequências de fatos que não conhecemos. O importante para nós é analisar os fenômenos físicos relacionados com os aparecimentos e de que modo podemos usá-los para a detecção do OVNI. Dizemos que os fenômenos são físicos quando eles não alteram a natureza da matéria, envolvendo energias conhecidas como, por exemplo, a luminosa, radiante de outra faixa do espectro eletromagnético não visível, térmica, etc.Por outro lado, existem os fenômenos de natureza química que afetam a natureza da matéria como, por exemplo, a queima de rochas num eventual pouso ou ainda a alteração das características de um curso de água ou coisa parecida. O grande número de relatos pesquisados em livros nos mostra que basicamente temos os seguintes tipos de manifestações quando do aparecimento de OVNI, ou mesmo relacionadas com estes aparecimentos em locais suspeitos: a) Efeitos Luminosos Na maioria dos avistamentos noturnos os OVNI são dotados de luz. Emitem fortes luzes de colorações diferentes que parecem estar associadas ao próprio meio de propulsão usado. Não podemos dizer se estas luzes são produzidas por ionização do ar em torno do objeto ou por qualquer outro fenômeno, no entanto seria interessante contar com a possibilidade de se fazer uma análise espectral da luz emitida por um OVNI de modo a se determinar a sua natureza. Isso, em princípio, pode ser feito com um espectrógrafo acoplado a uma luneta, conforme mostra a figura 1. Os diversos comprimentos de onda da luz emitida seriam retratados de formas diferentes por um prisma de cristal, impressionando o filme em locais diferentes. Como cada comprimento de onda, e portanto cada cor, está associado a um elemento químico, seria possível obter uma “ficha” completa da composição do corpo que está emitindo luz, inclusive sendo possível saber se este corpo é o ar ambiente que cerca o objeto ou se é o próprio objeto, a partir de algum processo de natureza desconhecida. A ionização a partir de fenômenos elétricos têm sido bastante explorada na explicação do avistamento de luzes em locais ermos, associadas a OVNI. Será interessante analisar este fenômeno para que o leitor saiba em que condições ele pode se manifestar e assim ficar mais fácil saber quando podemos associá-lo a uma ocorrência natural e quando não. Quando as cargas elétricas acumuladas num corpo aumentam em quantidade, o corpo não pode mais retê-las. O resultado é que estas cargas tendem a escapar, principalmente pelas regiões do corpo que tenham pontas. O escape destas cargas sob alta tensão é acompanhado de uma ionização do ar a sua volta, o que causa a emissão de uma luz branco-azulada, que em alguns casos pode também tender ao verde ou alaranjado, conforme mostra a figura 2. Nos dias de tempestade, a indução de cargas em objetos pelas nuvens carregadas pode provocar a manifestação de um fenômeno bastante conhecido dos navegadores. A estrutura do navio adquire uma carga elétrica e nos mastros ou outros pontos começam a ocorrerem escapes destas cargas com a produção de uma luminescência. Este fenômeno, denominado “fogo de Santelmo” é relatado muitas vezes, tendo sido associado em muitos casos a fenômenos não naturais. Veja então que sua manifestação em condições de “ar carregado” é perfeitamente natural, se bem que nas condições de ar seco, sem vento ou sem nuvens, seja difícil explicar como o aparecimento deste tipo de emissão possa ocorrer. Assim, em muitos relatos de aparecimento de luzes estranhas em florestas, regiões desabitadas, a produção da luz por fenômenos naturais de natureza elétrica deve ser investigada, sendo importante estabelecer as condições climáticas do local no momento em que foi feito o avistamento. No entanto, podemos facilmente observar que em muitos casos em que estas luzes foram observadas as condições para a ocorrência de forma natural não eram satisfeitas. Outro caso que deve ser levado em conta é que um objeto material se deslocando em grande velocidade na atmosfera aquece, e com isso pode haver a emissão de luz. A entrada na atmosfera de um pequeno meteorito pode fazer com que um traço luminoso seja produzido no céu. O objeto, entrando na atmosfera em velocidades que variam entre 40 000 e 80 000 quilômetros por hora aquece-se pelo atrito a ponto de se queimar, produzindo um traço luminoso no céu, conforme mostra a figura 3. No entanto, está claro que este traço dura poucos segundos, e é quase que perfeitamente reto, diferentemente de um objeto controlado que pode fazer curvas, voltar ou mesmo parar. Assim, é extremamente fácil para o observador distinguir a entrada de um meteorito na atmosfera de qualquer outra manifestação luminosa ligada a OVNI. Outro motivo de confusão, comum em observadores inexperientes, é aquela em que visualizamos um satélite artificial. Os satélites que orbitam entre 300 e 600 km de altura podem ser vistos a olho nu em condições favoráveis. O que ocorre é que, normalmente logo após o crepúsculo, eles se encontram em altura suficientemente elevada para permanecerem iluminados pelo sol. Desta forma, para um observador terrestre eles aparecem como um ponto luminoso, que tem alguma cintilação ou variação de brilho pelo fato de poder estar girando em torno de si mesmo, deslocando- se vagarosamente pelo céu, conforme mostra a figura 4. Quando eles se deslocam em direção oposta àquela em que está o Sol, eles acabam por penetrar na sombra da Terra, caso em que desparecem. O tempo de deslocamento médio de horizonte & horizonte é da ordem de alguns minutos, mas é bem mais lento do que o movimento de um meteoro. Nota: aplicativos para celular dizem exatamente quando é possível fazer um avistamento de satélite em determinados locais da terra. Evidentemente não incluímos nestas observações objetos de fabricação terrestre, como balões e aviões, e nem alguns astros de maior brilho, como o planeta Vênus, que podem ser confundidos pelos menos habituados à observação. b) Efeitos Elétricos Se bem que o fogo de Santelmo seja uma manifestação elétrica que pode causar confusões, existem outros tipos de fenômenos elétricos importantes, estes sim, associados ao aparecimento de objetos voadores não identificados. Em certos casos, a eletrificação de objetos tem sido relatada, caso em que as pessoas tomam choques ao tocarem em objetos de grande porte quando um OVNI se aproxima muito deles. O que pode ocorrer nestes casos é a indução de cargas elétricas causadas por motivos que não conhecemos (mas que seria muito interessante analisar). A indução ocorre quando um objeto carregado de eletricidade se aproxima de outro, conforme mostra afigura 5. Neste caso, cargas elétricas de um dos objetos se deslocam de modo a criar uma elevada tensão elétrica que pode causar choques. Um exemplo de indução pode ser dado durante as próprias tempestades em que as cargas das nuvens induzem em objetos metálicos ou condutores de grande porte, cargas elétricas com tal intensidade que sua fuga provoca a ionização. Esta ionização do ar ambiente gera então uma luminosidade de que já falamos anteriormente. De qualquer maneira, a manifestação deste fenômeno associado ao aparecimento de OVNI é um indicativo de que processos elétricos estão ocorrendo, o que pode ser muito interessante para o pesquisador. Por este motivo, a inclusão de dispositivos de detecção de campos elétricos pode ser muito interessante para o pesquisador sério. Outro fato importante que deve ser levado em conta é que muitos aparelhos eletrônicos de uso pessoal são extremamente sensíveis a cargas elétricas de natureza estática. Assim, a presença de campos elétricos associados ao aparecimento de OVNI pode perfeitamente causar danos a relógios de pulso eletrônicos, calculadoras, computadores, equipamentos de vídeo cassete etc.. Os circuitos eletrônicos denominados CMOS são especialmente sensíveis descargas estáticas, podendo ser afetados até mesmo pelo toque dos dedos se estivermos “carregados” de eletricidade, o que ocorre com muito mais facilidade do que se pensa. O simples caminhar de uma pessoa sobre um tapete é suficiente para gerar cargas elétricas que atinge milhares de volts, conforme mostra a figura 6. Isso significa que objetos de maior porte que se atritem com o ar, como um carro, um avião (e eventualmente um OVNI), podem adquirir cargas elétricas muito maiorese que poderiam causar problemas na sua aproximação, ou servir para fazer sua detecção. No caso específico dos carros e aviões, temos fitas e pontas de descarga por onde as cargas acumuladas podem escoar, conforme mostra a figura 7. No caso específico do OVNI não sabemos se existem (ou se precisam) meios semelhantes, mas o fato de que fenômenos elétricos têm sido associados à sua presença pode indicar que as cargas realmente se acumulam ou se manifestam em suas proximidades, e isso é importante para o pesquisador. c) Fenômenos Magnéticos Os fenômenos magnéticos não devem ser confundidos com os fenômenos de natureza