Buscar

el resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 194 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 194 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 194 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 1 
 1 
194 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DO RESUMO 
Olá, meu amigo! tudo bem? Permita-me tratá-lo dessa forma. Ainda não temos uma amizade, 
mas acredito que a permissão para o ajudar nessa empreitada é algo de extrema delicadeza no 
trato. 
Este material é o mais adequado para a Reta Final de estudos. A edição definitiva dos PDFs já 
ficou pronta. Aliás, colocarei na plataforma para vocês, pois notei que mesmo os aprovados 
continuam na empreitada dos concursos. 
Em nossas vidas, a cada minuto, cada segundo, algo apenas é considerado válido em nossas 
entranhas, quando feito com amor e dedicação. Conte com a minha integral responsabilidade! 
Eu prometo que este material vai lhe surpreender positivamente! 
Alessandro Sanchez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 2 
 2 
194 
 
 
 
2 - EVOLUÇÃO DA EMPRESA 
2.1. Atividades empresariais 
 
O código civil nos explica que a Empresa não deve ser compreendida como um local. O artigo 
966 que inaugura o Direito de Empresa no Código Civil compreende na estrutura do que é uma 
empresa a própria atividade desenvolvida, sejam as atividades de produção ou comércio de 
bens e/ou serviços, como a seguir: 
Livro II. Direito de Empresa. 
Art. 966, CÓDIGO CIVIL. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de 
serviços. (Destaque nosso). 
Segue quadro explicativo: 
 
Bens e/ou Serviços
Empresa
Atividade
Produção Transformação
Comércio Aproximação
Pâmella
Destacar
 
 
 
 3 
 
 
 3 
 3 
194 
 
 
 
 
Vamos aos exemplos! Bora, bora lá! 
Exemplo de n.º 1: Começarei com um exemplo bem popular. Vamos para o MC 
Donald’s. Estamos diante de uma empresa/atividade de produção de alimentos, 
e isso, por si só, já significaria uma atividade empresarial, mas o MC Donald’s vai 
mais longe, pois também comercializa os alimentos, sem levar em conta que 
também produz e comercializa um serviço que se denomina “fast-food”. 
O próximo exemplo esclarece que basta os bens ou mesmo os serviços: 
Exemplo de n.º 2: O Estratégia produz e comercializa serviços para o 
enfrentamento de concursos públicos bancas examinadoras de todo o país, o que 
abrange o conceito de produção e comércio de bens ou de serviços. 
2.2. Elemento(s) de Empresa 
A mera atividade de produção ou de comércio não é e não pode ser considerada empresária, 
do contrário, qualquer pessoa que vendesse um automóvel usado ou produzisse o almoço do final 
de semana seria considerado empresário. 
O ato de produção ou comércio devem conter os elementos presentes no quadro abaixo. Quais 
requisitos são esses? Organização, Profissionalidade e Busca de Lucro. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 4 
 
 
 4 
 4 
194 
 
 
 
 
O primeiro e mais importante elemento é a Organização, como veremos a seguir. 
2.2.1. Organização 
O grande elemento caracterizador da empresa e do empresário é a organização. A profissão 
do empresário se caracteriza pela organização dos fatores de produção e comércio, quais sejam: 
“A mão de obra (própria ou alheia), capital, insumos e tecnologia”. 
 
“Trata-se do elemento que identifica a profissão do Empresário!” 
Vamos ao exemplo da estrutura do Estratégia Concursos como uma sociedade empresária, a 
seguir: 
Trata-se de uma estrutura que depende da boa alocação do capital, da aquisição de insumos 
(equipamentos para gravação, câmeras, computadores), trabalhadores e a tecnologia. Vamos 
entender agora a tecnologia. 
Empresa
 Organização
Profissionalidade
 Busca de lucro
Requisitos
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 5 
 
 
 5 
 5 
194 
 
 
 
 
A tecnologia não tem relação com eletrônica ou engenharia, mas a tecnologia utilizada pelo 
Empresário para exercer a sua atividade econômica. Continuaremos no exemplo do Estratégia 
Concursos. 
Nesse caso, o Estratégia é o pioneiro em uma tecnologia que entrega uma parte de seu produto 
de forma gratuita no “YouTube”, além de um produto específico para os alunos que adquirem os 
cursos e assinaturas. Essa é a tecnologia do Estratégia Concursos. 
Em conclusão, a “ORGANIZAÇÃO” nada mais é do que a expertise para aplicar bem o capital, 
inclusive na aquisição de insumos, fazer uma boa direção dos trabalhadores e criar uma 
tecnologia para realizar uma boa entrega dos bens e serviços aos seus destinatários. 
“Gostou da explicação? Espero que sim, mas agora vai uma dica matadora.” 
 
A organização é o elemento mais importante, inclusive nas passagens em que o código civil utiliza 
a expressão “ELEMENTO DE EMPRESA” sem nenhuma conceituação considere, e sem medo de 
errar, que estamos diante do elemento “ORGANIZAÇÃO”. 
Você vai perceber isso ao longo de seus estudos ainda neste material. Sanchez, o código civil 
trata tais elementos como sinônimos? Exatamente isso! 
A ausência do elemento organização torna impossível retratar qualquer que seja a atividade 
realizada como empresária. Os outros dois requisitos são facilmente explicados, a seguir: 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 6 
 
 
 6 
 6 
194 
 
 
 
2.2.2. Profissionalidade 
A atividade empresária profissional é toda aquela exercida com pessoalidade e habitualidade. 
A pessoalidade nada mais é do que a pessoal assunção de responsabilidade pela atividade 
praticada pelo Empresário ou Sociedade Empresária. A habitualidade é facilmente explicada 
pela frequência na atividade empresarial praticada de forma reiterada e em nome próprio. 
2.2.3 Busca de Lucro 
A atividade que visa ao lucro por intermédio da produção ou comercialização de bens, ou serviços. 
É sempre importante lembrar que basta o objetivo de lucrar, e não necessariamente o lucro 
propriamente dito, caso contrário, todas as empresas precisariam ser positivas para que assim 
fossem consideradas. 
 
 
 
EMPRESA
Organização: mão-de-obra, capital, 
insumos e tecnologia
Atividade profissional: habitualidade 
e responsabilidade pessoal
Atividade econômica: Busca de lucro
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 7 
 
 
 7 
 7 
194 
 
 
 
2.3. - A Atividade Intelectual (excluída da atividade empresarial) 
A legislação não se contentou em trazer somente características a respeito de quem é o 
empresário, buscando também conceituar os que não podem assim ser considerados. 
O parágrafo único do art. 966, CÓDIGO CIVIL traz as espécies intelectuais, classificando-as como 
as de natureza científica (médico, contadores ou advogados), literária (escritores) ou artística 
(pintor de quadros). 
966, CC. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de 
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de 
empresa. (Destaque nosso). 
As atividades intelectuais são excluídas, em regra, já que tais atividades não tem no elemento da 
organização um fator de grande relevância. O principal fator de caracterização de um intelectual 
não é o seu talento na “ORGANIZAÇÃO” dos fatores de produção e comércio, mas o talento 
“INTELECTUAL” artístico, literário ou científico. 
 
É importante ressaltar que o parágrafo único do art. 966, CÓDIGO CIVIL é no sentido de que em 
regra, tais atividades não são consideradas empresárias, ainda que com o concurso de 
auxiliares ou colaboradores, a título de exemplo, telefonistas, recepcionistas ou estagiários. 
Exemplo: O médico pediatra em seu consultório não desempenha uma 
atividade empresária, já que a organização é secundária e insuficiente para o 
conceito de empresa, ainda que tenha uma telefonista ou estagiários. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 8 
 
 
 8 
 8 
194 
 
 
 
2.3.1. - Atividade Intelectual organizada (empresarial) 
 
Agora vem a pergunta: Sanchez, as atividadesintelectuais no quadro abaixo, jamais serão 
consideradas empresárias? 
 
