Buscar

A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

18
 (
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
)
 (
ALCIONE CABRAL SILVA CARDOSO
JACIANE FERNANDES RANGEL
JAQUELINE DOS SANTOS NEVES
LAELIA RODRIGUES BARROS BEIRAL
NILENI DE OLIVEIRA HENRIQUES
TAIANE DA SILVA CHAGAS
)
 (
 
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO 
)
 (
São Francisco de Itabapoana
2019
)
 (
ALCIONE CABRAL SILVA CARDOSO
JACIANE FERNANDES RANGEL
JAQUELINE DOS SANTOS NEVES
LAELIA RODRIGUES BARROS BEIRAL
NILEN
I
 DE OLIVEIRA HENRIQUES
TAIANE DA SILVA CHAGAS
)
 (
A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO
)
 (
Trabalho de
 Pedagogia 
apresentado à Universidade 
Pitágoras Unopar,
 como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de
 
Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, Fundamentos da Educação, Educação Formal e não Formal, Didática: Planejamento e Avaliação, Práticas Pedagógicas: Gestão da sala de aula
.
Orientador
 (es)
: 
Prof
ª
. Maria Luiza Mariano
,
 Vilze Vidotte Costa
,
 Mari Clair Moro Nascimento
,
 Natalia Gomes dos Santos
,
 Andressa Aparecida Lopes
,
 Alexandre 
Lourenço
 Ferreira
 e
 Maria Eliza Correa Pachec
o.
)
 (
São Francisco de Itabapoana
2019
)
SIGLAS
EJA		Educação de Jovens e Adultos
ENADE	Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
IBGE		Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INEP	Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MOBRAL	Movimento Brasileiro de Alfabetização
PNAD		Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
PNAIC	Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4
2	QUAIS SÃO OS FATORES HISTÓRICOS, POLÍTICOS E SOCIAIS QUE PERPASSAM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA? ............................................................................................................6
3	QUAL A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA, SOBRETUDO DIANTE DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ANALFABETA E COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO? .....................................................................................11
4	QUAIS SÃO OS DESAFIOS E AS POSSIBILIDADES PARA A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS? ....................................................................................................................................13
5	COMO O PROFESSOR DEVE CONDUZIR O PROCESSO AVALIATIVO, TENDO EM VISTA SABER COMO ESTÁ A APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES QUE FREQUENTAM A EJA? ...................................................................................15
6	CONCLUSÃO .................................................................................................17
REFERÊNCIAS .........................................................................................................18
INTRODUÇÃO
Ao mostrar os índios, já adultos, o primeiro conhecimento ligeiro da religião católica, bem como da cultura ocidental, como afirma José Eustáquio Romão (2009:515), pode-se dizer que a educação de jovens e adultos no país começou. Esta epígrafe nos leva 457 anos atrás quando os jesuítas desembarcaram em terras brasileiras - tempos de mudanças políticas, econômicas, sociais, legais, culturais, educacionais, mas também tempos de exclusão a grandes segmentos populacionais que, ao longo de nossa história, foram mantidos descarregados das conquistas constitucionais que, desde sua inauguração 1824, já previa educação gratuita e primária para todos, de forma independente. Brasil que chega ao fim do Império com 85% de sua população analfabeta (ROMÃO, 2009). Se nesse período histórico apenas 15% da população era alfabetizada, olhar para a estrutura do atual sistema educacional brasileiro revela, de acordo com Censo do Ensino Médio em 2017, que apenas 10,4% dos jovens entre 15 e 17 anos foram matriculados naquele ano, representando um contingente de 2.498 jovens, sendo 71,7% do ensino privado (MEC / INEP, 2018). Por sua vez, 32%, em média, de brasileiros de 10 anos ou mais não completaram 8 anos de estudo, o que significa que não concluíram o ensino básico e, no tocante ao analfabetismo, 11,5% da população de 15 anos ou mais não possuía nenhuma instrução ou menos de um ano de estudo (PNAD / IBGE, 2018). Esses dados, por si só, são indicadores da seletividade perversa operada pelo sistema educacional, não apenas ao acesso, mas também, e principalmente, à permanência dos cidadãos nos diferentes níveis da escola, tendo em conta, ainda, os significados e sentidos - dimensão subjetiva - da exclusão profundamente experimentada por indivíduos concretos, cuja história na escola significou a atualização de um processo histórico da social exclusão - característica persistente da sociedade brasileira. É importante mencionar, no entanto, que é na parte menos afortunada da sociedade, que carecem de antecedentes econômicos, sociais e culturais, que a exclusão sistematicamente, porque de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (ENADE) 2018 (INEP, Informativo 89), 49,5% dos alunos avaliados que tinha começado o ensino médio está na faixa correspondente à renda familiar de 3 a 10 salários mínimos e é nessa mesma faixa de renda que o número de idosos, 46,9%, são colocados.
