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O educando na Educação de Jovens e Adultos (EJA): sua realidade e necessidade
Introdução (Alice)
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino para o público que não teve acesso ou não concluiu os estudos na educação formal.
Começamos pela trajetória histórica da EJA, como iniciou, suas alterações e marcos principais. Destacamos aqui, a luta dessa modalidade de ensino, para que seja disponibilizada para todos.
A seguir, como objetivo principal, procuramos compreender o currículo da Educação de Jovens e Adultos do Estado de São Paulo.
A partir disso, como objetivos específicos, apresentamos:
. Competências e Habilidades da Educação de Jovens e Adultos
. Qual o perfil do público alvo e sua realidade, quais as suas necessidades. 
. Qual o perfil do professor do público alvo da Educação de Jovens e Adultos, qual formação possui esse profissional, como atuam.
. Quais os principais motivos da Evasão na Educação de Jovens e Adultos, porque ela acontece.
Finalizamos com duas entrevistas, professor A (escola Estadual) e Professor B (escola Municipal) para que tenhamos compreensão destas questões.
1º Trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos (Dani)
Segundo Soares (1996), a primeira ideia de educação de adultos no Brasil deu-se no período colonial.
Os Jesuítas dedicaram-se a duas ideias primordiais: a pregação da fé católica e o trabalho educativo. Através do seu trabalho de catequizar, abriram caminho para a entrada dos colonizadores, à medida que ensinavam as primeiras letras, ensinavam também a doutrina católica e os costumes europeus. Dessa forma, pode-se observar que a Educação de Jovens e Adultos não é recente no país, pois pode ser verificada desde o Brasil Colônia. Quando se falava em educação para a população “não-infantil”, faz-se referência à população adulta, que precisava ser catequizada para as causas da Igreja Católica (SOARES, 1996).
No Brasil Império, começaram a acontecer algumas reformas educacionais e estas a necessidade do ensino noturno para adultos analfabetos. Em 1876, foi feito então, um relatório, pelo ministro José Bento da Cunha Figueiredo, apontando a existência de 200 mil alunos frequentes às aulas noturnas. Durante muito tempo, portanto, as escolas noturnas eram a única forma de educação de adultos praticada no país.
Cunha (1999, p.10 ) ressalta que o desenvolvimento industrial brasileiro contribuiu para a valorização da educação de adultos sobre o pontos de vistas diferentes, quais sejam a: valorização do domínio da língua falada e escrita, visando o domínio das técnicas de produção; a aquisição da leitura e da escrita como instrumento da ascensão social; alfabetização de adultos está como meio de progresso do país e como pressão da base de votos.
Em 1910, segundo informações do IBGE, “o direito a ler e escrever era negado a quase 11 milhões e meio de pessoas com mais de 15 anos”. Logo, alguns grupos sociais mobilizaram-se para organizar campanhas de alfabetização chamadas de “Ligas”.
Já a década de 1940 foi um período de muitas mudanças na educação de adultos, quando houve iniciativas políticas e pedagógicas, como os surgimentos das primeiras obras especificamente dedicadas ao ensino supletivo, o lançamento da CEAA – Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, fazendo com que ocorresse uma preocupação com a elaboração de materiais didáticos para adultos (SOARES, 1996).
Após detectar os altos índices de analfabetismo para regular em 1940, o governo criou um fundo destinado à alfabetização e a educação da população adulta analfabeta. Segundo Soares (1996, p.29), a Organização das Nações Unidas (ONU) e para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) solicitaram aos países integrantes, dentre eles o Brasil, que investissem em campanhas de massa para educar os adultos analfabetos. Sofrendo forte pressão destas organizações Internacionais, o Governo lançou, então, a Primeira Campanha Nacional de Educação de adultos, em 1947, sendo esta a primeira iniciativa pública visando o atendimento de adultos. Essa campanha criou 10 mil classes de ensino supletivo em todo o país. 