 
O parágrafo único do art. 966, CÓDIGO CIVIL compreende que, em regra, as atividades dispostas 
no quadro não são consideradas empresárias. No entanto, o mesmo dispositivo coloca uma 
ressalva: “...salvo quando o exercício da atividade constituir elemento de empresa”. 
O elemento de empresa e a organização são sinônimos. O que precisamos agora é visualizar 
exemplos em que a atividade é ao mesmo tempo intelectual e organizada. Vamos a isso! 
Intelectuais
Artística
Atores/Cantores
Literária
Escritores
Científica
Advogado/ médico
 
 
 
 9 
 
 
 9 
 9 
194 
 
 
 
 
Existem casos em que a atividade é intelectual, mas organizada como uma empresa. É o 
exemplo de um Hospital ou uma Editora de livros jurídicos. 
Exemplo de n.º 1: O médico que exerce a profissão intelectual de medicina 
pediátrica resolve locar um espaço maior, contratando diversos empregados da 
atividade-meio (limpeza e segurança) e da atividade-fim (médicos). 
A sua atividade pessoal deixa de ser referência, para que agora a referência 
seja a própria estrutura empresaria, já que transformou o seu consultório em 
uma clínica médica. A atividade intelectual foi absorvida pela estrutura empresarial 
organizada. 
Sigamos para um exemplo mais preciso: 
Exemplo de n.º 2: O escritor que exerce a sua atividade pessoal literária com a 
ajuda de uma pessoa para a diagramação e correção ortográfica, em regra, não é 
considerado um empresário. No entanto, caso esse escritor comece a editar livros 
de outros autores, imprimi-los e vendê-los com a busca de lucro, estaremos diante 
de uma atividade intelectual organizada, logo, empresarial. 
Conclusão: Considera-se empresarial toda atividade econômica organizada, econômica e 
profissional. As atividades intelectuais, apenas serão consideradas empresárias, se houver a 
organização. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 10 
 
 
 10 
 10 
194 
 
 
 
3 - EMPRESÁRIO 
3.1 – Empresário 
Tal evolução inseriu na legislação de nosso país a relevância da empresa como atividade 
econômica organizada e o empresário como aquele que a exerce. 
O Código Civil costuma utilizar a expressão “Empresário” como um gênero que comporta as 
espécies: Empresário Individual, EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada e as 
sociedades. 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
 
Vale o alerta de que não é razoável chamar sócios de empresários, pois a empresa é uma atividade 
explorada por uma pessoa natural (Empresário Individual) ou pessoa jurídica (EIRELI e 
Sociedades). 
Advertência: Afaste de suas mentes a ideia de que Silvio Santos, Antônio Ermírio 
de Moraes, Roberto Justus, João Doria ou Eike Batista são empresários, pois eles 
não são, muito embora sejam sócios de extrema relevância nas empresas em que 
são integrantes do quadro societário. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 11 
 
 
 11 
 11 
194 
 
 
 
 
No Código Civil você não encontrará a expressão “Empresário Individual”, mas em provas de 
concursos, doutrina e jurisprudência, a expressão é corriqueira. Vamos explicar! 
3.2 - Empresário Individual 
O empresário individual é aquele que exerce a empresa, utilizando-se da personalidade jurídica 
de pessoa natural, a mesma que adquiriu no nascimento com vida. 
Estamos diante de uma pessoa natural que não pretende constituir uma Pessoa Jurídica para a 
empresa, pois não se importa que seus bens pessoais e empresariais integrem o mesmo 
patrimônio. Nesse caso, a empresa faz parte de seu patrimônio pessoal. 
 
 
 
3.2.1 – Capacidade para o exercício da empresa 
O art. 972 do Código Civil dispõe que: 
Empresário individual
- Pratica a empresa utilizando a personalidade jurídica de pessoa natural;
- Confusão patrimonial;
- Responsabilidade pessoal;
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 12 
 
 
 12 
 12 
194 
 
 
 
art. 972 , CC: “podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno 
gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. (DESTAQUE NOSSO). 
 
3.2.1.1. – Continuidade da empresa por incapaz 
O art. 974 do Código Civil admite que o incapaz, devidamente representado ou assistido, 
continue a exercer a atividade empresarial em duas situações: 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor 
de herança. 
 
O incapaz poderá continuar a exercer a atividade empresarial por meio de um representante 
ou devidamente assistido, segundo o disposto no art. 974, § 1.º, do Código Civil. Neste caso, será 
necessária uma autorização judicial, cabendo ao juiz avaliar os riscos da empresa e a 
conveniência de continuá-la. 
Se o representante ou o assistente for pessoa legalmente impedida, de exercer atividade 
empresarial, como é o caso já explicitado do servidor público deverá nomear um ou mais 
gerentes para o exercício da função com a aprovação do juiz (art. 975 do Código Civil). 
 
•Quando a incapacidade surge depois do início do exercício da atividade 
empresarial, momento em que a capacidade era plena, como o 
empresário que contrai doença mental e fica impedido.
Incapacidade superveniente
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 13 
 
 
 13 
 13 
194 
 
 
 
Podemos representar dessa forma: 
 
3.2.2 – Liberdade de impedimentos para o exercício da empresa 
O art. 973 do Código Civil estabelece que “a pessoa legalmente impedida de exercer atividade 
própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas”. 
Uma hipótese que costuma frequentar a prova tem relação com o fato de que o ato praticado 
pelo impedido é válido e gostaria que você ficasse atento para essa informação. Neste caso, se 
o impedido adquirir mercadorias, o ato em si não será considerado nulo. 
 
Os impedidos estão entre aqueles que exercem funções consideradas incompatíveis com a 
empresa. Os falidos e condenados por determinados crimes também são considerados 
impedidos. 
Os casos de impedimento encontram-se em diversas leis esparsas. Podemos citar os servidores 
públicos na lei 8.112/90; assim como os militares do Exército, Marinha ou Aeronáutica em 
seus estatutos específicos; bem como os auxiliares do empresário e o falido não reabilitado. 
Empresário Individual
• Incapacidade 
superveniente
Empresário Individual
• Representado
• Assistido
• Gerência
Juiz avalia
• Riscos da empresa
• Conveniência em 
continuá-la
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 14 
 
 
 14 
 14 
194 
 
 
 
 
De tempos em tempos, alunos pedem uma lista para que em provas e concursos encontrem maior 
facilidade ao solucionar “cases” que participem figuras impedidas, já que as proibições estão 
elencadas em diversas legislações, como o próprio Código Civil, a nossa Carta Magna e leis 
extravagantes. 
O rol abaixo foi criado levando em conta as questões das principais bancas examinadoras 
(CEBRASPE, FCC, FGV, VUNESP E FEPESE). Chegamos nos seguintes exemplos: 
(a) a CF traz o impedimento dos deputados e senadores, desde a posse no art. 54, II, a; 
(b) falido (art. 102 da Lei 11.101/2005); 
(c) os que incorrerem na prática dos crimes conforme o §1.º do art. 1.011 do Código 
Civil, exemplificando prevaricação, concussão, peculato, crimes contra a economia popular, 
crimes contra o sistema financeiro, defesa da concorrência, crimes falimentares, entre outros; 
(d) membros do Poder Executivo, Militares, Magistrados, entre outros, conforme seus 
estatutos. 
3.3 - Empresário casado 
O empresário regularmente inscrito pode alienar ou gravar de ônus real o imóvel incorporado 
à empresa. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 15 
 
 
 15 
 15194 
 
 
 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer 
que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa 
ou gravá-los de ônus real. 
Sanchez, manda uma palhinha sobre outorga conjugal e ônus real? Claro que sim! O dispositivo 
visa explicar que o Empresário(a) não precisa de autorização do cônjuge para transferir o 
imóvel ou os imóveis da empresa, ou mesmo colocar o bem como garantia de um 
financiamento. 
3.4 - Exercício de atividade rural 
O texto do art. 971, CÓDIGO CIVIL , ao utilizar a expressão “poderá” faz claro que o exercente 
de atividade rural poderá optar pela forma empresarial ou não, seja de forma individual ou 
societária. 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, 
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer 
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, 
depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a 
registro. 
4 - EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI 
4.1 - Natureza Jurídica e características básicas 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 16 
 
 
 16 
 16 
194 
 
 
 
A criação dessa espécie se deu no ano de 2011 e a finalidade sempre foi a de autorizar que um 
sujeito individual (sem sócios), pudesse titularizar dois patrimônios: um pessoal e outro 
empresarial, como na transcrição do “caput”, art. 980-A, CÓDIGO CIVIL , a seguir: 
Art. 980-A, CC. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por 
uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que 
não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (GRIFOS 
NOSSOS). 
A pessoa natural titular da empresa será considerada distinta da pessoa jurídica da empresa, assim 
como cada uma das pessoas terá o seu patrimônio autônomo. A separação patrimonial oferece 
uma melhor organização dos patrimônios pessoal e empresarial. 
O art. 980-A do código civil e seus §§, trouxe quatro requisitos básicos para esta modalidade. 
Os requisitos exigidos pelo dispositivo são: 
 
(a) constituição por única pessoa titular de todo o capital, ressaltando que a pessoa natural 
poderá figurar em uma única empresa desse tipo; 
(b) integralização do capital; 
(c) capital superior a 100 vezes o valor do salário mínimo vigente, como a transcrição: 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 17 
 
 
 17 
 17 
194 
 
 
 
 
Vale considerar ainda que o art. 980-A, CÓDIGO CIVIL faz menção a uma empresa constituída 
por uma única pessoa, sem esclarecer se a EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada poderia ser constituída por uma Pessoa Jurídica. 
 
