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ARTIGO SOBRE FALÊNCIA docx

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ANA KASSIA SANTOS SOUSA
FALÊNCIA
Trabalho apresentado à Faculdade Mauá de
Brasília, na disciplina Direito Empresarial II,
como requisito parcial à obtenção do grau de
Bacharel em Direito, sob a orientação do
Professor Helvécio.
Brasília-DF
2017
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, pretende-se abordar o processo falimentar previsto e
disciplinado na lei ordinária federal n. 11. 101, de 9 de fevereiro de 2005 (Lei de
Recuperação e Falências). A Lei de Recuperação e Falência disciplina regras
aplicáveis aos empresários e às sociedades Empresárias no que é pertinente ao
regime jurídico de execução das dívidas da empresa e à possibilidade de
restabelecimento da atividade empresária através do sistema de recuperação de
empresas.
Falência é o processo através do qual o devedor empresário é afastado de
suas atividades com vistas a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens,
ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa Através Da
falência dá-se o encerramento da atividade econômica desenvolvida pela empresa
em crise financeira, de forma a Minimizar os prejuízos de seus empregados e
credores.
1. JUÍZO COMPETENTE
A lei de falências determina que a competência para os processos de
falência, de recuperação judicial e homologação de recuperação extrajudicial é do
juízo do principal estabelecimento do devedor. Entenda-se como “principal
estabelecimento” aquele em que se encontra centrado o maior volume de negócios
da empresa, mesmo que outro tenha sido estabelecido, consensual ou
contratualmente.
2. PROCESSO FALIMENTAR
O processo falimentar inicia-se com o pedido ou requerimento da falência.
Possuem legitimidade ativa para requerer a execução coletiva: o próprio devedor
empresário, caso em que ocorre a autofalência e qualquer credor, nesse caso, o
credor empresário deverá apresentar prova de regularidade perante o Registro
Público de empresas. O credor que não tiver domicílio no Brasil, apenas poderá
requerer a falência se prestar caução. Também possui legitimidade ativa para
requerer falência: o cônjuge sobrevivente; os herdeiros do devedor; o inventariante;
e o sócio ou acionista da sociedade.
3. PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial para o requerimento de falência deve atender aos requisitos
genéricos previstos no Código de Processo Civil e a requisitos específicos previstos
na lei de recuperação e falência. Para falência requerida com base na
impontualidade de pagamento o pedido deve ser instruído com título executivo cujo
valor ultrapasse 40 salários mínimos e com o devido instrumento de protesto.
Falência requerida com base em execução frustrada, o pedido deve ser
instruído com a certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução Já em
caso de pedido de falência baseado na prática de ato de falência, o requerente
deverá descrever os fatos que caracterizam o ato, juntando as provas que possui e
especificando as que pretende produzir.
4. RITO DO PROCESSO FALIMENTAR
O pedido de falência segue rito diferente em função de seu autor Quando o
pedido for realizado pelo próprio devedor, o rito a ser seguido é o previsto nos arts
105 a 107 da Lei de Falência; nos demais casos, segue-se o rito do art 98, da
mesma lei.
5. AUTOFALÊNCIA
Ao requerer sua própria falência, o devedor deve apresentar o pedido
acompanhado dos seguintes documentos: 1 demonstrações contábeis referentes
aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o
pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e
compotas obrigatoriamente do balanço patrimonial, das demonstrações de
resultados acumulados, das demonstrações do resultado desde o último exercício
social e do relatório do fluxo de caixa; 2 – relação nominal dos credores; 3 – relação
dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e
documentos comprobatórios de propriedade; 4 – prova da condição de empresário,
contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os
sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais; 5 – os livros obrigatórios
e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; e 6 – relação de seus
administradores nos últimos 5 (cinco) anos. Não estando o pedido regularmente
instruído, o juiz determinará que seja emendado, caso contrário, proferirá a sentença
declaratória de falência, sem prévia oitiva do Ministério Público.
6. FALÊNCIA REQUERIDA POR CREDORES E TERCEIROS
Quando requerida a falência por terceiros, ou seja, por credor, sócio,
cônjuge, herdeiro ou inventariante, a lei prevê a citação do empresário devedor para
responder em 10 dias. Se o pedido da falência baseia-se na impontualidade
injustificada ou execução frustrada, o devedor pode elidi-lo depositando em juízo, no
prazo de resposta, o valor correspondente ao total de crédito em atraso, acrescido
de correção monetária, juros e honorários advocatícios Esta é a determinação do art
98 da Lei de Recuperação e Falência. O devedor pode, no entanto, apenas
contestar o pedido de falência, caso em que o juiz, acolhendo as razões de defesa,
deverá proferir sentença denegatória de falência, condenando o requerente nas
verbas de sucumbência e, eventualmente, em perdas e danos, se a falência tiver
sido requerida com dolo Caso o juiz não acolha as razões de defesa, proferirá
sentença declaratória de falência.
7. EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DO FALIDO
Extingue as obrigações do falido:
a) o pagamento de todos os créditos ;
b) o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50%
(cinquenta por cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o
depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto
não bastou a integral liquidação do ativo;
c) o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da
falência, se o falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto na
lei de Recuperação e Falência; e
d) o decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da
falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto na lei
de Recuperação e Falência.
Cumpridas as obrigações de acordo com as hipóteses mencionadas, o falido
poderá requerer ao juízo da falência que suas obrigações sejam declaradas extintas
por sentença, podendo opor-se a esse pedido qualquer credor. Da sentença que
julga o pedido do falido sobre a extinção de suas obrigações cabe apelação. Tal
sentença, quando exarada antes do encerramento da falência, declarará extintas as
obrigações do falido. Aborda o inciso II, nas palavras de Fábio Ulhoa Coelho que,
um empresário que entra em falência com um patrimônio de valor superior a
cinquenta por cento de seu passivo poderá obter a declaração de extinção das
obrigações logo após a realização de seu ativo e rateio do produto apurado
(COELHO,2007,P.309).
REFERÊNCIAS
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial, 16ª ed São Paulo: Saraiva,
2005.

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