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1 1 1 194 APRESENTAÇÃO DO RESUMO Olá, meu amigo! tudo bem? Permita-me tratá-lo dessa forma. Ainda não temos uma amizade, mas acredito que a permissão para o ajudar nessa empreitada é algo de extrema delicadeza no trato. Este material é o mais adequado para a Reta Final de estudos. A edição definitiva dos PDFs já ficou pronta. Aliás, colocarei na plataforma para vocês, pois notei que mesmo os aprovados continuam na empreitada dos concursos. Em nossas vidas, a cada minuto, cada segundo, algo apenas é considerado válido em nossas entranhas, quando feito com amor e dedicação. Conte com a minha integral responsabilidade! Eu prometo que este material vai lhe surpreender positivamente! Alessandro Sanchez. 2 2 2 194 2 - EVOLUÇÃO DA EMPRESA 2.1. Atividades empresariais O código civil nos explica que a Empresa não deve ser compreendida como um local. O artigo 966 que inaugura o Direito de Empresa no Código Civil compreende na estrutura do que é uma empresa a própria atividade desenvolvida, sejam as atividades de produção ou comércio de bens e/ou serviços, como a seguir: Livro II. Direito de Empresa. Art. 966, CÓDIGO CIVIL. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. (Destaque nosso). Segue quadro explicativo: Bens e/ou Serviços Empresa Atividade Produção Transformação Comércio Aproximação Pâmella Destacar 3 3 3 194 Vamos aos exemplos! Bora, bora lá! Exemplo de n.º 1: Começarei com um exemplo bem popular. Vamos para o MC Donald’s. Estamos diante de uma empresa/atividade de produção de alimentos, e isso, por si só, já significaria uma atividade empresarial, mas o MC Donald’s vai mais longe, pois também comercializa os alimentos, sem levar em conta que também produz e comercializa um serviço que se denomina “fast-food”. O próximo exemplo esclarece que basta os bens ou mesmo os serviços: Exemplo de n.º 2: O Estratégia produz e comercializa serviços para o enfrentamento de concursos públicos bancas examinadoras de todo o país, o que abrange o conceito de produção e comércio de bens ou de serviços. 2.2. Elemento(s) de Empresa A mera atividade de produção ou de comércio não é e não pode ser considerada empresária, do contrário, qualquer pessoa que vendesse um automóvel usado ou produzisse o almoço do final de semana seria considerado empresário. O ato de produção ou comércio devem conter os elementos presentes no quadro abaixo. Quais requisitos são esses? Organização, Profissionalidade e Busca de Lucro. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 4 4 4 194 O primeiro e mais importante elemento é a Organização, como veremos a seguir. 2.2.1. Organização O grande elemento caracterizador da empresa e do empresário é a organização. A profissão do empresário se caracteriza pela organização dos fatores de produção e comércio, quais sejam: “A mão de obra (própria ou alheia), capital, insumos e tecnologia”. “Trata-se do elemento que identifica a profissão do Empresário!” Vamos ao exemplo da estrutura do Estratégia Concursos como uma sociedade empresária, a seguir: Trata-se de uma estrutura que depende da boa alocação do capital, da aquisição de insumos (equipamentos para gravação, câmeras, computadores), trabalhadores e a tecnologia. Vamos entender agora a tecnologia. Empresa Organização Profissionalidade Busca de lucro Requisitos Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 5 5 5 194 A tecnologia não tem relação com eletrônica ou engenharia, mas a tecnologia utilizada pelo Empresário para exercer a sua atividade econômica. Continuaremos no exemplo do Estratégia Concursos. Nesse caso, o Estratégia é o pioneiro em uma tecnologia que entrega uma parte de seu produto de forma gratuita no “YouTube”, além de um produto específico para os alunos que adquirem os cursos e assinaturas. Essa é a tecnologia do Estratégia Concursos. Em conclusão, a “ORGANIZAÇÃO” nada mais é do que a expertise para aplicar bem o capital, inclusive na aquisição de insumos, fazer uma boa direção dos trabalhadores e criar uma tecnologia para realizar uma boa entrega dos bens e serviços aos seus destinatários. “Gostou da explicação? Espero que sim, mas agora vai uma dica matadora.” A organização é o elemento mais importante, inclusive nas passagens em que o código civil utiliza a expressão “ELEMENTO DE EMPRESA” sem nenhuma conceituação considere, e sem medo de errar, que estamos diante do elemento “ORGANIZAÇÃO”. Você vai perceber isso ao longo de seus estudos ainda neste material. Sanchez, o código civil trata tais elementos como sinônimos? Exatamente isso! A ausência do elemento organização torna impossível retratar qualquer que seja a atividade realizada como empresária. Os outros dois requisitos são facilmente explicados, a seguir: Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 6 6 6 194 2.2.2. Profissionalidade A atividade empresária profissional é toda aquela exercida com pessoalidade e habitualidade. A pessoalidade nada mais é do que a pessoal assunção de responsabilidade pela atividade praticada pelo Empresário ou Sociedade Empresária. A habitualidade é facilmente explicada pela frequência na atividade empresarial praticada de forma reiterada e em nome próprio. 2.2.3 Busca de Lucro A atividade que visa ao lucro por intermédio da produção ou comercialização de bens, ou serviços. É sempre importante lembrar que basta o objetivo de lucrar, e não necessariamente o lucro propriamente dito, caso contrário, todas as empresas precisariam ser positivas para que assim fossem consideradas. EMPRESA Organização: mão-de-obra, capital, insumos e tecnologia Atividade profissional: habitualidade e responsabilidade pessoal Atividade econômica: Busca de lucro Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 7 7 7 194 2.3. - A Atividade Intelectual (excluída da atividade empresarial) A legislação não se contentou em trazer somente características a respeito de quem é o empresário, buscando também conceituar os que não podem assim ser considerados. O parágrafo único do art. 966, CÓDIGO CIVIL traz as espécies intelectuais, classificando-as como as de natureza científica (médico, contadores ou advogados), literária (escritores) ou artística (pintor de quadros). 966, CC. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (Destaque nosso). As atividades intelectuais são excluídas, em regra, já que tais atividades não tem no elemento da organização um fator de grande relevância. O principal fator de caracterização de um intelectual não é o seu talento na “ORGANIZAÇÃO” dos fatores de produção e comércio, mas o talento “INTELECTUAL” artístico, literário ou científico. É importante ressaltar que o parágrafo único do art. 966, CÓDIGO CIVIL é no sentido de que em regra, tais atividades não são consideradas empresárias, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, a título de exemplo, telefonistas, recepcionistas ou estagiários. Exemplo: O médico pediatra em seu consultório não desempenha uma atividade empresária, já que a organização é secundária e insuficiente para o conceito de empresa, ainda que tenha uma telefonista ou estagiários. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 8 8 8 194 2.3.1. - Atividade Intelectual organizada (empresarial) Agora vem a pergunta: Sanchez, as atividadesintelectuais no quadro abaixo, jamais serão consideradas empresárias? O parágrafo único do art. 966, CÓDIGO CIVIL compreende que, em regra, as atividades dispostas no quadro não são consideradas empresárias. No entanto, o mesmo dispositivo coloca uma ressalva: “...salvo quando o exercício da atividade constituir elemento de empresa”. O elemento de empresa e a organização são sinônimos. O que precisamos agora é visualizar exemplos em que a atividade é ao mesmo tempo intelectual e organizada. Vamos a isso! Intelectuais Artística Atores/Cantores Literária Escritores Científica Advogado/ médico 9 9 9 194 Existem casos em que a atividade é intelectual, mas organizada como uma empresa. É o exemplo de um Hospital ou uma Editora de livros jurídicos. Exemplo de n.º 1: O médico que exerce a profissão intelectual de medicina pediátrica resolve locar um espaço maior, contratando diversos empregados da atividade-meio (limpeza e segurança) e da atividade-fim (médicos). A sua atividade pessoal deixa de ser referência, para que agora a referência seja a própria estrutura empresaria, já que transformou o seu consultório em uma clínica médica. A atividade intelectual foi absorvida pela estrutura empresarial organizada. Sigamos para um exemplo mais preciso: Exemplo de n.