Nesse sentido, O DREI – Departamento de Registro Empresarial e Integração, órgão vinculado 
ao Registro Público de Empresas Mercantis editou a Instrução Normativa de n.º 38/17 para a 
compreensão de que a EIRELI pode ser constituída por pessoa natural ou pessoa jurídica, 
conforme transcrevemos: 
 
“A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI poderá ser constituída 
tanto por pessoa natural quanto por pessoa jurídica, nacional ou estrangeira. Quando o 
titular da EIRELI for pessoa natural deverá constar do corpo do ato constitutivo cláusula 
com a declaração de que o seu constituinte não figura em nenhuma outra empresa 
dessa modalidade. A pessoa jurídica pode figurar em mais de uma EIRELI.” 
Características
a) Pessoa jurídica constituída por 
PessoaNatural ou Pessoa Jurídica
b) Separação 
patrimonial
c) Integralização 
mínima: 100 
salários mínimos
Obs: A Pessoa 
Natural figura em 
uma única 
empresa dessa 
modalidade
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 18 
 
 
 18 
 18 
194 
 
 
 
Ademais, vale considerar que a mesma instrução recentemente alterada pela Instrução Normativa 
47/18, entende que a restrição para a pessoa natural que somente poderá constituir uma única 
empresa nessa modalidade não se apresenta para a Pessoa Jurídica. A Pessoa Jurídica pode 
figurar em mais de uma EIRELI. 
 
Ainda, acrescentou o §5.º, art. 980-A relata que a EIRELI pode ser constituída para remuneração 
que decorra de direitos autorais, imagem, nome marca ou voz de que o seu titular seja 
detentor. 
4.3 - EIRELI como concentração de quotas de outra modalidade societária 
A EIRELI poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária em um 
único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração, tudo por força da 
inclusão do §3.º do art. 980-A no Código Civil. 
§3.º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da 
concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
Acredito que nesse momento você já espere que eu ofereça um exemplo, sinal de que estamos 
nos entendendo bem. Imagine uma sociedade limitada com apenas dois sócios e um deles vem 
a óbito. A sociedade torna-se unipessoal e precisará de regularização. 
O código civil em seu inciso IV, art. 1.033, oferece o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para a 
regularização da sociedade, para que não haja dissolução. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 19 
 
 
 19 
 19 
194 
 
 
 
 
Diante do problema acima, temos aqui uma série de possibilidades, como a alocação de um novo 
sócio ou até a liquidação e extinção da sociedade, assim como a concentração das quotas em 
um único sócio, o que nada mais é do que a transformação da sociedade limitada em uma EIRELI. 
5 - ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
5.1 - Conceito 
Trata-se do complexo de bens reunidos para o desenvolvimento da atividade empresarial. O 
estabelecimento como um todo possui um valor econômico próprio, distinto do valor dos bens 
que o compõem. É sinônimo de fundo de comércio. 
O Código Civil brasileiro, em seu art. 1.142, conceitua estabelecimento empresarial como “(...) 
todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária”. 
5.2. - Elementos 
Estabelecimento empresarial é composto por bens de duas categorias: corpóreos e 
incorpóreos. Os bens corpóreos são aqueles que se caracterizam por ocupar espaço no mundo 
exterior, dentre eles podemos destacar: 
(a) mercadorias; 
(b) instalações; 
(c) máquinas 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 20 
 
 
 20 
 20 
194 
 
 
 
(d) utensílios; 
(d) dinheiro; 
(e) veículos; 
(f) imóvel da empresa; 
Os bens incorpóreos são as coisas imateriais, que não ocupam espaço no mundo exterior, são 
ideias, frutos da elaboração abstrata da inteligência ou do conhecimento humano. Existem na 
consciência coletiva. 
Nessa categoria, estão os direitos que seu titular integra no estabelecimento empresarial, tais 
como: 
(a) patente de invenção; 
(b) modelo de utilidade; 
(c) marcas; 
(d) desenhos industriais; 
 (f) ponto; 
(g) título do estabelecimento; 
(h) perfis de redes sociais. 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 21 
 
 
 21 
 21 
194 
 
 
 
 
 
Observação importante: O nome empresarial integra o estabelecimento, mas 
não pode ser alienado, pois é personalíssimo. O nome empresarial não pode ser 
objeto de alienação, pois integra os direitos de personalidade, conforme o art. 
1.164, CÓDIGO CIVIL , a seguir: 
 
5.3 - Trespasse 
O trespasse significa a alienação do estabelecimento empresarial titularizado pelo empresário, 
razão pela qual tem livre disponibilidade sobre a sua universalidade de fato. A transferência para 
Elementos do 
estabelecimento
 Bens corpóreos: aqueles que se 
caracterizam por ocupar espaço 
no mundo exterior
 Bens incorpóreos:são as coisas 
imateriais, que não ocupam 
espaço no mundo exterior
O imóvel integra os 
elementos corpóreos.
o nome empresarial não pode 
ser alienado.
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 22 
 
 
 22 
 22 
194 
 
 
 
outro empresário é possível de acordo com o artigo 1.143 do Código Civil, com algumas restrições 
que serão tratadas adiante. 
Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, 
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. 
 
 
O nosso Código Civil em seu art. 1144, prevê que para a eficácia do trespasse 
quanto a terceiros, é necessário a averbação do respectivo contrato que tenha por 
objeto tal alienação no registro público de empresas mercantis à margem da 
inscrição do empresário ou sociedade empresária, com a publicação na imprensa 
oficial. 
 
 
Eficácia do 
Trespasse
Da assinatura do 
contrato para os 
contratantes
Da publicação no 
DOE para 
terceiros
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 23 
 
 
 23 
 23 
194 
 
 
 
5.3.1 – Concordância e notificação dos credores 
A transferência do estabelecimento para outro empresário é possível. Estamos diante de uma 
reunião de bens conduzida por um particular. O Empresário é livre para o trespasse, mas com 
algumas restrições. 
Por outro lado, o estabelecimento empresarial é também considerado garantia dos credores; 
e, nessa linha, a lei fixa determinadas condições para que possa ser alienado. 
 
No caso de notificação dos credores, considera-se o aceite tácito acerca da alienação se o 
credor não se manifestar contrariamente no prazo de 30 dias do recebimento da notificação. 
Se o alienante assim não proceder, deixando de colher a anuência dos credores ou deixando 
de notificá-los, o trespasse será considerado irregular. A consequência é das mais graves, já que 
o alienante poderá ter a sua falência decretada. 
 
 
 
5.4. - Responsabilidade dos Contratantes no Trespasse 
Sobre o que diz respeito aos débitos anteriores a transferência, vale dizer que o adquirente será 
o novo responsável pelo seu pagamento. 
O devedor anterior (aquele que vendeu a empresa), será responsável solidário se estes débitos 
estiverem regularmente contabilizados por determinado período. 
O trespasse irregular é ato de falência e ineficácia 
→ Art. 94, III, Lei nº 11.101/2005. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 24 
 
 
 24 
 24 
194 
 
 
 
É o que dispõe o Art. 1.146 do CÓDIGO CIVIL: 
" O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores 
à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor 
primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos 
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento". 
 
Débitos vencidos: Devedor Primitivo ficara solidário por um ano, contados dos 
débitos já vencidos ou de sua publicação. Logo, no caso de débitos já vencidos 
o devedor primário fica vinculado solidariamente até completar um ano da 
publicação na imprensa oficial. 
 
Débitos vincendos: Devedor Primitivo ficara solidário por um ano, contados da 
data do vencimento de cada uma das obrigações futuras. Em vista dos débitos 
que ainda estão para vencer, a responsabilidade começa a ser contada da data de 
vencimento. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 25 
 
 
 25 
 25 
194 
 
 
 
 
5.4.1. - Responsabilidade em relação aos créditos Tributários 
 
O Direito Tributário trata o tema com regras que lhe são próprias. O caput do art. 133 do Código 
Tributário Nacional trata estabelecimento e fundo de comércio como sinônimos. No mesmo 
dispositivo determina a responsabilidade em seus incisos I e II, a seguir: 
 Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, 
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a 
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, 
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do 
ato: 
 I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; 
(DESTAQUE NOSSO). 
A responsabilidade será integral do adquirente caso o alienante cesse as suas atividades ou 
retome as suas atividades apenas após 6 (seis) meses. 
Débitos em obrigações solidárias
O alienante é 
responsável → 
Débitos anteriores à alienação
1 ano a contar da 
publicação da 
transferência no 
Diário Oficial do 
Estado
Débitos vincendos
1 ano a contar do 
vencimento da 
obrigação
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 26 
 
 
 26 
 26 
194 
 
 
 
 
 
Art. 133. [...] 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar 
dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em 
outro ramo de comércio, indústria ou profissão. (DESTAQUE NOSSO). 
Caso o alienante continue explorando as suas atividades dentro do prazo de seis meses a contar 
da alienação do estabelecimento devidamente averbado no órgão competente e publicado no 
DOE – Diário Oficial do Estado, a responsabilidade será subsidiária. 
A subsidiariedade significará a tentativa de responsabilizar o patrimônio do alienante por 
débitos fiscais, e após esgotados todos os meios possíveis, prosseguir no patrimônio do 
adquirente. 
DIREITO SOCIETÁRIO 
1 – SOCIEDADES 
1.1. Conceito de Sociedade 
A sociedade é uma pessoa jurídica de direito privado! Sanchez, Quais os efeitos disso? Bora, 
bora lá! A lei confere às sociedades, personalidade jurídica. Assim, a sociedade torna-se capaz 
de direitos e deveres. Assim, poderão contrair dívidas e participar diretamente da aquisição de 
bens. As sociedades não se confundem com as pessoas de seus sócios. 
Nasce um contrato em que vislumbra a união de pessoas e capital com interesses convergentes 
para o exercício de determinada atividade econômica, conceituada no art. 981 do Código Civil, 
que dispõe: 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 27 
 
 
 27 
 27 
194 
 
 
 
“celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a 
partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à 
realização de um ou mais negócios determinados.” 
 
