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CONSTITUCIONAL 1 SEGUNDA PARTE (DIOGO GUANABARA)

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1 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
A constituição 
A constituição tem caráter polissêmico: modo de ser, 
de determinar as coisas, dentre outros. Constituição é 
um conjunto de normas: Concepção jurídica/normativa. 
Ordenamento Jurídico: Concepção jurídica. 
Organização social: Concepção sociológica. 
Norma máxima do Estado: Concepção jurídico-
normativa. 
Conjunto dos valores políticos principais: Concepção 
política. 
O Estado irá se observado sobre algumas perspectivas: 
Uma constituição no víeis sociológico: 
Essa concepção foi pensada por Ferdand Lassalle que 
escreveu um livro chamado “A essência da 
Constituição” escrito em 1863 que espelha ideais 
socialistas. A lógica esse livro é explicar o que é uma 
constituição, e para esse autor a constituição é um 
reflexo da realidade existente na sociedade, ou seja, se 
a sociedade é politizada a constituição irá se espelhar 
nisso. A sociedade é dominada por grupos sociais 
específicos, e dentro dessa explicação ele tem o 
conceito de fatores reais do poder: a constituição é a 
soma da vontade de fatores reais do poder. 
A constituição é os que esses fatores querem que ela 
seja, então, se eu tenho uma sociedade militarizada, a 
constituição também terá essa feição, e se ao 
contrário, eu tenho uma sociedade democrática, a 
constituição também será esse reflexo. Ele diferencia a 
constituição real: soma dos fatores reais do poder da 
constituição jurídica: mera folha de papel, o direito e a 
constituição jurídica não tem nenhuma relevância na 
constituição real. Ele dirá isso, pois seu olhar é sempre 
 
 
 
sociológico. Na concepção sociológica temos a ideia de 
que, o que importa mesmo são as tramas sociais. 
Na concepção política da constituição 
Temos outro olhar sobre esse objeto de estudo: Carl 
Schimitt. Para ele a constituição é o repositório das 
principais decisões políticas de uma sociedade. A sua 
concepção compreende a constituição e o seu 
fenômeno político. Se o estado é autoritário isso irá 
estar expresso no texto constitucional. Ele não se 
preocupa com uma perspectiva sociológica de uma 
constituição, porque, na visão dele, a constituição tem 
que ser um instrumento de unidade das vontades 
políticas de um estado. Ele é muito associado a teoria 
de Hitller pois percebe-se claramente que a teoria do 
nazismo pegou o sentido dessa constituição para 
explicar o esquecimento da decisão de Waimer e a 
segregação contra todos os sujeitos que não fossem 
considerados da raça ariana. 
Na concepção jurídica 
Temos um teórico muito relevante que foi Hans 
Kelsen, que na sua teoria pura do direito previu o que 
chamamos de concepção jurídica da constituição – a 
constituição é entendida como norma jurídica pura de 
organização da sociedade e do Estado – ela é pura, 
pois não se liga para estudar o fenômeno do direito a 
luz da sociologia, política, e outros saberes científicos, 
ela baseia-se apenas no direito. É isso que Kelsen 
trabalha na sua teoria pura do direito. Kelsen falava que 
se o direito se relacionasse com outros saberes, iria se 
perder sempre para essas teorias, o que geraria uma 
subjetividade e aumentando a insegurança. 
Portanto, a constituição na visão dele seria puramente 
jurídica. A constituição poderia assumir o sentido lógico 
jurídico, que seria uma norma hipotética fundamental: 
fundamento de validade desta constituição tem uma 
lógica meta-jurídica, pois representa o acordo de 
cumprir a constituição; ou o sentido jurídico positivo: 
2 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
 
norma posta, concreta e que confere unidade ao 
Sistema Jurídico. 
 Concepção normativista 
Konrad Hesse, que critica as ideias de Lassalle.. Para ele, 
existe um condicionamento recíproco entre a 
constituição jurídica e a realidade política e social, ou 
seja, da mesma forma que a constituição é reflexo da 
sociedade, a constituição tem capacidade, força 
normativa, de modificar a sociedade. É uma via de mão 
dupla. 
 Concepção cultural 
Busca unir todas as outras concepções. É um sistema 
aberto de normas em correlação com os fatos 
sociopolíticos. 
Elementos da constituição 
Orgânicos: organização política do Estado. 
Limitativos: limitam a ação do Estado. 
Sócio ideológico: compromisso da constituição com a 
ordem social (educação, saúde, cultura, meio ambiente 
etc). 
Estabilização constitucional: assegura a solução de 
conflitos constitucionais e guarda da constituição (art. 
102 e 103), como o controle de constitucionalidade. 
Formais de aplicabilidade: regras que ajudam a 
constituição a ser aplicada (preâmbulo, ADCT). 
Classificação das Constituições 
Quanto à origem (como pode ser criada): 
 