Segundo SOARES (1996), essa 1ª Campanha foi lançada por dois motivos: o primeiro era o momento pós guerra que vivia o mundo, que fez com que a ONU fizesse uma série de recomendações aos países, entre estas a de um olhar específico para a educação de adultos. O segundo motivo foi o fim do Estado Novo, que trazia um processo de redemocratização, que gerava a necessidade de ampliação do contingente de eleitores no país. Ainda, no momento do lançamento dessa 1ª Campanha, a Associação de Professores do Ensino Noturno e o Departamento de Educação preparavam o 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos. O Ministério, então, convocou dois representantes de cada Estado para participarem do Congresso. O SEA (Serviço de Educação de Adultos do MEC), a partir daí, elaborou e enviou, para discussões, aos SEAs estaduais, um conjunto de publicações sobre o tema. As concepções presentes nessas publicações, segundo SOARES (1996), eram: o investimento na educação como solução para problemas da sociedade; o alfabetizador identificado como missionário; o analfabeto visto como causa da pobreza; o ensino de adultos como tarefa fácil; a não necessidade de formação específica; a não necessidade de remuneração, devido à valorização do “voluntariado”.
Ao final da década de 50 e início da década de 60, iniciou-se, então, uma intensa mobilização da sociedade civil em torno das reformas de base, o que contribuiu para a mudança das iniciativas públicas de educação de adultos. Uma nova visão sobre o problema do analfabetismo foi surgindo, junto à consolidação de uma nova pedagogia de alfabetização de adultos, que tinha como principal referência Paulo Freire. Surgiu um novo paradigma pedagógico – um novo entendimento da relação entre a problemática educacional e a problemática social. O analfabetismo, que antes era apontado como causa da pobreza e da marginalização, passou a ser, então, interpretado como efeito da pobreza gerada por uma estrutura social não igualitária (SOARES,1996).
Na percepção de Paulo Freire, portanto, educação e alfabetização se confundem. Alfabetização é o domínio de técnicas para escrever e ler em termos conscientes e resulta numa postura atuante do homem sobre seu contexto. Essas ideias de Paulo Freire se expandiram no país e este foi reconhecido nacionalmente por seu trabalho com a educação popular e, mais especificamente, com a educação de adultos.
Em 1963, o Governo encerrou a 1ª Campanha e encarregou Freire de organizar e desenvolver um Programa Nacional de Alfabetização de Adultos. Porém, em 1964, com o Golpe Militar, deu-se uma ruptura nesse trabalho de alfabetização, já que a conscientização proposta por Freire passou a ser vista como ameaça à ordem instalada. Nesse momento, deu-se o exílio de Freire e o início da realização de programas de alfabetização de adultos assistencialistas e conservadores. Dentro desse contexto, em 1967, o Governo assumiu o controle da alfabetização de adultos, com a criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), voltado para a população de 15 a 30 anos, objetivando a alfabetização funcional – aquisição de técnicas elementares de leitura, escrita e cálculo. Com isso, as orientações metodológicas e os materiais didáticos esvaziaram-se de todo sentido crítico e problematizador proposto anteriormente por Freire (CUNHA, 1999).
A respeito do MOBRAL, Bello (1993) cita que:
 O projeto MOBRAL permite compreender bem esta fase ditatorial por que passou o país. A proposta de educação era toda baseada aos interesses políticos vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de bom comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição estendeu seus braços a uma boa parte das populações carentes, através de seus diversos Programas. (BELLO, 1993).
Nos anos 1980, com a abertura política, as experiências paralelas de alfabetização, desenvolvidas dentro de um formato mais crítico, ganharam corpo. Surgiram os projetosde pós alfabetização, que propunham um avanço na linguagem escrita e nas operações matemáticas básicas. Em 1985, o MOBRAL foi extinto e surgiu, em seu lugar, a Fundação Educar, que abriu mão de executar diretamente os projetos e passou a apoiar financeira e tecnicamente as iniciativas existentes, desempenhando relevante papel como parceira do Ministério da Educação e Cultura, atuando junto às Prefeituras Municipais e Organizações Não Governamentais, principalmente nos movimentos sociais
Essa mudança proporcionou uma transformação significativa na formação do educador e no processo político-pedagógico de ensino-aprendizagem. No entanto, devido ao atraso no repasse de recursos e, em defesa da autonomia na condução dos processos pedagógicos, ocorreram muitos conflitos entre o Governo e a Sociedade Civil. 