Ao analisar o relatório sobre a Educação no Brasil na década de 90, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), verificou-se que, no ano de 1996, o número de matrículas escolares para jovens e Educação de Adultos foi de 2.752.214 e esse número saltou para 3.410.830 em 2000, representando um aumento de 23,9%. Os dados do Censo Escolar, realizados em 2006 (Sinopse Estatística da Educação Básica, 2006) são mais reveladoras, desde que o número de inscritos nesta modalidade subiu para 5.616.291, o que mostra um aumento de 100% nas matrículas escolares, se comparado com os números de 2004. Se por um lado este fato significa alguma melhora no nível educacional da população brasileira, por outro, esclarece uma demanda significativa por uma forma educacional que ao longo dos anos deve diminuir, dada seus objetivos, mas vem aumentando a cada ano. Esses números mostram que, apesar dos avanços da escolaridade brasileira, há ainda um grande contingente de brasileiros que não passam regularmente pelo Ensino fundamental e Ensino médio, após trinta e um anos da promulgação da Constituição de 1988, que prevê nos seus artigos 205 e 206 que Artigo 205: A educação, o direito de todos e o dever do Estado e da família, serão promovidos e estimulado com a contribuição da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, sua preparação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho; Artigo 206: A educação será dada com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (...) (Brasil, 1998). Este texto apresenta algumas reflexões sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), com base em dados estatísticos publicados nos últimos anos, principalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), ao significado do possível acesso dos alunos a essa modalidade de educação para alcançar um maior estudo, e ainda, a possibilidade de inserção e permanência na Educação Superior, seja pública ou privada, de estudantes deste tipo de educação, tendo como fonte os dados do Censo da Educação Superior - 2018 (INEP).
QUAIS SÃO OS FATORES HISTÓRICOS, POLÍTICOS E SOCIAIS QUE PERPASSAM A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA?
Após o golpe militar de 1964, a cultura popular e os movimentos de alfabetização de jovens e adultos liderados por grupos progressistas na primeira metade dos anos 60 foram reprimidos; seus líderes perseguidos e suas idéias censuradas.Essa foi à resposta do governo autoritário às práticas educativas que tentaram colocar em discussão os interesses do povo. O governo exerceu seus poderes coercitivos para assegurar a "normalização" das relações e satisfação contínua dos interesses das elites. A verdade é, no entanto, que esse setor da educação - a educação básica dos jovens e adultos não poderiam ser abandonados pelo Estado, porque é um dos canais mais importantes de mediação com a sociedade. Além disso, as baixas taxas de a freqüência escolar embaraçou as forças armadas perante as forças nacionais e internacionais; eles eram incompatíveis com a imagem do grande país dos militares alegou estar construindo. O governo também precisava responder pelos direitos dos cidadãos que foram cada vez mais aceitos como legítimos. Finalmente, como outras áreas da educação e em de acordo com o novo discurso político, a educação de jovens e adultos teve que promover os interesses hegemônicos envolvidos no modelo de desenvolvimento socioeconômico. A resposta foi encontrar o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) em 1967 e, em 1971, implementa o Ensino Supletivo pela Lei Federal 5.692, reformulando as diretrizes para o ensino primário e secundário. A Fundação MOBRAL foi criada pela Lei 5.379 de 15 de dezembro de 1967. Em 1986, sob o primeiro governo civil, o MOBRAL se tornou a Fundação Educar. Em 1990 foi abolido pelo governo Collor. O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) foi fundado em 1990 e fechou novamente no ano seguinte. Agora não há programa nacional de educação para jovens e adultos. O Capítulo IV da Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971, regulamentou a Educação Complementar Apêndice 1. Os artigos 24 a 28 estabelecem as metas, o escopo e regulam suas operações. O artigo 32 do capítulo V trata da necessidade de formação adequada de professores para este tipo de educação. Estes seis artigos lidam mais diretamente com Educação Complementar. As principais características da Educação Complementar estabelecida em lei são explicadas e desenvolvidas em dois documentos: Parecer 699 do Conselho Federal de Educação, publicado em 28 de julho de 1972 e escrito por Valnir Chagas, que trata especificamente de Educação Complementar; e o documento sobre "Política de Educação Complementaridade” apresentada ao Ministro da Educação em 20 de setembro de 1972 por um Grupo de Trabalho cujo secretário era Valnir Chagas. O Parecer 699 considera a Educação Complementar como "o maior desafio colocado para Educadores brasileiros pela Lei 5.692", que procura constituir um novo conceito no Brasil e exposta em um capítulo especial da lei de diretrizes nacionais. Segundo Valnir Chagas, poderia modernizar a educação regular pelo seu exemplo e por causa da interpenetração entre os dois sistemas.