1- Outorgada- imposta por alguém ou um grupo. 
Ex.: D. Pedro fez isso. 
 
 
 
 
 
2- Promulgada- discutida em assembleia 
constituinte que represente a sociedade. Ex.: 
Constituição Federal de 1988. 
3- Cesarista- criada por um indivíduo e é 
submetida a um plebiscito. Usada muitas vezes como 
uma maquiagem jurídica. Ex.: Hugo Chávez fez isso na 
Venezuela. 
4- Pactuada- como um pacto de pacificação. Ex.: 
Magna carta, utilizada para apaziguar a monarquia e a 
aristocracia. 
 
Quanto à forma: 
 
1- Escritas- instrumental. CF88 é escrita. 
2- Não escrita- consuetudinária (costumes) 
 
Quanto ao conteúdo 
A constituição brasileira possui as duas formas 
Normas materialmente constitucionais- coração da 
constituição Normas necessárias, objetos de estudo do 
direito constitucional. Essas normas são as que 
englobam a organização do Estado e as que garantem 
direitos fundamentais. 
Normas formalmente constitucionais- normas que não 
precisariam estar na constituição, mas, por opção 
legislativa, foram colocadas no texto constitucional. 
Ex.: art. 242, §2°, CF88: 
“Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às 
instituições educacionais oficiais criadas por lei estadual 
ou municipal e existentes na data da promulgação 
desta Constituição, que não sejam total ou 
preponderantemente mantidas com recursos públicos. 
§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as 
contribuições das diferentes culturas e etnias para a 
formação do povo brasileiro. 
3 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
 
§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de 
Janeiro, será mantido na órbita federal.” 
Obs.: Art. 5°, §3° 
“ § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos 
dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. ” 
Ou seja, normas materialmente constitucionais que não 
estão na constituição. 
Quanto à extensão 
Sintética (concisas, breves, sumárias, sucintas, básicas) - 
normalmente focadas nas normas materialmente 
constitucionais. 
Analítica (prolixa) - normas materialmente e 
formalmente constitucionais. A CF88 é prolixa. Isso traz 
alguns problemas, pois, regula em excesso, perdendo 
um pouco da força normativa. 
Quanto ao modo de elaboração 
Dogmática- pensada para ser o centro de validade da 
ordem jurídica. CF88 é dogmática. 
Histórica- de maneira consuetudinária. Não foi pensada 
para ser o centro de validade da ordem jurídica, 
simplesmente ocorreu e ganhou importância. 
Quanto à alterabilidade 
A constituição pode ser reformada? 
Imutável- não. 
Rígida- Sim, mas é difícil. Processo difícil e solene de 
modificação do texto em comparação a uma criação 
legislativa normal. CF88 é rígida. 
 
 
 
