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UniFG (IV Semestre) – Medicina 2020.2 Eveline Assunção A. V. dos Santos – Histologicamente o fígado é organizado em vários LÓBULOS (são unidades estruturais). Os lóbulos lembram hexágonos, pois possuem seis lados. Cada vértice desse hexágono vai possuir um ESPAÇO PORTA → CADA LÓBULO VAI CONTER 06 ESPAÇOS PORTA. Cada lóbulo hepático é formado por hepatócitos agrupados em forma de placas ou cordões, que são interconectados, formando assim uma MASSA POLIGONAL DE TECIDO. Entre os hepatócitos existem os sinusóides hepáticos. A comparação foi feita para demonstrar que no fígado de alguns mamíferos é possível observar a demarcação/ delimitação entre os lóbulos (no fígado suíno). Essa delimitação é formada por tecido conjuntivo, que une os espaços portas entre os lóbulos. No fígado HUMANO essa delimitação não é visível em microscopia; isso porque o tecido conjuntivo que forma essa delimitação é extremamente delicado e incompleto, isso possibilita que os lóbulos tenham contato, dificultando a caracterização em hexágono. Espaço porta = Tríade Portal: - Veia Porta - Ducto Biliar - Artéria hepática Legenda: EP: Espaço porta VC: veia central/ centro lobular UniFG (IV Semestre) – Medicina 2020.2 Eveline Assunção A. V. dos Santos Características gerais: • RAMO DA VEIA PORTA: Possui uma parede mais fina, formada por células epiteliais pavimentosas. Geralmente a veia encontra-se mais dilatada que a artéria e o ducto. • ARTÉRIA HEPÁTICA: Possui uma camada muscular mais espessa. Seu endotélio é pavimentoso. • DUCTO BILIAR: Formado por células cuboides, com núcleo bem redondo e evidente. Características gerais dos capilares Sinusóides: • São capilares dilatados e ramificados (se ramificam por todo tecido hepático). • Possuem poros ou fenestras, sendo importante para o metabolismo hepático. UniFG (IV Semestre) – Medicina 2020.2 Eveline Assunção A. V. dos Santos • As células endoteliais que formam o revestimento do sinusóide são descontínuas, o que possibilita que o fluxo sanguíneo seja lento. Com isso o suprimento sanguíneo e de nutrientes podem estar em contato com a célula hepática (hepatócito), para que esta realize suas atividades metabílicas. • Há presença de células de Kupffer (fagocitária/ macrófagos). 15% do conteúdo hepático. • Os sinusóides descarregam seu fluxo na veia central. Hepatócitos são células poliédricas; devido grande quantidade de mitocôndrias e alguns REL ao serem corados com hematoxilina ficam com uma característica eusinofílica. Sua superfície possui pouca vilosidade que só são perceptíveis em microscopia eletrônica. LEGENDA: Seta: Mostra as células endoteliais sustentadas por fibras colágenas - garantem sua sustentação. S: Sinusóides desembocando na veia central; H: Hepatócitos. UniFG (IV Semestre) – Medicina 2020.2 Eveline Assunção A. V. dos Santos O hepatócito une-se a superfície do sinusóide, entretanto fica um pequeno espaço: ESPAÇO DE DISSE. Nesse espaço encontra-se as células de ITO. Essas células armazenam vitamina A e são responsáveis pela síntese de matriz extracelular, fibra colágena, fibra reticular, que são responsáveis por suporte estrutural do fígado. Na junção de dois hepatócitos vai formar um CANALÍCULO BILIAR, que desembocará no ducto biliar. JUNÇÃO DE OCLUSÃO: É a junção que une os dois hepatócitos. Essa junção é firme e forma a BARREIRA HEMATOBILIAR que isola o lúmen do canalículo, para que não ocorra o extravasamento da bile, para que ela possa ser drenada até o ducto biliar. FLUXO DA BILE: Os canalículos biliares se organizam em rede até formarem os DUCTULOS BILIARES (CANAIS DE HERING), estes por sua vez desembocam no DUCTO BILIAR, indo para VESÍCULA BILIAR para ser armazenada. A bile é excretada da parte proximal (prox a veia central) até a periferia do lóbulo (distal). Ou seja é um FLUXO CENTRÍFUGO. UniFG (IV Semestre) – Medicina 2020.2 Eveline Assunção A. V. dos Santos A bile é drenada inversamente ao fluxo sanguíneo. Os ductos biliares intra-hepáticos vão se fundindo até formar ductos mais calibrosos: os ductos EXTRA - HEPÁTICOS. 75-80% do suprimento sanguíneo derivam da veia porta 20-25% do suprimento sanguíneo derivam da artéria hepática Diferente do fluxo da bile, o fluxo sanguíneo ocorre da periferia para o centro – CENTRÍPETO. UniFG (IV Semestre) – Medicina 2020.2 Eveline Assunção A. V. dos Santos Para melhor estudo histológico o fígado foi dividido em ácinos hepáticos. Essa divisão aborda posição que os hepatócitos ocupam em relação ao suprimento sanguíneo. Zona 1: mais oxigenada e melhor nutrida Zona 2: INTERMEDIÁRIA. Zona 3: menos oxigenada e pouca nutrição. Sofre com o alto teor de metabólitos excretados por outras zonas.
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