º 2: O escritor que exerce a sua atividade pessoal literária com a ajuda de uma pessoa para a diagramação e correção ortográfica, em regra, não é considerado um empresário. No entanto, caso esse escritor comece a editar livros de outros autores, imprimi-los e vendê-los com a busca de lucro, estaremos diante de uma atividade intelectual organizada, logo, empresarial. Conclusão: Considera-se empresarial toda atividade econômica organizada, econômica e profissional. As atividades intelectuais, apenas serão consideradas empresárias, se houver a organização. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 10 10 10 194 3 - EMPRESÁRIO 3.1 – Empresário Tal evolução inseriu na legislação de nosso país a relevância da empresa como atividade econômica organizada e o empresário como aquele que a exerce. O Código Civil costuma utilizar a expressão “Empresário” como um gênero que comporta as espécies: Empresário Individual, EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada e as sociedades. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Vale o alerta de que não é razoável chamar sócios de empresários, pois a empresa é uma atividade explorada por uma pessoa natural (Empresário Individual) ou pessoa jurídica (EIRELI e Sociedades). Advertência: Afaste de suas mentes a ideia de que Silvio Santos, Antônio Ermírio de Moraes, Roberto Justus, João Doria ou Eike Batista são empresários, pois eles não são, muito embora sejam sócios de extrema relevância nas empresas em que são integrantes do quadro societário. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 11 11 11 194 No Código Civil você não encontrará a expressão “Empresário Individual”, mas em provas de concursos, doutrina e jurisprudência, a expressão é corriqueira. Vamos explicar! 3.2 - Empresário Individual O empresário individual é aquele que exerce a empresa, utilizando-se da personalidade jurídica de pessoa natural, a mesma que adquiriu no nascimento com vida. Estamos diante de uma pessoa natural que não pretende constituir uma Pessoa Jurídica para a empresa, pois não se importa que seus bens pessoais e empresariais integrem o mesmo patrimônio. Nesse caso, a empresa faz parte de seu patrimônio pessoal. 3.2.1 – Capacidade para o exercício da empresa O art. 972 do Código Civil dispõe que: Empresário individual - Pratica a empresa utilizando a personalidade jurídica de pessoa natural; - Confusão patrimonial; - Responsabilidade pessoal; Pâmella Destacar Pâmella Destacar 12 12 12 194 art. 972 , CC: “podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. (DESTAQUE NOSSO). 3.2.1.1. – Continuidade da empresa por incapaz O art. 974 do Código Civil admite que o incapaz, devidamente representado ou assistido, continue a exercer a atividade empresarial em duas situações: Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. O incapaz poderá continuar a exercer a atividade empresarial por meio de um representante ou devidamente assistido, segundo o disposto no art. 974, § 1.º, do Código Civil. Neste caso, será necessária uma autorização judicial, cabendo ao juiz avaliar os riscos da empresa e a conveniência de continuá-la. Se o representante ou o assistente for pessoa legalmente impedida, de exercer atividade empresarial, como é o caso já explicitado do servidor público deverá nomear um ou mais gerentes para o exercício da função com a aprovação do juiz (art. 975 do Código Civil). •Quando a incapacidade surge depois do início do exercício da atividade empresarial, momento em que a capacidade era plena, como o empresário que contrai doença mental e fica impedido. Incapacidade superveniente Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 13 13 13 194 Podemos representar dessa forma: 3.2.2 – Liberdade de impedimentos para o exercício da empresa O art. 973 do Código Civil estabelece que “a pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas”. Uma hipótese que costuma frequentar a prova tem relação com o fato de que o ato praticado pelo impedido é válido e gostaria que você ficasse atento para essa informação. Neste caso, se o impedido adquirir mercadorias, o ato em si não será considerado nulo. Os impedidos estão entre aqueles que exercem funções consideradas incompatíveis com a empresa. Os falidos e condenados por determinados crimes também são considerados impedidos. Os casos de impedimento encontram-se em diversas leis esparsas. Podemos citar os servidores públicos na lei 8.112/90; assim como os militares do Exército, Marinha ou Aeronáutica em seus estatutos específicos; bem como os auxiliares do empresário e o falido não reabilitado. Empresário Individual • Incapacidade superveniente Empresário Individual • Representado • Assistido • Gerência Juiz avalia • Riscos da empresa • Conveniência em continuá-la Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 14 14 14 194 De tempos em tempos, alunos pedem uma lista para que em provas e concursos encontrem maior facilidade ao solucionar “cases” que participem figuras impedidas, já que as proibições estão elencadas em diversas legislações, como o próprio Código Civil, a nossa Carta Magna e leis extravagantes. O rol abaixo foi criado levando em conta as questões das principais bancas examinadoras (CEBRASPE, FCC, FGV, VUNESP E FEPESE). Chegamos nos seguintes exemplos: (a) a CF traz o impedimento dos deputados e senadores, desde a posse no art. 54, II, a; (b) falido (art. 102 da Lei 11.101/2005); (c) os que incorrerem na prática dos crimes conforme o §1.º do art. 1.011 do Código Civil, exemplificando prevaricação, concussão, peculato, crimes contra a economia popular, crimes contra o sistema financeiro, defesa da concorrência, crimes falimentares, entre outros; (d) membros do Poder Executivo, Militares, Magistrados, entre outros, conforme seus estatutos. 3.3 - Empresário casado O empresário regularmente inscrito pode alienar ou gravar de ônus real o imóvel incorporado à empresa. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 15 15 15194 Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. Sanchez, manda uma palhinha sobre outorga conjugal e ônus real? Claro que sim! O dispositivo visa explicar que o Empresário(a) não precisa de autorização do cônjuge para transferir o imóvel ou os imóveis da empresa, ou mesmo colocar o bem como garantia de um financiamento. 3.4 - Exercício de atividade rural O texto do art. 971, CÓDIGO CIVIL , ao utilizar a expressão “poderá” faz claro que o exercente de atividade rural poderá optar pela forma empresarial ou não, seja de forma individual ou societária. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 4 - EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI 4.1 - Natureza Jurídica e características básicas Pâmella Destacar Pâmella Destacar 16 16 16 194 A criação dessa espécie se deu no ano de 2011 e a finalidade sempre foi a de autorizar que um sujeito individual (sem sócios), pudesse titularizar dois patrimônios: um pessoal e outro empresarial, como na transcrição do “caput”, art. 980-A, CÓDIGO CIVIL , a seguir: Art. 980-A, CC. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (GRIFOS NOSSOS). A pessoa natural titular da empresa será considerada distinta da pessoa jurídica da empresa, assim como cada uma das pessoas terá o seu patrimônio autônomo. A separação patrimonial oferece uma melhor organização dos patrimônios pessoal e empresarial. O art. 980-A do código civil e seus §§, trouxe quatro requisitos básicos para esta modalidade. Os requisitos exigidos pelo dispositivo são: (a) constituição por única pessoa titular de todo o capital, ressaltando que a pessoa natural poderá figurar em uma única empresa desse tipo; (b) integralização do capital; (c) capital superior a 100 vezes o valor do salário mínimo vigente, como a transcrição: Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 17 17 17 194 Vale considerar ainda que o art. 980-A, CÓDIGO CIVIL faz menção a uma empresa constituída por uma única pessoa, sem esclarecer se a EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada poderia ser constituída por uma Pessoa Jurídica. Nesse sentido, O DREI – Departamento de Registro Empresarial e Integração, órgão vinculado ao Registro Público de Empresas Mercantis editou a Instrução Normativa de n.