 
 
1.2. Sociedades Empresárias e Sociedades Simples 
Inicialmente, devemos classificar as sociedades em personalizadas e as despersonalizadas. A 
sociedade adquire personalidade jurídica de pessoa jurídica com o registro. Logo, as sociedades 
que não levam os atos constitutivos a registro são consideradas despersonalizadas. 
Entre as sociedades personalizadas, temos as sociedades empresárias e as sociedades simples. 
Aliás, todas as sociedades que não se enquadram na prática da empresa são consideradas 
sociedades simples. 
Vamos falar de tudo disso! 
Pessoa jurídica
Direito Público: União, Estados, Distrito Federal, 
Territórios, Municípios, autarquias e outras criadas por lei.
Direito Privado: associações, fundações, sociedades, 
entidades religiosas e partidos políticos.
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 28 
 
 
 28 
 28 
194 
 
 
 
 
 
 
As Sociedades Empresárias são aquelas que praticam a atividade de empresa. Assim, estabelece 
o art. 982 do Código Civil: 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem 
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, 
simples, as demais. 
Exemplo: A sociedade com a intenção de praticar a atividade de produção de sapatos ou o 
comércio de celulares de modo organizado seráconsiderada empresária, combinando os artigos 
966 e 982 do Código Civil. 
Pessoas que 
reciprocamente se 
obrigam a contribuir, 
com bens ou serviços, 
para o exercício da 
atividade econômica e a 
partilha, entre si, dos 
resultados
Sociedades simples
Sociedades 
empresárias Sociedades 
personificadas
Sociedades 
despersonificadas
 
 
 
 29 
 
 
 29 
 29 
194 
 
 
 
Sanchez, pode oferecer alguns exemplos de sociedades não empresárias? É claro que sim! 
As sociedades de intelectuais, estudadas no parágrafo único do código civil, não são consideradas 
empresárias. As sociedades de médicos, engenheiros, ou mesmo as sociedades de Advogados 
são consideradas sociedade simples. Aliás, o parágrafo único do artigo 982 do Código Civil 
acrescenta as sociedades cooperativas como sociedades simples. 
1.3. Classificação e Espécies de Sociedades 
_ A pergunta que fica agora é: Quais as espécies de Sociedades? Quais as 
espécies de sociedades sem personalidade jurídica? Quais são as que tem 
personalidade jurídica? Quais as modalidades de sociedades empresariais? Vamos 
responder tudo isso! 
O Código Civil possibilita a criação das sociedades descritas em seus arts. 986 a 996. As 
denominadas sociedades não personificadas. São duas as modalidades: (1) sociedade em Comum 
e a (2) Sociedade em Conta de participação. 
Além das despersonificadas, temos aquelas que agem de acordo com a lei, levando os seus atos 
constitutivos a registro. O registro traz o início da existência das pessoas jurídicas como a seguir: 
(1) As Sociedades Simples conforme artigos 997 a 1.038 do Código Civil. Já sabemos que são 
as sociedades não empresariais. 
 
(2) Entre as modalidades empresariais presentes nos artigos 1.039 a 1.092 do Código Civil, 
temos a Sociedade em nome coletivo (responsabilidade ilimitada); as sociedades em 
comandita simples (responsabilidade mista) e as sociedades limitadas. 
Há vários critérios de classificação das sociedades empresárias, a saber: 
Pâmella
Destacar
 
 
 
 30 
 
 
 30 
 30 
194 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espécies
Simples Empresárias
Quanto à personificação da sociedade
Não personificada Personificada
Quanto à responsabilidade dos sócios
Limitada Ilimitada Mista
 
 
 
 31 
 
 
 31 
 31 
194 
 
 
 
 
 
 
 
2 - SOCIEDADES EM COMUM 
A Sociedade em Comum é sinônimo de irregularidade. O art. 986, CC, as considera entre 
aquelas sociedades que não tenham levado o ato constitutivo a registro no órgão competente. 
Quanto ao ato constitutivo
Contrato social
Não tem ou 
não foi levado 
a registro
Estatuto
Tipos de sócios
Sócio
sócio participante
Sócio quotista
Sócio ostensivo
Sócio comanditado e 
sócio comanditário
Acionista
Pâmella
Destacar
 
 
 
 32 
 
 
 32 
 32 
194 
 
 
 
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto 
por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente 
e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. 
Entre as sociedades em comum estão: 
a) aquelas que existem apenas de fato, por não terem sequer contrato escrito; 
b) as que possuem contrato escrito não registrado no órgão competente; ou 
c) aquelas que, mesmo registradas, passaram por uma substancial mudança em suas 
cláusulas essenciais, previstas no art. 997, CC, como a que aponta mudança de 
endereço, não tendo levado a registro tais modificações. 
 
 
 
Sociedades em comum
não levou os atos constitutivos a 
registro
não possui contrato escrito
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 33 
 
 
 33 
 33 
194 
 
 
 
2.1. Responsabilidade dos sócios 
 
A responsabilidade dos sócios perante as obrigações sociais será ilimitada e solidária, 
conforme artigo 990 do Código Civil, a seguir. 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou 
pela sociedade. 
No caso de dívidas da sociedade, os bens sociais devem responder em primeiro lugar. Após 
esgotadas as tentativas de responsabilizar os bens da sociedade, é possível responsabilizar os 
bens particulares dos sócios. 
Temos a exata ideia da responsabilidade ilimitada. A pergunta que fica! Sanchez, já sabemos 
o que é ilimitação, mas o que é responsabilidade solidária? Uma vez mais, transcrevemos o art. 
990 do Código Civil. 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou 
pela sociedade. 
Após o esgotamento das tentativas de cobrar a dívida por intermédio dos bens sociais, ocorre o 
avanço no patrimônio particular dos sócios, que, entre si, respondem solidariamente. A 
solidariedade significa que a dívida toda pode de ser cobrada de qualquer um dos sócios, 
independentemente de ordem. 
Neste caso, você pode perguntar: Sanchez, o sócio que pagou a dívida toda, poderá cobrar a 
parte que é proporcional à participaçao do outro ou outros sócios? Sim, é o que se denomina 
“Direito de Regresso”. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 34 
 
 
 34 
 34 
194 
 
 
 
2.2. Responsabilidade do sócio contratante 
 
A responsabilidade dos sócios perante as obrigações sociais será ilimitada e solidária, sendo 
que, neste caso, os bens dos sócios responderão apenas após a execução os bens da sociedade, 
conforme artigo 990 do Código Civil, relembremos, a seguir. 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou 
pela sociedade. 
Ocorre que, o mesmo artigo 990 do Código Civil, explica que o sócio contratante será excluído 
do benefício de ordem. A sua primeira pergunta é: Quem é o sócio contratante? Vamos para a 
resposta, a seguir. 
Trata-se do sócio que realiza determinado ato em nome da sociedade, como é o caso do sócio 
que realiza a reposição das mercadorias de estoque, como a reposição da ração no“PET SHOP” 
de nosso exemplo. No ato de aquisição das mercadorias, este sócio será considerado o 
contratante. 
A partir do momento que você já sabe quem é o sócio contratante, surge uma outra pergunta: 
O que é benefício de ordem? Meu amigo, essa é mais tranquila do que aparenta. As respostas 
a seguir fornecerão tudo de que precisamos para explicar essa parte tão cobrada nos concursos. 
No caso da cobrança de uma dívida, para o devedor, ter o direito de ficar por último na ordem 
de cobrança é um benefício. Sim, o benefício é ficar por último na ordem de cobrança! 
Assim, os sócios, em vista de seus patrimônios particulares, possuem o benefício de serem 
cobrados, apenas após o esgotamento de todas as tentativas de avançar no patrimônio da 
sociedade. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 35 
 
 
 35 
 35 
194 
 
 
 
Conclusão: O sócio que contrata em nome da sociedade perde o benefício de ordem, logo, 
responderá na mesma ordem dos bens sociais, como explicaremos mais. 
De acordo com o dispositivo, no caso de uma dívida com terceiro, em primeiro lugar, estará o 
patrimônio da sociedade e do sócio contratante, solidariamente. O único patrimônio 
preservado, o único patrimônio que estará em último lugar, de fato, é do outro sócio ou sócios 
que não tenha(m) contratado o negócio que gerou a dívidas 
O exemplo nos acompanhará para que não reste qualquer dúvida! 
 