elétrica. Cargas elétricas acumuladas num corpo produzem um campo elétrico, ou seja, uma “influência” a sua volta, normalmente invariável (estática). .Já as correntes elétricas, que resultam de um fenômeno dinâmico, criam em seu trajeto uma perturbação magnética no espaço, conforme mostra a figura 8. Temos a produção de campos magnéticos pelos ímãs. Estes campos são associados ao movimento dos elétrons nas órbitas em torno dos núcleos dos átomos. Quando todos os movimentos estão organizados o campo produzido se orienta e o corpo se magnetiza, conforme mostra a figura 9. Este corpo adquire então a propriedade de atrair objetos de metais ferrosos. As correntes elétricas que passam pelas instalações elétricas e pelos circuitos elétricos e eletrônicos criam campos magnéticos e também são influenciadas por eles. Neste ponto é importante que o pesquisador diferencie os fenômenos causados por eletricidade estática dos produzidos por eletricidade em movimento, ou seja, magnéticos. Os fenômenos magnéticos estão associados às cargas elétricas em movimento, ou seja, devido à presença de correntes elétricas ou materiais com propriedades magnéticas. Têm sido notados diversos fenômenos de natureza magnética relacionados ao aparecimento de OVNI. Na verdade, os fenômenos magnéticos têm sido os mais acentuados, o que parece indicar que seu sistema de propulsão ou sua própria presença tem algo a ver com campos de natureza magnética. Evidentemente não cabe a nós elaborar teorias a este respeito mas sim indicar ao leitor os possíveis métodos de sua investigação. A manifestação de campos magnéticos pode causar diversos tipos de fenômenos que podemos observar, principalmente a partir de dispositivos que tenham principio de funcionamento semelhante. Uma manifestação interessante é a que ocorre quando a presença de um OVNI causa o desvio da agulha de uma bússola. De fato, a bússola opera baseada no campo magnético da Terra. Uma agulha imantada tende a se orientar do modo a ficar paralela às linhas do campo magnético da Terra, conforme mostra a figura 10. É evidente que a presença de qualquer campo magnético “estranho" causa um desvio nesta orientação. Aproxime um pequeno imã de uma agulha de bússola e o leitor verá o que estamos dizendo. Pela distância que um pequeno imã pode influir na orientação de uma bússola, pode-se ter uma ideia de que intensidade deve ter o campo produzido por um OVNI para poder causar influências a muitos metros (ou centenas de metros de distância). Uma bússola consiste, portanto, num excelente detector de fenômenos magnéticos causados pela presença de OVNI. No entanto, a principal dificuldade no seu uso está na necessidade de precisarmos ficar constantemente observando-a. Soluções eletrônicas para a detecção de campos e suas variações podem ser muito interessantes para um pesquisador e veremos mais adiante como fazer isso. Outra manifestação de natureza magnética que pode ocorrer na presença de OVNI é a relacionada com a alteração na tensão da rede de energia. A aproximação de um OVNI de uma linha de alta tensão pode ter efeitos tanto de natureza elétrica como de natureza magnética, conforme mostra a figura 11. Estes efeitos podem se manifestarem como uma diminuição da tensão elétrica, caso em que os aparelhos elétricos e eletrônicos podem sofrer alterações de funcionamento ou pararem de funcionar, ou ainda as lâmpadas podem diminuir de brilho. Dispositivos cujo princípio de funcionamento se baseia em indução eletromagnética, tais como motores elétricos e dínamos, podem parar completamente em alguns casos. Isso explica a paralisação dos motores dos carros na presença de OVNI, citada em muitos relatos. Os carros usam dínamos para gerar a tensão que carrega a bateria e ajuda no funcionamento do sistema elétrico, e também possuem a bobina de ignição, que consiste num autotransformador cujo principio de funcionamento é totalmente magnético. Evidentemente. um campo magnético suficientemente forte pode afetar o funciona mento destes dispositivos, paralisando um carro. Alguns equipamentos que operam com ondas eletromagnéticas como, por exemplo, rádios, televisores e equipamentos de telecomunicações, podem sofrer alterações de funcionamento mais drásticas com o corte do sinal (nos televisores podem aparecer chuviscos com a diminuição do sinal), ou mesmo uma alteração de sua intensidade. Têm sido relatados casos em que imagens dos televisores (analógicos) sofrem diminuição do quadro quando OVNI são avistados nas proximidades, conforme mostra a figura 12. Deve-se observar que a imagem de um televisor é controlada por bobinas em torno do Cinescópio responsáveis pela deflexão dos elétrons. Um campo magnético forte no Cinescópio afeta a deflexão, podendo com isso deformar a imagem. Evidentemente, a manifestação dos fenômenos da forma indicada não é uma regra. O importante para o pesquisador e saber que campos magnéticos parecem estar intimamente associados à presença de OVNI, e não são poucos os pesquisadores que trabalham com detectores de campos magnéticos permanentemente ligados. E claro que devemos também levar em conta a produção de campos magnéticos a partir de fenômenos naturais. Os principais fenômenos naturais que podem causar perturbações de natureza magnética são: Raios Descargas elétricas atmosféricas e, portanto, perfeitamente naturais, produzem fortes perturbações de natureza magnética e também eletromagnética, ou seja, causam emissões de ondas de rádio. Basta ligar um rádio de ondas médias (AM) fora de estação durante a aproximação de uma tempestade para se perceber que a cada descarga visível (relâmpago) temos a produção de um ruído devido à captação dos sinais elétricos gerados. Pode-se detectar a aproximação de tempestades justamente utilizando-se um rádio de ondas médias. Evidentemente, este fato é importante para se poder saber quando um detector dispara pela presença de um OVNI ou pela simples descarga atmosférica de uma tempestade próxima. Assim, o uso do detector fica limitado a dias limpos e sem nuvens, ou seja, quando não ocorra ameaça de chuva com descargas estáticas fortes. Dispositivos construídos pelo homem Diversos são os aparelhos comuns que podem gerar fortes perturbações de natureza magnética e eletromagnética e que podem ser confundidas pelos detectores ou pelos efeitos que causam. Motores elétricos e circuitos indutivos quando acionados produzem perturbações que se propagam pelas linhas de energia, conforme mostra a figura 13. Estas perturbações podem afetar aparelhos sensíveis como receptores de rádio e TV, aparecendo então ruídos ou interferências na imagem. Estas perturbações também podem causar o disparo de detectores. Por exemplo, a ligação de um motor elétrico nas proximidades de um detector pode causar o seu disparo, com a indicação de que uma perturbação de natureza magnética ou eletromagnética ocorreu. Os motores dos automóveis pela presença de circuitos comutadores e geradores de altas tensões para as velas também podem causar interferências magnéticas, disparando detectores, daí ser preciso estar atento para não fazer confusões. Um rádio de AM ligado fora de estação nas proximidades de um carro com o motor ligado mostra que tipo de interferência os motorespodem causar, e estas interferências podem afetar os detectores. Todos estes fatos mostram que é preciso estar atento a falsos alarmes quando se usa um detector de campos magnéticos. Fenômenos Radioativos Certo nível de radioatividade tem sido observado nos locais em que OVNI pousam. Diversos pesquisadores que utilizam detectores de radiação relataram que locais com marcas de queimado que determinados tipos de objetos deixam, apresentam certo nível de radiação atômica. Para que o leitor entenda como a radiação atômica pode ser detectada será importante conhecer sua origem. Os átomos da maioria das substâncias são estáveis, ou seja, permanecem como estão durante milhões ou mesmo bilhões de anos. No entanto, existem substâncias cujos átomos são instáveis, e por isso se desintegram gradualmente de uma forma totalmente aleatória. Como não sabemos qual átomo de um determinado bloco de material vai se desintegrar num determinado instante, trabalhamos com estatísticas. Assim, se sabemos que metade dos átomos de uma determinada substância se desintegra em mil anos, por exemplo, dizemos que a “meia vida” dessa substância é de mil anos. Conhecemos substâncias cujas meias vidas variam de alguns segundos a bilhões de anos. O importante é que, quando um átomo se desintegra, ele emite uma grande quantidade de partículas cujas propriedades caracterizam a radioatividade. Assim, os núcleos dos átomos na forma de dois prótons e dois nêutrons formam as partículas alfa. Como estes núcleos são densos e pesados eles possuem pouca penetração, e normalmente são bloqueados até mesmo por uma folha de papel. Os elétrons que são expelidos em alta velocidade na desintegração