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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FACULDADE DE MEDICINA 
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA 
 
TERESINHA BRITO 
FUNÇÕES CORTICAIS 
TEORIA LOCALIZACIONISTA SOBRE AS FUNÇÕES MENTAIS NO CÉREBRO 
FUNÇÕES CORTICAIS - HISTÓRICO 
FRANZ J. GALL (1758-1822) - médico e neuroanatomista 
austríaco, foi o primeiro “localizacionista” de funções 
cerebrais. Sugeriu um mapa frenológico que indicariam a 
localização de diferentes faculdades no cérebro. Achava 
que a conformação do crânio tinha correlação como 
desempenho de determinadas faculdades. 
FUNÇÕES CORTICAIS - HISTÓRICO 
PAUL BROCA (1824 - 1880) - médico e anatomista francês, foi o primeiro a 
descrever uma correlação positiva entre sintomas e lesão cerebral. Mostrou 
que a afasia motora está associada à lesão do terço posterior do giro frontal 
esquerdo inferior e sugeriu que essa área é o “centro para as imagens motoras 
das palavras” e que a sua lesão causa, invariavelmente, esse tipo de afasia. 
 
KARL WERNICKE (1848-1905)- psiquiatra alemão, mostrou 
que a lesão no terço posterior do giro temporal superior 
esquerdo causava um tipo de afasia do tipo sensorial. O 
paciente não compreendia as palavras faladas. 
 
KARL KLEIST ( 1879 - 1960) - descrição de uma série de 
sintomas causados por ferimentos a bala em diferentes 
regiões cerebrais. 
FUNÇÕES CORTICAIS - HISTÓRICO 
HUGHLINGS JACKSON (1835 - 1911) - se opôs a tendência localizacionista 
estrita defendendo a ideia de que a organização dos processos mentais 
complexos depende de vários níveis de processamento. Seus seguidores 
propuseram a ideia de que não depende de uma única área estrita mas do 
conjunto da atividade cerebral. 
ALEKXANDR R LURIA (1902 – 1977): A partir do estudo psicológico de pacientes com 
lesões cerebrais locais, Luria descreveu o cérebro como um sistema complexo formado 
por unidades funcionais. Haveria três SISTEMAS FUNCIONAIS básicos que trabalham 
juntos: 
 Unidade para regular o tônus ou a vigília 
 Unidade para obter, processar e armazenar informações 
 Unidade para programar, regular e verificar a atividade mental 
Organização cortical e hierárquica: 
 Áreas Primárias (projeção): recebem impulsos da periferia ou os enviam para ela; 
 Áreas secundárias (de projeção-associação) cujas informações são processadas ou 
programadas; 
 Áreas terciárias (ou de sobreposição) realizam as funções integrativas. 
REVISANDO... 
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SISTEMA 
NERVOSO 
 Integração do ser com o meio ambiente; 
 Controle e coordenação das funções de todos os sistemas do 
organismo; 
 Interpretar estímulos, organizar e ordenar ações e respostas; 
 Controla atos voluntários (conscientes) e involuntários 
(inconscientes); 
 Organizar respostas comportamentais; 
 Controle do meio interno (relação com o sistema endócrino); 
 Responsável pela cognição, memória e aprendizado. 
SISTEMA NERVOSO 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: 
localizado dentro do esqueleto axial 
(cavidade craniana e canal vertebral) 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: 
localiza-se fora deste esqueleto 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
PROCESSA AS INFORMAÇÕES DO AMBIENTE 
E ORGANIZA RESPOSTAS - 100 BILHÕES DE 
NEURÔNIOS 
 ENCÉFALO 
 MEDULA ESPINHAL 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
Kandel, 2014 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
Silverthorn, 2010 
parietal 
temporal 
 
ENCÉFALO 
 
Substância cinzenta 
Substância branca 
As áreas corticais correspondentes de ambos os 
lados são interconectadas por comissuras e pelo 
corpo caloso. 
 Substância Cinzenta: corpos de neurônios 
 Substância Branca: fibras mielínicas – vias que 
os impulsos percorrem – se organizam em 
tratos e fascículos. 
 