Nesse Contexto, em 1990, o Governo Fernando Collor de Mello destituiu a Fundação Educar sem ao menos criar outra instância que assumisse suas funções. Dessa forma, o Governo se desobrigou a conduzir uma política de alfabetização de jovens e adultos no Brasil. Ressalta-se que 1990 foi aclamado pela UNESCO como o Ano Internacional da Alfabetização. (FARIAS, 2006). De acordo com CUNHA (1999), a década de 1980 foi marcada pela difusão das pesquisas sobre língua escrita com reflexos positivos na alfabetização de adultos. Em 1988, foi promulgada a Constituição, que ampliou o dever do Estado para com a EJA, garantindo o ensino fundamental obrigatório e gratuito para todos.
2º Currículo do Estado de São Paulo para Educação de Jovens e Adultos (Ester)
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME) o currículo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Estado de São Paulo tem como principal objetivo intensificar o ensino e a aprendizagem, dando oportunidades para jovens e adultos que por algum motivo não conseguiram completar ou não teve acesso a educação formal. 
A construção do Currículo da Cidade de São Paulo começou em 2018 onde se constituiu por meio de resultados de um trabalho coletivo e dialógico onde obteve a participação de professores de diferentes maneiras que atuam no atendimento da EJA como: Regular, Modular, Centros Integrados de Educação de Jovens e Adultos - CIEJAs e Movimento de Alfabetização de São Paulo - MOVA), além dos representantes das Diretorias Regionais de Educação ( DREs), técnicos da Coordenadoria Pedagógica (COPED) e pesquisadores da área. Uma primeira versão do currículo foi disponibilizada para os profissionais e educadores da Rede Municipal de Educação onde eles pudessem apresentar contribuições na elaboração do documento.
 Na estrutura do currículo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) contém a organização das disciplinas curriculares dos estudantes sendo elas: Arte, Ciências Naturais, Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática e Tecnologias para Aprendizagem.
acesso: 02/11/2021 18:00
CIDADE DE SÃO PAULO EDUCAÇÃO
3º Competências e Habilidades da Educação de Jovens e Adultos (Rose)
Sendo a BNCC um documento de caráter normativo que tem um conjunto orgânico de aprendizagens que os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação básica, de forma que tenham assegurados os direitos de aprendizagem, em concordância com o que prescreve o Plano Nacional de Educação (PNE). 
O documento normativo se aplica de forma exclusiva à educação escolar, definido o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), que está apontado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à constituição de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). 
2 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA 
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da educação básica nas fases do Ensino Fundamental e Médio, que visa oferecer oportunidade de estudos às pessoas que não tiveram acesso desse ensino na idade própria, assim como, prepará-los para o mercado de trabalho.
De acordo com Paulo Freire, se trata de instruir o adulto a aprender a ler a realidade para, em seguida, transformá-la. Diversamente dos moldes da pedagogia conservadora, o ensino da Educação de Jovens e Adultos está intimamente ligado a alguns pressupostos da andragogia de modelos pedagógicos transformadores. 
A oferta de cursos aos jovens e adultos proporciona oportunidade educacional apropriada, considerando as características do aluno, seus interesses, condição de vida e trabalho. A EJA se baseia pelos princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania; do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática; princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais. 
A andragogia, enquanto modelo para a EJA, é identificada pela participação dos alunos, pela flexibilidade, pelo foco no processo, atendendo as especificidades de cada educando, ao invés da ênfase no conteúdo com metodologia e organização voltadas para um currículo rígido.
 Com isso, nesse exemplo, a participação dos alunos poderá ocorrer nas diversas fases do processo de ensino-aprendizagem como diagnóstico das necessidades educativas, elaboração de plano, estabelecimento de objetivos, a partir do diagnóstico e formas de avaliação. 
Alguém que facilite deve ser a identificação do professor, e como tal, sua relação com os alunos é primordial para o ensino, tendo como principal característica o diálogo, o respeito, a colaboração e a confiança. 
O clima propício para a aprendizagem, segundo o modelo andragógico, tem como características o conforto, a informalidade e o respeito, garantindo que o aluno se sinta seguro e confiante.