 
Os pactos limitando poderes aos sócios administradores, como por exemplo, a limitação do poder 
para que determinado sócio não efetue compras, apenas valerão para terceiros que conheçam 
o pacto, do contrário, não haverá nenhuma obrigação ou responsabilidade para quem contratar 
com a sociedade em comum, conforme o art. 989 do Código Civil, a seguir. 
3 - SOCIEDADES SIMPLES 
As sociedades simples são constituídas por intermédio de contrato. Trata-se da união de 
esforços para o desenvolvimento de atividades não empresariais.Responsabilidade 
dos sócios
Perante terceiros
Ilimitada:
 → 1º - Bens 
Sociais; e do 
Sócio Contratante.
 → Solidariamente
→ 2º - Patrimônio 
do sócio(s) não 
contratante(s)
Entre os sócios solidária
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 36 
 
 
 36 
 36 
194 
 
 
 
3.1. Constituição das Sociedades 
 
Para que haja regularidade e se adquira personalidade jurídica, a sociedade deve arquivar seus 
atos constitutivos no registro competente. As sociedades simples operam o registro no cartório 
de registro civil das pessoas jurídicas. 
Art. 998. Nos trinta dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer 
a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua 
sede. 
As respectivas alterações contratuais conforme artigo 999 do Código Civil, bem como a 
instituição de sucursais, filiais ou agências devem levar registro próprio. Nesse registro deve 
constar a cópia da inscrição da sede. 
Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição 
de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a 
prova da inscrição originária. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá 
ser averbada no Registro Civil da respectiva sede. 
3.2. Direitos e Obrigações dos sócios 
Os sócios são considerados obrigados em relação a cada uma das cláusulas do contrato a partir 
da data da assinatura do contrato e não do registro ou averbação no órgão competente, 
conforme art. 1.001 do Código Civil: 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 37 
 
 
 37 
 37 
194 
 
 
 
Art. 1.001. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este 
não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as 
responsabilidades sociais. 
 
 
 
A exclusão de determinado sócio do quadro societário, se dará apenas com deliberação por 
consenso unânime, conforme artigo 1.002 do Código Civil. 
Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o 
consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social. 
Sociedades Simples
Por intermédio de 
contrato
Da união de esforços
Para desenvolvimento de 
profissões intelectuais 
Não têm caráter 
empresarial
Responsabilidade 
ilimitada
Registro no cartório de 
Registro civil das Pessoas 
Jurídicas
Constituição
A escolha por um dos tipos empresariais não 
afasta a sua natureza de sociedade simples. 
contudo, se faz, principalmente, para 
oferecer uma espécie distinta de 
responsabilidade dos sócios, como é o caso 
da forma limitada. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 38 
 
 
 38 
 38 
194 
 
 
 
Em vista da mora, o sócio ou os sócios que remanescem na sociedade, podem optar diminuir as 
quotas sua exclusãodo sócio remisso, ajuizar ação cobrando as perdas e danos ou até deliberar 
por sua exclusão. 
Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à 
indenização, a exclusão do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já 
realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no §1o do art. 1.031. 
O artigos 1.007 do Código Civil é para demonstrar o óbvio, já que o sócio de serviços tem a 
sua contribuição variável, e neste caso, responderá de acordo com a média do valor de suas 
quotas. Nesse caso, o sócio deverá especificar o valor de sua hora e as horas prestadas estarão 
especificados em fcontrato. 
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, 
na proporção das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em 
serviços, somente participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. 
1.008 do Código Civil existem justamente para que não haja um sócio que apenas tenha direitos, 
ou pior, que tenha apenas obrigações. 
Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos 
lucros e das perdas. 
3.3. Administração 
O estudo deste capítulo, não pode se dar por uma simples leitura nos dispositivos de lei, muito 
menos seguindo a ordem do código civil. Assim, organizei cada artigo de lei, de forma que 
pudesse ganhar uma lógica para o seu estudo. Espero muito que goste! 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 39 
 
 
 39 
 39 
194 
 
 
 
O Código Civil buscou estabelecer que o administrador, além de conhecimento e capacidade 
de gestão, deve ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem 
probo empregaria na administração de seus próprios negócios. 
Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o 
cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na 
administração de seus próprios negócios. 
O administrador haverá de comprovar, qualificação para o exercício das atividades e não 
incorrer em qualquer dos impedimentos legais, conforme dispositivo a seguir comentado. 
Os impedimentos legais para a administração, estão dispostos no § 1.º do art. 1.011 do Código 
Civil, que enumera aqueles que estão legalmente impedidos de exercer a administração: 
§ 1.o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os 
condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; 
ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou 
contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, 
enquanto perdurarem os efeitos da condenação. 
A tabela abaixo, organiza o dispositivo acima! 
a) pessoas impedidas por leis especiais, a exemplo de funcionários públicos, 
governadores e juízes; 
b) os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos 
públicos; 
c) os condenados por crimes falimentares; de prevaricação; peita ou suborno; 
concussão e peculato, enquanto perdurarem os efeitos da condenação; 
d) os condenados por crimes contra a economia popular; contra o sistema financeiro 
nacional; contra as normas de defesa da concorrência; contra as relações de consumo, 
a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 40 
 
 
 40 
 40 
194 
 
 
 
3.4. Das Relações com Terceiros e Responsabilidade dos sócios 
 
Caso não haja nenhuma escolha no contrato social, o entendimento é de que a sociedade 
simples é pura, aplicando a regra do art. 1.024 do Código Civil, portanto, responderá de forma 
ilimitada. 
Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da 
sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
O artigo 1.023 do Código Civil deve ser explicado em seguida, pois se realmente for necessário 
avançar no patrimônio pessoal dos sócios, a responsabilidade dos sócios entre si, será 
proporcional aos lucros e perdas. Tal responsabilidade apenas será solidária, se houver cláusula 
expressa. 
Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios 
pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de 
responsabilidade solidária. 
Enfim, sabemos que é possível que outro sócio, ou outros sócios, passem a integrar a sociedade, 
e nesse caso, será responsabilizado, caso necessário, pelas dívidas anteriores. 
Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas 
sociais anteriores à admissão. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 41 
 
 
 41 
 41 
194 
 
 
 
4 – SOCIEDADES LIMITADAS 
4.1. Responsabilidade dos sócios 
Assim, os sócios terão a responsabilidade restrita ao valor de suas quotas. As quotasrepresentam 
a participação de cada sócio para a sociedade, separadas em pequenas frações. 
 “Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor 
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital 
social.” 
Como é possível perceber pelo texto de lei acima, agora em parte transcrito: “na sociedade 
limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas.” O texto quer 
significar que cada sócio é responsável por sua parte, apresentando uma exceção, a seguir. 
Os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital. Integralizar o capital significa 
pagar a parte a que se comprometeu em contrato. 
Agora vem a pergunta de 1 milhão de reais, mas isso também é hipotético (rs). Como fica a 
responsabilidade, enquanto um dos sócios ainda não pagou a sua parte? Aliás, o sócio que não 
paga a sua parte é chamado “Sócio Remisso”. Vamos para a resposta! 
A resposta é que até o limite do valor subscrito (compromisso) é possível avançar no patrimônio 
pessoal de qualquer um dos sócios, pois a ideia de solidariedade é exatamente essa. A 
afirmação que fica agora é: “Ainda que um dos sócios já tenho integralizado a sua parte, seria 
possível forçá-lo a pagar a parte do outro? Exato! 
Enfim, o sócio que pagou a sua parte e também a parte do outro poderá ajuizar ação para o 
regresso, excluir o sócio remisso, entre outras hipóteses: 
Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem 
prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la 
a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos 
os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 42 
 
 
 42 
 42 
194 
 
 
 
 
 
Em vista da exclusão do sócio, abrimos algumas possibilidades: 
1) Poderá excluir o sócio remisso, após notificá-lo, e reconstituir a sociedade 
com outro sócio de sua confiança; 
2) Poderá excluir o sócio remisso, transformando a sociedade para praticar a 
empresa como Empresário Individual; 
3) Poderá excluir o sócio remisso, transformando a sociedade para praticar a 
empresa como EIRELI; 
4) Poderá excluir o sócio remisso, continuando a sociedade de forma 
unipessoal, por simples alteração contratual; 
5) Se o sócio remisso, integralizar, ao menos parte, basta diminuir o capital do 
remisso e assumir o restante. 
6) Poderá liquidar a sociedade; 
O Sócio que arcou com os pagamentos poderá:
Excluir o sócio remisso; Liquidar a sociedade;
Cobrar valor não 
integralizado + juros + 
correção monetária.
 
 
 
 43 
 
 
 43 
 43 
194 
 
 
 
4.2. Sociedade Limitada unipessoal 
Enfim, a Medida Provisória 881/19 da Liberdade Econômica, já transformada em lei, traz a 
inclusão do §1º, Art. 1.052 para o Código Civil, permitindo a constituição de uma sociedade 
limitada unipessoal, a seguir: 
 
“§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.“ 
Trata-se da ampliação das possibilidades para um sujeito que queira praticar a empresa 
individualmente, como explica o quadro abaixo. 
 