formam as partículas beta que possuem um pouco mais de penetração, conseguindo atravessar uma folha de alumínio. Finalmente, temos os raios gama, que são radiações eletromagnéticas de grande energia e com grande poder de penetração, capazes de atravessar grossos obstáculos, como por exemplo paredes de concreto ou mesmo chumbo. Na figura 14 temos os principais tipos de partículas emitidas pelos materiais que chamamos de radioativos. Veja o leitor, entretanto, que os materiais radioativos não são somente os que naturalmente adquiriram esta propriedade quando formados. Quando submetemos um material comum a uma dose muito grande de radiação, seus átomos podem absorver parte desta radiação e instabilizarem-se tornando o material também radioativo. Formam-se os chamados isótopos, que são substâncias radioativas. Um exemplo comum de isótopo é o carbono 14. O carbono comum tem peso atômico 12 e não é radioativo. No entanto, quando submetido à radiação o carbono 12 absorve partículas e torna-se carbono 14, que e radioativo. Pela presença deste material pode-se determinar a idade de objetos antigos com boa precisão. O importante é que, se o local do pouso de um OVNI se torna radioativo, isso pode ser devido tanto a eventuais resíduos de materiais que ele deixa, como a própria influência de algum processo desconhecido que ele usa sobre o terreno que o torna radioativo. Um fato importante que deve ser levado em conta ao se tratar com materiais radioativos é que as partículas emitidas por estes materiais são altamente perigosas podendo afetar as pessoas. Estas partículas podem destruir células de nosso corpo, resultando em doenças graves como o câncer podendo até causarem queimaduras e a morte se sua intensidade for muito grande. A possibilidade de se contar com um detector de radiação nas pesquisas de campo não é apenas uma comodidade, mas uma questão se segurança, evitando que o pesquisador tome contacto com materiais que sejam potencialmente perigosos. No entanto, a montagem prática de um detector tem alguns problemas, já que os sensores usados, além de caros, não são encontrados facilmente e exigem extremo cuidado no manuseio. Por este motivo, para este tipo de detector recomendamos que o leitor utilize os modelos comprados prontos. De qualquer maneira é preciso ter em mente que as substâncias que encontramos na natureza raramente têm níveis de radioatividade perigosos. Os maiores níveis ocorrem nas regiões em que temos jazidas de materiais radioativos, mas normalmente estes materiais estão tão diluídos que sua presença mal é notada pelos detectores. Isso significa que a detecção de materiais radioativos em níveis elevados só pode ter duas origens: a) Materiais radioativos produzidos pelo homem e que podem ser abandonados em condições irregulares, como ocorreu em Goiânia há alguns anos. Como existem muitos equipamentos médicos que fazem uso de materiais radioativos e preciso estar atento à sua presença. Quando um objeto suspeito qualquer for encontrado as autoridades devem ser alertadas. Não toque no material! O símbolo da presença de radioatividade normalmente está gravado nestes objetos. b) Materiais radioativos de origem desconhecida, e neste caso está incluída a possível “pegada” de um OVNI. Fenômenos Térmicos Um relato importante de um pesquisador de OVNI de renome fala do fato da água de uma pequena lagoa ferver a ponto de secá-la quando um OVNI pairou algum tempo sobre sua superfície, conforme sugere a figura 15. Trata-se evidentemente de uma manifestação térmica da presença dos objetos voadores não identificados. Mais uma vez não nos cabe dar explicações sobre o modo como a água poderia ter sido aquecida de forma indireta, se bem que basta lembrar que os fornos de microondas fazem isso com certa facilidade. Cabe-nos explicar algo sobre a manifestação da energia térmica e como ela pode ser detectada à distância. A temperatura nada mais é do que o grau de agitação das partículas ou átomos de um corpo. Quando entregamos energia a este corpo, ou seja, energia térmica, suas partículas passam a agitar-se mais rapidamente e esse grau de agitação denominamos temperatura. Está claro que se a temperatura é o movimento, não existe temperatura mais baixa do que a que corresponde à ausência do movimento. Isso ocorre numa temperatura denominada “zero absoluto” que corresponde a 273 graus Celsius abaixo de zero. Veja então que para elevar a temperatura de um corpo basta lhe entregar energia, e para esfriá-lo, basta retirar esta energia. Quando atritamos as mãos rapidamente uma na outra produzimos energia, que as aquece. Quando descomprimimos rapidamente o gás de um pistão ele esfria. A expansão dos gases é usada nas geladeiras para “retirar” calor dos corpos e assim produzir as baixas temperaturas. Um fato importante relacionado com a temperatura é que os corpos acima do zero absoluto emitem ondas eletromagnéticas. Estas ondas aumentam em quantidade e frequência à medida que a temperatura do corpo se eleva. Nas temperaturas ambientes a maior parte das emissões está na faixa do infravermelho, que não podemos perceber. No entanto, existem sensores eletrônicos que podem perceber a presença de um corpo aquecido pela radiação infravermelha que emite. Não há dúvida que um sensor deste tipo seria muito interessante para um pesquisador de OVNI. A presença de um objeto com certa temperatura poderia ser detectada mesmo que ele se encontrasse escondido por trás de arbustos ou árvores, conforme mostra a figura 16. Quando a temperatura de qualquer corpo se eleva muito, a radiação pode ter uma componente maior na faixa visível do espectro. Neste caso poderemos ver o corpo com uma coloração inicialmente avermelhada, passando ao laranja para depois, com temperaturas muito altas, ir ao branco e finalmente ao azulado. E o que ocorre com um ferro em brasa. E neste ponto que devemos distinguir a luz fria como sendo a causada por fenômenos de ionização elétrica, e que vimos nas manifestações dos fenômenos elétricos às quais não estão associadas a elevação da temperatura, da luz que é obtida quando um corpo é aquecido. Evidentemente, também devemos falar dos vestígios da presença de OVNI que podem ser deixados nos locais depouso na forma de um aquecimento residual do solo. O solo é, em alguns casos, um bom isolante térmico e, uma vez que seja aquecido profundamente, pode manter uma temperatura elevada por intervalos de tempos relativamente grandes. Efeitos Gravitacionais Alterações na gravidade de um local podem indicar a preferência de OVNI para um eventual pouso. Da mesma forma, a própria presença de um OVNI pode causar alterações locais na gravidade. Uma alteração importante que é usada na pesquisa científica é a causada por grandes massas de minérios subterrâneos capazes de modificar levemente a influência da gravidade no local. Na verdade, equipamentos sensíveis têm sido justamente usados com a finalidade de detectar jazidas pela alteração da gravidade que provocam. Muitos pesquisadores têm associado a presença de OVNI às alterações locais da gravidade. A detecção por meios eletrônicos desta alteração é possível e será descrita na prática neste livro. A eletrônica pode contar com muitos tipos de dispositivos detectores das formas de energia que vimos, assim como suas derivadas. Tais detectores podem ser usados na elaboração de sensíveis equipamentos de pesquisa. Nota: hoje podemos contar com acelerômetros até mesmo nos celulares, os quais, através de aplicativos poderiam ser usados neste tipo de pesquisa, o que não ocorria na época em que o livro foi escrito. Antes de passarmos aos projetos de tais equipamentos será muito importante analisar como cada detector funciona e suas principais características. Em alguns casos o leitor poderá constatar que a sensibilidade dos detectores é até maior do que a dos equivalentes “humanos”. Por exemplo, um foto-sensor pode ser mais sensível que o olho humano e inclusive detectar formas de radiação que para nós são invisíveis. Tecnicamente os detectores são transdutores, ou seja, são dispositivos que convertem uma forma de energia em eletricidade, de modo que essa eletricidade possa ser utilizada pelos circuitos de processamento. São os seguintes os principais tipos de sensores: a) Sensores de luz Podemos contar com diversos tipos de sensores de luz, denominados popularmente de “olhos eletrônicos”. Estes sensores são dispositivos que apresentam alguma característica elétrica que muda com a incidência de luz. O primeiro dispositivo que analisaremos será o LDR ou foto- resistor. Na figura 17 temos o símbolo e o aspecto deste importante detector de luz. Quando luz incide em sua superfície sensível o LDR muda sua resistência, deixando passar mais corrente. No escuro sua resistência é muito alta, caindo de valor com a claridade. Em circuitos apropriados o LDR pode ser usado para detectar fontes de luz muito fracas. Com uma lente em