Na exposição de antecedentes do ministro Jarbas Passarinho ao Presidente, quando o projeto de lei foi apresentado em 30 de março de 1971, a Educação Complementar foi dada o seguinte papel significativo: "promover a escolaridade regular e promover um aumento oferta de educação continuada". Por um lado, uma chance era dada para pegar até aqueles que não puderam ir à escola na hora certa, completando o "sucesso empolgante do MOBRAL que estava superando rapidamente o analfabetismo no Brasil". Por outro lado, "a educação do futuro" deveria ser disseminada - uma "educação dominada pela mídia, na qual a escola será principalmente um centro comunitário de organização ao conhecimento em vez de um lugar para a sua transmissão”. Esse duplo objetivo era contido no texto da lei também. Três princípios estabelecidos nestes documentos deram forma a Educação Complementar. A primeira foi à definição da Educação Complementar como um sistema integrado independente da Educação Regular, embora intimamente relacionada a ela e parte do Sistema Nacional de Educação e Cultura. Ao fundarem um novo sistema, os legisladores estavam atentos ao fato de que a Educação Complementar poderia criar duplicado pelo qual haveria Educação Regular para os ricos e Educação Complementares para os pobres. Foi concebido, portanto, como educação permanente; lacunas na escolaridade regular só seriam coberta até "todos receberem esta escolaridade na idade certa". O segundo princípio era que a Educação Complementar, como parte de todo a reforma educacional seja orientada para o esforço nacional de desenvolvimento, seja "integrando o trabalho marginalizado através da alfabetização" ou treinando a força de trabalho. O terceiro princípio era que a Educação Complementar deveria ter uma doutrina e metodologia apropriada para os "grandes números que são característicos deste tipo de escolaridade ". Para cumprir os objetivos de substituir a escolaridade regular, treinar a mão-de-obra e atualizar Habilidades. A Educação Complementar teve quatro funções: educação alternativa, complementação, aprendizagem e treinamento de habilidades. O objetivo da educação alternativa era "substituir a escolaridade regular daqueles adolescentes e adultos que não tiveram ou concluíram tal escolaridade na idade" (Lei 5692, artigo 22.a). Tomou-se a idéia dos antigos exames de maturidade, agora chamados exames alternativos, e ampliou seu escopo. Além de dar evidências de educação, os exames poderiam ser realizados para demonstrar habilidades profissionais de nível escolar. Além disso, de acordo com a nova legislação, seria possível organizar cursos primários e secundários para se preparar para os exames de maturidade ou com avaliações durante o processo. Em ambos os casos, eles seriam diferentes dos Cursos Regular de educação. A complementação consistiu em "fornecer, através de retornos repetidos à escola, cursos para a melhoria e atualização das competências daqueles que freqüentaram regularmente as escolas" (Lei 5692, artigo 24.b). Sem dúvida essa função é a que mais se aproxima da Abordagem de Educação Permanente. Isso fica evidente nas palavras de Valnir Chagas: "... A complementação atende a uma demanda que está se tornando cada vez mais urgente no mundo moderno. A crescente complexidade da vida e do trabalho, mudanças na sucessão, demanda atualização constante de habilidades e “voltar à escola” (Opinião 699). "Esta é a função mais ampla e pode ser desenvolvida em conjunto com cursos em todos os níveis de ensino. Aprendizagem é formação metódica para o trabalho, sob a responsabilidade de empresas e as instituições criadas e mantidas por eles. É oferecido a estudantes com mais de 14 anos e menores de 18 anos que tenham um mínimo de educação de quarta série. Esta função é basicamente a responsabilidade da indústria. Habilidades de formação, a função dedicada às habilidades profissionais sem levar em conta geral educação, visa principalmente a formação do trabalho. Esses quatro modos