Flexível- sim, e é fácil. Processo para modificação da 
mesma forma que uma criação legislativa normal. 
Semirrígida (semi-flexível) – depende. Partes 
modificadas de maneira solene e difícil, e partes que 
podem ser modificadas com facilidade. 
Quanto à ideologia 
Ortodoxa- só existe uma forma de pensar. Ex.: 
constituição comunista.Eclética (pluralista) - mais de uma forma de pensar. Ex.: 
CF88 é eclética. Permite partidos liberais e socialistas, 
por exemplo. 
Quanto ao modo de ser (classificação ontológica) 
A constituição funciona? 
Constituição normativa- plena eficácia e efetividade na 
realidade social. 
Constituição nominal – validade jurídica, mas não é 
efetiva do ponto de vista social. Maquia a realidade. 
Constituição semântica- procura formalizar o poder 
político em benefício do grupo dominante ou dos 
poderes reais do poder que Lassalle falava. Construção 
simbólica. Objetivo de revestir o autoritarismo. 
A classificação da CF88 depende da visão de cada um. 
Quanto à finalidade 
Para que serve a constituição? 
Garantia- garantia de direitos fundamentais. Limita o 
poder do Estado. Exige um “não fazer”, um respeito do 
Estado. 
Dirigente- serve para orientar a atuação do Estado na 
realização de política pública. Exige uma proatividade, 
um “fazer” do Estado. 
4 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
A CF88 possui normas de garantia e de dirigência. 
Constituição de 1988 
Constituição de 1988 
Obs: A constituição de 88 era dividida em parte 
dogmática (composta por 9 títulos) e ADCT. Havia 
também o preâmbulo, que não é norma constitucional. 
Parte dogmática: 
Título I- princípios fundamentais. 
Título II- direitos e garantias fundamentais. 
Título III- organização do Estado. 
Título IV- organização dos poderes. 
Título V- defesa do Estado e das instituições 
democráticas. 
Título VI- tributação e orçamento. 
Título VII- ordem econômica e financeira. 
Título VIII- ordem social. 
Título IX- disposições constitucionais gerais. 
 Preâmbulo: não tem força normativa nem 
relevância jurídica. NÃO É NORMA CONSTITUCIONAL. 
Apenas uma apresentação. 
 ADCT: Normas transitórias. São normas 
jurídicas constitucionais, com força normativa. Em tese, 
seriam normas temporárias. Na prática, existem normas 
“permanentes”. Mesmo peso das normas na parte 
dogmática. 
Efetividade das normas constitucionais 
O que é uma norma jurídica? 
Diferença entre texto e sentido atribuído ao texto. 
 
 
Texto é o que está escrito, os artigos em si. Ao ler um 
texto, há um sentido atribuído pelo leitor. A norma 
jurídica é o sentido. 
A norma constitucional 
É norma jurídica. 
Características comuns às normas jurídicas: 
 Imperatividade (deve ser cumprida). 
 Garantia (conferem direitos) 
 Além de ser norma jurídica, a norma 
constitucional possui características próprias. 
A constituição é o fundamento jurídico para todo 
ordenamento. 
Características próprias das normas constitucionais: 
 Superioridade hierárquica. 
 Natureza da linguagem (aberta, princípios 
amplos). 
 Conteúdo específico: normas de organização 
do Estado, normas definidoras de direitos, normas 
programáticas (generalidade; abstração elevada; direitos 
subjetivos). 
 Discussão sobre a eficácia das normas 
programáticas: na constituição, o direito ao lazer, 
cultura, moradia etc são garantidos. Porém, não é 
possível entrar com ação para que o Estado forneça 
isso. 
Condições de aplicabilidade das normas constitucionais 
Vigência + validade + eficácia = norma constitucional 
aplicável. 
Vigência: existência. 
Uma norma pode existir e não ser válida. Pode existir, 
ser válida, mas não possuir eficácia. 
Se atingir os três aspectos, é aplicável. 
5 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
Existem níveis para eficácia, que geram níveis 
diferentes de aplicabilidade. 
Classificação das normas constitucionais 
Normas de eficácia plena: cumprem totalmente a 
eficácia, não precisam de lei infraconstitucional. Sozinhas, 
já bastam. Aplicabilidade direta, imediata e integral. 
Normas de eficácia contida: plena aplicabilidade, até que 
se crie uma lei infraconstitucional que limite/contenha o 
conteúdo dessas normas. Aplicabilidade direta, imediata, 
mas restringível. 
Ex.: Art. 5°, CF88. XIII - é livre o exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; ou seja, a pessoa 
pode ser a profissão que quiser, contanto que siga as 
qualificações profissionais determinadas para aquele 
trabalho. 
Normas de eficácia limitada: necessitam lei 
infraconstitucional para que tenham plena aplicabilidade. 
Até lá, aplicabilidade reduzida e mediata. 
Subdivisão: 
Declaratórias de princípios organizativos- preocupadas 
com a organização do Estado. Ex.: criação de 
municípios, taxação de grandes fortunas. 
Declaratórias de princípios programáticos- direitos 
sociais. Exigem que o Estado crie leis para promover a 
saúde, educação, lazer etc. 
Hermenêutica e interpretação constitucional 
Enunciado normativo é o texto, aquilo que nós lemos, é 
o objeto, enquanto norma jurídica é o sentido que eu 
atribuo ao texto através da interpretação – eu na 
condição de interprete, ao ler o texto, o interpreto e 
retiro dele um sentido. Essa norma jurídica pode se 
apresentar de duas maneiras: 
 