sua parte frontal que concentre a luz é possível detectar a luz de uma vela a dezenas de metros de distância, obtendo-se com recursos ópticos apropriados sensibilidade maior do que a do olho humano. Uma característica importante do LDR, entretanto, é sua velocidade de resposta. O LDR não responde às variações muito rápidas de intensidade de luz, o que limita sua aplicação a fontes pulsantes de velocidade em torno de 10000 por segundo. No entanto, este valor é 1000 vezes maior do que à velocidade qual o olho humano consegue responder. Em outras palavras, mesmo sendo lento em termos eletrônicos, o LDR é ainda 1000 vezes mais rápido que o olho humano. Os LDRs são dispositivos muito baratos, já que são usados em muitos tipos de alarmes, e até mesmo nos sistemas de acendimento de luzes ao anoitecer. Outro dispositivo importante usado como sensor de luz é o foto- diodo. Trata-se de um dispositivo que consiste numa pastilha de silício semicondutor que é polarizada no sentido inverso. Na figura 18 temos o seu símbolo e aspecto. Quando incide luz nesta pastilha sua resistência também se altera e pode circular uma corrente elétrica. A sensibilidade depende do tamanho da pastilha, mas sua velocidade de resposta é muito grande. Variações de luz de frequências até algumas dezenas de megahertz (dezenas de milhões de vezes por segundo) podem ser detectadas. Com recursos ópticos apropriados os foto-diodos podem ser muito mais sensíveis que o olho humano com uma grande vantagem: eles podem detectar formas de energia que nosso olho não vê. Os foto- diodos podem detectar radiação infravermelha com boa sensibilidade. Com o mesmo princípio de funcionamento dos foto-diodos temos os foto-transistores. Na figura 19 temos o símbolo e aspecto deste tipo de sensor. Os foto-transistores possuem características gerais de sensibilidade e resposta de frequência semelhantes a dos foto- diodos. A diferença está no fato de que eles podem ser ligados de modo a proporcionarem uma pequena amplificação na luz que recebem. b) Sensores de calor Os sensores de calor podem ser de diversos tipos e segundo o princípio de funcionamento podem ser usados em aplicações diferentes. Um dos mais simples é o NTC, ou resistor com coeficiente negativo de temperatura, que tem seu símbolo e aspecto mostrado na figura 20. Este dispositivo tem sua resistência dependente da temperatura. Assim, quando o aquecemos sua resistência diminui, e isso pode ser usado para ativar circuitos de medição ou de alarme. Observe então que se trata de um sensor de contacto, pois ele deve ser colocado em contacto com o corpo do qual se deseja medir a temperatura, para que ele mude sua própria temperatura e com isso seja feita a medida. Os NTCs são componentes muito baratos e podem ser usados em circuitos detectores simples. Os diodos e os transistores comuns também podem ser usados como sensores de temperatura, pois sua resistência quando polarizados inversamente diminui quando a temperatura se eleva. O que ocorre é a liberação de portadores de cargas das junções com a elevação da temperatura, causando assim uma diminuição da resistência. Os diodos comuns e os transistores, pela linearidade com que o fenômeno se manifesta, podem ser usados como excelentes sensores para a medição de temperatura. Termômetros digitais, como o mostrado na figura 21, usa como sensores transistores ou diodos comuns. Um tipo de sensor muito interessante, e que pode ser usado em detectores de OVNI, e o sensor piroelétrico. Este sensor consiste num material plástico que apresenta propriedades semelhantes a dos eletretos. Este material tem cargas elétricas naturais nas suas faces e sua quantidade depende da temperatura. E um material tão sensível que a simples incidência de radiação infravermelha altera estas cargas. Isso significa que este tipo de sensor pode detectar objetos quentes à distância pela radiação infravermelha que emitem. Em alarmes residenciais e nas portas automáticas encontramos sensores deste tipo, conforme mostra a figura 22. Estes sensores podem então ativar os circuitos pelo calor do corpo das pessoas que se aproximam, e isso com enorme sensibilidade. Circuitos sensores deste tipo podem ser adaptados para detectar corpos aquecidos ou que emitam infravermelho a uma boa distância. Um detector de OVNI com este tipo de sensor seria algo interessante de se pensar. c) Sensores de campos magnéticos Para as aplicações práticas podemos usar dois tipos de sensores de campos magnéticos. O mais simples é uma bobina, conforme mostra a figura 23. Quando as linhas de força de um campo magnético cortam as espiras de uma bobina e induzida uma tensão que pode atuar sobre um circuito eletrônico. Tanto mais sensível será o dispositivo na detecção quanto maior for o número de voltas de fio da bobina, e também se for usado um núcleo que concentre essas linhas de força. Um bastão de ferrite, como os encontrados nas antenas de rádios de ondas médias, consiste num excelente recurso para concentrar as linhas de força de um campo magnético e assim aumentar a sensibilidade. É preciso alertar o leitor, no entanto, que a indução de tensões numa bobina é umfenômeno dinâmico. Ela só ocorre com o movimento das linhas de força do campo, o que pode ocorrer em duas condições: A bobina se move em relação ao campo ou o campo se move em relação a bobina. O campo é variável, ou seja, produzido por uma corrente elétrica que varia de intensidade. Isso significa que se colocarmos a bobina perto de um ímã ela não o detectará. No entanto, se movimentarmos a bobina perto do imã ou 0 imã perto da bobina, ocorre detecção. Um outro tipo de sensor de campos magnéticos é o sensor de Efeito Hall, que consiste num dispositivo semicondutor cuja aparência é mostrada na figura 24. Neste dispositivo, a resistência apresentada depende da intensidade do campo magnético que o atravessa. Este tipo de sensor é usado em alarmes, em sistemas de ignição de carros, etc. No entanto, sua eficiência maior é na detecção de campos magnéticos fortes ou próximos não sendo, portanto, uma solução interessante para a construção de detectores de OVNI. Nota: atualmente já existem sensores deste tipo muito sensíveis. d) Sensores de campos elétricos Os sensores de campos elétricos nada mais são do que condutores isolados. A presença de um campo elétrico induz nestes corpos cargas elétricas que podem atuar sobre dispositivos semicondutores, como transistores de efeito de campo, e assim acionar circuitos. Uma placa de metal isolada ou ainda uma esfera de metal, conforme mostra a figura 25, consiste num detector de cargas estáticas. Lembramos que antigamente eram utilizados detectores denominados eletroscópios, no entanto para se obter a sensibilidade desejada no caso de OVNI é interessante se partir para a versão eletrônica. e) Sensores de radiação As radiações mais penetrantes são ionizantes, ou seja, deixam um rastro na sua passagem por um meio material, que é formado por íons, e assim pode conduzir a corrente elétrica. Este fato é usado para a elaboração dos sensores do tipo Geiger- Muller, que têm a estrutura mostrada na figura 26. Este tipo de sensor consiste num tubo com uma janela de mica (que é um material quase que transparente à maioria das radiações ionizantes). No interior existe um eletrodo em forma de fio e em torno do tubo um eletrodo cilíndrico. O gás no interior do tubo é em condições normais um isolante. Aplicando alta tensão entre os eletrodos não há a passagem de corrente. No entanto, quando uma partícula penetra no gás ela o ioniza, e um pulso de corrente pode passar pelos eletrodos. Este pulso pode ser amplificado por circuitos apropriados e servir para acionar alarmes ou indicadores. Os tubos Geiger operam com tensões elevadas, na faixa dos 400 a 800 volts, exigindo-se circuitos especiais para sua operação. Existem circuitos detectores que podem obter estas tensões a partir de pilhas comuns. No entanto, conforme explicamos, a montagem deste tipo de sensor, por algumas dificuldades técnicas apresentadas, não é recomendada. Outro tipo de sensor é o diodo de grande superfície. Exatamente como um foto-diodo, este componente tem sua resistência alterada quando incide radiação. A corrente resultante pode se rusada para acionar os circuitos de alarme ou indicadores. f) Sensores de gravidade Um sensor de gravidade nada mais é do que uma balança. O peso de um corpo é a força que a massa terrestre faz sobre este corpo num determinado local. Se existe alguma anormalidade num local o peso de um corpo neste local se altera. Outra alteração importante ocorre com o tempo de oscilação de um pêndulo, já que ele depende da gravidade local e de seu comprimento (não depende da massa). Assim, o uso de pêndulos pode ser muito interessante para se detectar estas alterações. Se acoplarmos a um pêndulo um imã de modo que, na sua oscilação, este imã possa atuar sobre uma bobina captadora, temos