deveriam ser implementados com base em duas intenções. Em primeiro lugar, deveria ser dada prioridade clara aos cursos e exames que procuram treinar e retreinar os trabalhadores. Em segundo lugar, os cursos deveriam ser organizados livremente e estimular a criatividade, para evitar fazer "simulacros" da Educação Regular. Para estimular e alcançar isso, o controle das autoridades públicas deve concentrar-se mais na avaliação do que processo de aprendizagem, assegurando a liberdade de organização. Apoio da iniciativa privada também deve ser procurado. "Desta forma, maior margem de flexibilidade será dada a organizar e desenvolver o ensino nas diversas modalidades "(documento sobre Políticas para o ensino complementar). Educação Complementar foi apresentada à sociedade nos seguintes termos: como escola do futuro, orientada para uma sociedade em desenvolvimento que precisava de um sistema que acompanhe a modernização; não uma escola orientada para os interesses de uma classe, como proposto pelos movimentos da cultura popular, mas uma escola que não distinguir-se de sua clientela, que serviu a todos em um processo constante de modernização. A discussão da metodologia centrou-se no grande número de estudantes como desafio ao educador, soluções de massa, racionalizaçãode meios a serem utilizados. Portanto, a Educação Complementar foi apresentada como uma solução técnica, retirando da agenda o problema político de exclusão do sistema escolar de uma grande parte da sociedade. Definido como uma continuação a Educação Complementar "esqueceu" a educação e experiências de jovens e adultos imediatamente antes do golpe de 1964, experiências orientada para a formação de um tipo específico de aluno em um contexto histórico específico. Foi oferecer uma educação neutra útil a todos, exigindo apenas esforço e perseverança daqueles que o usaram, não importa qual a classe social deles. Foi isso que o Presidente Emilio G. Médici disse ao Congresso Nacional quando ele apresentou a nova lei para aprovação em 20 de junho de 1971. A reforma foi uma porta aberta "para que qualquer um possa, com base em seus dados genéticos, desenvolver sua personalidade e alcançar a posição que merecem na escala social". A posição social de cada seria determinada pela genética - não pelas condições de vida - e pelo esforço feito para aproveitar as oportunidades educacionais oferecidas pelo Estado. No domínio da formação de professores, tanto a legislação (artigo 32º) como os documentos de apoio treinamento especializado recomendado para este tipo de educação, baseado em estudo e pesquisa ainda a ser realizada. Até que essa pesquisa fosse realizada, professores do Sistema Educacional Regular seria utilizada, após reciclagem e adaptação a Educação Complementar. No nível estadual, a diversidade era a regra. A Lei Federal propôs que a Educação Complementar deve ser regulamentada pelos Conselhos Estaduais de Educação (artigo 22). Isso criou uma grande diversidade nacional em espécie e nome dos programas oferecidos pelo governo. Agências específicas de Educação Complementar foram fundadas em quase todas as secretarias estaduais de educação. Os programas eram níveis primários e secundários e raramente trabalhou com alfabetização de adultos. No nível municipal, o oposto era verdadeiro: agências específicas eram praticamente fundadas nas maiores capitais dos estados. Como regra, os governos municipais tinham contratos com MOBRAL e depois com a Fundação Educar para o desenvolvimento de programas de alfabetização e sua ação. Na educação alternativa foi limitado a isso. Em alguns raros casos, governos municipais tiveram seus próprios programas de educação de jovens e adultos e mais raros ainda eram aqueles com programas de quinta a oitava séries. A Legislação sobre Educação Complementar ainda permanece hoje como a principal Educação de Jovens e Adultos. No entanto, novas perspectivas estão em vista. 1988 A Constituição ampliou o direito à educação básica gratuita para jovens e adultos, aumentando as responsabilidades dos sistemas de escolas públicas para atender às necessidades educacionais dessa era grupo. Estes deveres foram reiterados no Artigo 60 das Disposições para Transição, em que a Constituição estabelece um prazo de 10 anos para o governo e a sociedade civil para gastar esforços e recursos para tornar a educação básica universal e erradicar o analfabetismo. Após a aprovação da nova constituição, uma nova Lei de Diretrizes tem estado sob discussão no Congresso nos últimos quatro anos. Os rascunhos apresentados incluem capítulos sobre a educação de jovens e adultos.