Além disso, o §2º, Art. 1.052 para o Código Civil, traz como obrigatoriedade a aplicação dos 
itens compatíveis ao sujeito individual hoje obrigatórios para a sociedade pluripessoal, a seguir: 
§2.º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no 
que couber, as disposições sobre o contrato social. 
Prática individual da atividade empresarial
Empresário 
Individual; EIRELI;
Sociedade 
Unipessoal 
limitada.
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 44 
 
 
 44 
 44 
194 
 
 
 
4.3. Aplicação subsidiária das regras de sociedades simples 
O Código Civil de 2002 regula as sociedades limitadas em seus artigos 1.052-1.087. É natural 
que tais dispositivos não dão conta de solucionar todos os problemas das limitadas, logo, o 
legislador se antecipou e ofereceu regulação ao tema. 
O artigo 1.053 do Código Civil define que em casos omissivos na legislação, devemos aplicar 
as regras de sociedades simples. 
“Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas 
da sociedade simples.” 
Finalmente, o parágrafo único do artigo 1.053 do Código Civil, oferece às partes a possibilidade 
de escolher a regência supletiva das regras presentes na lei das sociedades anônimas, seja a 
lei 6.404/76. 
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade 
limitada pelas normas da sociedade anônima. 
 
 
Regência
Regra: sociedades 
simples
Supletiva: sociedades 
anônimas
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 45 
 
 
 45 
 45 
194 
 
 
 
4.4. Administração 
A sociedade poderá ser administrada por sócios, ou ainda, por quem não seja sócio, se o contrato 
social permitir. Trata-se de inovação trazida pelo Código Civil. Existindo permissão no contrato 
social de administrador não sócio, este será escolhido por deliberação dos sócios. 
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas 
no contrato social ou em ato separado. 
Em regra, a sociedade é administrada por uma ou mais pessoas designadas no próprio contrato 
de sociedade, mas poderá ser nomeada em vista de sua escolha em reunião ou assembleia de 
sócios. 
O Código Civil de 2002 admite a figura do administrador estranho ao quadro social, quando 
exista permissão contratual. Caso o capital esteja integralizado, é necessário a aprovação por, 
no mínimo, 2/3 dos sócios. A unânimidade será exigida apenas se o capital ainda não estiver 
integralizado. 
“Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da 
unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois 
terços), no mínimo, após a integralização.” 
4.5. A vontade da sociedade 
A sociedade limitada é uma pessoa jurídica e, como tal, é dotada de vontade própria, expressa 
pelos sócios em reunião ou assembleia. 
Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010 , serão 
tomadas em reunião ou em assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo 
ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. 
Nas sociedades compostas por menos de dez sócios, as deliberações podem ser tomadas em 
reunião, desde que prevista no contrato social. Inclusive o contrato preverá a forma como a 
reunião deve se dar, seja a convocação, instalação e assim por diante. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 46 
 
 
 46 
 46 
194 
 
 
 
§ 1 o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for superior 
a dez. 
No caso de a sociedade for constituída funcionar com mais de dez sócios, as deliberações 
deverão ser tomadas por assembleia, observados todos os seus requisitos e formalidades. 
A obrigatoriedade da assembleia começa nos primeiros quatro meses após o final do exercício 
social; tem por finalidade apreciar as contas dos administradores, deliberar sobre o balanço, 
designar administradores e quaisquer outras matérias, segundo deliberação dos sócios. 
Havendo pronunciamento por escrito de todos os sócios, dispensa-se uma e outra. 
§ 3 o A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos os sócios 
decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas. 
Tais assembleias devem ser convocadas pelos administradores, ainda que subsidiariamente 
possam ser convocadas pelos sócios ou pelo Conselho Fiscal. 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 47 
 
 
 47 
 47 
194 
 
 
 
 
 
A convocação dar-se-á pela imprensa, procedimento que pode ser dispensado, desde que 
compareçam todos os sócios ouque todos deem ciência de sua realização por escrito, o que 
nos parece uma ótima solução, tendo em vista o alto custo desse método. 
• Sociedades com até 10 sócios
• Representação: procurador sócio 
ou advogado, ou outra pessoa 
prevista no contrato social
Reunião
• Sociedades com mais de 10 sócios
• Representação: procurador sócio 
ou advogadoAssembleia
• Finalidade
• Convocação
Assembleia
• apreciar as contas dos 
administradores
• deliberar sobre o balanço
• designar administradores
• deliberar sobre quaisquer 
outras matérias
Finalidades • obrigatorieda
de da 
assembleia 
começa nos 
primeiros 
quatro meses 
após o final do 
exercício 
social
Convocação
Pâmella
Destacar
 
 
 
 48 
 
 
 48 
 48 
194 
 
 
 
Caso o procedimento dos editais tenha seguimento, a publicação deverá ser feita por três vezes 
na imprensa oficial, além da divulgação em jornal de grande circulação. 
 
 
Da data da primeira publicação até a realização da assembleia, deve-se observar o prazo de oito 
dias. Tomados todos esses procedimentos de convocação, a assembleia pode ser instalada, 
exigindo-se, em primeira convocação, a presença de titulares de três quartos do capital social. 
A segunda convocação, caso o quórum não tenha sido atingido, ocorrerá do mesmo modo, 
porém com antecedência mínima de cinco dias entre a convocação e a realização da assembleia. 
Essa assembleia realizar-se-á sem a necessidade de um quórum mínimo de sócios. É presidida e 
secretariada por sócios escolhidos entre os presentes. 
Convocação
Administradores
Sócios: caso administradores 
retardem a convocação por mais 
de 60 dias
Sócios com mais de 
20% do capital social: 
caso não atendido em 
oito dias o pedido de 
convocação 
fundamentadoConselho fiscal: mediante 
retardamento da convocação 
anual por mais de 30 dias ou por 
motivos graves e urgentes
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 49 
 
 
 49 
 49 
194 
 
 
 
 
 
 
_ Os votos serão contados de acordo com a participação no capital social. o 
direito de voto poderá ser exercido pessoalmente ou por procurador que seja 
sócio ou advogado. 
 
Imprensa dispensada
comparecimento 
de todos os 
sócios
ciência, por 
escrito, de todos 
os sócios
Imprensa
Publicação do 
edital por 3 vezes 
na i. o. e jornal 
de grande 
circulação
observação do 
prazo de 8 dias 
da 1ª publicação 
até a realização
1ª 
convocação: 
presença de 
titulares de 
3/4 do capital 
social 
2ª 
convocação: 
ocorrerá de 
qualquer 
modo, 
observado o 
prazo mínimo 
de 5 dias 
entre a 
convocação e 
a realização 
Pâmella
Destacar
 
 
 
 50 
 
 
 50 
 50 
194 
 
 
 
4.6. Deliberações 
 
A maneira como a sua prova vincula o tema, infelizmente, exige o tal “Decoreba”. 
A organização de quadros em ordem legal, e depois, em ordem decrescente deve ajudá-los. 
Aliás, a dica é estudar essa parte mais próximo da prova, já que exige muito da memorização. 
 
Olhos atentos nos artigos 1.071 e 1.076 do Código Civil que relata as matérias que dependem 
da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: 
Art. 1.071. A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos 
quatro meses seguintes ao término do exercício social, com o objetivo de: 
I - a aprovação das contas da administração; 
II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; 
III - a destituição dos administradores; 
IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato; 
V - a modificação do contrato social; 
VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de 
liquidação; 
VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas; 
VIII - o pedido de concordata. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 51 
 
 
 51 
 51 
194 
 
 
 
 
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 do Código Civil, as deliberações dos 
sócios serão tomadas 
v I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, 
nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071 ; 
v II - pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, nos casos 
previstos nos incisos II, III, IV e VIII do art. 1.071 ; 
v III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou 
no contrato, se este não exigir maioria mais elevada. 
 