um pêndulo eletrônico ou um sensor de gravidade bastante sensível. Este tipo de sensor será justamente explorado na nossa parte prática. Nota: existem hoje acelerômetros extremamente sensíveis e pequenos até mesmo incorporados a celulares, e que podem ser usados para pesquisas com a ajuda de aplicativos. Capítulo 2 - Projetos Para Montar Damos a seguir certa quantidade de detectores e dispositivos úteis para o pesquisador de OVNI. Todos os circuitos são simples e usam componentes comuns. Se o leitor não tem conhecimentos técnicos para realizar as montagens pode simplesmente entregá-las a qualquer técnico, que não terá dificuldades com sua realização. O custo total do material empregado na maioria dos casos é inferior ao de um rádio AM pequeno, o que as torna bastante acessíveis. Por outro lado, o desempenho dos circuitos nada deixa a desejar a detectores equivalentes que são encontrados em anúncios de revistas estrangeiras, a cujo acesso existe uma certa dificuldade. Projeto 1 - Detector de Pulsos de Luz Nosso primeiro detector é do tipo luminoso, usando como sensor um foto-transistor. Com ele é possível detectar o aparecimento momentâneo de luzes distantes, variações de luzes distantes e até mesmo a emissão de radiação infravermelha. Sua sensibilidade é bastante grande e convenientemente ajustado, apontando para um fundo totalmente escuro, ele pode detectar o acender de um isqueiro a centenas de metros. Uma possibilidade de uso para o pesquisador de campo é manter o aparelho ligado apontado para o local em que existe a probabilidade de ocorrer o aparecimento de luzes. Quando isso ocorrer o aparelho vai disparar emitindo um som contínuo por alguns instantes, o que serve de alarme, Desta forma, numa pesquisa feita num local à noite, o pesquisador não precisa ficar permanentemente acordado. Basta deixar o aparelho ligado para monitorar os acontecimentos, conforme sugere a figura 27. Evidentemente, devemos considerar o disparo por outras fontes de luz que não sejam as visadas como, por exemplo, relâmpagos ou mesmo faróis de carro de uma estrada próxima. Para se obter uma cobertura num ângulo maior, vigiando-se assim uma porção do céu ou ainda uma parte mais ampla de uma mata, o sensor pode ser mantido sozinho. No entanto, pode-se obter maior sensibilidade concentrando-se a luz que venha de um ângulo menor com uma lente, conforme mostra a figura 28. Esta lente deve ser do tipo convergente, uma lente de lupa, por exemplo, e o sensor deve ser posicionado de modo a ficar no seu foco. O consumo de energia do aparelho na condição de espera é muito baixo, o que significa que um jogo de pilhas usado na alimentação não vai se esgotar mesmo que ele fique a noite inteira ligado. Evidentemente, para pesquisas constantes devem ser usadas pilhas grandes, caso em que elas poderão alimentar o aparelho por diversas noites seguidas. O consumo maior ocorre quando o aparelho dispara, já que na produção de som temos a necessidade de maior quantidade de energia. Na figura 29 damos uma ideia de como o aparelho pode ser montado numa pequena caixa plástica e mantido em posição de vigia, de modo a detectar qualquer pequeno foco de luz que apareça num determinado local, disparando o alarme. O único ajuste que o circuito possui é um potenciômetro de sensibilidade, de modo a compensar a influência da luz ambiente no caso de haver luar ou outra fonte próxima que possa causar o seu disparo errático. O sensor usado tem características impressionantes, já que sua sensibilidade é maior do que a do olho humano e, além disso, ele pode “ver” radiações fora do espectro visível, ou seja, apresenta uma sensibilidade razoável ao infravermelho, radiação emitida por corpos quentes. Como Funciona Nos projetos descritos sempre teremos a análise do princípio de funcionamento do circuito, o que é interessante tanto para os montadores como para os leitores que desejam fazer alterações no projeto original. Na figura 30 temos o diagrama completo do detector. Neste caso, o que temos é um foto-transistor ligado à base de um transistor que serve de amplificadorpara a pequena corrente resultante dos pulsos de luz detectados. O coletor do transistor está ligado por meio de um capacitor ao terminal de disparo de um circuito integrado 555, que está ligado como um multivibrador monoestável. A constante de tempo deste multivibrador é determinada por C2 e R4. Quando um pulso de luz de certa intensidade incide no foto- transistor FT1 ele conduz certa corrente que é amplificada por Qt. Como resultado, a tensão no coletor de Q1 cai por um instante, o suficiente para provocar o disparo do monoestável. Com o disparo, a saída do GH vai ao nível alto (pino 2) por um tempo que depende justamente de R4 e C2. Este será o tempo de disparo do alarme e pode ser alterado, bastando escolher um novo valor de C2 ou R4. Com a ida da saída do GI-1 ao nível alto, o Cl-2 que funciona como oscilador entra em ação. É gerado então um sinal cuja frequência depende de R5, R6, e C3. Este sinal é então aplicado ao alto-falante FTE gerando um apito continuo. Podemos alterar este som pela troca de C5 ou de R5 e R6 desde que os resistores não sejam menores que 1 k ohms. Uma alteração possível para o projeto, de modo a aumentar sua sensibilidade, seria a troca de Q1 por um transistor Darlington. Os leitores que tenham conhecimento técnico podem fazer isso, caso em que R2 pode até ser aumentado para valores tão grandes como 1 M ohm. Outra alteração possível que leva o aparelho a apresentar um consumo menor no toque e a utilização de transdutor cerâmico em lugar do alto-falante, caso em que R7 pode ser eliminado. Finalmente temos uma redução considerável no consumo em repouso do aparelho se em lugar do circuito integrado 555 bipolar for usada a versão C-MOS, que é o TLC7555 ou qualquer equivalente. Montagem Na figura 31 temos a disposição dos componentes numa placa de circuito impresso. Se o leitor não tem muita experiência na montagem de projetos com circuitos integrados será interessante usar soquetes para sua instalação. Os resistores são todos de 1/8 W ou maiores e os capacitores eletrolíticos devem ter uma tensão de trabalho de 6 V ou mais. O foto-transistor pode ser de qualquer tipo, inclusive podendo ser usado um foto-diodo. O leitor deve tomar cuidado apenas para não ligar este componente invertido, caso em que o aparelho não funcionará. O transistor Q1 também admite equivalente e o potenciômetro de ajuste não é crítico. Este potenciômetro pode ainda incluir a chave geral 81 que liga e desliga o aparelho. O alto-falante usado é do tipo pequeno de 2,5 a 5 cm, podendo até ser aproveitado de algum velho rádio transistorizado fora de uso; Para as pilhas deve ser usado um suporte apropriado e a polaridade dos fios de ligação deve ser observada. O foto-transistor pode ser instalado num tubinho com a lente caso se deseje propriedades direcionais mais acentuadas para o aparelho. Prova e Uso Para provar o aparelho ligue-o com o foto-sensor apontado para um local escuro. Depois abra o controle de sensibilidade até o momento em que o disparo é obtido. Quando isso ocorrer volte o ajuste um pouco e espere o toque do alarme parar. Acendendo um isqueiro na frente do sensor, mesmo a uma boa distância consegue-se o disparo. Retocando-se o ajuste de sensibilidade consegue-se o disparo a distâncias cada vez maiores. Na pesquisa de campo evite a presença de luz nas proximidades, pois ela reduz a sensibilidade. Ajuste a sensibilidade para o máximo, se possível usando o “flash” de um isqueiro para testes. Depois é só deixar o aparelho ligado. Qualquer toque indica que um pulso de luz incidiu no sensor. E interessante observar que uma transição muito suave de luz como a que ocorre ao amanhecer não atua sobre o circuito. Lista de Material Semicondutores CI-1 e Cl-2 - 555 - circuito integrado, timer Q1 - BC547 ou equivalente – transistor NPN de uso geral FT-1 - foto-transistor de qualquer tipo ver texto Resistores (1/8 W, 5%) R1 - 1 k ohms - (marrom, preto, vermelho) R2 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja) R3 e R4 - 100 k ohms - (marrom, preto, amarelo) R5 e R6 - 10 k ohms - (marrom, preto, laranja) R7 - 100 ohms - (marrom, preto, marrom) P1 - 2,2 M ohms ou 4,7 M ohms potenciômetro Capacitores C1i e C2 - 10 uF/6V - eletrolíticos C3 - 47 nF - cerâmico ou poliéster C4 - 100 uF/6V – eletrolítico Diversos FTE - 8 ohms - alto-falante pequeno S1 - Interruptor simples B1 - 6 Volts - 4 pilhas pequenas ou grandes. Placa de circuito impresso, soquetes para os integrados, caixa para montagem, suporte de pilhas, lente para FT1, fios, solda, etc. Projeto 2 - Detector de Campos Elétricos Este detector acusa a presença de cargas elétricas induzidas com grande sensibilidade. A simples passagem de uma nuvem “carregada” pode provocar seu disparo. Deixado ao ar livre ou ligado a uma “antena” ele pode acusar fenômenos eletrostáticos com enorme