ENCÉFALO 
 
REGIÃO REGIÃO FUNÇÃO FUNÇÃO 
FUNÇÕES DO ENCÉFALO 
Silverthorn, 2010 
FUNÇÕES CORTICAIS SUPERIORES 
 Córtex cerebral é a fina camada de substância cinzenta que 
reveste o centro branco medular do cérebro; 
 Trata-se de uma das partes mais importantes do sistema 
nervoso; 
 Nele chegam impulsos provenientes de todas as vias da 
sensibilidade que lá se tornam conscientes e são 
interpretadas; 
 Saem os impulsos nervosos que iniciam e comandam os 
movimentos voluntários e com ele estão relacionados os 
fenômenos psíquicos. 
CÓRTEX CEREBRAL 
Projeção sensorial e Cognição 
Planejamento e iniciação de 
movimentos voluntários 
Compreensão e expressão da 
linguagem 
Processos mentais complexos 
(pensamento, raciocínio) 
Memória e Aprendizagem 
Experiências emocionais e 
motivacionais 
 
PRINCIPAIS FUNÇÕES CORTICAIS 
 
DIVISÃO FILOGENÉTICA DO CÓRTEX CEREBRAL 
 
 
A palavra vem do Latim: cortiça (lâminas) 
Neocórtex: envolve a maior parte do encéfalo (90% do 
córtex de humanos) – tem seis camadas 
Paleocórtex: córtex mais antigos – diencéfalo e parte do 
parietal 
Arquiocórtex: área mais antiga do córtex – olfato é a única 
informação sensória designada ao arquiocórtex (não passa 
pelo tálamo) 
CITOARQUITETURA DAS CAMADAS 
CORTICAIS 
O corpos celulares dos neurônios corticais estão sempre arranjados em camadas 
ou lâminas, maioria situadas paralelamente à superfície do encéfalo. 
Camada I – camada molecular tem poucos 
corpos neuronais 
Neurônios para transferência de informações 
II (mesmo hemisfério) e III (hemisférios 
diferentes) 
Camada IV – informações que chegam do 
tálamo 
Camada VI (camada multiforme) - fibras corticais eferentes, que se dirigem para os 
núcleos do tálamo 
A partir da camada V – projeções para 
estruturas subcorticais 
CITOARQUITETURA DAS CAMADAS 
CORTICAIS 
CITOARQUITETURA DAS CAMADAS CORTICAIS 
Áreas de Brodmann (52) 
 ÁREAS CITOARQUITETURAIS, ORGANIZAÇÃO DAS CÉLULAS 
Mapa citoarquitetônico de Brodmann 
CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
Silverthorn, 2010 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
ENCÉFALO FUNCIONANDO 
Silverthorn, 2010 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
ÁREAS DE PROJEÇÃO (ÁREAS PRIMÁRIAS) 
Recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com 
a sensibilidade e com a motricidade 
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO 
Não se relacionam diretamente com a motricidade ou com a sensibilidade 
Recebem e analisam sinais a partir de múltiplas regiões do córtex 
Podem ser: 
 ÁREAS SECUNDÁRIAS (áreas unimodais) 
 Indiretamente relacionadas com uma determinada modalidade sensorial ou com a 
motricidade 
 Conectam-se com as áreas primárias de mesma função 
 ÁREAS TERCIÁRIAS (áreas supramodais) 
 Não se ocupam do processamento motor ou sensitivo 
 Atividades psíquicas superiores (memória, processos simbólicos, pensamento 
abstrato) 
 Conexões com áreas unimodais ou com outras áreas supramodais 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX CEREBRAL 
ÁREAS PRIMÁRIAS 
ÁREAS ASSOCIATIVAS 
 SECUNDÁRIAS 
ÁREAS ASSOCIATIVAS 
TERCIÁRIAS 
 ÁREA MOTORA 
 Córtex Motor Primário 
 ÁREAS SENSORIAIS 
 Córtices sensoriais primários: somestésico, 
visual, auditivo, gustativo, olfativo. 
 ÁREA DE ASSOCIAÇÃO SENSORIAL 
 Área somestésica secundaria 
 Área visual secundaria 
 Área auditiva secundaria 
 Área de Wernicke 
 ÁREA DE ASSOCIAÇÃO MOTORA 
 Área motora suplementar 
 Área pré-motora 
 Área de Broca 
 Área pré-frontal 
 Área parieto-occipitotemporal 
 Área de associação límbica 
Localização das principais áreas de associação do córtex cerebral, mostradas em relação 
às áreas motoras e sensoriais primárias e secundárias. 
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO 
As áreas corticais envolvidas com a percepção são mais amplas que as regiões primárias, e ficaram 
conhecidas pelo termo impreciso “áreas associativas”. As lesões que ocorrem nelas produzem as 
agnosias, distúrbios da percepção que atingem a visão, a audição, a sensibilidade a respeito do corpo e 
do ambiente externo. 
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO 
 Lent, 2010 
Mapa das áreas funcionais específicas no córtexcerebral, mostrando especialmente as 
áreas de Wernicke e de Broca para compreensão da linguagem e produção da fala, as quais, 
em 95% de todas as pessoas, estão localizadas no hemisfério esquerdo. 
FUNÇÕES DAS ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO 
ESQUERDO: responsável pelo pensamento lógico 
"A chuva é a água evaporada dos mares e rios que se 
condensa nas nuvens e cai na terra.“ 
 
