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RESOLUÇÃO 586 13, SOBRE PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA, COMENTADA

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Resolução 586/13, Sobre Prescrição 
Farmacêutica, Comentada 
Por Egle Leonardi. Postado m Varejo Farmacêutico 
 
 A Resolução 586, de 29 de agosto de 2013, é fundamental na medida em que 
permite ao farmacêutico prescrever medicamentos que, mesmo sendo limitados, 
resolvem a problemática de vários pacientes. Ela permite a esse profissional 
percorrer todo o processo, desde o recebimento do paciente, avaliação e 
prescrição, quando necessário. 
“Prescrever medicamentos não é apenas escrever o nome de um fármaco e sua 
respectiva posologia. É bem mais que isso: é necessário entender a condição 
do paciente (sua queixa) e avaliar se é realmente indicada uma terapêutica”, diz 
o professor do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado 
Farmacêutico, Nelson Belarmino. 
Com a Resolução, a atuação do profissional farmacêutico foi ampliada e abriu 
campo para o surgimento dos consultórios farmacêuticos, já que para exercer a 
prescrição é necessário, no mínimo, um espaço reservado, permitindo a assim 
a confidencialidade da avaliação. 
Para Belarmino, a partir da publicação da Resolução 586 o farmacêutico pode 
exercer o papel de profissional de saúde, inclusive prescrevendo medicamentos 
com orientações precisas, descritas em um receituário, e o melhor, de acordo 
com a legislação. 
“Ainda há uma incerteza de que um dia os farmacêuticos possam vir a prescrever 
antibióticos, o que atualmente não é autorizado. No entanto, com o 
conhecimento que os farmacêuticos têm, associado ao reconhecimento da 
população e de vários outros profissionais de saúde, acredito não estar longe de 
termos isso concretizado”, ressalta ele. 
Segue abaixo a Resolução 586/13, com todos os seus artigos na íntegra. Para 
facilitar o entendimento do leitor, nós estamos dispondo todas as explicações no 
decorrer do texto da norma, em negrito, logo após cada artigo em questão. Todos 
os comentários foram feitos pelo professor Belarmino. 
Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 
Art. 1º - Regulamentar a prescrição farmacêutica, nos termos desta resolução. 
Art. 2º - O ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do farmacêutico 
legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia de sua 
jurisdição. 
Entendemos por farmacêutico legalmente habilitado o profissional que cursou, 
concluiu e dispõe de diploma de graduação em Farmácia, em instituição de 
ensino superior que seja credenciada e reconhecida pelo Ministério da Educação 
(MEC). 
 
 
Quanto à jurisdição citada no Art. 2º, ela corresponde ao Estado da Federação, 
ou mesmo o Distrito Federal, onde esteja localizado o Conselho Regional de 
Farmácia (CRF), no qual o profissional está inscrito. 
Art. 3º - Para os propósitos desta resolução, define-se a prescrição farmacêutica 
como ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias 
farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado 
à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, e 
à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. 
Fica estabelecido como ato da prescrição farmacêutica a seleção e o registro 
das terapias farmacológicas e não farmacológicas que os farmacêuticos podem 
adotar. Além dessas terapias, os farmacêuticos podem realizar intervenções 
com cuidado na saúde do paciente, com foco na promoção, proteção, 
recuperação e ainda ações voltadas à prevenção de problemas relacionados à 
saúde. 
O surgimento da resolução 586 regulamenta a prática de prescrição via 
farmacêutico, uma vez que é de conhecimentos de todos que boa parte dos 
farmacêuticos e técnicos de farmácias já realizava essa atividade há muito 
tempo, pelo simples fato de ‘indicar’ um medicamento. 
Com a criação e posterior publicação desta Resolução, passa a ser definida a 
prática de prescrição farmacêutica o ato de o farmacêutico, selecionar e 
documentar o que, no passado, não era definido, pois o registro e a 
documentação do produto escolhido para o paciente ainda não era detectável. 
Atualmente é comum depararmos uma 
prescrição de um farmacêutico, elaborada 
tecnicamente, com o nome do 
medicamento, posologia, data e 
identificação do profissional, dentre outros. 
Parágrafo único - A prescrição farmacêutica de que trata o caput deste artigo 
constitui uma atribuição clínica do farmacêutico e deverá ser realizada com base 
nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, 
em princípios éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes. 
A realização da prescrição farmacêutica constitui uma atribuição clínica do 
profissional farmacêutico que, para realizá-la, precisa levar em consideração a 
real necessidade do paciente, não se esquecendo das evidências científicas e 
sempre de acordo como os princípios éticos, que balizam a profissão 
farmacêutica, assim como as políticas da saúde vigente. Dessa forma, é de 
extrema importância sempre termos como base principalmente a tríade: ética - 
necessidade do paciente - evidência científica. 
 