 
1- Na forma de uma norma jurídica regra: O que 
diferencia uma regra de um princípio não é o texto, 
mas sim o sentido que eu atribuo a ele. Princípio e 
regra estão no mesmo patamar hierárquico. Regra é 
uma expressão uma afirmação uma proibição ou uma 
permissão. São aplicadas no modo “tudo ou nada” – ou 
é ou não é (ao falar disso, estamos lidando com o tema 
da subsunção). As regras dão mais segurança jurídica. 
2- Norma jurídica princípio Princípios expressam, 
na maioria das vezes, o conteúdo de decisões políticas 
fundamentais, conteúdo de valor ético, ou até mesmo 
finalidades públicas que devem ser realizadas pelo 
Estado. Os princípios tendem a ter estrutura normativa 
aberta e abstrata. A aplicabilidade se dá de acordo com 
a dimensão do peso do caso concreto. Os princípios 
são aplicados com base na ponderação – situação que 
envolve dois valores protegidos pelo direito. A 
ponderação me dá a possibilidade de aferir no caso 
concreto qual o valor que eu vou dar mais importância 
– nem sempre a intimidade é o mais importante. 
Com relação ao papel do intérprete, ele irá ter mais 
liberdade de criação de normas jurídicas quando estiver 
lidando com princípios. Em contrapartida, as regras 
trazem segurança às relações. 
Hermenêutica X Interpretação 
A hermenêutica é a área do conhecimento focado na 
construção dos saberes que vão ajudar a interpretação 
ocorrer. Ela vai construir as ferramentas adequadas para 
que nós façamos a interpretação jurídica – que por sua 
vez é a atividade prática em que eu leio o texto e 
construo/alcanço a norma jurídica. 
A hermenêutica constitucional é uma parte da 
hermenêutica jurídica. A norma constitucional é a 
principal norma dentro de uma ordem jurídica e é 
superior do ponto de vista hierárquico em relação às 
demais: tem conteúdos específicos, e tem caráter 
político. 
6 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
Métodos de interpretação Constitucional 
Métodos são caminhos que nós podemos pegar ou 
tomar para interpretar alguma coisa, nesse caso o 
texto jurídico. 
Método Hermenêutico clássico ou jurídico: um dos 
métodos mais utilizados para resolver problemas no 
direito. Savigny faz a percepção de que a constituição 
é uma lei e por isso precisa ser interpretada. Para ele, o 
texto da lei é ao mesmo tempo o ponto de partida do 
intérprete e o limite dessa interpretação. O intérprete é 
um revelador do sentido do texto. O juiz (interprete) 
pode se valer de vários elementos nesse caso, como: 
os elementos históricos investigando a origem daquela 
regra/lei; sistemático, gramatical: analisando ponto por 
ponto e letra por letra, lógico: que vai entender não 
somente a lei na sua perspectiva sistemática, mas 
dentro de uma lógica jurídica como um todo. 
Ocorre que, essa forma de aplicação do direito, não 
funciona para tudo. Dessa forma, esse métodose torna 
ineficiente para casos difíceis – HARD CASES. Esses 
casos exigem uma diferenciação em relação aos 
métodos. Os HARD CASES desafiam os intérpretes a 
resolver problemas jurídicos. 
Método tópico problemático: Criado por Theodor 
Viehweg o qual trabalha com o conceito de tópica = 
uma técnica mental que vai ser orientada para resolver 
problema. ESSE PROBLEMA É SOLUCIONADO DE 
QUALQUER FORMA, pouco importa se a forma de 
resolver esse problema está apoiada no direito. Ele 
resolve isso através das características desse método, 
que podem ser modificadas no seu caráter aberto: do 
ponto de vista prático, eu posso argumentar de 
qualquer maneira para resolver aquele problema. Do 
ponto de vista prático, esse método admite múltiplas 
interpretações desde que resolvam o problema. O topoi 
é uma forma de argumentação, é um ponto de vista 
que busca revelar aquela interpretação mais 
 