A pedagogia libertadora valoriza o interesse e a iniciativa dos estudantes, dando prioridade aos temas e problemas mais próximos de suas vivências sobre os conhecimentos sistematizados, coloca no centro do trabalho educativo temas, problemas políticos e sociais, entendendo que o papel da educação é, fundamentalmente, abrir caminho para a libertação.
Lei 9.394, de 20/12/1996, regulamentada através de Pareceres, Portarias e Resoluções Federais, neste documento, os princípios da reparação, equidade e qualificação determinados para esta modalidade de ensino. Considera-se ainda a Lei 8.069/90 (ECA), Resolução nº 3, de 11/03/2009, do Ministério da Justiça, Resolução de n° 02, de 19/05/2010, do Ministério de Educação, Lei 10.741 de 1º /10/2003 (Estatuto do Idoso). 
Levando em conta que a EJA deixou de ser uma compensação e passou a ser um direito ao longo da vida, efetivando-se como uma educação permanente a serviço do pleno desenvolvimento do educando, o Estado de Rondônia oferece Ensino Fundamental e Médio, nas escolas de ensino regular e Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos/ CEEJAS, com organização curricular composta de cursos que vão da Suplência Semestral do Ensino Fundamental e Médio, Telensino Fundamental e Médio, Cursos Assistemáticos semi-presencial - Modular Fundamental e Médio a Exames de Suplência por disciplina organizados de forma sistemática, presencial, semi-presencial e a distância com avaliação no processo ou através de exames gerais.
A educação no contexto prisional é um direito de todos como previsto na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
A Lei de Execução Penal Brasileira (LEP) nº 7.210/1984, reafirma o direito à Assistência Educacional e prevê a existência de uma biblioteca, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos, para garantir uma 15 política de incentivo ao livro e à leitura no sistema prisional. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996 propõeprogramas que devem ser desenvolvidos em parcerias com os governos estaduais, municipais e a sociedade civil, buscando de forma quantitativa e qualitativa para atender a modalidade da EJA, bem como Leis do processo formativo, resoluções e portarias a seguir: Lei nº 10.172/2001, que institui o Plano Nacional de Educação; Lei nº 10.880/2004, que institui o Programa Brasil Alfabetizado. 
PBA; Lei nº 11.494/2007, que se destina à manutenção e ao desenvolvimento da Educação Básica e valorização dos profissionais da Educação; Lei nº 11.947/2009, sobre a alimentação escolar; Lei nº 12.513/2011, que institui o programa de acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); Lei nº 12.433,de 29 de junho de 2011, altera os artigos 126; 127; 128 e 129 da Lei Penal nº 7.210/1984 (LEP); Resolução CNE/CEB nº 03/2009 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para oferta de Educação nos Estabelecimentos Penais; Resolução CNE/CEB nº 2/2010 que estabelece Diretrizes Nacionais para a oferta de EJA em situação de Privação de Liberdade nos estabelecimentos penais; Resolução CNE/CEB nº 3/2010, que institui Diretrizes Operacionais para a EJA nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos e nos exames; Resolução CNE/CEB nº 4/2010, define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica; Resolução CNE/CEB nº 2/2012, define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio; Resolução CEE/RO nº 959/11, que dispõe sobre a oferta da educação no Sistema Prisional; Resolução CEE/RO n. 960/11 sobre a oferta de educação nas Unidades Socioeducativas, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e qualificação profissional; 2.3. 
Organização da Oferta de Educação Formal A oferta será organizada de modo a atender às peculiaridades de tempo, espaço e rotatividade da população carcerária, levando em consideração a flexibilidade prevista no art. 23 da Lei nº 9.394/96 (LDB) e estará associada à qualificação profissional, articulando-as, também, de maneira intersetorial, a políticas e programas destinados a jovens e adultos, e ainda às ações complementares de cultura, esporte, inclusão digital, educação profissional, fomento à leitura e a programas de implantação, recuperação e manutenção de bibliotecas destinadas ao atendimento à população privada de liberdade. 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. Acesso em: 02 nov. 2021 - 11:15 PM. 
BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão; Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; DICEI, 2013. Acesso em: 02 nov. 2021 - 11:15 PM.