 
Art. 4º - O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes 
estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à 
saúde, desde que respeitado o princípio da confidencialidade e a privacidade do 
paciente no atendimento. 
Observamos que a prescrição farmacêutica pode ser executada em diversos 
estabelecimentos farmacêuticos, incluindo consultórios ou algum serviço de 
saúde, seja municipal ou mesmo estadual. 
O mais relevante desse artigo é a necessidade do ato ser realizado em ambiente 
que permita ao paciente uma total confidencialidade e privacidade, medida de 
extrema importância para um atendimento e imprescindível quanto à conduta por 
parte de um profissional de saúde. 
Art. 5º - O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros 
produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição 
médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - 
alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras 
categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo 
órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. 
Para os itens que podem ser prescritos pelos farmacêuticos legalmente 
habilitados, existe um elenco de medicamentos, assim como produtos que 
tenham a finalidade terapêutica e que não exijam prescrição médica. 
Estão incluídos nesse contexto medicamentos industrializados (aqueles 
produzidos em indústria em grande escala), preparações magistrais 
(medicamentos produzidos em farmácias e personalizado para cada paciente), 
alopáticos (medicamentos que induzem resposta contrária aos sintomas 
apresentados pelos pacientes) ou dinamizados (medicamentos preparados a 
partir de substâncias que são submetidas à trituração/diluição/agitação, que têm 
finalidade curativa ou preventiva), plantas medicinais, drogas vegetais e outras 
categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo 
órgão sanitário federal. 
§ 1º - O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e 
habilidades clínicas que abranjam boas práticas de prescrição, fisiopatologia, 
semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. 
Para que o farmacêutico possa realizar a atividade de prescrição farmacêutica, 
ele deve ter habilidades clínicas e um amplo conhecimento em diversas áreas, 
que incluem: boas práticas de prescrição (elaborar prescrição levando em 
consideração a escrita, correta posologia, inexistência de interações etc.), 
fisiopatologia (o processo saúde doença, sendo capaz de detectar o que está 
alterado quanto à fisiologia ‘normal’ do indivíduo), semiologia (conhecendo os 
sinais e sintomas dos pacientes), comunicação interpessoal (capaz de interagir 
com o paciente resgatando informações importantes para a conduta de uma 
prescrição precisa), farmacologia clínica e terapêutica. 
 
 
 
§ 2º - O ato da prescrição de medicamentos dinamizados e de terapias 
relacionadasàs práticas integrativas e complementares deverá estar 
fundamentado em conhecimentos e habilidades relacionados a estas práticas. 
Para a prescrição de medicamentos 
dinamizados, assim como terapias 
relacionadas às práticas integrativas e 
complementares - que utilizam recursos 
terapêuticos baseados em conhecimentos 
tradicionais voltados para prevenir diversas 
doenças - os farmacêuticos deverão realizá-
la quando houver fundamentação e 
habilidade para tal. 
Art. 6º - O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija 
prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e 
apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas 
técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da 
formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições 
de saúde. 
Apesar de a Resolução 586/13 ser bem clara quanto ao tipo de medicamentos 
que podem ser prescritos pelo farmacêutico, no caso dos Medicamentos Isentos 
de Prescrições Médicas (MIP), observamos que os medicamentos cuja 
dispensação exija prescrição médica podem ser prescritos pelos farmacêuticos, 
mas apenas quando condicionados à existência de diagnóstico prévio e apenas 
quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas 
técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da 
formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições 
de saúde. 
§ 1º - Para o exercício deste ato será exigido, pelo Conselho Regional de 
Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de 
especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de 
formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de 
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia 
clínica e terapêutica. 
Para a execução da prática da prescrição farmacêutica os profissionais 
necessitam ter seus títulos de especialista reconhecido pelo CRF de sua região, 
podendo, conforme citado no §1º, ser especialistas na área clínica incluindo 
conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, 
semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. 
 