 
conveniente para resolver aquele problema. Pelo 
auditório universal é decidido se o topoi deve ser aceito 
ou não. Se for aceito, o problema foi resolvido. Isso 
acaba causando insegurança jurídica, pois eu posso 
prender ou absorver uma pessoa de acordo com a 
vontade dos seus julgadores. 
Método Hermenêutico Concretizador 
Criado por Konrad Hesse em seu livro chamado 
“Elementos do Direito Constitucional da R..F.A (República 
Federativa da Alemanha)” – esse método visa que a 
metodologia de interpretação constitucional deve ter 
atenção a realidade concreta. Do ponto de vista prático, 
o intérprete sempre vai interpretar o texto atendo a 
sua realidade, e não apenas porque ele quer. Ele aplica 
o entendimento do texto a uma realidade concreta. 
CONCRETIZAR A NORMA para Konrad Hesse significa 
pressupor o entendimento da norma. Para esse autor, 
no momento que vamos concretizar a norma, é 
necessário que tenhamos que expor 
fundamentalmente as nossas pré-concepções. Essa 
concretização permite que o intérprete determine o 
conteúdo material da norma jurídica: no momento em 
que eu pego o artigo e retiro dele uma norma jurídica, 
eu irei aplicar isso num caso concreto. 
A premissa desse método está associada ao sujeito 
intérprete – o qual não é uma folha em branco, pois, 
tem preconcepções, interpretando o texto levando em 
conta essas compreensões prévias. Com isso, só é 
possível trabalhar esse método concretizador a partir 
de premissas e de elementos, dentre eles: 
1- A norma a ser concretizada está inteiramente 
no “texto” = esse método fala que, a norma jurídica 
que iremos extrair do texto, deve ser coincidente com 
aquilo que está escrito – isso porque o método tópico 
problemático não exige uma coincidência entre texto e 
norma. Por isso nesse método há uma pré-
compreensão da norma pelo intérprete o qual parte da 
7 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
 
 
premissa de que nenhum sujeito é neutro e despido de 
preconceito, então, quando eu leio um texto eu já 
parto de pré concepções minhas. Assim, é necessário 
resolver um problema concreto com base no texto - 
diferentemente do método tópico-problemático que 
permite resolver situações até mesmo fora do direito. 
MÉTODO CIENTÍFICO-ESPIRITUAL 
Pensado por Rudolf Smend o qual escreveu o livro 
“Constitución y Derecho Constitucional” de 1985, cuja 
lógica é utilizada no Brasil por aqueles que se 
autodenominavam movimento do “direito achado na 
rua” – direito engajado a resolver problemas sociais. A 
percepção de Smend é que o processo de 
interpretação necessariamente deve levar em conta 
fatores extra constitucionais, ou seja, problemas 
relacionados à realidade social. A constituição nesse 
caso adquire muito mais uma feição politica do que 
jurídica, é muito mais um instrumento de 
transformação política da sociedade do que um 
instrumento de solidificação da segurança jurídica. 
A maior crítica feita a esse método é que ele gera 
uma indeterminação e mutabilidade dos resultados 
obtidos, ou seja, insegurança jurídica. 
 
MÉTODO NORMATIVO ESTRUTURANTE 
 
Criado por Friedrich Muller no seu livro “Métodos de 
trabalho do Direito Constitucional”. A principal premissa 
de Muller é a de que texto e norma não se 
confundem. Para ele, existe uma implicação necessária 
entre dois conceitos/estruturas normativas importantes 
– para ele, para que haja uma interpretação é 
necessário que haja uma interação entre programa 
normativo e âmbito normativo. 
1- Programa normativo: Conjunto de domínio 
linguístico resultante da abertura semântica do texto. É 
a primeira percepção que temos ao ler o texto. 
 
