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12 - Revestimento de Piso

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Revestimento de piso
Preparação de pisos
Nas edificações, denomina-se como pavimentação os elementos de revestimento de pisos. A 
pavimentação é uma superfície cuja finalidade é permitir o trânsito nos ambientes. As principais 
características levadas em conta para a escolha do tipo de pavimentação incluem sua resistência, 
aspereza, conservação, limpeza, economia e beleza.De acordo com Borges (1996), “quando se trata de 
aplicar qualquer tipo de piso no rés do chão ou andar térreo, não se pode fazê-lo diretamente sobre a 
terra, deve-se fazer uma camada de preparação em concreto dosado com pouco cimento”. A aplicação 
desse concreto deve ser precedida de preparação do terreno. Essa preparação é constituída de 
nivelamento e apiloamento, que é executado apenas com a finalidade de uniformizar a superfície e 
não de aumentar a sua resistência. O concreto de preparação de piso deve ser aplicado com espessura 
mínima de 5cm.
A espessura da camada de regularização, também chamada de contrapiso, deverá ser de 
2cm, sendo esta a espessura mínima, já que diferentes superfícies de um empreendimento podem 
apresentar uma série de desníveis nos pisos acabados, por exemplo, o piso de uma cozinha deve estar 
abaixo do piso da sala, para se evitar que a água utilizada na lavagem do piso escorra para outros 
cômodos da residência, conforme pode ser observado na figura 1 (BORGES, 1996).
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O
RG
ES
, 1
99
6)
Figura 1 – Desnível entre pisos acabados.
A espessura dos materiais que servirão de piso também deverá ser considerada, pois ocorrendo 
uma espessura muito elevada do contrapiso, o material a ser utilizado como revestimento deverá ser 
leve, para que a camada de argamassa de regularização fique dentro do limite razoável (3,5 a 4cm).
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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146 | Revestimento de piso
Pisos de madeira
Os pisos de madeira podem ser divididos em dois tipos principais: tacos e assoalhos corridos.
Tacos
Este tipo de pavimentação é caracterizado por apresenta-se em elementos de madeira com 
pequenas dimensões que devem ser fixadas diretamente ao contrapiso, podendo ser utilizada cola à 
base de PVA, fabricada especialmente para esta finalidade. Segundo Borges (1996), “tacos são peças 
de madeira de dimensões reduzidas que serão aplicadas ao solo como se fossem ladrilhos”. As 
dimensões variam, sendo as mais comuns 7 x 21cm. A parte in-ferior dos tacos é chanfrada de modo 
a proporcionar que a argamassa de assentamento preencha o espaço vazio, retendo-o melhor. 
Quaisquer das madeiras de lei poderão ser empregadas para tacos, variando, no entanto, 
sua aplicação em função do preço e da resistência. As mais comuns são: peroba-rosa, ipê e marfim. 
Entre as mais usadas a peroba é a mais conhecida por ser a mais barata e apresentar um grau de 
dureza elevado, 
o que torna o piso econômico e durável (BORGES, 1996).
Os desenhos padronizados para aplicação dos tacos são conseguidos com tacos na dimensão de 
7 x 21cm em escamas simples, ladrilhos ou escamas duplas.
O assentamento dos tacos é feito sobre a camada de concreto de preparação de piso, quando no 
rés do chão, e sobre a laje nos andares superiores. A colocação desse tipo de piso deve ser realizada por 
mão de obra especializada, não sendo aconselhável entregar tal serviço a pedreiros comuns. A colocação 
dos tacos deve ser feita após se encontrar o cômodo revestido de argamassa grossa e fina (emboço e 
reboco) antes dos demais trabalhos de acabamento, tais como colocação de portas, rodapés etc. O taco é 
o primeiro piso a ser colocado, antecipando-se ao ladrilho, ao granilito, e os demais, pois é ele que fixará,
com seu nível, o nível dos demais. A figura 2 a seguir apresenta um exemplo de aplicação de taco.
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Figura 2 – Aplicação de taco em superfície regularizada.
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147|Revestimento de piso
Assoalhos corridos
São feitos com lâminas de madeira frisada com encaixe tipo macho e fêmea. Sua fixação pode 
ser feita sobre contrapiso ou vigamento através de pregação ou colagem. 