 
§ 2º - Para a prescrição de medicamentos dinamizados será exigido, pelo 
Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de 
especialista em Homeopatia ou Antroposofia. 
§ 3º - É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do 
paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de 
colaboração, sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da 
justificativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritor. 
Art. 7º - O processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes 
etapas: 
I - identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde; 
II - definição do objetivo terapêutico; 
III - seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base 
em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado; 
IV - redação da prescrição; 
V - orientação ao paciente; 
VI - avaliação dos resultados; 
VII - documentação do processo de prescrição. 
Observamos que, para a elaboração de uma prescrição farmacêutica, deve-se 
obedecer a um processo que deverá ter início com a identificação das 
necessidades do paciente, definição do que será prescrito, selecionando a 
terapêutica necessária e intervenção, quando necessário, sempre com o foco na 
segurança do paciente, na eficácia e sem se esquecer do custo conveniência, o 
que, em inúmeras situações, torna limitante o tratamento do paciente. 
Ainda contemplando esse processo, será necessária uma prescrição que tenha 
uma redação clara, seguida da imprescindível orientação ao paciente quanto à 
necessidade de uso e forma correta de utilização da terapia, quando 
medicamentosa. É fundamental reforçar o intervalo de tempo entre as tomadas, 
e tempo de uso, finalizando com a documentação desse processo e, 
consequentemente, a avaliação dos resultados esperados em um segundo 
momento. 
Art. 8º - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que 
contribuam para a promoção da segurança do paciente, entre as quais se 
destacam: 
I - basear suas ações nas melhores evidências científicas; 
II - tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente; 
 
 
 
III - considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de outros 
medicamentos, os hábitos de vida e o contexto de cuidado no entorno do 
paciente; 
IV - estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão 
entregues ao paciente; 
V - comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador, as 
suas decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de forma 
completa; 
VI - adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes 
da prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados. 
Neste caso, o farmacêutico deverá, sempre, tomar as decisões e condutas 
levando em consideração as melhores e mais relevantes evidências científicas. 
Suas decisões deverão sempre ser compartilhadas com o paciente, não se 
esquecendo da existência de outras possíveis condições clínicas e terapêuticas 
já utilizadas. 
É imprescindível a orientação ao paciente 
quanto às recomendações necessárias, 
sendo preciso, em algumas situações, 
adotar medidas para acompanhamento dos 
resultados. 
Art. 9º - A prescrição farmacêutica deverá ser redigida em vernáculo, por 
extenso, de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e 
medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, devendo conter os seguintes 
componentes mínimos: 
I - identificação do estabelecimento farmacêutico ou do serviço de saúde ao qual 
o farmacêutico está vinculado; 
II - nome completo e contato do paciente; 
III - descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes 
informações: 
1. a) nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização, forma 
farmacêutica e via de administração 
2. b) dose, frequência de administração do medicamento e duração do 
tratamento 
3. c) instruções adicionais, quando necessário. 
 
 
IV - descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao 
cuidado do paciente, quando houver; 
V - nome completo do farmacêutico, assinatura e número de registro no 
Conselho Regional de Farmácia; 
VI - local e data da prescrição. 
Aqui temos um ponto de extrema importância que trata da redação da 
prescrição, que deverá ser redigida em vernáculo que seja legível e sem rasuras. 
Além dessa consideração, é de extrema importância conter nessa prescrição 
nome completo do paciente. Quando houver terapia farmacológica sempre há a 
necessidade de conter o nome do medicamento ou formulação com sua devida 
concentração, dose, frequência de uso e tempo de duração do tratamento 
prescrito. 
Tão importante quanto as informações acima, ainda é necessário conter o nome 
do profissional prescritor com identificação do número de seu conselho de 
classe, identificação do estabelecimento farmacêutico onde foi realizado aquele 
atendimento com elaboração da prescrição e, por fim, esse documento deverá 
ser datado, informando local e assinatura do profissional. 
Art. 10 - A prescrição de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS), estará necessariamente em conformidade com a Denominação Comum 
Brasileira (DCB) ou, em sua falta, com a Denominação Comum Internacional 
(DCI). 
Para as prescrições farmacêuticas que possam ser elaboradas no âmbito do 
serviço público, é mandatório que os medicamentos estejam prescritos em 
conformidade com a Denominação Comum Brasileira (DCB), que é a 
denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo 
órgão federal responsável pela vigilância sanitária (Lei 9.787/1999). 
Atualmente, com o advento do registro eletrônico, adquiriu uma concepçãomais 
ampla e inclui também a denominação de insumos inativos, soros hiperimunes 
e vacinas, radiofármacos, plantas medicinais, substâncias homeopáticas e 
biológicas. 
Art. 11 - A prescrição de medicamentos, no âmbito privado, estará 
preferentemente em conformidade com a DCB ou, em sua falta, com a DCI. 
Para as prescrições que venham a ser elaboradas em âmbito privado, elas 
podem ser redigidas utilizando a nomenclatura do próprio medicamento, não 
sendo obrigatória a utilização da DCB, mas recomenda-se, por meio desta 
resolução, que estejam ‘preferentemente’ em conformidade com a DCB ou, em 
sua falta, com a DCI. 
 