 
2- Âmbito Normativo: Conjunto de domínio real, 
doutrina, jurisprudência, a realidade social, que o texto 
pretende regular. São elementos fora do texto, mas 
que são importantes para que eu possa resolver o 
problema. 
Portanto, a norma jurídica fruto da interpretação, é o 
resultado entre os dois eixos mencionados acima. Muller 
diferencia a norma jurídica e norma decisão que é 
aquela que decide ou resolve o problema do caso 
concreto. 
A norma jurídica é a conclusão e irá ser concretizada 
com a NORMA-DECISÃO: 
Princípios da Interpretação Constitucional 
São instrumentos que ajudam o intérprete a interpretar 
a constituição. 
1- Princípio da Unidade da Constituição – na visão 
dele, a constituição é única e tem que ser interpretada 
da maneira global e sistémica. O intérprete tem que 
buscar a harmonia dos espaços de tensão entre as 
normas constitucionais. 
2- Princípio do efeito integrador: orienta que o 
intérprete ao interpretar a constituição, busque sempre 
a agregação social. Ex; HC 82.424/RS que trabalha a 
discussão sobre os limites da liberdade de expressão. 
3- Princípio da máxima efetividade: O intérprete 
deve buscar a máxima efetividade social da norma 
constitucional, principalmente no que se refere a 
direitos fundamentais. 
Os métodos tópico-problemático e científico-espiritual 
utilizam muito esse princípio; certo ativismo judicial. 
4- Princípio da conformidade funcional 
Manutenção do esquema organizatório da estrutura do 
Estado, previsto na constituição. Não desestabilizar o 
Estado. 
ADI 4029- criação do Instituto Chico Mendes por 
medida provisória e o seu processo legislativo. O STF 
viu que todas as MPs não seguiam o devido 
8 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
 
procedimento, porém, decidiu não anular todas para 
não desestabilizar o Estado. 
Princípio da Concordância Prática 
(Harmonização) 
Parte da premissa de que é possível ter na constituição 
valores que colidem. 
Coexistência harmônica dos bens jurídicos 
constitucionais. 
Tanto faz se são regras ou princípios. 
Evitar o sacrifício de bens constitucionais. 
Inexistência de hierarquia entre normas regras e 
normas princípios. 
Princípio da força normativa 
Soluções hermenêuticas que, ao mesmo tempo, 
garantam a atualização da constituição e a sua eficácia 
permanente. 
Princípio da proporcionalidade 
Colisão entre normas constitucionais. 
Restrições de direitos constitucionais. 
Proporcionalidade como elemento para aferir a 
legitimidade da restrição. 
Etapas: 
1° etapa- Adequação: meio mais adequado para atingir a 
finalidade (qual a solução). 
2° etapa- Necessidade: meio mais suave e suficiente 
para proteger a norma constitucional (quantificação da 
solução). 
 
 
 
 
3° etapa- Proporcionalidade em sentido estrito: mais 
vantagem ou desvantagem? (Relação custo/benefício. 
Ver se vale a pena). 
Ex.: pensando se fosse num caso de medicina, um 
senhor de 98 anos aparece com câncer. Na primeira 
etapa, o médico identifica que o tratamento seria a 
quimioterapia; na segunda, o médico analisa que são 
necessárias 5 sessões; na terceira, o médico vê que a 
quimioterapia faria mais mal do que bem ao paciente. 
Ex.2: ataque terrorista com avião. Primeiro analisar se o 
meio adequado seria derrubar o avião antes de bater 
no prédio. Depois,analisar se seria eficiente. Por fim, 
pesar se seria mais benéfico ou não. Na situação 
discutida em sala, seria. 
Princípio da presunção de constitucionalidade das leis 
Ônus de argumentar é de quem quer provar que é 
inconstitucional. 
Até haver o controle de constitucionalidade, a lei vale. 
Presunção juris tantum (relativa) - admite prova em 
contrário 
Parâmetros formais e materiais para criação das 
normas. 
Princípio da interpretação conforme à constituição. 
Espaço de interpretação no âmbito normativo. 
Ler as leis à luz da constituição. 
Intérprete não pode atuas como legislador positivo. 
A questão do limite à interpretação constitucional. 
Controle de constitucionalidade 
Aferir a compatibilidade algo com a constituição. 
9 
Brenda Neiva Bagano - FBDG 
Constitucional 1 
 
 
 