º 38/17 para a compreensão de que a EIRELI pode ser constituída por pessoa natural ou pessoa jurídica, conforme transcrevemos: “A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI poderá ser constituída tanto por pessoa natural quanto por pessoa jurídica, nacional ou estrangeira. Quando o titular da EIRELI for pessoa natural deverá constar do corpo do ato constitutivo cláusula com a declaração de que o seu constituinte não figura em nenhuma outra empresa dessa modalidade. A pessoa jurídica pode figurar em mais de uma EIRELI.” Características a) Pessoa jurídica constituída por PessoaNatural ou Pessoa Jurídica b) Separação patrimonial c) Integralização mínima: 100 salários mínimos Obs: A Pessoa Natural figura em uma única empresa dessa modalidade Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 18 18 18 194 Ademais, vale considerar que a mesma instrução recentemente alterada pela Instrução Normativa 47/18, entende que a restrição para a pessoa natural que somente poderá constituir uma única empresa nessa modalidade não se apresenta para a Pessoa Jurídica. A Pessoa Jurídica pode figurar em mais de uma EIRELI. Ainda, acrescentou o §5.º, art. 980-A relata que a EIRELI pode ser constituída para remuneração que decorra de direitos autorais, imagem, nome marca ou voz de que o seu titular seja detentor. 4.3 - EIRELI como concentração de quotas de outra modalidade societária A EIRELI poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária em um único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração, tudo por força da inclusão do §3.º do art. 980-A no Código Civil. §3.º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Acredito que nesse momento você já espere que eu ofereça um exemplo, sinal de que estamos nos entendendo bem. Imagine uma sociedade limitada com apenas dois sócios e um deles vem a óbito. A sociedade torna-se unipessoal e precisará de regularização. O código civil em seu inciso IV, art. 1.033, oferece o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para a regularização da sociedade, para que não haja dissolução. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 19 19 19 194 Diante do problema acima, temos aqui uma série de possibilidades, como a alocação de um novo sócio ou até a liquidação e extinção da sociedade, assim como a concentração das quotas em um único sócio, o que nada mais é do que a transformação da sociedade limitada em uma EIRELI. 5 - ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 5.1 - Conceito Trata-se do complexo de bens reunidos para o desenvolvimento da atividade empresarial. O estabelecimento como um todo possui um valor econômico próprio, distinto do valor dos bens que o compõem. É sinônimo de fundo de comércio. O Código Civil brasileiro, em seu art. 1.142, conceitua estabelecimento empresarial como “(...) todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”. 5.2. - Elementos Estabelecimento empresarial é composto por bens de duas categorias: corpóreos e incorpóreos. Os bens corpóreos são aqueles que se caracterizam por ocupar espaço no mundo exterior, dentre eles podemos destacar: (a) mercadorias; (b) instalações; (c) máquinas Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 20 20 20 194 (d) utensílios; (d) dinheiro; (e) veículos; (f) imóvel da empresa; Os bens incorpóreos são as coisas imateriais, que não ocupam espaço no mundo exterior, são ideias, frutos da elaboração abstrata da inteligência ou do conhecimento humano. Existem na consciência coletiva. Nessa categoria, estão os direitos que seu titular integra no estabelecimento empresarial, tais como: (a) patente de invenção; (b) modelo de utilidade; (c) marcas; (d) desenhos industriais; (f) ponto; (g) título do estabelecimento; (h) perfis de redes sociais. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 21 21 21 194 Observação importante: O nome empresarial integra o estabelecimento, mas não pode ser alienado, pois é personalíssimo. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação, pois integra os direitos de personalidade, conforme o art. 1.164, CÓDIGO CIVIL , a seguir: 5.3 - Trespasse O trespasse significa a alienação do estabelecimento empresarial titularizado pelo empresário, razão pela qual tem livre disponibilidade sobre a sua universalidade de fato. A transferência para Elementos do estabelecimento Bens corpóreos: aqueles que se caracterizam por ocupar espaço no mundo exterior Bens incorpóreos:são as coisas imateriais, que não ocupam espaço no mundo exterior O imóvel integra os elementos corpóreos. o nome empresarial não pode ser alienado. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 22 22 22 194 outro empresário é possível de acordo com o artigo 1.143 do Código Civil, com algumas restrições que serão tratadas adiante. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. O nosso Código Civil em seu art. 1144, prevê que para a eficácia do trespasse quanto a terceiros, é necessário a averbação do respectivo contrato que tenha por objeto tal alienação no registro público de empresas mercantis à margem da inscrição do empresário ou sociedade empresária, com a publicação na imprensa oficial. Eficácia do Trespasse Da assinatura do contrato para os contratantes Da publicação no DOE para terceiros Pâmella Destacar Pâmella Destacar 23 23 23 194 5.3.1 – Concordância e notificação dos credores A transferência do estabelecimento para outro empresário é possível. Estamos diante de uma reunião de bens conduzida por um particular. O Empresário é livre para o trespasse, mas com algumas restrições. Por outro lado, o estabelecimento empresarial é também considerado garantia dos credores; e, nessa linha, a lei fixa determinadas condições para que possa ser alienado. No caso de notificação dos credores, considera-se o aceite tácito acerca da alienação se o credor não se manifestar contrariamente no prazo de 30 dias do recebimento da notificação. Se o alienante assim não proceder, deixando de colher a anuência dos credores ou deixando de notificá-los, o trespasse será considerado irregular. A consequência é das mais graves, já que o alienante poderá ter a sua falência decretada. 5.4. - Responsabilidade dos Contratantes no Trespasse Sobre o que diz respeito aos débitos anteriores a transferência, vale dizer que o adquirente será o novo responsável pelo seu pagamento. O devedor anterior (aquele que vendeu a empresa), será responsável solidário se estes débitos estiverem regularmente contabilizados por determinado período. O trespasse irregular é ato de falência e ineficácia → Art. 94, III, Lei nº 11.101/2005. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 24 24 24 194 É o que dispõe o Art. 1.146 do CÓDIGO CIVIL: " O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento". Débitos vencidos: Devedor Primitivo ficara solidário por um ano, contados dos débitos já vencidos ou de sua publicação. Logo, no caso de débitos já vencidos o devedor primário fica vinculado solidariamente até completar um ano da publicação na imprensa oficial. Débitos vincendos: Devedor Primitivo ficara solidário por um ano, contados da data do vencimento de cada uma das obrigações futuras. Em vista dos débitos que ainda estão para vencer, a responsabilidade começa a ser contada da data de vencimento. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 25 25 25 194 5.4.1. - Responsabilidade em relação aos créditos Tributários O Direito Tributário trata o tema com regras que lhe são próprias. O caput do art. 133 do Código Tributário Nacional trata estabelecimento e fundo de comércio como sinônimos. No mesmo dispositivo determina a responsabilidade em seus incisos I e II, a seguir: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; (DESTAQUE NOSSO). A responsabilidade será integral do adquirente caso o alienante cesse as suas atividades ou retome as suas atividades apenas após 6 (seis) meses. Débitos em obrigações solidárias O alienante é responsável → Débitos anteriores à alienação 1 ano a contar da publicação da transferência no Diário Oficial do Estado Débitos vincendos 1 ano a contar do vencimento da obrigação Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 26 26 26 194 Art. 133. [...] II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. (DESTAQUE NOSSO). Caso o alienante continue explorando as suas atividades dentro do prazo de seis meses a contar da alienação do estabelecimento devidamente averbado no órgão competente e publicado no DOE – Diário Oficial do Estado, a responsabilidade será subsidiária. A subsidiariedade significará a tentativa de responsabilizar o patrimônio do alienante por débitos fiscais, e após esgotados todos os meios possíveis, prosseguir no patrimônio do adquirente. DIREITO SOCIETÁRIO 1 – SOCIEDADES 1.1. Conceito de Sociedade A sociedade é uma pessoa jurídica de direito privado! Sanchez, Quais os efeitos disso? Bora, bora lá! A lei confere às sociedades, personalidade jurídica. Assim, a sociedade torna-se capaz de direitos e deveres. Assim, poderão contrair dívidas e participar diretamente da aquisição de bens. As sociedades não se confundem com as pessoas de seus sócios. Nasce um contrato em que vislumbra a união de pessoas e capital com interesses convergentes para o exercício de determinada atividade econômica, conceituada no art. 981 do Código Civil, que dispõe: Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 27 27 27 194 “celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.” 