Qual a função social da escola, sobretudo diante do processo de escolarização da população analfabeta e com baixa escolarização?
A educação é indispensável ao indivíduo e à sociedade, pois sem ela haveria perda de todo o conhecimento acumulado das eras e de todo o padrão de conduta. Um indivíduo deve aprender a cultura da sociedade ou as formas aceitas de fazer as coisas. Ele deve ser socializado na cultura predominante e deve aprender as regras de conduta e expectativas sobre o comportamento futuro.
A sociedade, portanto, conscientemente envia seus programas instrucionais para atender às necessidades pessoais e sociais, em vez de deixar que o aprendizado mude. A educação fornece um programa de ensino consciente que ajuda a inculcar valores, normas e habilidades sociais que permitirão ao indivíduo desenvolver sua personalidade e sustentar o sistema social.
A educação como instituição social desempenha um papel vital na sociedade. A função da educação é multidimensional dentro do sistema escolar e fora dele. Desempenha a função de socializar o indivíduo para uma variedade de papéis sociais e desenvolvimento da personalidade. É também uma parte importante dos mecanismos de controle da sociedade. A educação é uma necessidade desde a sociedade simples até a moderna sociedade industrial complexa.
A educação de jovens e adultos é a única ferramenta para remover o analfabetismo da sociedade, pode ser categorizada na educação fundamental, educação em massa de pessoas, educação dos trabalhadores, educação continuada, educação básica, educação comunitária e educação social, etc., a fim de educar as pessoas em diferentes níveis. Segundo o Mahatma Gandhi, a educação de jovens e adultos pode ser entendida como educação para a vida, através da vida e ao longo da vida.
A educação de jovens e adultos é necessária para o enriquecimento pessoal das pessoas, participação efetiva em muitas áreas como assuntos sociais, políticos, internacionais, promoção profissional, etc. Melhora a tranqüilidade individual, aumenta a eficiência do trabalho, conduz ao progresso da vida, esforça o aprendizado na sociedade. A educação de jovens e adultos é a educação a tempo parcial dada às pessoas do grupo etário de 15-35 anos que nunca tentaram ou fizeram alguma educação antes. A educação de jovens e adultos tem como objetivo preparar o adulto para um papel social, econômico, cívico e político.
A educação desempenha um papel vital na regulação do comportamento individual através da transmissão de um modo de vida e da comunicação de idéias e valores às novas gerações. Ao transmitir valores, também integra pessoas à sociedade em geral. O currículo da escola, suas atividades extracurriculares e a relação informal entre alunos e professores comunicam certos valores e habilidades sociais, como cooperação ou espírito de equipe e obediência.
As qualificações educacionais formam cada vez mais a base para a alocação de indivíduos para status sociais e mobilidade social.
A alfabetização de jovens e adultos aumenta a consciência política entre os pobres que agora se organizam em várias formas de organização.
Quais são os desafios e as possibilidades para a efetivação do direito à educação de Jovens e Adultos?