sensibilidade, monitorando o ambiente de pesquisa com grande eficiência. Como o detector anterior, basta deixá-lo ligado e ficar atento a um eventual toque do alarme. Alimentado por pilha e apresentando baixo consumo ele pode ficar ligado permanentemente. O detector pode ser usado com o sensor original, que consiste numa chapa de metal que funciona como “antena”, ou pode ser ligado a uma antena externa como, por exemplo, uma antena de TV ou uma placa isolada colocada ao ar livre. Na figura 32 damos um exemplo de como pode ser montada uma antena externa para funcionar com este detector. Evidentemente, a detecção deve ser feita à longa distância, o que significa que durante tempestades o aparelho deve ser mantido desligado, pois uma descarga muito próxima pode causar sua queima. Também não e' conveniente manter ligado qualquer tipo de dispositivo externo numa residência durante uma tempestade, pois ele funcionaria como um para-raios. Como Funciona Na figura 33 temos o diagrama completo do detector de cargas estáticas. O sensor é uma placa de metal que funciona como a armadura de um capacitor. Assim qualquer corpo carregado que se aproxime desta placa vai induzir cargas elétricas que se escoam lentamente através da rede de resistores. Esta rede, entretanto, está ligada à entrada de uma porta inversora de um circuito integrado 4093. Assim, quando a carga induzida for negativa, já que será esta a polaridade detectada, o que ocorre quando uma carga positiva se manifesta num corpo próximo, conforme mostra a figura 34, a entrada da porta vai ao nível baixo. Com a entrada da porta indo ao nível baixo, sua saída vai ao nível alto, o que habilita o oscilador formado pela outra porta. Esta habilitação ocorre através do diodo D1 e a frequência do oscilador é determinada por R6 e C2. O leitor pode alterar estes componentes para modificar o tom do alarme, desde que R6 não tenha valores menores que 10 k ohms. As outras duas portas disponíveis no circuito integrado 4093 são usadas como amplificadoras digitais, de modo a excitar o transdutor final. Este transdutor é um pequeno buzzer cerâmico que pode ser visto em alguns chaveiros e brinquedos para a produção de som.,Seu rendimento é razoável neste circuito, mas se o leitor quiser mais barulho pode alterar o circuito de modo a usar um alto- falante. No entanto, dada a alta impedância de saída do circuito integrado, para usar um alto-falante pequeno deve ser acrescentado um transistor amplificador, conforme mostrado na figura 35. O consumo do aparelho é extremamente baixo na condição de espera, o que significa que as pilhas podem durar semanas mesmo que ele fique ligado permanentemente. O consumo maior ocorre quando o alarme toca. Veja que este circuito não tem ajuste de sensibilidade. Este ajuste na verdade é determinado pelos resistores R2, R3 e R4. Assim, se houver tendência a um disparo errático pelo fato de se usar um sensor muito grande, por exemplo, podemos usar apenas dois resistors em lugar de três. Montagem A disposição dos componentesnuma placa de circuito impresso é mostrada na figura 36. Para os leitores menos experientes recomenda-se usar um soquete para o circuito integrado. Os resistores são de 1/8 W ou maiores e os capacitores menores são cerâmicos ou de poliéster. O capacitor C3 é um eletrolítico com uma tensão de trabalho de pelo menos 6 V. O transdutor é do tipo piezoelétrico, mas na sua falta pode ser usada uma cápsula de microfone ou de fone, desde que seja de alta impedância. Não use alto-falante pois sua baixa impedância pode carregar o circuito integrado, causando sua queima. O diodo é de uso geral e admite equivalentes. Como sensor pode ser usada uma chapa de metal de um uns 20 x 20 cm, mas uma alternativa interessante consiste em se usar uma antena, inclusive do tipo interno vertical, conforme mostra a figura 37. Esta antena deve ser ligada ao aparelho por meio de fio curto, pois o próprio fio funciona também como antena. Uma antena muito longa pode tornar o aparelho tão sensível que seu disparo se torna errático. A própria presença de pessoas que tenham alguma carga acumulada no corpo ou de objetos carregados pode fazer o alarme disparar indevidamente. Todo o conjunto pode ser montado numa pequena caixa plástica, conforme mostra a figura 38. Prova e Uso Não existem ajustes a fazer para este detector. Para se provar o aparelho basta acionar a chave que liga sua alimentação. Atritando- se uma régua de plástico num pedaço de tecido obtemos uma boa carga estática para teste. O aparelho pode ficar permanentemente ligado. O toque do alarme indica a presença de cargas estáticas nas proximidades do sensor. Não toque no sensor com objetos carregados, pois isso pode causar a indução de uma tensão suficientemente elevada para causar a queima do circuito integrado. Não deixe o aparelho exposto nem ligado em dias de tempestades. Aproximando esta régua do sensor (sem encostar) e movimentando-a devemos obter o disparo do alarme com a emissão de sons. Para usar o aparelho basta deixá-lo ligado com o sensor ou a antena posicionados apropriadamente. Lista de Material Semicondutores CI-1 – 4093B - circuito integrado CMOS D1 - 1N4148 ou equivalente diodo de silício Resistores (1/8 W, 5%) R1 - 4,7 M ohms - (amarelo, violeta, verde) R2, R3, R4 - 22 M ohms - (vermelho, vermelho, azul) R5 - 1 M ohms - (marrom, preto, verde) R6 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja) Capacitores C1 - 10 pF - cerâmico C2 - 47 nF - cerâmico ou poliéster CS - 10 uF/6 V - eletrolítico Diversos Xl - sensor - ver texto S1 - interruptor simples X2 - transdutor piezoelétrico cerâmico - ver texto B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas Placa de circuito impresso, suporte para 4 pilhas, soquete para o circuito integrado, caixa para montagem, fios, solda, etc. Projeto 3 - Detector de Campos Magnéticos Este, sem dúvida é o projeto mais importante deste livro, dada a frequência muito grande de relatos de aparecimentos de OVNI relacionados com distúrbios de natureza magnética em aparelhos comuns, como sistemas elétricos de carros, televisores, relógios, etc. O que descrevemos é um ultra sensível detector de perturbações magnéticas que pode acusar uma descarga elétrica a distâncias de dezenas de quilômetros e até mesmo surtos de uma rede de energia de origem natural, artificial ou desconhecida. Trata-se de um equipamento de grande utilidade para o pesquisador de campo, pois dispara um alarme quando qualquer perturbação magnética (que possa estar associada ao aparecimento de OVNI) atinge seu sensor. O aparelho é alimentado por pilhas comuns e é muito sensível. O sensor pode ser conseguido com facilidade, o que torna a montagem da unidade bastante acessível e barata. No uso normal o detector deve ser deixado ligado longe de linhas de transmissão de energia ou qualquer equipamento que possa causar o disparo errático do alarme, conforme mostra a figura 39. Ao captar qualquer distúrbio de natureza magnética o aparelho emitirá um toque sonoro intermitente, semelhante a um bip-bip, o que serve para alertar o pesquisador de que naquele local pode existir algo estranho e que algum tipo de fenômeno ocorreu nas proximidades. A passagem próxima de um OVNI é uma possibilidade que não deve ser descartada. Como o consumo do aparelho é muito baixo, mesmo sendo alimentado por pilhas, ele pode ser mantido ligado por longos intervalos, monitorando eventos em locais suspeitos. O consumo maior só ocorre durante os toques, mas mesmo assim, um jogo de pilhas em funcionamento ininterrupto deve durar vários dias. Outra característica importante do detector é que ele não possui ajustes, o que facilita bastante seu uso. Como Funciona Começamos por mostrar aos leitores o diagrama completo do detector na figura 40. O sensor consiste numa bobina que deve ter o maior número de espiras possível para se obter uma grande sensibilidade. Nossa sugestão é aproveitar uma bobina de transformador fora de uso, que pode ter mais de 10 000 espiras no enrolamento primário, o que proporciona uma excelente sensibilidade. Para aumentar ainda a mais esta sensibilidade vamos colocar no interior dessa bobina um bastão de ferrite, conforme mostra a figura 41. A finalidade deste bastão de ferrite é concentrar as linhas de força de um campo magnético que deva ser detectado. Quando um campo magnético variável corta as espiras da bobina uma tensão é induzida, sendo amplificada por um amplificador operacional do tipo LM339. Este amplificador possui um ganho elevadíssimo, aumentando em milhares de vezes a tensão induzida, a ponto de comutar. Com esta comutação, que leva sua saída a ter por um instante uma tensão positiva, o diodo D1 conduz e com isso o capacitor C1 carrega-se. A carga do capacitor faz com que os dois osciladores formados pelas portas NAND de um circuito integrado 4093 disparem. O primeiro oscilador gera um tom de áudio determinado em