1.2. Sociedades Empresárias e Sociedades Simples Inicialmente, devemos classificar as sociedades em personalizadas e as despersonalizadas. A sociedade adquire personalidade jurídica de pessoa jurídica com o registro. Logo, as sociedades que não levam os atos constitutivos a registro são consideradas despersonalizadas. Entre as sociedades personalizadas, temos as sociedades empresárias e as sociedades simples. Aliás, todas as sociedades que não se enquadram na prática da empresa são consideradas sociedades simples. Vamos falar de tudo disso! Pessoa jurídica Direito Público: União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, autarquias e outras criadas por lei. Direito Privado: associações, fundações, sociedades, entidades religiosas e partidos políticos. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 28 28 28 194 As Sociedades Empresárias são aquelas que praticam a atividade de empresa. Assim, estabelece o art. 982 do Código Civil: Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Exemplo: A sociedade com a intenção de praticar a atividade de produção de sapatos ou o comércio de celulares de modo organizado seráconsiderada empresária, combinando os artigos 966 e 982 do Código Civil. Pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados Sociedades simples Sociedades empresárias Sociedades personificadas Sociedades despersonificadas 29 29 29 194 Sanchez, pode oferecer alguns exemplos de sociedades não empresárias? É claro que sim! As sociedades de intelectuais, estudadas no parágrafo único do código civil, não são consideradas empresárias. As sociedades de médicos, engenheiros, ou mesmo as sociedades de Advogados são consideradas sociedade simples. Aliás, o parágrafo único do artigo 982 do Código Civil acrescenta as sociedades cooperativas como sociedades simples. 1.3. Classificação e Espécies de Sociedades _ A pergunta que fica agora é: Quais as espécies de Sociedades? Quais as espécies de sociedades sem personalidade jurídica? Quais são as que tem personalidade jurídica? Quais as modalidades de sociedades empresariais? Vamos responder tudo isso! O Código Civil possibilita a criação das sociedades descritas em seus arts. 986 a 996. As denominadas sociedades não personificadas. São duas as modalidades: (1) sociedade em Comum e a (2) Sociedade em Conta de participação. Além das despersonificadas, temos aquelas que agem de acordo com a lei, levando os seus atos constitutivos a registro. O registro traz o início da existência das pessoas jurídicas como a seguir: (1) As Sociedades Simples conforme artigos 997 a 1.038 do Código Civil. Já sabemos que são as sociedades não empresariais. (2) Entre as modalidades empresariais presentes nos artigos 1.039 a 1.092 do Código Civil, temos a Sociedade em nome coletivo (responsabilidade ilimitada); as sociedades em comandita simples (responsabilidade mista) e as sociedades limitadas. Há vários critérios de classificação das sociedades empresárias, a saber: Pâmella Destacar 30 30 30 194 Espécies Simples Empresárias Quanto à personificação da sociedade Não personificada Personificada Quanto à responsabilidade dos sócios Limitada Ilimitada Mista 31 31 31 194 2 - SOCIEDADES EM COMUM A Sociedade em Comum é sinônimo de irregularidade. O art. 986, CC, as considera entre aquelas sociedades que não tenham levado o ato constitutivo a registro no órgão competente. Quanto ao ato constitutivo Contrato social Não tem ou não foi levado a registro Estatuto Tipos de sócios Sócio sócio participante Sócio quotista Sócio ostensivo Sócio comanditado e sócio comanditário Acionista Pâmella Destacar 32 32 32 194 Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. Entre as sociedades em comum estão: a) aquelas que existem apenas de fato, por não terem sequer contrato escrito; b) as que possuem contrato escrito não registrado no órgão competente; ou c) aquelas que, mesmo registradas, passaram por uma substancial mudança em suas cláusulas essenciais, previstas no art. 997, CC, como a que aponta mudança de endereço, não tendo levado a registro tais modificações. Sociedades em comum não levou os atos constitutivos a registro não possui contrato escrito Pâmella Destacar Pâmella Destacar 33 33 33 194 2.1. Responsabilidade dos sócios A responsabilidade dos sócios perante as obrigações sociais será ilimitada e solidária, conforme artigo 990 do Código Civil, a seguir. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. No caso de dívidas da sociedade, os bens sociais devem responder em primeiro lugar. Após esgotadas as tentativas de responsabilizar os bens da sociedade, é possível responsabilizar os bens particulares dos sócios. Temos a exata ideia da responsabilidade ilimitada. A pergunta que fica! Sanchez, já sabemos o que é ilimitação, mas o que é responsabilidade solidária? Uma vez mais, transcrevemos o art. 990 do Código Civil. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. Após o esgotamento das tentativas de cobrar a dívida por intermédio dos bens sociais, ocorre o avanço no patrimônio particular dos sócios, que, entre si, respondem solidariamente. A solidariedade significa que a dívida toda pode de ser cobrada de qualquer um dos sócios, independentemente de ordem. Neste caso, você pode perguntar: Sanchez, o sócio que pagou a dívida toda, poderá cobrar a parte que é proporcional à participaçao do outro ou outros sócios? Sim, é o que se denomina “Direito de Regresso”. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 34 34 34 194 2.2. Responsabilidade do sócio contratante A responsabilidade dos sócios perante as obrigações sociais será ilimitada e solidária, sendo que, neste caso, os bens dos sócios responderão apenas após a execução os bens da sociedade, conforme artigo 990 do Código Civil, relembremos, a seguir. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. Ocorre que, o mesmo artigo 990 do Código Civil, explica que o sócio contratante será excluído do benefício de ordem. A sua primeira pergunta é: Quem é o sócio contratante? Vamos para a resposta, a seguir. Trata-se do sócio que realiza determinado ato em nome da sociedade, como é o caso do sócio que realiza a reposição das mercadorias de estoque, como a reposição da ração no“PET SHOP” de nosso exemplo. No ato de aquisição das mercadorias, este sócio será considerado o contratante. A partir do momento que você já sabe quem é o sócio contratante, surge uma outra pergunta: O que é benefício de ordem? Meu amigo, essa é mais tranquila do que aparenta. As respostas a seguir fornecerão tudo de que precisamos para explicar essa parte tão cobrada nos concursos. No caso da cobrança de uma dívida, para o devedor, ter o direito de ficar por último na ordem de cobrança é um benefício. Sim, o benefício é ficar por último na ordem de cobrança! Assim, os sócios, em vista de seus patrimônios particulares, possuem o benefício de serem cobrados, apenas após o esgotamento de todas as tentativas de avançar no patrimônio da sociedade. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 35 35 35 194 Conclusão: O sócio que contrata em nome da sociedade perde o benefício de ordem, logo, responderá na mesma ordem dos bens sociais, como explicaremos mais. De acordo com o dispositivo, no caso de uma dívida com terceiro, em primeiro lugar, estará o patrimônio da sociedade e do sócio contratante, solidariamente. O único patrimônio preservado, o único patrimônio que estará em último lugar, de fato, é do outro sócio ou sócios que não tenha(m) contratado o negócio que gerou a dívidas O exemplo nos acompanhará para que não reste qualquer dúvida! Os pactos limitando poderes aos sócios administradores, como por exemplo, a limitação do poder para que determinado sócio não efetue compras, apenas valerão para terceiros que conheçam o pacto, do contrário, não haverá nenhuma obrigação ou responsabilidade para quem contratar com a sociedade em comum, conforme o art. 989 do Código Civil, a seguir. 