4º Perfil do público alvo da Educação de Jovens e Adultos (Carina)
As modalidades de ensino e todos os níveis, a escola deve estar voltada ao aluno e não o contrário. Na EJA, este conceito deve ser reforçado, pois o jovem e o adulto que procuram esta modalidade de ensino já trazem consigo conhecimentos de vida e conhecimentos informais acumulados.
 Isto deve ser aproveitado pelo professor, uma vez que é necessário fazer uma ponte entre o interesse de seus educandos e suas experiências com o conhecimento científico, formal, para que tenha um ensino que esteja a serviço desse perfil de aluno. 
As Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos em sua versão preliminar destacam como ponto preponderante a compreensão sobre o perfil de seus educados: Compreender o perfil do educando da EJA requer conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento afastouse da escola devido a fatores sociais econômicos políticos e ou culturais.
 (DCEs, 2005, p 33) De maneira geral, os alunos que procuram a EJA para retomar seus estudos são pessoas de classe trabalhadora, vivendo grande parte delas de subemprego ou desempregados. 
Muitos foram excluídos da escola pela evasão (outro reflexo do poder da escola, do poder social); outros a deixaram em razão do trabalho infantil precoce, na luta pela sobrevivência (também vítimas do poder econômico). (SANTOS, 2003, p. 74) Apesar de todas as carências citadas, essas pessoas possuem experiência de vida que lhes permitem sobreviver em meio às dificuldades que para muitos seriam intransponíveis, possuem uma forma própria de aprendizagem, um saber próprio resultante de experiências desenvolvidas ao longo da vida, pelo fato de dedicarem-se muito cedo a uma atividade produtiva.
 Portanto, é preciso destacar que o aluno da Educação de Jovens e Adultos já desenvolve os conteúdos, envolvendo-se nas práticas sociais. Falta-lhe sistematizar. A dimensão política e social deve fazer parte das discussões em aula a partir do momento em que o interesse 10 do jovem e do adulto, trabalhador ou não, é estar engajado e participante no contexto social e cultural em que está inserido. 
Por isso, os alunos devem ter oportunidade de contar suas histórias de vida, expor os conhecimentos informais que têm sobre os assuntos, suas necessidades cotidianas, suas expectativas em relação à escola e às aprendizagens. Em qualquer fase da vida escolar, a aquisição de novos conhecimentos deve considerar os conhecimentos prévios dos alunos. 
No entanto, em relação aos jovens e adultos, é primordial partir dos conceitos decorrentes de suas vivências, suas interações sociais e sua experiência pessoal. Como detêm conhecimentos amplos e diversificados podem enriquecer a abordagem escolar, formulando questionamentos, confrontando possibilidades e propondo alternativas a serem consideradas. 
Logo, ao trabalhar com jovens e adultos, o educador deverá ter a humildade de aceitar os conhecimentos já adquiridos por eles e tolerância para saber articular tais conhecimentos com os que pretende fazê-los adquirir; consequentemente, os jovens e adultos terão mais facilidade em aprender se o que estiver sendo ensinado estiver articulado com sua vivência, quando houver a junção entre o conhecimento erudito e a experiência do cotidiano. Em todos os níveis e modalidades de ensino a escola deve estar voltada ao aluno e não o contrário. 
Na EJA, este conceito deve ser reforçado, pois o jovem e o adulto que procuram esta modalidade de ensino já trazem consigo experiências de vida e conhecimentos informais acumulados historicamente. Esta bagagem cultural deve ser aproveitada pelo professor, uma vez que é necessário fazer uma ponte entre o interesse de seus educandos e suas experiências com o conhecimento científico, formal, para que haja uma educação que esteja a serviço desse perfil de aluno. 
As Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos em sua versão preliminar destacam como ponto preponderante a compreensão sobre o perfil de seus educados: Compreender o perfil do educando da EJA requer conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento afastou-se da escola devido a fatores sociais econômicos políticos e ou culturais. 
São em grande parte, marginalizados pela escola e marcados por uma história de entradas e saídas de cursos anteriores, por motivos que variam desde os de ordem pessoal, como cansaço após a jornada de trabalho, desestímulo, alimentação 9 deficiente, até os que dizem respeito ao sistema educacional, como metodologias e recursos pedagógicos inadequados. 