O piso de assoalho é bastante utilizado, principalmente nas salas. Esse tipo de piso é fornecido 
em madeiras como ipê, sucupira e cumaru, nas bitolas de 10 x 2cm, 15 x 2cm e 20 x 2cm. As tábuas 
que constituirão o assoalho possuem o encaixe “macho-fêmea”, que permitirá maior solidez do 
conjunto, conforme figura 3. As tábuas são aparafusadas em ripas de madeira embutidas na 
argamassa de regu-larização dos pisos. Essas ripas têm forma trapezoidal e deverão estar colocadas 
sobre o piso, antes do enchimento com a argamassa de regularização.
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O
RG
ES
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99
6)
Figura 3 – Encaixe das tábuas do assoalho.
O espaçamento entre as ripas será de 30cm, medido entre os eixos. Todo o ambiente a ser revestido 
com tábuas deverá ser requadrado com ripas, para que os extremos das tábuas fiquem bem fixados. As 
tábuas devem estar sempre perpendiculares às ripas, podendo ser colocadas na horizontal, vertical ou 
diagonal (BORGES, 1996).
As tábuas são fixas às ripas por parafusos com os buracos feitos com furadeira. Deverão ser colo-
cados no mínimo dois parafusos por cruzamento entre tábua e ripa. Os parafusos não deverão atingir a 
argamassa e deverão ficar 1cm abaixo do piso. O acabamento final é dado com a aplicação de sinteco, 
feita após a raspagem de todo piso.
Pisos diversos
Entre os diversos tipos de pisos utilizados, estão:
lajotas cerâmicas (lajotão);::::
cerâmica esmaltada;::::
granilito;::::
granito;::::
cimentado;::::
vinílico;::::
mosaico português;::::
lajota de concreto;::::
pisos elevados;::::
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148 | Revestimento de piso
ladrilhos de cerâmica;::::
mármore;::::
prensados;::::
pedras (ardósia mineira, itacema).::::
A seguir serão descritos de maneira mais detalhada alguns desses pisos mais utilizados.
Ladrilho de cerâmica
São constituídos basicamente de barro comprimido e tratado a altas temperaturas. Esse tipo 
de piso apresenta a superfície brilhante e vidrada, onde se destaca o alto grau de dureza, não sendo 
possível riscá-lo por processos comuns. São fabricados por cerâmicas especializadas em formatos e 
tamanhos diversos. As cores desse tipo de piso podem variar, sendo as mais comuns: vermelha, preta, 
amarela e marrom. A mais empregada é a vermelha, por ser a mais firme e uniforme (BORGES, 1996).
As cerâmicas fabricam materiais de dois tipos bem distintos: o material ladrilho e o material 
tijolo. O primeiro é o que apresenta superfície vidrada e é realmente muito duro. O segundo é um 
tijolo melhorado, mas não vidrado, sendo facilmente riscado. Para pisos, o tipo que é empregado com 
frequência é o hexagonal ou sextavado. Suas medidas, conforme Borges (1996) são: 
de lado a lado – 11,5cm;::::
de canto a canto – 13,2cm;::::
comprimento do lado – 6,6cm;::::
consumo – 90 peças por metro quadrado.::::
Outro modelo bastante empregado é o retangular de 7,5 x 15cm, que é aplicado de preferência 
com desenho em amarração, ou ainda na forma de ladrilhos, ou escamas, conforme figura 4.
 
(B
O
RG
ES
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99
6)
Figura 4 – Modelos de aplicação do ladrilho de cerâmica.
Mármore
Os pisos de mármore são empregados com maior frequência em pisos de terraço, saguão, 
banheiros, escadas, revestimento de paredes de banheiros, soleiras de portas, peitoris de janelas, 
mesas de pias, pedras para filtro, entre outros. 
Antes de optar por utilizar mármore, é importante saber as características, aplicações e usos de 
cada tipo, diferenciando por sua cor e desenhos das manchas ou por sua porosidade.
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149|Revestimento de piso
No Brasil, podem ser encontrados mármores nacionais ou importados, e um dos fatores prepon-
derante no preço de cada um deles é sua raridade:quanto mais raro, mais caro1. A produção de már-
more no Brasil é pequena, sendo que os mais conhecidos são o marfim, o preto e o branco. Entre os 
estrangeiros, os tipos mais conhecidos são Rosso Verona, o Carrara, o Boticcino, o Nero Marquina e o 
Verde Aple, todos italianos, o Tassos, de origem grega, o Marrom Imperador e o Crema Marfil, ambos 
espanhóis.