Quorum assemblear com tabela decrescente: 
à Unanimidade para a designação de administrador não sócio enquanto o capital 
não estiver integralizado. 
à Três quartos do Capital Social para a modificação do contrato social, fusão, 
incorporação, dissolução ou cessação do estado de liquidação, exige-se a 
aprovação de três quartos do capital social. 
à Dois terços do Capital Social, e para a nomeação de administrador não sócio, 
quando o capital já estiver integralizado. 
à Metade do Capital Social no que tange à nomeação, destituição ou fixação de 
remuneração dos administradores e para a destituição de administrador sócio, 
nomeado pelo contrato social além de pedido de recuperação judicial, exige-
se mais da metade do capital social. 
Maioria dos presentes para as demais deliberações, salvo outra previsão contratual. 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 52 
 
 
 52 
 52 
194 
 
 
 
 
 
 
 
Deliberações
Unanimidade: 
» designação 
de 
administrador 
não sócio, 
enquanto o 
capital não 
estiver 
integralizado
3/4 do capital 
social: 
» Modificação 
do contrato 
social 
» Fusão, 
incorporação, 
dissolução 
2/3 do capital 
social:
» Nomeação 
de 
administrador 
não sócio, 
quando o 
capital estiver 
integralizado
1/2 do capital 
social: 
» Nomeação, 
destituição ou 
fixação de 
remuneração 
dos 
administradore
s, assim como 
destituição de 
sócio nomeado 
pelo contrato 
» Pedido de 
recuperação 
judicial
Maioria dos 
presentes: 
» demais 
deliberações, 
salvo exigência 
prevista no 
contrato social
Quórum
 
 
 
 53 
 
 
 53 
 53 
194 
 
 
 
SOCIEDADES POR AÇÕES - LEI 6.404/76 
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Neste resumo trataremos das Sociedades Anônimas. Cuidaremos da parte básica 
(Caracterização e Capital), além de outras intermediárias e avançadas (Órgãos, transformações, 
dissolução, liquidação e extinção). 
1.1. Temas essenciais 
 
Prioridade 
 Alerta 
Observação: Abaixo, temos a citação do artigo base, mas adicionamos outros no texto que 
abordam o entorno dos dispositivos citados e podem ser cobrados no certame! 
As hipóteses 1 a 15 tem alta prioridade em seu certame 
1. (Artigos 1.º e 2º). Caracterização das Companhias. 
2. (Artigo 4.º). Companhias Abertas e fechadas. 
3. (Artigo 15). Espécies de Ações. 
4. (Artigo 17). Ações preferenciais. 
5. (Artigo 109). Acionistas e Direito de Voto. 
6. (Artigo 122). Assembleia geral. 
 
 
 
 54 
 
 
 54 
 54 
194 
 
 
 
7. (Artigo 154 - 158). Deveres e Responsabilidade dos Administradores. 
 
UTILIZAREMOS A CORUJA PARA AS PRIORIDADES E ALERTAS! 
A CORUJA “ESTA CAI NA PROVA” SERÁ BASTANTE ÚTIL NESTA FUNÇÃO! 
 
8. (Artigo 52). Debêntures. 
9. (Artigo 110). Direito de Voto. 
10. (Artigos 220 e 229). (Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão) - Estudar 
tudo! 
2 - SOCIEDADES ANÔNIMAS 
 
 
 
 
 55 
 
 
 55 
 55 
194 
 
 
 
As sociedades por ações comportam duas espécies. Temos as sociedades anônimas ou 
Companhias e as Comandita por Ações. Inicialmente, vamos cuidar das sociedades anônimas ou 
companhias. Os termos são sinônimos. 
A legislação foi criada para que houvesse um tratamento diferenciado para companhias com 
estrutura mais complexa. Vale lembrar que as companhias abertas utilizam-se da estrutura da 
Bolsa de Valores, o que por si só, justifica a tratativa em lei especial, seja a Lei 6.404/76 (Lei das 
Sociedades Anônimas). 
2.1. Caracterização 
As características básicas apresentam-se no primeiros artigo da lei especial, a seguir: 
Características e Natureza da Companhia ou Sociedade Anônima 
Art.1.º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a 
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações 
subscritas ou adquiridas. 
A) Capital dividido em ações: O capital da sociedade é fracionado. Cada ação corresponde a 
uma parcela do capital da companhia. O investidor pode optar por adquirir uma ou diversas ações. 
B) Responsabilidade limitada: A responsabilidade do acionista é limitada ao preço de emissão 
da ação ou ações que tenha adquirido. Não há solidariedade entre sócios. O sócio acionista é 
responsável somente pelo capital que integralizou. Cada acionista responde por sua parte, não há 
o que se falar em solidariedade entre os sócios. 
C) Sempre empresárias: São consideradas empresárias e isso independe da atividade praticada. 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 56 
 
 
 56 
 56 
194 
 
 
 
 
As sociedades anônimas classificam-se em abertas e fechadas. 
Art. 4.o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores 
mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de 
valores mobiliários. 
 
As companhias abertas são aquelas que tem seus valores mobiliários negociados na Bolsa de 
valores. Os fundadores integralizam uma parte do capital e esperam que investidores ao 
adquirir/subscrever as suas ações integralizem o restante. 
Sociedades por 
ações
Capital social 
dividido em 
ações
Sócios são 
chamados de 
acionistas
São sempre 
empresárias
Utilizam as 
expressões S.A 
ou Cia.
Anônima 
→ denominação
Comandita por ações
→ firma ou 
denominação
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 57 
 
 
 57 
 57 
194 
 
 
 
 As companhias fechadas são aquelas que não tem seus valores mobiliários negociados na Bolsa 
de valores. São criadas apenas para a utilização da estrutura da lei especial, mas sem a pretensão 
de receber recursos de investidores na Bolsa de Valores. 
3 - SOCIEDADES ANÔNIMAS - CONSTITUIÇÃO 
A constituição de uma sociedade anônima segue as regras do art. 80, Lei 6.404/76 que exige a 
subscrição (compromisso), de, no mínimo, duas pessoas. Essas pessoas as quais a lei denomina 
acionistas fundadores, realizarão, como entrada, no mínimo, 10% (dez por cento) do preço de 
emissão das ações subscritas em dinheiro. 
 
Exemplo: Nesse momento, significa que se os acionistas pretendem criar uma companhia para a 
fabricação de maquinários pesados para a construção de pontes, rodovias, túneis, entre mais, é 
notório que precisarão de um bom capital. 
Imagine que o capital social previsto seja de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Logo, cada um 
dos 2 (dois) acionistas fundadores devem dispor, de, no mínimo, R$ 50.000,00, para que, juntos, 
possam pagar o valor de entrada. 
Os fundadores devem depositar a entrada no Banco do Brasil S/A., no prazo de 5 (cinco) dias 
do recebimento dos valores. O depósito será realizado em favor da companhia e apenas será 
realizado em outro banco, conforme orientação da CVM - (Comissão de Valores Mobiliários), 
conforme artigo 81 da Lei das Sociedades Anônimas, a seguir transcrito: 
É válido ressaltar que, somente após a conclusão do processo de constituição é que será 
possível o levantamento do valor do capital pela companhia. Além do que, caso não haja 
constituição no prazo de 6 (seis) meses, os valores serão restituídos aos subscritores. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 58 
 
 
 58 
 58 
194 
 
 
 
Observação: A comissão de valores mobiliários é um órgão com a responsabilidade de autorizar 
o funcionamento das companhias, fiscalizá-las e orientá-las com as suas instruções, portarias e 
circulares. 
O Nome Empresarial da companhia sempre será constituído por denominação: 
Art. 3º A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões 
"companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas 
vedada a utilização da primeira ao final. 
3.1. Constituição das companhias fechadas (subscrição particular) 
O processo para constituir uma sociedade anônima fechada é significativamente mais singelo que 
o das abertas. A constituição das anônimas fechadas é também conhecida por subscrição 
particular, já que, os seus fundadores se utilizarão de capital próprio (particular), e não de 
investidores (público). 
Caso os fundadores cheguem a um consenso, passa a ser desnecessária a assembleia. A 
solução pode chegar por uma escritura pública em cartório, conforme artigo 88 da Lei das 
Sociedades Anônimas, a seguir: 
Realizada a assembleia de fundação ou lavrada a escritura pública, os administradores devem 
providenciar, nos 30 dias seguintes, conforme o artigo 36 da Lei 8.934/1994, o arquivamento 
dos atos constitutivos na Junta Estadual em que se situa a sede da companhia. 
Se a companhia houver sido constituída por deliberação em assembleia, serão arquivados junto 
com a ata ou atas respectivas um exemplar do estatuto, a relação dos subscritores com nome, 
qualificação, ações e entradas realizadas, além do recibo de seus depósitos bancários, conforme 
artigo 95 da Lei das Sociedades Anônimas, a seguir: 
De acordo com o previsto no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994, artigo 1º, § 2º), é condição 
de validade do registro do ato constitutivo de qualquer pessoa jurídica o visto de advogado. 
Arquivados os atos constitutivos, os primeiros administradores devem providenciar sua publicação 
no jornal oficial do local da sede, nos 30 dias seguintes, levando depois à Junta Estadual um 
exemplar dessa publicação, que também ficará arquivado. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 59 
 
 
 59 
 59 
194 
 
 
 
 
3.2. Constituição das companhias abertas (subscrição pública) 
O processo para constituir uma sociedade anônima aberta depende do prévio registro da 
emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição apenas será possível com a 
intermediação de uma instituição financeira. 
Art. 82. A constituição de companhia por subscrição pública depende do prévio registro 
da emissão na Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição somente poderá ser 
efetuada com a intermediação de instituição financeira. 
Os fundadores deverão contratar uma instituição financeira para que montem um processo 
chamado “underwriting”, reunindo toda a documentação para ofertar as ações da companhia ao 
público investidor. 
O pedido de registro que será realizado pela instituição bancária em comum acordo com os 
acionistas fundadores reunirá um estudo de viabilidade econômica e financeira do 
empreendimento, um projeto do estatuto social e o prospecto. 
Sociedade 
Anônima Fechada
Constituição se 
dá por subscrição 
particular
Assembleia de 
fundação/ 
lavratura de 
escritura pública
Arquivamento 
dos atos 
constitutivos na 
Junta estadual, 
em 30 dias
Primeiros 
administradores 
devem 
providenciar 
publicação no 
jornal oficial local, 
em 30 dias
Após, levar um 
exemplar da 
publicação na 
Junta estadual 
para 
arquivamento
Inscrição da 
sociedade no 
Cadastro nacional 
de pessoas 
Jurídicas (CNPJ)
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 60 
 