Os que abandonam a escola fazem isso por diversos fatores de ordem social e econômica, mas também por se sentirem excluídos dentro da própria realidade de ensino e aprendizagem na escola. Nesse processo de exclusão, o insucesso na aprendizagem tem tido papel destacado e determina a freqüente atitude de distanciamento, temor e rejeição em relação à escola que parece inacessível e semsentido ao aluno. Para SANTOS: Os jovens e adultos pouco escolarizados trazem consigo um sentimento de inferioridade, marcas de fracasso escolar, como resultado de reprovações, do não aprender. 
A não-aprendizagem, em muitos casos, decorreu de um ato de violência, porque o aluno não atendeu às expectativas da escola. Muitos foram excluídos da escola pela evasão (outro reflexo do poder da escola, do poder social); outros a deixaram em razão do trabalho infantil precoce, na luta pela sobrevivência (também vítimas do poder econômico). 
(SANTOS, 2003, p. 74) Apesar de todas as carências citadas, essas pessoas possuem experiência de vida que lhes permitem sobreviver em meio às dificuldades que para muitos seriam intransponíveis, possuem uma forma própria de aprendizagem, um saber próprio resultante de experiências desenvolvidas ao longo da vida, pelo fato de dedicaremse muito cedo a uma atividade produtiva. 
Portanto, é preciso destacar que o aluno da Educação de Jovens e Adultos já desenvolve os conteúdos, envolvendo-se nas práticas sociais. Falta-lhe sistematizar. A dimensão política e social deve fazer parte das discussões em aula a partir do momento em que o interesse 10 do jovem e do adulto, trabalhador ou não, é estar engajado e participante no contexto social e cultural em que está inserido. Muitos jovens e adultos dominam noções aprendidas de maneira informal ou intuitiva antes de entrar em contato com as representações simbólicas convencionais. 
Em qualquer fase da vida escolar, a aquisição de novos conhecimentos deve considerar os conhecimentos prévios dos alunos. No entanto, em relação aos jovens e adultos, é primordial partir dos conceitos decorrentes de suas vivências, suas interações sociais e sua experiência pessoal. 
Como detêm conhecimentos amplos e diversificados podem enriquecer a abordagem escolar, formulando questionamentos, confrontando possibilidades e propondo alternativas a serem consideradas. Logo, ao trabalhar com jovens e adultos, o educador deverá ter a humildade de aceitar os conhecimentos já adquiridos por eles e tolerância para saber articular tais conhecimentos com os que pretende fazê-los adquirir; consequentemente, os jovens e adultos terão mais facilidade em aprender se o que estiver sendo ensinado estiver articulado com sua vivência, quando houver a junção entre o conhecimento erudito e a experiência do cotidiano. 
ARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação de jovens e adultos no estado do Paraná. Versão Preliminar. Curitiba: SEED – São Paulo. 02 nov. de 2021 – 20:48 PM.
5º Perfil do professor do público alvo da Educação de Jovens e Adultos (Luana)
A Educação de Jovens e Adultos são amparados por lei. no Artigo 62, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n° 9.394/96, determina que:
a formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. (BRASIL, LDB 9394/96)
A Formação dos professores no Art. 22. Fala ainda que: A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Portanto, a formação desses professores exige o cumprimento das normas legais e a busca de soluções para os constantes desafios dessa modalidade. 
Segundo Freire(2002, p. 38), “a formação do educador deve ser permanente
e sistemática, porque a prática se faz e se retrabalha”. Trabalhar na EJA ou mesmo em qualquer outra área requer preparação e treinamento adequados. Como diz no documento das DCN’s da EJA:
Com maior razão, pode-se dizer que o preparo de um docente voltado para a EJA deve incluir, além das exigências formativas para todo e qualquer professor, aquelas relativas à complexidade diferencial desta modalidade de ensino. Assim, esse profissional do magistério deve estar preparado para interagir empaticamente com esta parcela de estudantes e de estabelecer o exercício do diálogo. Jamais um professor aligeirado ou motivado apenas pela boa vontade ou por um voluntariado idealista e sim um docente que se nutra do geral e também 
das especificidades que a habilitação como formação sistemática requer.
No entanto, o fato do professor de EJA utilizar metodologias adaptadas a esse público contribui para a sustentabilidade desses alunos na escola, reduzindo as taxas de evasão nessa modalidade.