frequência pelos componentes R5 e C2, enquanto que o segundo oscilador gera pulsos de intermitência determinados por C3 e R6. Os leitores podem alterar estes componentes de modo a obterem tom e intermitência do sinal de alarme da forma desejada. Tom e intermitência são combinados nas outras duas portas do circuito integrado, de modo a se obter um sinal que possa ser reproduzido por um transdutor. Este sinal, que consiste em bip-bips, é reproduzido no transdutor cerâmico X2. Na figura 42 damos uma ideia de como o aparelho ficará depois de pronto. Montagem A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso para esta montagem é dada na figura 43. Será conveniente montar os circuitos integrados em soquetes, principalmente se o leitor for pouco experiente no trato desses componentes. Os resistores são de 1/8 W e os capacitores eletrolíticos devem ter tensões de trabalho de pelo menos 6V, se esta for a tensão usada na alimentação. Se for usada bateria de 9 V a tensão de trabalho dos capacitores deve ser de pelo menos 12 V. Os demais capacitores são cerâmicos ou de poliéster e o diodo é de uso geral, admitindo equivalentes. O transdutor X2 pode ser qualquer um do tipo cerâmico de alta impedância, inclusive uma cápsula de microfone. Veja que transdutores de baixa impedância não podem ser usados nesta aplicação. A bobina sensora X1 pode ser aproveitada de um transformador de alimentação com enrolamento primário de 110 V ou 220 V e qualquer secundário de 5 a 12 volts com correntes de 50 mA a 500 mA. Desmontando este transformador, conforme mostra a figura 44, podemos retirar o carretel, e com isso fixar no seu interior o bastão de ferrite (use cola para esta finalidade). Os terminais do enrolamento que devem ser usados são os de alta tensão que correspondem aos fios de capa plástica e não aos fios esmaltados. Esta bobina deve ser fixada preferencialmente de modo que as pontas do bastão fiquem para fora da caixa, captando melhor os campos magnéticos. Veja queé importante não usar transdutores magnéticos como um alto-falante neste tipo de circuito, pois dada sua sensibilidade ele pode provocar uma realimentação causando o disparo errático. Prova e Uso Para provar o aparelho basta ligar sua alimentação. Se houver o disparo errático e ele não parar, afaste-o de qualquer equipamento eletrônico ligado ou de linhas de fornecimento de energia. Se mesmo assim o disparo persistir, leve-o para longe de casa. Se o aparelho parar, então estará caracterizado um excesso de sensibilidade que pode ser diminuído pela redução de valor do R3. Para testar o funcionamento, caso não ocorra o disparo nas condições indicadas, pegue um pequeno ímã e movimente-o rapidamente nas proximidades da bobina sensora. Deve haver o toque do alarme. Aproximando o detector de aparelhos eletrônicos que operem com campos magnéticos intensos, como televisores, motores e outros, deve haver o disparo. Em alguns casos até a simples aproximação do aparelho de fios de uma instalação elétrica pode provocar o disparo. Leve em conta tudo isso ao usar o aparelho. Ele deve ficar longe de dispositivos que possam causar um falso alarme como, por exemplo, linhas de transmissão de energia, aparelhos eletrônicos, ímãs que possam ser movimentados inadvertidamente, etc. O leitor também vai perceber que uma descarga atmosférica forte pode causar o disparo do aparelho, principalmente na condição de máxima sensibilidade. Se o leitor desejar acrescentar um controle de sensibilidade pode substituir o resistor R3 por um potenciômetro de 10 M ohms em série com um resistor de 1 M ohms. Para alterar a duração do toque do alarme, basta alterar o valor de C1 , que pode ter valores entre 1 uF e 100 uF. Para usar, procure a posição da bobina (vertical ou horizontal) que resulte na melhor sensibilidade sem que, no entanto, ocorra o disparo com fontes de interferência magnética que sejam identificadas. O aparelho pode ser mantido ligado por longos intervalos. Lista de Material Semicondutores CI-1 - LM339 ou equivalente – comparador de tensão quádruplo CI-2 - 40938 - circuito integrado C-MOS D1 - 1N4148 - diodo de silício Resistores (1/8 W, 5%) R1 e R2 - 10 k ohms - (marrom, preto, laranja) R3 - 22 M ohms ou 20 M ohms - (vermelho, vermelho, azul) R4 - 100 k ohms - (marrom, preto, amarelo) R5 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja) R6 - 1 M ohms - (marrom, preto, verde) Capacitores C1 - 10 uF/6 V - eletrolítico C2 - 47 nF - cerâmico ou poliéster C3 – 1 uF/ 6 V - eletrolítico C4 - 10 uF/6V – eletrolítico Diversos X1 - bobina sensora - ver texto X2 - transdutor cerâmico - ver texto S1 - interruptor simples B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas (ou bateria de 9 V) Placa de circuito impresso, transformador para retirar a bobina do sensor, etc. Projeto 4 - Relé de Luz Detector de OVNIs Este projeto é importante pois pode disparar um sistema de alarme, acionar uma câmera de vídeo ou mesmo disparar uma máquina fotográfica quando um pulso de luz incidir no sensor. O tempo de acionamento do dispositivo controlado depende do valor de R3 e C2, podendo ser ajustado desde alguns segundos até mais de 15 minutos. Deixando o sensor apontado para o céu ou ainda para um local suspeito, quando houver a manifestação de algum fenômeno luminoso ocorrerá o seu disparo com o acionamento de um dos sistemas indicados. O circuito na condição de espera tem um consumo muito baixo, podendo ficar ligado a noite inteira. No entanto, nada impede que ele seja alimentado a partir da rede de energia com uma fonte apropriada. O relé usado pode controlar cargas de até 10 ampères, o que significa automatismos de alta potência ligados diretamente na rede de energia. Na figura 45 mostramos como o aparelho pode ser ligado a uma câmera de vídeo, de modo a registrar automaticamente imagens num local a partir do momento em que ocorra o acionamento pelo foco de luz detectado. Outra possibilidade interessante é acoplar a saída do circuito a uma lâmpada potente, que piscaria em resposta a eventuais sinais enviados por uma fonte distante. Isso pode ser feito com as ligações mostradas na figura 46. Trata-se de uma possibilidade interessante para se tentar um contacto com os OVNI. Como Funciona Na figura 47 damos o diagrama completo do detector. O sensor deste aparelho é um LDR (foto-resistor) cuja resistência diminui com a luz incidente. O sensor usado possui excelente sensibilidade, mesmo sem a utilização de recursos ópticos. No entanto, sua sensibilidade pode ser aumentada colocando-o num tubo com uma lente convergente, ou ainda num refletor parabólico posicionado de forma apropriada. O ajuste da sensibilidade é feito pelo potenciômetro P1, de modo a compensar a luz de fundo ou eventuais interferências luminosas que possam estar presentes e que possam causar um disparo errático. Quando um pulso de luz incide no LDR sua resistência diminui e o transistor Q1 conduz, fazendo com a tensão em seu coletor abaixe. A redução da tensão faz com que a entrada de disparo do circuito integrado 555 mantida no nível alto pelo resistor R2, caia a um valor suficientemente baixo para que ele comute. Nestas condições a saída do circuito integrado vai ao nível alto por um intervalo de tempo que depende de R3 e C2. O tempo máximo recomendado se obtém com um capacitor de 1 500 uF e um resistor de 22 Mohms caso em que nos aproximamos de meia hora. Com a saída do circuito integrado indo ao nível alto, o transistor Q2 satura e com isso energiza a bobina do relé, que fecha seus contatos. A carga do relé pode ser qualquer aparelho ligado inclusive na rede de energia, já que estes contatos são isolados. Na condição de contatos fechados o consumo do aparelho sobe para algo em torno de 100 mA o que significa um desgaste algo rápido das pilhas. Assim, para um funcionamento em que os tempos de acionamento sejam maiores, será interessante usar fonte de alimentação em lugar de pilhas. Na figura 48 damos uma sugestão de fonte de alimentação que pode ser usada neste aparelho. O transformador para a fonte tem enrolamento primário de acordo com a rede de energia e secundário de 9 + 9 V com 300 a 500 mA. O regulador de tensão deve ser dotado de um pequeno radiador de calor. Montagem A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 49. Para os leitores menos habilidosos recomendamos a utilização de soquete para o circuito integrado. O relé pode ser de qualquer tipo para 6 volts com corrente máxima de disparo de 100 mA. Se for usado um relé com base diferente da indicada a placa de circuito impresso deve ser modificada. O LDR é do tipo redondo comum e eventualmente pode ser montado num tubinho com uma lente convergente, de modo a se obter maior diretividade e sensibilidade. A montagem num tubo também impede que fontes espúrias de luz incidam lateralmente afetando tanto a sensibilidade como podendo provocar o disparo errático. P1 é um potenciômetro comum de