Alguns exemplos de mármores são apresentados na figura 5 a seguir:
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a) Mármore Carrara b) Mármore Rosso Verona c) Mármore Boticcino
Figura 5 – Tipos de mármores utilizados em pisos.
As espessuras utilizadas, de acordo com Borges (1996), são:
pisos, degraus, soleiras – 3cm;::::
revestimentos de paredes, peitoris, rodapés – 2cm;::::
mesas de pia – 3 ou 4cm.::::
O assentamento das peças é feito com argamassa de cimento e areia, sobre a preparação do piso 
no andar térreo ou sobre as lajes nas escadas e nos andares superiores.
Cimentado
É o mais barato dos pisos laváveis, sendo por isso empregado em calçadas e quintais. De acordo 
com Borges (1996), pode ser aplicado, obedecendo a diferentes tipos de critérios, isto é, aplicado de 
acordo com a base de sustentação ou quanto ao acabamento utilizado. 
Quanto à base:
Sobre o terreno:::: – quando sobre o cimentado não irão circular grandes cargas (automóveis), o 
mesmo pode ser aplicado diretamente sobre o solo, para isso, basta nivelar o terreno.
Sobre o concreto simples :::: – utilizado principalmente nas entradas de automóveis (garagens), 
com o auxílio de uma base mais sólida. Para isso, aplica-se concreto simples e com pouco 
cimento sobre o solo previamente nivelado.
1 Disponível em: <www.cadhouse.com.br/html/matdicas/cad_home_dica_conhecatiposmaregranito.html>. Acesso em: 21 nov. 2007.
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150 | Revestimento de piso
Quanto ao acabamento:
Lisos :::: – para se obter uma superfície lisa, depois de estender a massa deve-se atirar cimento 
em pó sobre ela e alisá-la com colher de pedreiro.
Com roletes:::: – para uma solução intermediária (nem completamente lisa, nem completamente 
rústica), após o alisamento com a colher, passa-se sobre o piso um rolete de borracha dura, 
com saliências que penetram na massa, deixando-a com aspecto de quadriculado miúdo.
Desempenados ou rústicos :::: – para se obter uma superfície com acabamento rústico, deve-se 
utilizar apenas uma desempenadeira para a regularização da superfície.
Os cimentados costumam ser uma solução econômica para pisos e garagens, banheiros, lavan-
derias etc.
Granilito
Obtido aplicando-se uma argamassa sobre um cimentado previamente preparado. Essa argamassa, 
depois de seca, deverá ser polida. O cimentado, nesse caso, deve ser perfeito e desempenado, para isso, 
sobre a laje aplica-se uma argamassa unicamente de cimento e areia. De acordo com Borges (1996), 
essa aplicação é feita de modo a se obter um plano com o caimento requerido para os ralos ou soleiras 
de portas, pois o granilito vai acompanhar esse plano.
A pasta que constitui o granilito é uma massa composta de cimento, pequenos cacos de pedra 
(granito) ou mármore e corantes. O cimento pode ser comum (cinzento) ou branco.
Na composição do granilito, seis fatores podem variar, alterando seu aspecto final. São eles:
os dois tipos de corante:::::: um variando a cor e outro a dosagem;
os três tipos de grana:: :::: variando a cor, o tamanho dos cacos e a dosagem;
cimento:: :::: variando o tipo (comum ou branco).
A aplicação do granilito sobre o piso deve ser precedida de tiras de latão ou de plástico para 
junta de dilatação. Quando o granilito é aplicado em painéis muito extensos, sem a junta de dilatação, 
poderá apresentar, depois de algum tempo, trincas que podem inutilizar o piso. O granilito pode ainda 
ser aplicado sobre escadas.
Cerâmica esmaltada
A matéria-prima cerâmica é disponível na natureza em muitas cores: branca, cinza e vermelha. As 
características de qualidade analisadas na fabricação são:
 resistência à abrasão;::::
 resistência a manchas (facilidade de limpeza);::::
 percentagem de absorção de água.::::
Entre esses três itens, Borges (1996, p.195) afirma que o que mais interessa ao consumidor é a 
resistência à abrasão, que significa “a resistência ao desgaste de superfície, causado pelo movimento de 
pessoas e objetos”.