“O objetivo fundamental da interdisciplinaridade é experimentar a vivência de uma realidade global, que se inscreve nas experiências cotidianas do aluno, do aluno, do professor e do povo e que, na escola tradicional, é compartimentalizada e fragmentada. Articular saber, conhecimento, vivência, escola, comunidade, meio ambiente e etc. É o objetivo da interdisciplinaridade, que se traduz, na prática, por um trabalho coletivo e solidário na organização do trabalho na escola. (GADOTTI, 2010, p.65).
A interdisciplinaridade permite que os alunos interajam com o ambiente, possibilitando aos professores diferenciar sua prática por meio dos conhecimentos prévios dos alunos. Assim, torna-se uma ferramenta didática que proporciona aos alunos maiores conhecimentos e experiências importantes, além de ser diferente do ensino tradicional e discreto.
Nesse contexto, a formação do especialista em EJA está atrelada ao compromisso do professor com a formação, além do compromisso do poder público com a oferta de cursos avançados para profissionais.
Deve-se repensar a Educação de Jovens e Adultos, suas diretrizes e parâmetros, e principalmente investir na qualificação docente dos profissionais que atuam nesta área de trabalho. Assim sendo, o professor precisa receber uma formação inicial voltada a este campo de ensino, como também, durante sua atuação necessita ter uma formação continuada. (OLIVEIRA, OLIVEIRA, SCORTGAGNA, 2012, p. 68)
Os autores também chamam a atenção para a necessidade de investir na qualificação dos professores, esclarecer a necessidade da formação inicial e entender que a formação ocorre durante a vida profissional.
Brasil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB Lei nº 9394/96. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: 30 outubro 2021.
BRASIL,Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/CEB n.11/2000 – Homologado. Aprovado em 10 de maio de 2000. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: http://portal.mec.gov.br PDF. Acesso em: 30 outubro 2021
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.16 ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra.2002.
OLIVEIRA, Rita de Cassia, SCORTEGAGNA Andressa Paola. Fundamentos Teórico-metodológicos na Educação de Jovens e Adultos. Ponta Grossa-PR. 2011, 122 p.. Disponível em: www.seer.furg.br/momento/article/download/2440/2202. Acesso em: 31 outubro 2021 
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Práxis. 5. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2010.
6º Evasão na Educação de Jovens e Adultos (Érica)
Mesmo com a instauração de leis que garantem a educação de jovens, adultos e idosos e com a perspectiva de mudança social a partir deste novo olhar sobre a educação da EJA, são vivenciadas situações que travam a condição desses sujeitos a completarem o ciclo de escolarização. 
A questão a se considerar antes de se discutir sobre evasão é saber o perfil dos estudantes da EJA, ou seja, que público é esse e por que passa pela evasão escolar. 
As diferenças entre o público da EJA são grandes em relação aos estudantes de classe regulares: idade, interesses pela educação formal, relação com a sociedade e mercado de trabalho. No art. 32 da LDB, são especificadas as premissas:
1 O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meiosbásicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
2 A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
3 O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
4 O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Assim, a relação entre estudo, ensino e aprendizagem de crianças difere da relação que os jovens adultos e adultos têm em relação à escola, ao ensino e aprendizagem. De acordo com Arroyo (2006, p. 22)
Penso que a reconfiguração da EJA não pode começar por perguntar-nos pelo seu lugar no sistema de educação e menos pelo seu lugar nas modalidades de ensino. [...] O ponto de partida deverá ser perguntar-nos quem são esses jovens e adultos.
Cada estudante possui uma perspectiva acerca da educação formal e as relações com o processo de ensino e aprendizagem configuram obstáculos a serem superados por estes discentes ao longo do ano letivo. 
Os meios sociais e culturais destes estudantes interferem diretamente na necessidade instrucional, ou seja, cada discente interessa-se pela educação formal em detrimento de uma necessidade.