ajuste e seu valor não é crítico. Valores maiores proporcionam um ajuste mais fácil nas condições de menor iluminação, quando então temos mais sensibilidade. Os capacitores eletrolíticos devem ter tensões mínimas de trabalho de 6 V e C2 pode ser alterado em função do tempo de disparo desejado. O diodo é de uso geral e admite equivalentes. Para as pilhas recomendamos o uso de tipos médios ou grandes, dado o consumo maior na condição de disparo do relé. Deve ser usado um suporte apropriado e a polaridade na ligação deve ser observada, pois se for feita a inversão, o aparelho não funcionará. O conjunto pode ser montado numa pequena caixa plástica com o LDR do lado externo. Para a ligação do aparelho controlado pode ser usada uma ponte de terminais com parafusos. Na figura 50 mostramos como deve ser feita a ligação de um aparelho controlado por este dispositivo. Prova e Uso Para provar o aparelho ligue nos contatos do reléqualquer aparelho que possa ser controlado, por exemplo, uma lâmpada comum ou mesmo um eletrodoméstico. Depois coloque P1 na posição de menor sensibilidade (com menor resistência) e ligue a unidade acionando 81. Não deve ocorrer o disparo. Se ocorrer, aguarde, pois no final do tempo programado o relé deve desligar. O LDR deve estar no escuro, coberto por algum tipo de objeto que não deixe luz incidir em sua superfície. Depois disso, abra gradualmente o controle de sensibilidade até ser obtido o disparo. Quando isso ocorrer, volte ligeiramente o ajuste e espere até que o relé desligue. Será interessante fazer os testes com um valor de C2 baixo para que os tempos de espera sejam menores. Descobrindo o LDR de modo a incidir luz, deve haver o disparo do relé pelo tempo esperado. Para usar proceda da seguinte forma: a) Leve o aparelho até o local em que deve monitorar eventuais pulsos de luz; b) Nas condições de luz em que ele vai funcionar ligue a unidade e ajuste P1 para que o circuito permaneça no limiar do disparo. Isso é obtido abrindo-se P1 até o disparo e depois voltando-se um pouco até que ele não dispare mais; c) Deixe o aparelho nestas condições monitorando a luz do ambiente desejado. Lista de Material Semicondutores Cl-1 - 555 - circuito integrado timer Q1, Q2 - BC547 - transistores NPN de uso geral D1 - 1N4148 - diodo de uso geral Resistores (1/8 W, 5%) R1 - 22 k ohms - (vermelho, vermelho, laranja) R2 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja) R3 - 1 M ohms - (marrom, preto, verde) R4 - 1,5 k ohms - (marrom, verde, vermelho) P1 - 1 M ohms – potenciômetro LDR - loto-resistor redondo de 1 ou 2,5 cm - ver texto Capacitores C1 - 10 uF/6V - eletrolítico C2 - 100 uF/6V - eletrolítico C3 - 470 uF/6V – eletrolítico Diversos K1 - interruptor simples B1 – 6 V - 4 pilhas médias ou grandes Placa de circuito impresso, soquete para o circuito integrado, suporte para pilhas, caixa para montagem, botão para o potenciômetro, fios, solda, etc. Projeto 5 - Detector de Calor O projeto que descrevemos & seguir não é um termômetro, mas sim um dispositivo que pode detectar leves aquecimentos de objetos ou locais, numa escala que não pode ser obtida pelos nossos sentidos. Em suma, este circuito permite detectar se um objeto está ou não levemente aquecido, o que pode indicar, por exemplo, um local de pouso de um OVNI ou alguma manifestação de fenômeno associado. O que temos é um indicador de variação térmica bastante sensível e que pode ser usado em pesquisa de campo. Na figura 51 temos o modo de se usar o sensor na verificação de um aquecimento (talvez pela presença de material radioativo) num local de pouso de um OVNI. O circuito funciona com pilhas e sua durabilidade é muito longa, já que o consumo é muito baixo. Outra possibilidade de uso para este aparelho consiste na verificação de variações de temperatura em objetos ou aparelhos que tenham sofrido influências desconhecidas da passagem de um OVNI e que apresentem algum tipo de comportamento suspeito. Como Funciona Na figura 52 temos o diagrama completo do detector de variação de temperatura. O circuito consiste basicamente numa ponte de Wheatstone em que num dos ramos colocamos um sensor e no meio um instrumento indicador. Zerando o instrumento na temperatura ambiente, quando ocorrer uma variação de temperatura no sensor o instrumento indicador vai demonstrar isso com o movimento de sua agulha. O deslocamento do ponteiro para a direita indique um aumento da temperatura no local em relação à ambiente e um deslocamento para a esquerda indique uma queda de temperatura. Quanto maior for o desvio da agulha do instrumento, maior será a variação da temperatura. Um ponto importante a ser considerado neste tipo de aparelho é a chamada prontidão do sensor. Demora algum tempo até que o sensor atinja a temperatura do local, o que significa que o pesquisador deve esperar um pouco para verificar se o ponteiro se move ou não. Este tempo de espera vai depender do tamanho do sensor, podendo variar entre 30 segundos e alguns minutos, tipicamente. Montagem Na figura 53 temos o aspecto da montagem. Como se trata de circuito muito simples não será necessário usar placa de circuito impresso. Os componentes principais são soldados numa ponte de terminais. O instrumento indicador pode ser tanto um miliamperímetro de O a 1 mA como um microamperímetro sensível de zero no centro, como os usados para indicar o estado da bateria em muitos aparelhos eletrônicos. Na verdade, o leitor pode economizar muito se aproveitar este instrumento de algum aparelho fora de uso. Os resistores são de 1/8 W ou maiores e para as pilhas deve ser usado um suporte apropriado. O NTC pode ser de qualquer tipo com valores entre 5 k ohms e 100 k ohms. O importante é que o potenciômetro de ajuste tenha a mesma ordem de valor da resistência do NTC na temperatura ambiente. Muitos televisores antigos usam NTCs para controlar os seus circuitos em função da temperatura. Com sorte, o leitor pode obter um NTC de graça num desses aparelhos que esteja fora de uso. Outra possibilidade para os que desejam ter um circuito extremamente sensível na detecção de variações de temperatura consiste em se usar um NTC termométrico, que tem a aparência mostrada na figura 54. Este sensor tem uma prontidão muito grande e sua capacidade térmica, sendo muito pequena, permite detectar variações de temperatura em objetos muito pequenos pelo simples contacto. Prova e Uso Para provar o aparelho basta ligar sua alimentação em S1 e ajustar P1 até que a agulha do instrumento indicador vá até o centro da escala. Depois, segurando entre os dedos o sensor, a agulha deve movimentar-se, indicando uma elevação da temperatura. Se não for conseguido o ajuste de nulo, ou seja, a agulha não for ao centro da escala, ou você troca o potenciômetro por um de maior valor ou troca R3 por um resistor de maior valor. Para usar, o procedimento é o seguinte: a) Ligue a alimentação do aparelho acionando S1 b) Ajuste P1 até que a emitia do instrumento vá ao centro da escala: c) Encoste o sensor no local em que se deseja verificar a temperatura em relação ao ambiente; d) Observe a movimentação do ponteiro indicador. Numa pesquisa de campo tenha em mente que o leve aquecimento de um local pode ser indicativo da presença de radioatividade. Evite permanecer no local por muito tempo se ocorrer este tipo de indicação, até que seja possível comprovar o fato com um medidor de radiação. Lista de Material Resistores (1/8 W, 5%) R1, R2 e R3 - 1 k ohms - (marrom, preto, vermelho) P1 - 10 k ohms - potenciômetro NTC - termistor ou resistor com coeficiente negativo de temperatura de 5 k ohms a 100 k ohms - ver texto Diversos M1 - 1 mA - miliamperímetro - ver texto S1 - interruptor simples B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas Caixa para montagem, suporte para as pilhas, ponte de terminais, fios, solda, etc. Projeto 6 - Pesquisador Sonoro de Campos Magnéticos O aparelho que descrevemos possibilita a audição de campos magnéticos variáveis que são transformados em som num fone de ouvido. Assim, quando aproximamos a bobina exploradora de qualquer dispositivo que produza campos magnéticos variáveis, podemos “ouvir” estes campos na forma de sons, o que facilita sua identificação e até uma eventual gravação. De fato, numa pesquisa de campo pode-se ligar a saída de fone do aparelho na entrada de um gravador para se registrar os sinais captados. Com isso, a fita pode ser posteriormente analisada com mais tempo para se determinar a origem dos sinais gravados. Um ponto importante deste aparelho é que ele pode servir para se identificar e diferenciar os campos de origem natural ou produzidos pelo homem, como os das linhas de energia, de eventuais campos de causas desconhecidas, eventualmente associados ao aparecimento de OVNI. O aparelho é alimentado por pilhas comuns e tem excelente rendimento. As pilhas têm boa durabilidade,
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