Constituição tem o poder de controlar a validade de 
todas as normas infraconstitucionais. 
Pressupostos: 
Supremacia da constituição. 
Rigidez constitucional. 
Previsão constitucional de órgãos competentes. 
Sistemas clássicos de controle de constitucionalidade 
Modelo Norte Americano 
Caso Murbury Vs. Madson- Madson alegou que 
Murbury estava cobrando tributos fora da competência 
que a constituição dava ao estado membro, enquanto 
Murbury dizia que a lei do estado permitia. 
Nesse caso, o juiz, o chief justice, John Marshall, criou a 
Supremacy Clause. Interpretou de maneira 
hermenêutica o art. VI, cláusula 2, como determinando 
uma supremacia da constituição: 
“Esta constituição, as leis dos Estados Unidos em sua 
execução e os tratados celebrados ou que houverem 
de ser celebrados em nome dos Estados Unidos 
constituirão o direito supremo do país. Os juízes de 
todos os Estados dever-lhes-ão obediência, ainda que a 
constituição ou as leis de algum Estado disponham em 
contrário. ” 
Inauguração do Judicial Review of legislation. 
Efeitos de decisões inter partes (regra) - analisa a 
situação concreta. 
Efeito erga omnes depois. 
Princípio da Stare decisis (precedente). 
 
 
 
 
Típico controle difuso de constitucionalidade- qualquer 
juiz pode, num caso concreto, aferir a compatibilidade 
da lei com a constituição. 
Sistemas Clássicos de Controle de 
Constitucionalidade 
O modelo norte americano inaugura a possibilidade de a 
justiça revisar a legislação. O modelo norte-americano é 
um modelo em que o juiz pode, diante de um caso 
concreto, fazer o controle de constitucionalidade. 
Somente as partes são vinculadas ao controle de 
constitucionalidade, mas podemos aplicar esses efeitos 
que em tese deveriam vincular o autor e o réu, e 
vincular todo mundo – PRINCÍPIO STARE DECISIS. 
Temos um modelo pensado por Kelsen e trouxe seu 
pensamento sobre o controle de constitucionalidade – 
se deixarmos cada juiz julgar de uma forma, isso 
causaria insegurança jurídica. Mas, se eu quiser ter 
segurança eu preciso concentrar toda a análise de 
controle de constitucionalidade em um único órgão – 
ele propôs a criação de um tribunal para desempenhar 
esse papel. Foi assim que a constituição austríaca criou 
o tribunal constitucional austríaco: um tribunal 
especializado em aferir a compatibilidade da lei com a 
constituição. Esse tribunal constitucional atuará como 
legislador negativo, ou seja, irá dizer aquilo que não é 
compatível com a constituição – aquela lei criada pelo 
parlamento perde seu status de lei quando levada a 
esse tribunal. Isso reforça o papel contra majoritário das 
cortes constitucionais – um tribunal é composto por 9 
cabeças/juízes que irão fazer o controle de 
constitucionalidade, sendo que, a lei é criada por um 
parlamento que muitas vezes é composto por 200 
pessoas. É contra majoritário, pois, a maioria foi elegida 
para representar o interesse do povo, e acabam sendo 
submetidos ao pensamento de 9 pessoas. 
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A influência do modelo austríaco está no fato de que 
ele concentra num único tribunal o controle de 
constitucionalidade. 
MODELO FRANCÊS – Trabalha na perspectiva de 
fazer um controle de constitucionalidade preventivo, se 
preocupa com o processo legislativo. É um modelo em 
que o controle de constitucionalidade é realizado dentro 
do parlamento francês, no conselho constitucional 
francês Em 2008 além do controle preventivo a França 
criou o controle repressivo, aquele que é feito com 
uma lei já criada. Esse controle de constitucionalidade é 
feito pelo conselho constitucional francês. 
Tal como o modelo norte-americano, aqui qualquer juiz 
pode fazer o controle de constitucionalidade, e 
admitimos tanto o controle repressivo como o 
preventivo. 
Parâmetro e Objeto do Controle de 
Constitucionalidade 
O objeto é aquilo que será controlado e o parâmetro é 
aquilo que controla. No Brasil, o controle de 
constitucionalidade pressupõe como parâmetro a 
constituição de 99. Também temos a possibilidade de 
estudarmos o controle de constitucionalidade levando 
em consideração as constituições estaduais, ex: uma lei 
de um município pode ser contrária a da Bahia. Pode 
ser objeto de controle no BR, as leis, os atos 
normativos e a omissão do poder público. Quando nos 
referimos a CF estamos nos referindo a toda à 
constituição ou algumas normas e artigos. Quando 
fizermos o controle de constitucionalidade eu preciso 
especificar qual enunciado normativo está se referindo. 
Alguns doutrinários defendem que o Brasil leve em 
consideração os bloco de constitucionalidade – algumas 
pessoas entendem que pode ser parâmetro de 
controle uma série de textos de âmbito internacional 
 
 
como a declaração universal dos direitos do homem. 
Essa percepção não é aceita pelo STF. 
Modalidades de Controle de Constitucionalidade 
1- Quanto ao momento de realização do controle: 
podendo ser preventivo – antes do ingresso da lei no 
mundo jurídico - ou repressivo – após o ingresso da lei. 
 