 
 60 
 60 
194 
 
 
 
Sanchez, o que é o prospecto? Trata-se de um documento com informações como capital da 
companhia, valor de entrada, avaliação dos bens, etc., tudo conforme artigo 84 da Lei das 
Sociedades Anônimas. 
Além disso, os mesmos requisitos para a confecção de um contrato de sociedade também 
devem ser preenchidos no caso da constituição de uma companhia, como a seguir: 
Art. 83. O projeto de estatuto deverá satisfazer a todos os requisitos exigidos para os 
contratos das sociedades mercantis em geral e aos peculiares às companhias, e conterá 
as normas pelas quais se regerá a companhia. 
Em seguida, deve-se providenciar a inscrição no registro público de empresasmercantis, tudo 
por intermédio de uma das Juntas Comerciais Estaduais. 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 61 
 
 
 61 
 61 
194 
 
 
 
 
 
Sociedade 
Anônima Aberta
Constituição se dá 
por subscrição 
pública
(AUTORIZAÇÃO 
CVM)
Assembleia de 
fundação
Arquivamento dos 
atos constitutivos 
na Junta estadual, 
em 30 dias
Primeiros 
administradores 
devem 
providenciar 
publicação no 
jornal oficial local, 
em 30 dias
Após, levar um 
exemplar da 
publicação na 
Junta estadual 
para arquivamento
Inscrição da 
sociedade no 
Cadastro nacional 
de pessoas 
Jurídicas (CNPJ) e 
em cadastros 
estaduais ou 
municipais etc.
 
 
 
 62 
 
 
 62 
 62 
194 
 
 
 
4 - MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS 
O mercado de valores mobiliários é um “espaço” ou “organização” onde é efetuado o encontro 
entre a oferta e a procura de valores mobiliários ou de outros instrumentos financeiros, um 
verdadeiro “mercado” com diversas opções para investimento. 
 
O funcionamento é de um “MERCADÃO”, mas nas prateleiras estão as ações das mais variadas 
companhias (Vale, Petrobrás, Ambev, etc...). Os frequentadores desse mercado são os 
investidores que contratam corretores para fechar os seus negócios. 
No passado, os mercados de valores mobiliários funcionavam em grandes salas onde os 
corretores transmitiam, com o auxílio de gestos e sinais, as ordens dadas pelos seus clientes, 
era uma verdadeira bagunça. 
 
Exemplo! A Bolsa de Valores, registrava as diversas ordens de compra e de venda, calculava a 
cotação de cada valor mobiliário e dava como realizadas as operações, promovendo a sua 
liquidação. 
Atualmente, a negociação realiza-se por meio de sistemas eletrônicos (os corretores atuam à 
distância), introduzindo as ordens dadas pelos seus clientes nos sistemas informáticos de 
negociação no mercado; quando se encontram duas ofertas de sentido inverso (uma de venda e 
outra de compra). 
O sistema realiza a operação de compra e venda, além de informar aos corretores que enviaram 
as propostas de que as suas ofertas foram executadas. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 63 
 
 
 63 
 63 
194 
 
 
 
O mercado de valores mobiliários é composto pela Bolsa de Valores e o Mercado de Balcão 
(bancos e corretoras. Essas instituições negociam os principais ativos mobiliários do mercado de 
capitais, que são: 
Ações: títulos emitidos por sociedades anônimas, que representam fração do capital da 
empresa, como explicaremos adiante. O investidor em ações é um sócio da sociedade anônima 
da qual é acionista, participando dos seus resultados. 
Títulos de financiamento: títulos emitidos para que a companhia possa se capitalizar, como um 
dos recursos utilizados em um momento de crise ou mesmo de início de uma nova atividade ou 
até por questão de suas atividades quotidianas. 
No caso acima, O investidor coloca o seu dinheiro na companhia e recebe um documento que 
garante direito de crédito em relação à companhia. 
Existem autores que acreditam se tratar de um título de crédito, mas preferimos classificar 
somente como valores mobiliários, sendo o caso das debêntures, que veremos mais a frente. 
Aliás, esse é um título curto, um título que o prepara para o que vem pela frente. 
4.1. Bolsa de Valores e Mercado de Balcão 
A Bolsa de Valores tem por objetivo principal permitir a realização de transações de compra e 
venda de títulos no mercado secundário, proporcionando liquidez ao mercado por meio dos 
pregões diários realizados em meio eletrônico. Costumo dizer que a Bolsa de Valores é um 
Hipermercado, uma estrutura fantástica, e não é para menos, pois comporta transações com 
infinitos números de zeros. 
A Bolsa de valores do Brasil é a BMF&Bovespa, uma das maiores e mais modernas do mundo, 
que permite que os investidores possam ter um ambiente mais bem estruturado para as 
negociações. A Bolsa de Valores é de acesso apenas para as companhias abertas. 
A estrutura chamada “Mercado de Balcão” é mais singela e comporta as transações efetuadas 
no ambiente dos próprios bancos e corretoras. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 64 
 
 
 64 
 64 
194 
 
 
 
Assim, gosto de dizer que, se a Bolsa de Valores é um hipermercado, o Mercado de Balcão é 
uma quitanda. As companhias abertas e fechadas tem acesso ao chamado Mercado de Balcão 
(Bancos e Corretoras). 
 
 
Anônimas
Abertas
Valores mobiliários: Bolsa de 
valores ou mercado de 
balcão
Novos acionistas: Frações à 
disposição do público 
Fechadas
Valores mobiliários NÃO 
negociados na Bolsa de 
valores
Fundadores não se 
interessam por novos 
investidores vindos da Bolsa 
de Valores
Pâmella
Destacar
 
 
 
 65 
 
 
 65 
 65 
194 
 
 
 
5 - CAPITAL DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS 
5.1. Formação do Capital Social 
 
Como já observamos, a sociedade anônima pode obter recursos tanto no mercado financeiro 
(bancos) como no mercado de capitais. Nesse último caso, por meio da emissão de valores 
mobiliários e aquisição de ações por investidores. 
Para a formação do capital social, vinculam-se somente as contribuições que devem ser subscritas 
pelos sócios. Ao subscrever uma ação, o sócio se compromete a pagar o preço de emissão 
nela mencionado. 
O capital social será formado por dinheiro ou quaisquer bens, desde que suscetíveis de 
avaliação em dinheiro e fixados em moeda nacional. É possível integralizá-lo em créditos, sendo 
proibido em nosso país falar em integralização por meio de serviços. 
A avaliação dos bens é de suma importância e deve ser feita por 3 (três) peritos ou por 
empresa especializada. 
 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 66 
 
 
 66 
 66 
194 
 
 
 
 
5.2. Obrigação de realizar o capital 
 
Nas sociedades anônimas não há solidariedade entre os sócios para a realização do capital. Caso 
o sócio não pague o capital de acordo com o compromisso assumido, ele poderá sofrer uma 
ação executiva ou ter as suas ações colocadas novamente a venda no Mercado de Valores 
Mobiliários. 
Capital social - formação
Por dinheiro
Por bens suscetíveis de avaliação em dinheiro e 
fixados em moeda nacional
Estabelece a responsabilidade dos sócios que é 
limitada ao preço de emissão de suas ações
Pâmella
Destacar
 
 
 
 67 
 
 
 67 
 67 
194 
 
 
 
O sócio que não cumpre com a sua parte é chamado de acionista remisso. Se o Boletim de 
subscrição informar o montante que deva ser pago, o acionista estará em mora tão logo ocorra 
o vencimento sem o pagamento. 
Art. 106. O acionista é obrigado a realizar, nas condições previstas no estatuto ou no 
boletim de subscrição, a prestação correspondente às ações subscritas ou adquiridas. 
 
Caso não realize o pagamento nas condições acima, estará em mora e poderá sofrer a ação 
executiva (cobrança judicial) ou terá as suas ações colocadas novamente a venda no Mercado, 
conforme §1.° artigo 106 da Lei das Sociedades Anônimas: 
§ 2° O acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas no estatuto ou 
boletim, ou na chamada, ficará de pleno direito constituído em mora, sujeitando - se ao 
pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que o estatuto determinar, esta 
não superior a 10% (dez por cento) do valor da prestação. 
5.3. Ações 
A ação é uma parcela do capital social e atribui a seu detentor a condição de sócio. Essa operação 
é denominada “capitalização”. As ações são divididas em: ordinárias, preferenciais ou de 
fruição. 
Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus 
titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição. 
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
Pâmella
Destacar
 
 
 
 68 
 
 
 68 
 68 
194 
 
 
 
 
5.3.1. Ordinárias 
Oferecem direitos e vantagens comuns a todos os

Continue navegando