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151|Revestimento de piso
A aplicação do ladrilho ocorre sobre uma camada de preparação de concreto magro. O rejun-
tamento do piso, isto é, o preenchimento das juntas entre os ladrilhos, é feito com pasta de cimento 
comum, adicionando-se água sobre o pó de cimento.
Vinílico (paviflex)
De acordo com Borges (1996), o piso vinílico, conhecido como paviflex, é um piso semiflexível, 
encontrado em placas e composto basicamente por fibras plastificantes e resinas de PVC. Um exemplo 
do piso paviflex pode ser visto na figura 6.
 
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vi
fle
x 
Ca
tá
lo
go
.
Figura 6 – Piso Vinílico (Paviflex).
Depois de dosados e pesados, os componentes utilizados na sua composição são misturados e 
laminados a quente, até obter-se a espessura desejada. Em seguida, o piso é cortado em placas, que 
após rigoroso controle de qualidade são embalados em caixas de papelão.
Os pisos vinílicos destinam-se ao revestimento de pisos em geral, podendo ser colocados em 
base de cimento, marmorites, granilitos, cerâmicos e outros, desde que estes estejam firmes e total-
mente isentos de umidade. Esse tipo de piso não pode ser aplicado sobre tacos e assoalhos.
O contrapiso constituído de uma camada de argamassa de cimento e areia é a base ideal para 
aplicação do piso vinílico. Para a colagem das placas de pisos vinílicos sobre o contrapiso regularizado, 
recomenda-se o uso de adesivo fabricado para esse tipo de uso.
Pisos de alta resistência
Esse tipo de piso foi desenvolvido para atender às necessidades de utilização em áreas submetidas 
ao desgaste por abrasão e pelo arraste de cargas provocado por empilhadeiras e outros veículos pesados, 
bem como áreas sujeitas ao impacto, agressões químicas e baixas temperaturas (BORGES, 1996).
Segundo Borges (1996, p. 215), “o princípio básico de um piso de alta resistência é o composto 
de agregados utilizados na composição da argamassa”. Esses agregados, dependendo da utilização dos 
pisos, poderão ser: rochosos de alta resistência (quartzo e diabase); composto de agregados metálicos 
e rochosos de alta dureza (óxido de alumínio e quartzo); composto de agregados metálicos (grau de 
dureza entre 47 e 52, na escala Rockwell)2.
2 Método de medição direta de dureza de um material, com a utilização de penetradores e cargas.
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152 | Revestimento de piso
Detalhes fazem a diferença 
Áreas externas e casas em regiões litorâneas merecem cuidados especiais contra intempéries. 
Veja algumas dicas:
1. As amarrações de peças rústicas de madeira, como estruturas de telhados, bancos e mesas, 
podem ser feitas com arame de cobre, que resiste à ferrugem e afasta o efeito da maresia. 
 2. Para proteger as madeiras, pode-se utilizar verniz com filtro solar, que as fortalece formando 
uma película resistente ao sol, à chuva, à maresia e ao atrito. Outra alternativa é o óleo de linhaça, 
que além dessas características, evita o ataque de cupins. 
3. Bem conhecida, a madeira teak (teca) pode ser exposta ao sol e à chuva. Usada nas constru-
ções navais, é considerada uma das melhores para áreas externas.
4. O melhor para o piso são os materiais frios, como cerâmica, mármore e granito, resistentes 
à água e à umidade. Para diminuir em até 90% o problema de serem escorregadios, existe um pro-
duto americano que aplica ventosas minúsculas, invisíveis a olho nu. Transparente, o produto altera 
quase que de forma imperceptívelo brilho do material e não oferece alteração no piso.
Texto complementar
Para pisos que tenham que ter resistência a ataques químicos é utilizada uma argamassa sinté-
tica, composta de um aglutinado sintético bicomponente à base de resinas epóxicas.
A espessura do revestimento executado com essas argamassas, de acordo com Borges (1996), 
varia de acordo com o tipo de trânsito a que o piso será submetido. A tabela 1 apresenta uma relação 
dos esforços e as espessuras para os pisos de alta resistência.
Tabela 1 – Relação de esforços e espessuras para os pisos
Trânsito Esforço Espessura
Trânsito leve
Tráfego de pessoas, veículos de cargas leves 
ou empilhadeiras.