No Brasil temos ambos os controles. Esse controle 
preventivo é realizado pelo poder legislativo por meio 
das comissões de constituição de justiça que analisam a 
compatibilidade da lei com a constituição. O poder 
executivo faz o controle preventivo por meio do veto 
jurídico – projeto de lei que tem fundamentação de 
inconstitucionalidade. No BR o poder judiciário pode 
fazer um pequeno controle preventivo – quando juiz 
do STF diz que o projeto é incompatível com a CF. No 
controle repressivo o grande ator é, indiscutivelmente, 
o poder judiciário – a lei existe e cabe a esse poder 
quando provocado fazer o controle repressivo. Além do 
poder judiciário, o poder legislativo pode fazer o 
controle repressivo em momentos de – QUANDO O 
CONGRESSO NACIONAL SUSTA O ATO 
NORMATIVO, e quando O CONGRESSO ANALISA AS 
MEDIDAS PROVISÓRIAS E JULGA SE ELAS SÃO 
INCONSTITUCIONAIS. 
2- Quanto à natureza do órgão competente para 
realizar o Controle: podendo ser político – OU NÃO 
JURIDISCIONAL; jurídico – OU JURISDICIONAL. No Brasil 
o STF é a mais alta corte do poder judiciário e 
concentra a função de ser o tribunal constitucional, ele 
tem muito poder e esse poder foi dado pela própria 
constituição. 
3- Quanto ao número dos órgãos competentes 
para realizar o controle: teremos os controles 
concentrado – um único órgão faz o controle - e 
difuso – pluralidade de órgãos. O Brasil adotou o 
modelo misto, sendo que o difuso é exercido pelo 
qualquer órgão do poder judiciário – juiz singular ou 
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tribunal e o concentrado é exercido pelo STF quando 
o parâmetro for a CF de 88, mas os tribunais de justiça 
do Estado também pode fazer o controle quando o 
parâmetro for a constituição dos estados. 
4- Quanto ao modo de manifestação do controle: 
o controle pode ser por ação, por via direta – o 
controle de constitucionalidade é o pedido principal da 
ação, e por via incidental – é um pré-requisito para 
resolvero caso concreto. Para que essa via direta seja 
realizada é preciso ser ativada pelas ações 
 
ADIN = ação direta de inconstitucionalidade. 
ADC = ação direta de constitucionalidade. 
Ação direta de inconstitucionalidade por Omissão = 
ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 
ADPF = arguição de descumprimento de preceito 
fundamental. 
Ao fazer essas ações temos que fazer uma petição 
inicial. 
Controle por via principal 
 
O controle por via principal é ligado ao controle 
concentrado, pois é feito apenas pelo STF ou TJ. 
As ações que podem levar a isso são: ADIN, ADC, ADIO 
e ADPF. 
Quem pode propor as ações são: 
CF88 
“Art. 103. Podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 13.105, 
de 2015) (Vigência) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados 
 
 
V - a Mesa de Assembléia Legislativa; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
V - o Governador de Estado; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito 
Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de 
âmbito nacional. 
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser 
previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade 
e em todos os processos de competência do Supremo 
Tribunal Federal. 
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de 
medida para tornar efetiva norma constitucional, será 
dada ciência ao Poder competente para a adoção das 
providências necessárias e, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato 
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da 
União, que defenderá o ato ou texto impugnado. ” 
Nas ações diretas são arguidas as principais hipóteses 
de inconstitucionalidade no Brasil. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art950%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art950%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
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Tipos de inconstitucionalidade 
Inconstitucionalidade formal e material 
Material: quando se verifica que o conteúdo do ato é 
incompatível com a constituição. Ex.: uma lei que 
permita prisão perpétua, proibida pelo art. 5°, XLVII, 
CF/88. 
Formal: inconstitucionalidade formal propriamente dita 
(ofensa ao procedimento, ao trâmite do projeto de lei); 
inconstitucionalidade formal orgânica (de quem é a 
competência).

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