 
 
 
Art. 12 - É vedado ao farmacêutico prescrever sem a sua identificação ou a do 
paciente, de forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou assinar folhas de 
receituários em branco. 
A prescrição codificada é ilegal, pois não deixa claro o produto que está sendo 
prescrito para o paciente. O mesmo acontece com a prescrição ilegível, cuja 
ilegibilidade poderá levar ao erro de prescrição e, consequentemente, ao risco à 
vida do paciente. Portanto, as prescrições devem ser claras e identificadas 
(paciente e prescritor). 
Art. 13 - Será garantido o sigilo dos dados e informações do paciente, obtidos 
em decorrência da prescrição farmacêutica, sendo vedada a sua utilização para 
qualquer finalidade que não seja de interesse sanitário ou de fiscalização do 
exercício profissional. 
O sigilo dos dados do paciente, gerados por meio de uma prescrição 
farmacêutica, deverá ser garantido, não permitindo que os mesmos sejam 
divulgados para outros fins, a não ser para a finalidade de interesse sanitário ou 
de fiscalização do exercício profissional. 
Art. 14 - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá orientar suas ações de 
maneira ética, sempre observando o benefício e o interesse do paciente, 
mantendo autonomia profissional e científica em relação às empresas, 
instituições e pessoas físicas que tenham interesse comercial ou possam obter 
vantagens com a prescrição farmacêutica. 
Está resolução deixa claro que as 
orientações por parte do farmacêutico 
deverão sempre ser pautadas pela ética, 
com foco no benefício e interesse do 
paciente, com total autonomia em relação à 
empresa, e sem nenhum interesse 
comercial. 
Art. 15 - É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio de propaganda 
e publicidade de qualquer natureza. 
Quanto à prática da prescrição farmacêutica como forma de propaganda e 
publicidade, isso não é comum, uma vez que a própria Resolução veta tal atitude. 
O que se pode observar é que o aumento dessa atividade é uma forma de que 
a população tenha o conhecimento de que o farmacêutico de um 
estabelecimento está realizando a prescrição farmacêutica. Embora seja uma 
divulgação, essa prática não vai contra a presente Resolução. 
 
 
 
Art. 16 - O farmacêutico manterá registro de todo o processo de prescrição na 
forma da lei. 
Uma consideração de extrema relevância é a necessidade de registros de todo 
e qualquer procedimento ou prescrição que se venha a realizar para um 
paciente. O registro é tão importante quanto à prescrição, pois a partir da 
avaliação de um paciente, todas essas informações devem ser arquivadas para 
servir como base em um posterior retorno. Com a prescrição é da mesma forma, 
pois serão gerados documentos importantes para o paciente e para nós, 
profissionais de saúde, que nos respaldam quanto à conduta tomada. 
Para os colegas que desejam prescrever, sugiro que já saibam como serão seus 
arquivos de dados, prontuário eletrônico ou papel, receitas com via arquivada 
para controle ou declaração de serviço realizado. Vejam que, 
independentemente do que for realizado junto ao paciente, isso gerará um 
registo que deverá ser arquivado por um longo período. Prescrição sem avalição 
não é possível, assim como avaliação sem registro. 
Art. 17 - Consideram-se, para os fins desta resolução, o preâmbulo, as definições 
de termos (glossário) e as referências contidas no Anexo. 
Art. 18 - Esta resolução entrará em vigor nesta data, revogando-se as 
disposições em contrário.

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