As mudanças sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e climáticas das últimas décadas desafiam o desenvolvimento humano e a educação. Como a educação deve equipar os indivíduos com as ferramentas necessárias para lidar com esses desafios, é necessário que o conteúdo do que está sendo ensinado reflete o contexto local e o interesse do indivíduo.
A educação de jovens e adultos deve ter como objetivo motivar os jovens e adultos a continuar aprendendo durante toda a vida e equipá-los com as habilidades práticas necessárias para trabalhar no mercado de trabalho, ou simplesmente para que elas adquiram um senso de dignidade e valor, além de aprimorando os conhecimentos e habilidades adquiridas ou perdidas ao longo da vida, como leitura e escrita. Um dos princípios dessa educação é ensinar jovens e adultos através do uso de técnicas de aprendizagem específicas e apropriadas, uma vez que têm necessidades diferentes, interesses, habilidades e capacidades de aprendizado dos alunos da idade escolar adequada para a educação básica.
A educação, o conhecimento e as habilidades de leitura, escrita e numeramento que um indivíduo adquire ao longo da vida precisam de uma continuação de atividades educativas para fortalecê-las, adaptá-las e mantê-las ao longo do tempo. No entanto, as iniciativas para combater o analfabetismo não são suficientes por si mesmas; eles são dependentes e precisam do apoio da aprendizagem ao longo da vida, mesmo durante a vida adulta. A eficácia de uma estratégiaabrangente para a universalização da alfabetização também depende de medidas preventivas - por exemplo, iniciativas para melhorar o sistema educacional em geral.
A eficácia das iniciativas de alfabetização de jovens e adultos é relativa e depende de muitos fatores, incluindo a realidade socioeconômica local, as competências e motivações dos alunos, o envolvimento de políticos, a sociedade civil e outros interessados, a qualidade e relevância do conteúdo do material didático e das avaliações, gestão de recursos, nível de coordenação técnica, etc. existem diretrizes gerais delineadas pela UNESCO em relação ao que pode ser considerada “melhor prática” em políticas de alfabetização de jovens e adultos.
O objetivo da aprendizagem e educação de jovens e adultos é equipar as pessoas com as capacidades necessárias para exercer e realizar seus direitos e assumir o controle de seus destinos. 
Em 2005, a UNESCO lançou a Iniciativa de Alfabetização para o Empoderamento (LIFE) para acelerar o processo de alfabetização até 2015 em 35 países com taxas de alfabetização geral abaixo de 50% e / ou com mais de 10 milhões de adultos analfabetos. A avaliação intercalar, que foi conduzida em nove países entre 2005 e 2010, apresentou um modelo para estabelecer um sistema mais efetivo para políticas de alfabetização de jovens e adultos. 
Uma boa estratégia de comunicação é necessária para mobilizar professores, estudantes e a comunidade. A estratégia deve ter como objetivo aumentar conscientização entre os políticos e as partes interessadas sobre a importância da alfabetização e da educação continuada. Boas práticas nesta área incluem campanhas visuais, televisivas, eventos de sensibilização, seminários, fóruns e workshops. Um bom momento para tais iniciativas é, por exemplo, o Dia Internacional da Alfabetização, celebrado a cada 8 de setembro. Iniciativas podem aumentar a motivação dos alunos e servir para manter ou aumentar a demanda por iniciativas de alfabetização.
Juntamente com a importância de ter engajamento político é a necessidade de mobilizar e estabelecer parcerias - como Presidente, Ministros, Governadores e Secretários são essenciais para aumentar a conscientização do público e mobilizar parceiros de maneira eficaz. O envolvimento das autoridades políticas é importante mobilizar, atrair e manter parcerias relevantes.
COMO O PROFESSOR DEVE CONDUZIR O PROCESSO AVALIATIVO, TENDO EM VISTA SABER COMO ESTÁ A APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES QUE FREQUENTAM A EJA?
O objetivo principal da avaliação deve ser sempre a melhoria do ensino e promoção de uma melhor aprendizagem dos alunos. Este é o princípio geral sobre o qual um novo modelo deve ser construído. De fato, no nível mais fundamental, o que se quer é uma avaliação honesta dos alunos por avaliadores qualificados e experientes que podem os ajudar a ver as formas de melhorar a prática em todas as fases da vida profissional e aumentar as contribuições para a aprendizagem dos alunos. Um sistema de avaliação eficaz é construído sobre esse princípio abrangente. 