DIREITO: responsável pela criatividade. “Ah, ah, as nuvens 
estão espirrando!" 
 
ASSIMETRIA FUNCIONAL DO CÓRTEX 
 A descoberta de que as áreas da 
linguagem situavam-se no hemisfério 
esquerdo gerou o conceito de hemisfério 
dominante; 
 Hoje sabe-se que o hemisfério direito é 
mais desenvolvido em outras funções e 
esse conceito de dominância não possui 
mais sentido; 
 A assimetria funcional é uma 
característica das áreas de associação. 
A assimetria relaciona-se apenas 
as áreas corticais associativas 
 
OS DOIS HEMISFÉRIOS 
CEREBRAIS SÃO 
FUNCIONALMENTE 
ASSIMÉTRICOS 
 
Silverthorn, 2010 
Os hemisférios são especializados, o que 
significa que participam das mesmas 
funções de modo diferente. O conceito de 
especialização superou o conceito antigo de 
dominância, pelo qual um dos hemisférios 
faria tudo, sendo o outro uma “reserva 
técnica” coadjuvante. 
OS HEMISFÉRIOS NÃO SÃO IGUAIS 
O hemisfério esquerdo é melhor na 
realização mental de cálculos 
matemáticos, no comando da escrita e 
na compreensão dela através da leitura. 
O hemisfério direito, por outro lado, é 
melhor na percepção de sons musicais e 
no reconhecimento de faces. 
 Lent, 2010 
 
ESPECIALIZAÇÕES HEMISFÉRICAS 
 
Quando os painéis à esquerda (em 
bege) são apresentados para 
pacientes com grandes lesões 
hemisféricas copiarem, os que têm 
lesões direitas (hemisfério esquerdo 
funcionante) copiam os detalhes mas 
perdem a forma global (painéis do 
meio). O contrário ocorre com os 
pacientes com lesões esquerdas 
(hemisfério direito funcionante, 
painéis à direita). 
 Lent, 2010 
O lado direito do seu cérebro tenta dizer a cor, mas o lado esquerdo insiste 
em ler a palavra 
 Análise das coordenadas espaciais de todas as partes 
do corpo e do meio circundante (lesão- perde o 
reconhecimento de que tem o lado oposto do 
corpo-assomatognosia) 
 Área de Wernicke- Compreensão da linguagem, 
inteligência 
 Lesão- incapacidade de dispor as palavras em um 
pensamento coerente, pode ler, mas não reconhece 
o pensamento alí contido, dificuldade na 
compreensão da linguagem, a fala é fluente , mas faz 
pouco sentido. (afasia de Wernicke), Estimulação- 
induz pensamentos (cenas visuais complicadas, 
alucinações auditivas) 
 Giro angular- Processamento visual das palavras 
 Dislexia- dificuldade na leitura e na escrita. 
Os pacientes com lesão da área 
de Wernicke apresentam 
distúrbios de compreensão da fala 
Afasia de compreensão 
(ou Afasia de Wernicke) 
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO PARIETO-OCCIPTOTEMPORAL 
 Lent, 2010 
ASSOMATOGNOSIA- SÍNDROME DE INDIFERENÇA 
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO PARIETO-OCCIPTOTEMPORAL 
Desenhos de um paciente com a síndrome de indiferença. O paciente copia apenas o lado 
direito dos modelos, ignorando quase tudo que está à esquerda. 
 Lent, 2010 
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO PARIETO-OCCIPTOTEMPORAL 
Anton Raederscheidt pintor alemão que 
sofreu um AVC que causou uma lesão no 
lobo parietal direito, cujos sintomas 
foram revelados em suas obras. 
 Em seus auto-retratos, o artista 
documentou a evolução da sua 
própria síndrome de indiferença 2 
meses após o acidente neurológico 
(A), 3,5 meses depois (B), 6 
meses depois (C ) e 9 meses 
depois (D). 
 Lent, 2010 
ASSOMATOGNOSIA- SÍNDROME DE INDIFERENÇA 
Áreas de reconhecimento facial localizadas na face inferior do cérebro na região medial 
dos lobos occipital e temporal. 
LESÃO- PROSOFENOSIA 
 