3 - SOCIEDADES SIMPLES As sociedades simples são constituídas por intermédio de contrato. Trata-se da união de esforços para o desenvolvimento de atividades não empresariais.Responsabilidade dos sócios Perante terceiros Ilimitada: → 1º - Bens Sociais; e do Sócio Contratante. → Solidariamente → 2º - Patrimônio do sócio(s) não contratante(s) Entre os sócios solidária Pâmella Destacar Pâmella Destacar 36 36 36 194 3.1. Constituição das Sociedades Para que haja regularidade e se adquira personalidade jurídica, a sociedade deve arquivar seus atos constitutivos no registro competente. As sociedades simples operam o registro no cartório de registro civil das pessoas jurídicas. Art. 998. Nos trinta dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede. As respectivas alterações contratuais conforme artigo 999 do Código Civil, bem como a instituição de sucursais, filiais ou agências devem levar registro próprio. Nesse registro deve constar a cópia da inscrição da sede. Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá ser averbada no Registro Civil da respectiva sede. 3.2. Direitos e Obrigações dos sócios Os sócios são considerados obrigados em relação a cada uma das cláusulas do contrato a partir da data da assinatura do contrato e não do registro ou averbação no órgão competente, conforme art. 1.001 do Código Civil: Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 37 37 37 194 Art. 1.001. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais. A exclusão de determinado sócio do quadro societário, se dará apenas com deliberação por consenso unânime, conforme artigo 1.002 do Código Civil. Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social. Sociedades Simples Por intermédio de contrato Da união de esforços Para desenvolvimento de profissões intelectuais Não têm caráter empresarial Responsabilidade ilimitada Registro no cartório de Registro civil das Pessoas Jurídicas Constituição A escolha por um dos tipos empresariais não afasta a sua natureza de sociedade simples. contudo, se faz, principalmente, para oferecer uma espécie distinta de responsabilidade dos sócios, como é o caso da forma limitada. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 38 38 38 194 Em vista da mora, o sócio ou os sócios que remanescem na sociedade, podem optar diminuir as quotas sua exclusãodo sócio remisso, ajuizar ação cobrando as perdas e danos ou até deliberar por sua exclusão. Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no §1o do art. 1.031. O artigos 1.007 do Código Civil é para demonstrar o óbvio, já que o sócio de serviços tem a sua contribuição variável, e neste caso, responderá de acordo com a média do valor de suas quotas. Nesse caso, o sócio deverá especificar o valor de sua hora e as horas prestadas estarão especificados em fcontrato. Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. 1.008 do Código Civil existem justamente para que não haja um sócio que apenas tenha direitos, ou pior, que tenha apenas obrigações. Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas. 3.3. Administração O estudo deste capítulo, não pode se dar por uma simples leitura nos dispositivos de lei, muito menos seguindo a ordem do código civil. Assim, organizei cada artigo de lei, de forma que pudesse ganhar uma lógica para o seu estudo. Espero muito que goste! Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 39 39 39 194 O Código Civil buscou estabelecer que o administrador, além de conhecimento e capacidade de gestão, deve ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem probo empregaria na administração de seus próprios negócios. Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. O administrador haverá de comprovar, qualificação para o exercício das atividades e não incorrer em qualquer dos impedimentos legais, conforme dispositivo a seguir comentado. Os impedimentos legais para a administração, estão dispostos no § 1.º do art. 1.011 do Código Civil, que enumera aqueles que estão legalmente impedidos de exercer a administração: § 1.o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. A tabela abaixo, organiza o dispositivo acima! a) pessoas impedidas por leis especiais, a exemplo de funcionários públicos, governadores e juízes; b) os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; c) os condenados por crimes falimentares; de prevaricação; peita ou suborno; concussão e peculato, enquanto perdurarem os efeitos da condenação; d) os condenados por crimes contra a economia popular; contra o sistema financeiro nacional; contra as normas de defesa da concorrência; contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 40 40 40 194 3.4. Das Relações com Terceiros e Responsabilidade dos sócios Caso não haja nenhuma escolha no contrato social, o entendimento é de que a sociedade simples é pura, aplicando a regra do art. 1.024 do Código Civil, portanto, responderá de forma ilimitada. Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. O artigo 1.023 do Código Civil deve ser explicado em seguida, pois se realmente for necessário avançar no patrimônio pessoal dos sócios, a responsabilidade dos sócios entre si, será proporcional aos lucros e perdas. Tal responsabilidade apenas será solidária, se houver cláusula expressa. Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária. Enfim, sabemos que é possível que outro sócio, ou outros sócios, passem a integrar a sociedade, e nesse caso, será responsabilizado, caso necessário, pelas dívidas anteriores. Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 41 41 41 194 4 – SOCIEDADES LIMITADAS 4.1. Responsabilidade dos sócios Assim, os sócios terão a responsabilidade restrita ao valor de suas quotas. As quotasrepresentam a participação de cada sócio para a sociedade, separadas em pequenas frações. “Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.” Como é possível perceber pelo texto de lei acima, agora em parte transcrito: “na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas.” O texto quer significar que cada sócio é responsável por sua parte, apresentando uma exceção, a seguir. Os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital. Integralizar o capital significa pagar a parte a que se comprometeu em contrato. Agora vem a pergunta de 1 milhão de reais, mas isso também é hipotético (rs). Como fica a responsabilidade, enquanto um dos sócios ainda não pagou a sua parte? Aliás, o sócio que não paga a sua parte é chamado “Sócio Remisso”. Vamos para a resposta! A resposta é que até o limite do valor subscrito (compromisso) é possível avançar no patrimônio pessoal de qualquer um dos sócios, pois a ideia de solidariedade é exatamente essa. A afirmação que fica agora é: “Ainda que um dos sócios já tenho integralizado a sua parte, seria possível forçá-lo a pagar a parte do outro? Exato! Enfim, o sócio que pagou a sua parte e também a parte do outro poderá ajuizar ação para o regresso, excluir o sócio remisso, entre outras hipóteses: Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 42 42 42 194 Em vista da exclusão do sócio, abrimos algumas possibilidades: 1) Poderá excluir o sócio remisso, após notificá-lo, e reconstituir a sociedade com outro sócio de sua confiança; 2) Poderá excluir o sócio remisso, transformando a sociedade para praticar a empresa como Empresário Individual; 3) Poderá excluir o sócio remisso, transformando a sociedade para praticar a empresa como EIRELI; 4) Poderá excluir o sócio remisso, continuando a sociedade de forma unipessoal, por simples alteração contratual; 5) Se o sócio remisso, integralizar, ao menos parte, basta diminuir o capital do remisso e assumir o restante. 6) Poderá liquidar a sociedade; O Sócio que arcou com os pagamentos poderá: Excluir o sócio remisso; Liquidar a sociedade; Cobrar valor não integralizado + juros + correção monetária. 43 43 43 194 4.2. Sociedade Limitada unipessoal Enfim, a Medida Provisória 881/19 da Liberdade Econômica, já transformada em lei, traz a inclusão do §1º, Art. 1.052 para o Código Civil, permitindo a constituição de uma sociedade limitada unipessoal, a seguir: “§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.“ Trata-se da ampliação das possibilidades para um sujeito que queira praticar a empresa individualmente, como explica o quadro abaixo. Além disso, o §2º, Art. 1.052 para o Código Civil, traz como obrigatoriedade a aplicação dos itens compatíveis ao sujeito individual hoje obrigatórios para a sociedade pluripessoal, a seguir: §2.