A avaliação do professor deve ser baseada em padrões profissionais e deve ser sofisticado o suficiente para avaliar a qualidade do ensino, uma vez que se manifesta através do desenvolvimento do professor. O desenvolvimento de professores deve orientar as avaliações e, ao mesmo tempo, considerar os requisitos para ensino bem sucedido na variedade de contextos únicos em que ocorre a prática docente. 
A avaliação do professor deve incluir avaliações de desempenho para guiar um caminho de aprendizagem profissional ao longo da carreira de um aluno. 
A informação de avaliação é usada para tomar decisões que suportam a aprendizagem adicional.
Os pais e os alunos estão bem informados sobre o aprendizado de seus filhos e trabalham com a escola para ajudar a planejar e fornecer apoio.
A pesquisa e a experiência mostram que o aprendizado do aluno é melhor suportado. Instrução e avaliação são baseadas em objetivos claros de aprendizagem.
Por meio de avaliação e feedback freqüentes, os professores avaliam regularmente o que fazem na sala de aula e se os alunos realmente estão aprendendo.
Eles tentam antecipar os tópicos e conceitos que serão difíceis para seus alunos e desenvolver estratégias de ensino que apresentem esses tópicos de maneira que seus alunos entendam melhor. Os professores fazem questão de se familiarizar com a preparação, o conhecimento e as habilidades de seus alunos e ajustam seu ensino para maximizar o aprendizado da turma.
CONCLUSÃO
Como a educação é vista como um direito social, a legislação atribuiu a Educação de jovens e adultos os papéis de reparação e o receptivo para aqueles excluídos do sistema educacional, ainda ansiando pela possibilidade de educação permanente para jovens e adultos. Isso significa que, potencialmente, a Educação de Jovens e Adultos deve representar possibilidade de inclusão escolar daqueles com históricos educacionais variados e pobres. Essa possibilidade se torna evidente nos objetivos e metas do Plano Nacional de Educação. No entanto, dados estatísticos sobre esse tipo de educação, alguns aqui analisados, denunciam que a educação não aconteceu efetivamente com grande parte da população brasileira como direito social, que está relacionado à qualidade e acesso a todas as pessoas e não apenas para quantificar o número de pessoas alfabetizadas, estudantes do ensino fundamental e médio - aparente inclusão desde está cheio de perversidade. Embora este grupo de estudantes, cuja participação em cursos de jovens e adultos seja parte da sua história escolar, vem ganhando mais status de acordo com o nível educacional que eles alcançam, alguns com a ajuda de ações afirmativas, é adequado para investigar as condições de permanência. Entende-se que um tópico importante para pesquisa surge para especialistas em Educação Brasileira, e especialmente aqueles que têm jovens e adultos na Educação como seu estudo de caso. Estudar as condições de permanência desses jovens suas estratégias para enfrentar o suprimento das escolas podem encorajar mais pesquisas sobre este tópico e possibilitará a avaliação do programa de ação afirmativa.
REFERÊNCIAS
BRASIL (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado.
BRASIL (1996) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Brasília, DF: Ministério da Educação e do Desporto. 
BRASIL (2001) Plano Nacional de Educação. Lei 10.172/01. Diário Oficial da União, Brasília, 10 de janeiro de 2001.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Mapa do Programa Brasil Alfabetizado. Disponível em: http://brasilalfabetizado.fnde.gov.br/mapa/ Acesso em: 25 abr. 2019.
CUNHA, Maria Conceição da. Introdução - discutindo conceitos básicos. No SEED-MEC, salto para o futuro - educação de jovens e adultos. Brasília, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia dos oprimidos. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987, 17ª Edição.
INEP. (2018) Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). Resumo Técnico. Brasília: INEP.
Romão, José E. Educação de Jovens e Adultos: Cenários e perspectivas. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2009. (Série Cadernos de EJA, nº 5).

Continue navegando