8mm
Trânsito médio
Tráfego de veículos e empilhadeiras pesadas, 
arraste de cargas médias e cargas estáticas 
elevadas.
10 ou 12mm
Trânsito pesado
Tráfego de empilhadeiras pesadas, arraste de 
cargas pesadas, cargas estáticas elevadas.
15mm
O método ideal de execução de um piso de alta resistência é aplicar-se a argamassa sobre o con-
creto da laje que compõe o piso, quando da concretagem da mesma. Isso possibilita a formação de um 
monólito, ficando assim eliminada a possibilidade de eventuais destaques por empenamento.
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153|Revestimento de piso
5. Outra alternativa para os assoalhos de áreas molhadas são os revestimentos com produto 
antiderrapante e impermeabilizante. O mercado oferece algumas opções como os vernizes Acrílico, 
da Suvinil, e o Polipar, da Renner. Oferecem brilho, impermeabilizam e impedem que o chão fique 
escorregadio.
 6. Para pisos próximos à piscina, há uma opção que lembra rusticamente mármore travertino. 
Em placas de 50 x 50cm, tem peças especiais para a borda, já cortadas, de encaixe perfeito. Atérmico 
e antiderrapante, dispensa tratamentos especiais posteriores.
7. Em áreas com piscina, o deck de madeira é muito comum. Mas, vale lembrar que o material 
precisa de um tratamento adequado. A laca poliuretânica pode ser uma boa alternativa, ou verniz à 
base de água e poliéster (Bonatech). Eles têm mais durabilidade e são mais resistentes à abrasão. 
8. Para quem não quer os tradicionais revestimentos para pisos, vai uma dica: solo coberto com 
seixos ou pedriscos e conchas. Além de ter um visual interessante, a forração permite a drenagem 
de água e absorção pela terra. 
9. O carpete em casas de praia não é indicado, pois o contato com a água o embolora e mancha. 
Se usado, exige manutenção constante. O melhor são os tapetes. Os ideiais são de sisal. Além do 
aspecto rústico, casamento perfeito com o tipo de ambiente, têm maior durabilidade. O sisal pode 
ser misturado a algodão ou algas. Para não escorregar, a base deve ser emborrachada. 
10. Paredes revestidas com lambris combinam com o clima de praia. Um recente lançamento 
é o feito com PVC, da Grosfillex, um material de fácil instalação e manutenção. O resultado final não 
deixa nada a dever à madeira. 
11. Ao comprar tinta, prefira a acrílica ou esmalte sintético. A látex normal custa apenas cerca 
de 20% menos, porém tem metade da durabilidade da acrílica, principalmente em áreas externas, 
onde encontra a umidade.
12. Pintura bem aceita para materiais em geral, inclusive em metais e plásticos, a resina Refi-
nish, à base de poliuretano, resistente ao mofo e à umidade, é antibactericida e antiderrapante. Vai 
bem em paredes ou pisos, e a limpeza é feita apenas com pano úmido. 
13. Mantas impermeabilizantes, instaladas sob telhados, com ou sem forro, não deixam a chuva 
entrar, retêm o calor no frio e repelem os raios solares no verão. Algumas são vendidas em sacas.
14. Em regiões litorâneas, as esquadrias metálicas podem sofrer corrosão e as de madeira exigem 
manutenção frequente. As feitas de PVC oferecem isolamento termoacústico e fácil manutenção. 
Podem ser encontradas em várias versões: arco, guilhotina, veneziana, porta de correr e janela. As 
de alumínio podem ser anodizadas com pintura eletrostática. Além de resistentes à umidade, ofe-
recem opção de cores.
15. Evite spots embutidos, usados mais para destacar peças. Eles utilizam lâmpadas dicroicas, 
fortes demais para ambientes naturais, gastam muita energia, pois a voltagem em áreas litorâneas 
locais é de 220V. Use e abuse de arandelas, abajures e plafonds. Proporcionam intimidade e acon-
chego. Suas lâmpadas, incandescentes, são amenas e amareladas. 
16. É comum o uso de telhados de vidro em áreas externas e casas de praia, pela boa lumi-
nosidade oferecida. Prefira o vidro laminado refletivo: não despenca quando quebra e diminui a 
transmissão de calor para o interior.
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154 | Revestimento de piso
17. Usar fibras naturais no telhado pode ser perigoso. O material é de fácil combustão e propaga 
as chamas rapidamente. Se essa for a escolha, não coloque fiação elétrica próxima à cobertura. 