º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social. Prática individual da atividade empresarial Empresário Individual; EIRELI; Sociedade Unipessoal limitada. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 44 44 44 194 4.3. Aplicação subsidiária das regras de sociedades simples O Código Civil de 2002 regula as sociedades limitadas em seus artigos 1.052-1.087. É natural que tais dispositivos não dão conta de solucionar todos os problemas das limitadas, logo, o legislador se antecipou e ofereceu regulação ao tema. O artigo 1.053 do Código Civil define que em casos omissivos na legislação, devemos aplicar as regras de sociedades simples. “Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.” Finalmente, o parágrafo único do artigo 1.053 do Código Civil, oferece às partes a possibilidade de escolher a regência supletiva das regras presentes na lei das sociedades anônimas, seja a lei 6.404/76. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. Regência Regra: sociedades simples Supletiva: sociedades anônimas Pâmella Destacar Pâmella Destacar 45 45 45 194 4.4. Administração A sociedade poderá ser administrada por sócios, ou ainda, por quem não seja sócio, se o contrato social permitir. Trata-se de inovação trazida pelo Código Civil. Existindo permissão no contrato social de administrador não sócio, este será escolhido por deliberação dos sócios. Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Em regra, a sociedade é administrada por uma ou mais pessoas designadas no próprio contrato de sociedade, mas poderá ser nomeada em vista de sua escolha em reunião ou assembleia de sócios. O Código Civil de 2002 admite a figura do administrador estranho ao quadro social, quando exista permissão contratual. Caso o capital esteja integralizado, é necessário a aprovação por, no mínimo, 2/3 dos sócios. A unânimidade será exigida apenas se o capital ainda não estiver integralizado. “Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização.” 4.5. A vontade da sociedade A sociedade limitada é uma pessoa jurídica e, como tal, é dotada de vontade própria, expressa pelos sócios em reunião ou assembleia. Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010 , serão tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. Nas sociedades compostas por menos de dez sócios, as deliberações podem ser tomadas em reunião, desde que prevista no contrato social. Inclusive o contrato preverá a forma como a reunião deve se dar, seja a convocação, instalação e assim por diante. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 46 46 46 194 § 1 o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for superior a dez. No caso de a sociedade for constituída funcionar com mais de dez sócios, as deliberações deverão ser tomadas por assembleia, observados todos os seus requisitos e formalidades. A obrigatoriedade da assembleia começa nos primeiros quatro meses após o final do exercício social; tem por finalidade apreciar as contas dos administradores, deliberar sobre o balanço, designar administradores e quaisquer outras matérias, segundo deliberação dos sócios. Havendo pronunciamento por escrito de todos os sócios, dispensa-se uma e outra. § 3 o A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas. Tais assembleias devem ser convocadas pelos administradores, ainda que subsidiariamente possam ser convocadas pelos sócios ou pelo Conselho Fiscal. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 47 47 47 194 A convocação dar-se-á pela imprensa, procedimento que pode ser dispensado, desde que compareçam todos os sócios ouque todos deem ciência de sua realização por escrito, o que nos parece uma ótima solução, tendo em vista o alto custo desse método. • Sociedades com até 10 sócios • Representação: procurador sócio ou advogado, ou outra pessoa prevista no contrato social Reunião • Sociedades com mais de 10 sócios • Representação: procurador sócio ou advogadoAssembleia • Finalidade • Convocação Assembleia • apreciar as contas dos administradores • deliberar sobre o balanço • designar administradores • deliberar sobre quaisquer outras matérias Finalidades • obrigatorieda de da assembleia começa nos primeiros quatro meses após o final do exercício social Convocação Pâmella Destacar 48 48 48 194 Caso o procedimento dos editais tenha seguimento, a publicação deverá ser feita por três vezes na imprensa oficial, além da divulgação em jornal de grande circulação. Da data da primeira publicação até a realização da assembleia, deve-se observar o prazo de oito dias. Tomados todos esses procedimentos de convocação, a assembleia pode ser instalada, exigindo-se, em primeira convocação, a presença de titulares de três quartos do capital social. A segunda convocação, caso o quórum não tenha sido atingido, ocorrerá do mesmo modo, porém com antecedência mínima de cinco dias entre a convocação e a realização da assembleia. Essa assembleia realizar-se-á sem a necessidade de um quórum mínimo de sócios. É presidida e secretariada por sócios escolhidos entre os presentes. Convocação Administradores Sócios: caso administradores retardem a convocação por mais de 60 dias Sócios com mais de 20% do capital social: caso não atendido em oito dias o pedido de convocação fundamentadoConselho fiscal: mediante retardamento da convocação anual por mais de 30 dias ou por motivos graves e urgentes Pâmella Destacar Pâmella Destacar 49 49 49 194 _ Os votos serão contados de acordo com a participação no capital social. o direito de voto poderá ser exercido pessoalmente ou por procurador que seja sócio ou advogado. Imprensa dispensada comparecimento de todos os sócios ciência, por escrito, de todos os sócios Imprensa Publicação do edital por 3 vezes na i. o. e jornal de grande circulação observação do prazo de 8 dias da 1ª publicação até a realização 1ª convocação: presença de titulares de 3/4 do capital social 2ª convocação: ocorrerá de qualquer modo, observado o prazo mínimo de 5 dias entre a convocação e a realização Pâmella Destacar 50 50 50 194 4.6. Deliberações A maneira como a sua prova vincula o tema, infelizmente, exige o tal “Decoreba”. A organização de quadros em ordem legal, e depois, em ordem decrescente deve ajudá-los. Aliás, a dica é estudar essa parte mais próximo da prova, já que exige muito da memorização. Olhos atentos nos artigos 1.071 e 1.076 do Código Civil que relata as matérias que dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: Art. 1.071. A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, com o objetivo de: I - a aprovação das contas da administração; II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; III - a destituição dos administradores; IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato; V - a modificação do contrato social; VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas; VIII - o pedido de concordata. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 51 51 51 194 Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 do Código Civil, as deliberações dos sócios serão tomadas v I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071 ; v II - pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, nos casos previstos nos incisos II, III, IV e VIII do art. 1.071 ; v III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este não exigir maioria mais elevada. Quorum assemblear com tabela decrescente: à Unanimidade para a designação de administrador não sócio enquanto o capital não estiver integralizado. à Três quartos do Capital Social para a modificação do contrato social, fusão, incorporação, dissolução ou cessação do estado de liquidação, exige-se a aprovação de três quartos do capital social. à Dois terços do Capital Social, e para a nomeação de administrador não sócio, quando o capital já estiver integralizado. à Metade do Capital Social no que tange à nomeação, destituição ou fixação de remuneração dos administradores e para a destituição de administrador sócio, nomeado pelo contrato social além de pedido de recuperação judicial, exige- se mais da metade do capital social. Maioria dos presentes para as demais deliberações, salvo outra previsão contratual. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 52 52 52 194 Deliberações Unanimidade: » designação de administrador não sócio, enquanto o capital não estiver integralizado 3/4 do capital social: » Modificação do contrato social » Fusão, incorporação, dissolução 2/3 do capital social: » Nomeação de administrador não sócio, quando o capital estiver integralizado 1/2 do capital social: » Nomeação, destituição ou fixação de remuneração dos administradore s, assim como destituição de sócio nomeado pelo contrato » Pedido de recuperação judicial Maioria dos presentes: » demais deliberações, salvo exigência prevista no contrato social Quórum 53 53 53 194 SOCIEDADES POR AÇÕES - LEI 6.404/76 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Neste resumo trataremos das Sociedades Anônimas. Cuidaremos da parte básica (Caracterização e Capital), além de outras intermediárias e avançadas (Órgãos, transformações, dissolução, liquidação e extinção). 1.1. Temas essenciais Prioridade Alerta Observação: Abaixo, temos a citação do artigo base, mas adicionamos outros no texto que abordam o entorno dos dispositivos citados e podem ser cobrados no certame! As hipóteses 1 a 15 tem alta prioridade em seu certame 1. (Artigos 1.º e 2º). Caracterização das Companhias. 2. (Artigo 4.º). Companhias Abertas e fechadas. 3. (Artigo 15). Espécies de Ações. 4. (Artigo 17). Ações preferenciais. 5. (Artigo 109). Acionistas e Direito de Voto. 6. (Artigo 122). Assembleia geral. 54 54 54 194 7. (Artigo 154 - 158). Deveres e Responsabilidade dos Administradores. UTILIZAREMOS A CORUJA PARA AS PRIORIDADES E ALERTAS! A CORUJA “ESTA CAI NA PROVA” SERÁ BASTANTE ÚTIL NESTA FUNÇÃO! 8. (Artigo 52). Debêntures. 9. (Artigo 110). Direito de Voto. 10. (Artigos 220 e 229). (Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão) - Estudar tudo! 2 - SOCIEDADES ANÔNIMAS 55 55 55 194 As sociedades por ações comportam duas espécies. Temos as sociedades anônimas ou Companhias e as Comandita por Ações. Inicialmente, vamos cuidar das sociedades anônimas ou companhias. Os termos são sinônimos. A legislação foi criada para que houvesse um tratamento diferenciado para companhias com estrutura mais complexa. Vale lembrar que as companhias abertas utilizam-se da estrutura da Bolsa de Valores, o que por si só, justifica a tratativa em lei especial, seja a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas). 2.1. Caracterização As características básicas apresentam-se no primeiros artigo da lei especial, a seguir: Características e Natureza da Companhia ou Sociedade Anônima Art.1.º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. A) Capital dividido em ações: O capital da sociedade é fracionado. Cada ação corresponde a uma parcela do capital da companhia. O investidor pode optar por adquirir uma ou diversas ações. B) Responsabilidade limitada: A responsabilidade do acionista é limitada ao preço de emissão da ação ou ações que tenha adquirido. Não há solidariedade entre sócios. O sócio acionista é responsável somente pelo capital que integralizou. Cada acionista responde por sua parte, não há o que se falar em solidariedade entre os sócios. C) Sempre empresárias: São consideradas empresárias e isso independe da atividade praticada. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 56 56 56 194 As sociedades anônimas classificam-se em abertas e fechadas. Art. 4.o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. As companhias abertas são aquelas que tem seus valores mobiliários negociados na Bolsa de valores. Os fundadores integralizam uma parte do capital e esperam que investidores ao adquirir/subscrever as suas ações integralizem o restante. Sociedades por ações Capital social dividido em ações Sócios são chamados de acionistas São sempre empresárias Utilizam as expressões S.A ou Cia. Anônima → denominação Comandita por ações → firma ou denominação Pâmella Destacar Pâmella Destacar 57 57 57 194 As companhias fechadas são aquelas que não tem seus valores mobiliários negociados na Bolsa de valores. São criadas apenas para a utilização da estrutura da lei especial, mas sem a pretensão de receber recursos de investidores na Bolsa de Valores. 3 - SOCIEDADES ANÔNIMAS - CONSTITUIÇÃO A constituição de uma sociedade anônima segue as regras do art. 80, Lei 6.404/76 que exige a subscrição (compromisso), de, no mínimo, duas pessoas. Essas pessoas as quais a lei denomina acionistas fundadores, realizarão, como entrada, no mínimo, 10% (dez por cento) do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro. Exemplo: Nesse momento, significa que se os acionistas pretendem criar uma companhia para a fabricação de maquinários pesados para a construção de pontes, rodovias, túneis, entre mais, é notório que precisarão de um bom capital. Imagine que o capital social previsto seja de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Logo, cada um dos 2 (dois) acionistas fundadores devem dispor, de, no mínimo, R$ 50.000,00, para que, juntos, possam pagar o valor de entrada. Os fundadores devem depositar a entrada no Banco do Brasil S/A., no prazo de 5 (cinco) dias do recebimento dos valores. O depósito será realizado em favor da companhia e apenas será realizado em outro banco, conforme orientação da CVM - (Comissão de Valores Mobiliários), conforme artigo 81 da Lei das Sociedades Anônimas, a seguir transcrito: É válido ressaltar que, somente após a conclusão do processo de constituição é que será possível o levantamento do valor do capital pela companhia. Além do que, caso não haja constituição no prazo de 6 (seis) meses, os valores serão restituídos aos subscritores. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 58 58 58 194 Observação: A comissão de valores mobiliários é um órgão com a responsabilidade de autorizar o funcionamento das companhias, fiscalizá-las e orientá-las com as suas instruções, portarias e circulares. O Nome Empresarial da companhia sempre será constituído por denominação: Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao final. 3.1. Constituição das companhias fechadas (subscrição particular) O processo para constituir uma sociedade anônima fechada é significativamente mais singelo que o das abertas. A constituição das anônimas fechadas é também conhecida por subscrição particular, já que, os seus fundadores se utilizarão de capital próprio (particular), e não de investidores (público). Caso os fundadores cheguem a um consenso, passa a ser desnecessária a assembleia. A solução pode chegar por uma escritura pública em cartório, conforme artigo 88 da Lei das Sociedades Anônimas, a seguir: Realizada a assembleia de fundação ou lavrada a escritura pública, os administradores devem providenciar, nos 30 dias seguintes, conforme o artigo 36 da Lei 8.934/1994, o arquivamento dos atos constitutivos na Junta Estadual em que se situa a sede da companhia. Se a companhia houver sido constituída por deliberação em assembleia, serão arquivados junto com a ata ou atas respectivas um exemplar do estatuto, a relação dos subscritores com nome, qualificação, ações e entradas realizadas, além do recibo de seus depósitos bancários, conforme artigo 95 da Lei das Sociedades Anônimas, a seguir: De acordo com o previsto no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994, artigo 1º, § 2º), é condição de validade do registro do ato constitutivo de qualquer pessoa jurídica o visto de advogado. Arquivados os atos constitutivos, os primeiros administradores devem providenciar sua publicação no jornal oficial do local da sede, nos 30 dias seguintes, levando depois à Junta Estadual um exemplar dessa publicação, que também ficará arquivado. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 59 59 59 194 3.2. Constituição das companhias abertas (subscrição pública) O processo para constituir uma sociedade anônima aberta depende do prévio registro da emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição apenas será possível com a intermediação de uma instituição financeira. Art. 82. A constituição de companhia por subscrição pública depende do prévio registro da emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição somente poderá ser efetuada com a intermediação de instituição financeira. Os fundadores deverão contratar uma instituição financeira para que montem um processo chamado “underwriting”, reunindo toda a documentação para ofertar as ações da companhia ao público investidor. O pedido de registro que será realizado pela instituição bancária em comum acordo com os acionistas fundadores reunirá um estudo de viabilidade econômica e financeira do empreendimento, um projeto do estatuto social e o prospecto. Sociedade Anônima Fechada Constituição se dá por subscrição particular Assembleia de fundação/ lavratura de escritura pública Arquivamento dos atos constitutivos na Junta estadual, em 30 dias Primeiros administradores devem providenciar publicação no jornal oficial local, em 30 dias Após, levar um exemplar da publicação na Junta estadual para arquivamento Inscrição da sociedade no Cadastro nacional de pessoas Jurídicas (CNPJ) Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 60 60 60 194 Sanchez, o que é o prospecto? Trata-se de um documento com informações como capital da companhia, valor de entrada, avaliação dos bens, etc., tudo conforme artigo 84 da Lei das Sociedades Anônimas. Além disso, os mesmos requisitos para a confecção de um contrato de sociedade também devem ser preenchidos no caso da constituição de uma companhia, como a seguir: Art. 83. O projeto de estatuto deverá satisfazer a todos os requisitos exigidos para os contratos das sociedades mercantis em geral e aos peculiares às companhias, e conterá as normas pelas quais se regerá a companhia. Em seguida, deve-se providenciar a inscrição no registro público de empresasmercantis, tudo por intermédio de uma das Juntas Comerciais Estaduais. Pâmella Destacar Pâmella Destacar 61 61 61 194 Sociedade Anônima Aberta Constituição se dá por subscrição pública (AUTORIZAÇÃO CVM) Assembleia de fundação Arquivamento dos atos constitutivos na Junta estadual, em 30 dias Primeiros administradores devem providenciar publicação no jornal oficial local, em 30 dias Após, levar um exemplar da publicação na Junta estadual para arquivamento Inscrição da sociedade no Cadastro nacional de pessoas Jurídicas (CNPJ) e em cadastros estaduais ou municipais etc. 62 62 62 194 4 - MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS O mercado de valores mobiliários é um “espaço” ou “organização” onde é efetuado o encontro entre a oferta e a procura de valores mobiliários ou de outros instrumentos financeiros, um verdadeiro “mercado” com diversas opções para investimento. O funcionamento é de um “MERCADÃO”, mas nas prateleiras estão as ações das mais variadas companhias (Vale, Petrobrás, Ambev, etc...). Os frequentadores desse mercado são os investidores que contratam corretores para fechar os seus negócios. No passado, os mercados de valores mobiliários funcionavam em grandes salas onde os corretores transmitiam, com o auxílio de gestos e sinais, as ordens dadas pelos seus clientes, era uma verdadeira bagunça. Exemplo! A Bolsa de Valores, registrava as diversas ordens de compra e de venda, calculava a cotação de cada valor mobiliário e dava como realizadas as operações, promovendo a sua liquidação. Atualmente, a negociação realiza-se por meio de sistemas eletrônicos (os corretores atuam à distância), introduzindo as ordens dadas pelos seus clientes nos sistemas informáticos de negociação no mercado; quando se encontram duas ofertas de sentido inverso (uma de venda e outra de compra). O sistema realiza a operação de compra e venda, além de informar aos corretores que enviaram as propostas de que as suas ofertas foram executadas. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 63 63 63 194 O mercado de valores mobiliários é composto pela Bolsa de Valores e o Mercado de Balcão (bancos e corretoras. Essas instituições negociam os principais ativos mobiliários do mercado de capitais, que são: Ações: títulos emitidos por sociedades anônimas, que representam fração do capital da empresa, como explicaremos adiante. O investidor em ações é um sócio da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. Títulos de financiamento: títulos emitidos para que a companhia possa se capitalizar, como um dos recursos utilizados em um momento de crise ou mesmo de início de uma nova atividade ou até por questão de suas atividades quotidianas. No caso acima, O investidor coloca o seu dinheiro na companhia e recebe um documento que garante direito de crédito em relação à companhia. Existem autores que acreditam se tratar de um título de crédito, mas preferimos classificar somente como valores mobiliários, sendo o caso das debêntures, que veremos mais a frente. Aliás, esse é um título curto, um título que o prepara para o que vem pela frente. 4.1. Bolsa de Valores e Mercado de Balcão A Bolsa de Valores tem por objetivo principal permitir a realização de transações de compra e venda de títulos no mercado secundário, proporcionando liquidez ao mercado por meio dos pregões diários realizados em meio eletrônico. Costumo dizer que a Bolsa de Valores é um Hipermercado, uma estrutura fantástica, e não é para menos, pois comporta transações com infinitos números de zeros. A Bolsa de valores do Brasil é a BMF&Bovespa, uma das maiores e mais modernas do mundo, que permite que os investidores possam ter um ambiente mais bem estruturado para as negociações. A Bolsa de Valores é de acesso apenas para as companhias abertas. A estrutura chamada “Mercado de Balcão” é mais singela e comporta as transações efetuadas no ambiente dos próprios bancos e corretoras. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 64 64 64 194 Assim, gosto de dizer que, se a Bolsa de Valores é um hipermercado, o Mercado de Balcão é uma quitanda. As companhias abertas e fechadas tem acesso ao chamado Mercado de Balcão (Bancos e Corretoras). Anônimas Abertas Valores mobiliários: Bolsa de valores ou mercado de balcão Novos acionistas: Frações à disposição do público Fechadas Valores mobiliários NÃO negociados na Bolsa de valores Fundadores não se interessam por novos investidores vindos da Bolsa de Valores Pâmella Destacar 65 65 65 194 5 - CAPITAL DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS 5.1. Formação do Capital Social Como já observamos, a sociedade anônima pode obter recursos tanto no mercado financeiro (bancos) como no mercado de capitais. Nesse último caso, por meio da emissão de valores mobiliários e aquisição de ações por investidores. Para a formação do capital social, vinculam-se somente as contribuições que devem ser subscritas pelos sócios. Ao subscrever uma ação, o sócio se compromete a pagar o preço de emissão nela mencionado. O capital social será formado por dinheiro ou quaisquer bens, desde que suscetíveis de avaliação em dinheiro e fixados em moeda nacional. É possível integralizá-lo em créditos, sendo proibido em nosso país falar em integralização por meio de serviços. A avaliação dos bens é de suma importância e deve ser feita por 3 (três) peritos ou por empresa especializada. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 66 66 66 194 5.2. Obrigação de realizar o capital Nas sociedades anônimas não há solidariedade entre os sócios para a realização do capital. Caso o sócio não pague o capital de acordo com o compromisso assumido, ele poderá sofrer uma ação executiva ou ter as suas ações colocadas novamente a venda no Mercado de Valores Mobiliários. Capital social - formação Por dinheiro Por bens suscetíveis de avaliação em dinheiro e fixados em moeda nacional Estabelece a responsabilidade dos sócios que é limitada ao preço de emissão de suas ações Pâmella Destacar 67 67 67 194 O sócio que não cumpre com a sua parte é chamado de acionista remisso. Se o Boletim de subscrição informar o montante que deva ser pago, o acionista estará em mora tão logo ocorra o vencimento sem o pagamento. Art. 106. O acionista é obrigado a realizar, nas condições previstas no estatuto ou no boletim de subscrição, a prestação correspondente às ações subscritas ou adquiridas. Caso não realize o pagamento nas condições acima, estará em mora e poderá sofrer a ação executiva (cobrança judicial) ou terá as suas ações colocadas novamente a venda no Mercado, conforme §1.° artigo 106 da Lei das Sociedades Anônimas: § 2° O acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas no estatuto ou boletim, ou na chamada, ficará de pleno direito constituído em mora, sujeitando - se ao pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que o estatuto determinar, esta não superior a 10% (dez por cento) do valor da prestação. 5.3. Ações A ação é uma parcela do capital social e atribui a seu detentor a condição de sócio. Essa operação é denominada “capitalização”. As ações são divididas em: ordinárias, preferenciais ou de fruição. Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição. Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar Pâmella Destacar 68 68 68 194 5.3.1. Ordinárias Oferecem direitos e vantagens comuns a todos os
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