ÁREA DE RECONHECIMENTO DA FACE 
OCCIPITAL ANTEROLATERAL E TEMPORAL POSTERIOR 
 
Os pacientes com lesão da área de Broca 
apresentam distúrbios de expressão da fala Afasia de expressão (ou Afasia de Broca) → sem 
déficits motores propriamente ditos, torna-se 
incapaz de falar, ou apresenta uma fala não 
fluente, restrita a poucas sílabas ou palavras 
curtas sem verbos 
 
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO PRÉ-FRONTAL 
 
 Planejamento de movimentos complexos e 
elaboração de pensamentos 
 ÁREA DE BROCA → Formação da palavra 
 Intima associação com a área de Wernicke 
 A área de Broca situa-se anteriormente a área 
motora primária que controla a face, lábios e a 
língua 
 É responsável pela EXPRESSÃO da linguagem 
falada. Aqui as palavras a serem pronunciadas 
serão formadas 
 Lent, 2010 
PROCESSAMENTO CEREBRAL DA LINGUAGEM 
FALADA E VISUAL 
Silverthorn, 2010 
FUNÇÕES INTELECTUAIS SUPERIORES DA ÁREA 
PRÉ-FRONTAL 
LOBOTOMIA PRÉ-FRONTAL (PACIENTES COM DEPRESSÃO PSICÓTICA GRAVE) 
 Incapacidade de resolver problemas complexos 
 Perdem objetivos, ambição 
 Incapacidade de executar várias tarefas simultaneamente 
 Perdem agressividade 
 Perda de conceitos morais (sexo, excreção) 
 Labilidade de humor (doçura para raiva, excitação para loucura) 
 Falam e compreendem a linguagem, mas não acompanham pensamentos 
complexos 
 Realizam funções motoras sem objetivo 
 Incapacidade de elaboração do pensamento (distração) 
 Perda do pensamento crítico 
Caso clássico: Phineas Gage em 
1848 era capataz de construção de 
ferrovia nos EUA, socava dinamite 
em um buraco com um soquete 
(tipo de pilão) de ferro. Por uma 
explosão acidental, o soquete se 
alojou no lado esquerdo da parte 
frontal do crânio, após breve 
desmaio, recobrou consciência 
normal, com sentidos e 
movimentos preservados 
Mudança de personalidade: não 
era mais ele mesmo → 
indeciso, arrogante, obstinado. 
LESÃO NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL 
 Lent, 2010 
 Comportamento 
 Emoções 
 Motivação 
 Memória 
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO LÍMBICA 
Silverthorn, 2010 
Representação das comissuras cerebrais 
vistas de baixo e “por transparência”. O 
corpo caloso e a comissura do hipocampo 
estão cortados longitudinalmente em ambos 
os lados, para facilitar a compreensão. 
Muitas fibras que trafegam na comissura do 
hipocampo na verdade não cruzam, mas 
formam o fórnix em cada lado. A comissura 
anterior tem um ramo anterior que conecta os 
bulbos olfatórios. 
As áreas corticais correspondentes de ambos os lados são interconectadas por 
comissuras e pelo corpo caloso 
CONEXÃO INTER-HEMISFÉRICA 
 Lent, 2010 
FUNÇÃO DO CORPO CALOSO E DA COMISSURA 
ANTERIOR 
Conectar as áreas corticais dos dois hemisférios 
 Corpo caloso → cooperação dos dois lados do hemisfério 
 Comissura anterior → unificação da resposta emocional dos 
dois lados do hemisfério 
Lesão 
Ex. secção do corpo caloso 
 A área de Wernicke dominante perde o controle sobre o córtex 
motor do lado oposto 
 Apresentam duas partes cerebrais conscientes totalmente separadas 
SÍNDROME DA DESCONEXÃO INTER-HEMISFÉRICA 
Incapacidade dos hemisférios de trocar informações 
Só o hemisfério esquerdo viu L, portanto, a paciente 
só consegue falar o que o hemisfério da linguagem 
viu. Mas como o hemisfério direito viu R e é ele que 
comanda a mão esquerda, a resposta nesse caso será 
diferente. 
No experimento que revelou a síndrome de 
desconexão inter-hemisférica, a paciente 
com o corpo caloso seccionado olha 
fixamente para uma tela (A) onde o 
pesquisador projeta estímulos muito 