Umedeça a superfície nas épocas em que se soltam foguetes e balões. 
18. No caso do bambu como estrutura ou forro do telhado, é importante verificar a procedência 
do mesmo. Há métodos de secagem e cozimento que diminuem as chances de o material ser atacado 
por brocas e fungos. Uma placa de cimento amianto e uma manta asfáltica protegem o forro de 
bambu de uma eventual infiltração nas telhas.
19. Persianas ou cortinas suavizam a luz, filtrando os raios solares. Isso ajuda a proteger contra 
o amarelamento dos móveis e tecidos de revestimento. A primeira opção para as persianas são as de 
lâmina, seguida pelas de madeira fina. No caso de se optar por cortinas, escolha um tecido rústico, 
mais resistente à umidade. É ideal que tenha transparência, para permitir a entrada de luz. Rami e 
linho são boas alternativas.
20. No ato da compra dos móveis, comunique ao vendedor sobre a intenção de levá-los para 
ambientes úmidos. Não esqueça de exigir a garantia sobre durabilidade da peça.
21. Peças clássicas não combinam com a informalidade da praia. Quanto mais rústicas e 
confortáveis, melhor. Os móveis de madeira devem receber aplicação de silicone ou verniz para 
evitar os efeitos da umidade.
 22. Móveis e objetos que contêm ferro não resistem à maresia e acabam enferrujando. Se os 
pés forem desse material, o contato com o piso pode manchá-lo. Troque esse metal por alumínio ou 
aço inoxidável, que pode ser pintado. Essa prática ameniza bem a frieza da matéria-prima e torna o 
ambiente mais íntimo.
23. Escolha móveis com frestas, orifícios ou tramas que permitam a saída da água, com trata-
mento antiferrugem e antimofo. Se houver necessidade de revestimentos de tecido, evite os que 
absorvem água. Prefira os impermeáveis ou emborrachados. Os tecidos de fibras naturais não são 
indicados para manter contato com a água. Mas eles podem ser aplicados em detalhes, como em 
almofadas, para dar um toque a mais no ambiente.
24. Na teoria, os tecidos emborrachados são os mais indicados para locais onde é frequente o 
contato com água. Para sofás e poltronas, porém, eles são muito duros e quentes, fazem transpirar 
e chegam a grudar no corpo. Entre os laváveis, o melhor tecido sintético é a camurça, conhecida 
como ultrasuede. Outra alternativa para os sofás são as capas, facilmente removíveis. 
25. Peças de plástico são ótimas para ambientes expostos ao sol ou à chuva, são de fácil manu-
tenção e não precisam de um tratamento específico. 
(Françoise Gregório e Roberta Akan 
Disponível em: <http://casaejardim.globo.com/edic/ed539/rep_detalhes1.htm>.)
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155|Revestimento de piso
Atividades
1. Quais aspectos devem ser considerados antes de revestir um piso?
2. A matéria-prima cerâmica é disponível na natureza em muitas cores: branca, cinza e vermelha. 
Quais as características de qualidade analisadas na sua fabricação?
3. O que são pisos de alta resistência?
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156 | Revestimento de piso
Gabarito
1. No andar térreo, deve-se fazer uma camada de preparação em concreto dosado com pouco 
cimento. A aplicação desse concreto deve ser precedida de preparação do terreno. Essa preparação 
é constituída de nivelamento e apiloamento, que é executado apenas com a finalidade de 
uniformizar a superfície e não de aumentar a sua resistência. O concreto de preparação de piso 
deve ser aplicado com espessura mínima de 5cm. Feito isso, deve ser preparada uma camada de 
regularização, também chamada de contrapiso, de espessura de 2cm.
2. A resistência à abrasão, resistência a manchas (facilidade de limpeza) e percentagem de absorção 
de água, sendo que desses três itens, o que mais interessa ao consumidor é a resistência a abrasão, 
que significa “a resistência ao desgaste de superfície, causado pelo movimento de pessoas e 
objetos”.
3. São pisos desenvolvidos para atender as necessidades de utilização em áreas submetidas ao 
desgaste por abrasão e pelo arraste de cargas provocado por empilhadeiras e outros veículos 
pesados, bem como áreas sujeitas ao impacto, agressões químicas e baixas temperaturas. 
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