Santos (2003), afirma que para assumir e manter a identidade de estudantes, esses sujeitos, tendo no trabalho e na família a centralidade de suas vidas, acabam precisando arcar com custos objetivos e subjetivos diversos, e, em muitos casos, bastante altos;
É importante respeitar as condições culturais desses jovens e adultos. Eles precisam ser compreendidos, criar um elo de comunicação entre o educador e educando.(GADOTTI,1995) 
Tem-se em discussão duas vias a serem analisadas: o acesso à educação básica e a qualificação profissional de sujeitos que não tiveram, por vários motivos, oportunidade de concluir o ensino médio.
Por um lado, a promoção de direito adquirido legalmente sugere a formação deste sujeito de forma completa, no sentido de domínio do conhecimento erudito. 
 Por outro lado, a prática escolar desta modalidade sofre influências de práticas pedagógicas infantilizadas que, muitas vezes, não levam em consideração a faixa etária desse público, fazendo com que, dentre outros fatores, os sujeitos, estudantes da EJA, evadam ao longo do ano letivo.
Na maioria das vezes, a metodologia aplicada e a não valorização dos conhecimentos e experiências culturais adquiridas fora do espaço escolar não são levados em consideração e, por isso, a consequência gerada é a evasão.
CAUSAS DA EVASÃO NA EJA
Os atos de evadir-se do ambiente escolar para os estudantes da EJA constituem aspectos que formam um conjunto de motivos pelos quais a necessidade e interesse deste público em estar na escola não configuram suas reais necessidades.
Campos (2003) citando Fonseca (2002, p. 5), afirma que 
os motivos para o abandono escolar podem ser ilustrados quando os jovens e adultos deixam a escola para trabalhar; quando as condições de acesso e segurança são precárias; os horários são incompatíveis com as responsabilidades que se viram obrigados a assumir; evadem por motivo de vaga, de falta de professor, da falta de material didático; e também abandonam a escola por considerarem que a formação que recebem não se dá de forma significativa para eles.
Ao serem analisadas as causas da evasão, percebe-se que a realidade educacional vigente, ocasionada pela educação neoliberal dos últimos anos, dá a condição do sujeito escolarizar-se, mas a grande dificuldade encontrada está na permanência e não no acesso à escola. 
O governo amplia, a cada ano, a reserva de vagas para estudantes de perfil da EJA, fazendo com que o acesso à escola não seja um obstáculo por causa da falta de vagas e ao mesmo tempo temos presenciado a partir das políticas neoliberais e do descaso com a educação, as escolas da EJA fechando as portas e inviabilizando muitas vezes a permanência desses estudantes.
Os horários que se chocam entre a necessidade de trabalhar e estudar configura um momento de escolha das prioridades. A própria LDB 9.394/96, assegura que esta modalidade possibilita condições de acesso à educação e traz a caracterização da modalidade de ensino, da segurança em oferta gratuita de matrícula, também dentro desta modalidade.
Outra questão que pode ser analisada é a figura do professor, seu papel e formação adequada para ensinar nesta modalidade. 
Muitas vezes, os estudantes evadem porque a metodologia não corresponde a seus interesses reais e a sua faixa etária, deixando a desejar quanto à real necessidade daquilo que o estudante da EJA necessita aprender.
De acordo com Freire (1987, p. 22): 
A práxis é reflexão e ação dos humanos sobre o mundo para transformá-lo. Sem ela, é impossível a superação da contradição opressor oprimido. Desta forma, esta superação exige a inserção crítica dos oprimidos na sociedade opressora, com que a objetivando, simultaneamente, atuam sobre ela.
Por essa razão, a escola tem que ter o cuidado e o interesse de propor estratégias adequadas para que as expectativas deste público sejam atendidas. 
O professor deve ser o facilitador e o mediador dos interesses dos estudantes, estimular o discente a ter vontade de aprender, usar de criatividade alcançar um resultado que deixe os educandos satisfeitos, evitando a evasão.
As evidências demarcam pontos fundamentais e de mudança nesta realidade, mas condiciona a aspectos relevantes e que ainda precisam ser discutidos no âmbito das questões sociais, culturais e educacionais. Aspectos como dificuldade de acesso à escola, baixa renda, idade, dentre outros, são foco de discussão da evasão na EJA, mas os caminhos percorridos para que esses educandos pudessem minimizar esses problemas antes de afetar o processo de escolarização é o que talvez seja o ponto a ser discutido.
Entrevistas
Análise de dados
Conclusão
Bibliografia

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