breves (milissegundos). Depois (B), é 
solicitada a dizer oralmente o que viu, e 
apontar o mesmo com a mão esquerda. Por 
que as respostas são diferentes? 
 Lent, 2010 
COMO APRENDEMOS, LEMBRAMOS 
E ESQUECEMOS? 
“...a sua memória é a sua autobiografia, o 
repositório de suas vivências e sentimentos.” 
 Roberto Lent 
APREDIZAGEM E MEMÓRIA 
A memóriase refere ao mecanismo de armazenamento 
do que foi aprendido. É a capacidade que tem o homem e 
os animais de armazenar informações que possam ser 
recuperadas e utilizadas posteriormente. 
O aprendizado é o mecanismo neural pelo qual um 
indivíduo muda seu comportamento como resultado da 
experiência. É a aquisição do conhecimento. 
SISTEMAS DE MEMÓRIA 
Eventos 
externos 
Seleção 
Eventos internos (cognição, 
emoção, etc) 
Aquisição 
Seleção 
Retenção 
temporária 
Evocação e 
utilização 
Consolidação Retenção 
duradoura 
Esquecimento 
Comportamento 
A operação dos sistemas de memória pode ser esquematicamente representada por 
uma sequência de etapas, a partir da entrada de um evento novo, proveniente do 
ambiente externo ou mesmo da mente do indivíduo. 
 Lent, 2010 
Existem diferentes categorias de memória 
que vão nos mostrar que memorizar datas, 
nomes e lugares não é o mesmo que 
aprender a andar de bicicleta... 
QUANTO AO TEMPO DE RETENÇÃO 
TIPOS CARACTERÍSTICAS 
Ultra-rápida Dura fração de segundos a alguns segundos, memória 
sensorial 
Curta duração Dura minutos ou horas, garante o sentido de 
continuidade do presente 
Longa duração Dura horas, dias ou anos, garante o registro 
do passado autobiográfico e dos 
conhecimentos do indivíduo 
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA MEMÓRIA 
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA 
MEMÓRIA 
TIPOS MECANISMO DE FORMAÇÃO 
Ultra-rápida Atividade neural contínua ou acúmulo de 
cálcio na terminação pré-sináptica 
Curta duração Presença de neurônio facilitatório 
(serotonina) 
Longa duração Modificação estrutural nas sinapses 
- Aumenta a capacidade física para a liberação do 
neurotransmissor ou o número de vesículas 
- Aumenta o número de terminações pré-sinápticas 
QUANTO À NATUREZA 
TIPOS CARACTERÍSTICAS 
Explícita ou 
declarativa 
Pode ser descrita por meio de palavras e outros símbolos 
Evocar requer atenção consciente 
Implícita ou não 
declarativa 
 
Não pode ser descrita por meio de palavras 
Adquirida lentamente por repetição 
Evocar é automático e não requer atenção consciente 
Operacional ou 
memória de 
trabalho 
Permite o raciocínio e o planejamento do 
comportamento 
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA MEMÓRIA 
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA MEMÓRIA 
TIPOS CARACTERÍSTICAS 
De representação 
perceptual ou 
evocada por 
“dicas” 
Representa imagens sem significado conhecido, 
memória pré-consciente 
De procedimento Hábitos, habilidades e regras 
Associativa Associa dois ou mais estímulos (condicionamento 
clássico), ou um estímulo a uma certa resposta 
(condicionamento operante) 
Não associativa Atenua uma resposta (habituação) ou a aumenta 
(sensibilização) através da repetição de um mesmo 
estímulo 
TIPOS CARACTERÍSTICAS 
Episódica Tem uma referência temporal, memória de fatos 
sequenciados 
Semântica Envolve conceitos atemporais, memória cultural 
EXPLÍCITA OU 
 DECLARATIVA 
IMPLÍCITA OU 
NÃO 
DECLARATIVA 
TIPOS DE MEMÓRIA E SUBSTRATO NEURAL 
CORRESPONDENTE 
MEMÓRIA SUBSTRATO NEURAL 
Memória a curto prazo Córtex pré-frontal 
Memória explícita ou declarativa Lobo temporal medial, 
diencéfalo 
Memória evocada por “dicas” (Priming) 
 
Córtex occipital, temporal e 
frontal 
Aprendizado de tarefas motoras Corpo estriado 
Condicionamento clássico Cerebelo 
Condicionamento emocional Amígdala 
A memória é armazenada por todo o córtex cerebral em vias conhecidas 
como VIAS DA MEMÓRIA 
HIPOCAMPO 
 O hipocampo é uma estrutura essencial no processo de consolidação da 
memória (converter a memória a curto prazo em memória a longo 
prazo) 
 Associado ao lobo temporal medial faz conexões com amplas áreas 
corticais associativas (pré-frontal, parietal e as demais áreas anteriores e 
posteriores do lobo temporal) onde a memória de longo prazo fica 
armazenada. Além disso faz conexões com o diencéfalo (corpos 
mamilares hipotalâmicas e núcleos anteriores do tálamo) que também 
participa do processo de consolidação. 
 Lesões no hipocampo impedem a pessoa de construir novas memórias, 
mesmo que as memórias mais antigas anteriores à lesão permaneçam 
intactas. Incapacidade para codificar os acontecimentos do passado 
recente na memória de longo prazo 
 Refere-se à incapacidade parcial ou 
total de adquirir, reter e/ou evocar, em 
um momento posterior, informações 
previamente adquiridas 
AMNÉSIA 
 
 
 Amnésia anterógrada → não lembra memórias 
recentes 
 Amnésia retrógrada → não lembra memórias do 
passado 
 Amnésia dissociativa → esquece certos eventos ou 
uma parte do passado 
 Hiperminésia e incapacidade de esquecer → anomalia 
perceptual chamada sinestesia (capacidade de pensar 
limitada, porque não consegue ignorar detalhes) 
 
TIPOS DE AMNÉSIA 
 
 Fisiológica, amnésia senil benigna 
 Hipóxia, hipoglicemia 
 Doenças neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson) 
 Traumas ou tumores, convulsões, epilepsia 
 Demência alcoólica (Síndrome de Korsakoff) 
 Alterações cerebrovasculares 
 Depressão, mania, esquizofrenia 
 Induzida por drogas (benzodiazepínicos) 
PRINCIPAIS CAUSAS DA AMNÉSIA 
Não deixe de ler... 
De aorcdo com uma peqsiusa de uma 
uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em 
qaul odrem as Lteras de uma plravaa 
etãso, a úncia csioa iprotmatne é quea 
piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur 
crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana 
ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem 
pobrlmea. Itso é poqrue nós não 
lmeoscdaa Ltera isladoa, mas a plravaa 
cmoo um tdoo. 
Sohw de bloa! 
Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito... 
35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 
P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 
CONS3GU3 F4Z3R CO1545 
1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! 
NO COM3ÇO 35T4V4 M310 
COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 
M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO 
QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M 
PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? 
POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! 
SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5! 
DICAS PARA APRENDER BEM 
1) Leia muito (use o seu banco de dados pessoais, imagine, crie, pense) 
2) Repita as tarefas que está aprendendo e aprenda sempre coisas novas 
3) Avalie o que é essencial e importante (selecione) 
4) Cultive bem os seus relacionamentos interpessoais 
5) Descubra o que lhe dá prazer. E o que não dá e os evite! 
6) Durma bem (a privação de sono dificulta a compreensão e a consolidação) 
7) Faça exercícios aeróbicos 
Use muito o CÉREBRO, não só para estudar e ser um profissional 
competente, mas ser uma pessoa feliz e melhor! 
 SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5ª 
edição. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
 
 KOEPPEN, B.M., STANTON, B.A., Berne & Levy, Fisiologia. 6ª edição. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2009. 
 
 LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios? 2ª edição. Rio de Janeiro: Atheneu, 
2010. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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