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Controladores Lógicos Programáveis Automação Industrial Definição A palavra automation foi inventada pelo marketing da indústria de equipamentos na década de 1960. O que se buscava era enfatizar a participação do computador no controle automático industrial. Hoje entende-se por automação qualquer sistema, apoiado em computadores, que substitua o trabalho humano e que vise soluções rápidas e econômicas para atingir os complexos objetivos da indústria e dos serviços. A Automação Industrial pode ser definida como a utilização de dispositivos mecânicos ou electromecânicos para controlar máquinas ou processos. Entre esses dispositivos, os PLCs são grandemente utilizados, permitindo substituir algumas tarefas de mão-de-obra humana e realizando outras que o ser humano não consegue realizar. Definição Os objetivos da automação são: • Aumentar a produtividade; • Aumentar a qualidade; • Substituir, parcial ou totalmente, a intervenção humana no processo; • Libertar o homem de tarefas monótonas e perigosas. A automação nas atividades humanas Nas residências nas lavadoras de roupas e de loucas automáticas; nos microondas; nos controles remotos de portões de garagem, etc. Na rua nos caixas de bancos automáticos; nos controladores de velocidades de automoveis; nos trens do metro; nos cartões de crédito, etc. No trabalho nos registradores de ponto automático; nos robos industriais; no controle de qualidade atraves de sistemas de medição e aferção; no controle de temperatura ambiente; nos sistemas de combate contra incêndios, etc. No lazer em máquinas automáticas de refrigerantes; em esteiras automáticas de academia; nos aparelhos de reprodução de vídeo, etc. A automação nas atividades humanas O que é Automação? Conjunto de técnicas destinadas a tornar automáticos vários processos na indústria, substituindo o trabalho muscular e mental do homem por equipamentos diversos. Tem por objetivo facilitar os processos produtivos, permitindo produzir bens com: menor custo; maior quantidade; menor tempo; maior qualidade. A ideia de criar sistemas flexíveis capazes de controlar processos sempre norteou o espírito humano. Evolução dos sistemas de controle desde o final do século XIX. Perspectiva Histórica Perspectiva Histórica Os primeiros sistemas de controle foram desenvolvidos durante a Revolução Industrial, no final do século XIX. As funções de controle eram implementadas por engenhosos dispositivos mecânicos, os quais automatizavam algumas tarefas críticas e repetitivas das linhas de montagem da época. Os dispositivos tinham de ser desenvolvidos para cada tarefa e devido à natureza mecânica, eles tinham uma pequena vida útil. Na década de 1920, os dispositivos mecânicos foram substituídos pelos relés e contatores. O relé pode ser definido como todo o dispositivo que funciona, de modo automático, como um interruptor, acionando ou desligando um circuito ou carga. O relé, de forma automática ou manual, retoma à sua posição inicial uma vez terminado o impulso do acionador (esta operação é denominada de desarme do relé). A lógica a relés viabilizou o desenvolvimento de funções de controle mais complexas e sofisticadas. Desde então, os relés foram empregados em um grande número de sistemas de controle em todo o mundo. Eles se mostraram uma alternativa de custo viável, especialmente para a automação de pequenas máquinas com um número limitado de transdutores e atuadores. Na indústria moderna, a lógica a relés é raramente adotada para o desenvolvimento de novos sistemas de controle, mas ainda existe em operação um grande número de sistemas antigos em que é utilizada. O desenvolvimento da tecnologia dos Circuitos Integrados (CIs) possibilitou uma nova geração de sistemas de controle. Em comparação com os relés, os Ci’s baseados nas tecnologias TTL ou CMOS são muito menores, mais rápidos e possuem uma vida útil muito maior. Em muitos sistemas de controle, que utilizam relés e CIs, a lógica de controle, ou algoritmo, é definida permanentemente pela interligação elétrica. Sistemas com lógica definida pela interligação elétrica são fáceis de implementar, mas o trabalho de alterar o seu comportamento ou sua lógica é muito difícil e demorado. O critério de projeto para o primeiro controlador programável foi especificado em 1968 por uma divisão da General Motors. O objetivo inicial: 1 - Eliminar o alto custo associado com os sistemas controlados a relés, ou seja, ser, em termos econômicos, competitivo com os tradicionais sistemas de relés; 2 – Sobreviver no ambiente industrial; 3 - Ser facilmente programado e reprogramado, com manutenção fácil; 4 - Facilmente expansível e utilizável. No final da década de 1960, uma companhia americana chamada Bedford Associated lançou um dispositivo de computação denominado MODICON (Modular Digital Controller) que depois se tornou o nome de uma divisão da companhia destinada ao projeto, produção e venda desses computadores de uso específico. Em 1968, a General Motors Corporation, estabeleceu os critérios de desenho para o primeiro Controlador Lógico Programável (PLC). O PLC deveria: • Ser construído de forma modular para que todos os seus componentes fossem facilmente substituíveis; • Ter a capacidade de comunicar com um sistema central; • Ter uma programação simples para ser facilmente interpretada pelos funcionários da A implementação de um produto com estas características apareceu no ano de 1969. Os primeiros controladores tinham pouca capacidade de processamento e suas aplicações se limitavam a máquinas e pequenos processos que necessitavam de operações repetitivas. A sua principal função era o de ligar e desligar máquinas em processos com operações repetitivas. A CPU e a memória trabalhavam em velocidades reduzidas. No início da década de 1970, os primeiros computadores comerciais começaram a ser utilizados como controladores em sistemas de controle de grande porte. Com o advento da tecnologia de microprocessadores, os controladores passaram ter uma grande capacidade de processamento e alta flexibilidade de programação e expansão. Entre outras características, cita-se: a capacidade de operar com números, realizar operações aritméticas, manusear dados e se comunicar com computadores. Devido ao fato de o computador ser programável, ele proporciona uma grande vantagem em comparação com a lógica por interligação elétrica, utilizada em sistemas com relés e CIs. No entanto, os primeiros computadores eram grandes, caros, difíceis de programar e muito sensíveis à utilização em ambientes "hostis" encontrados em muitas plantas industriais. Em 1971, a tecnologia dos PLCs generalizou-se e quase toda a indústria começou a implementá-los nas suas linhas de produção. Inovações no hardware e software a partir de 1975 proporcionaram maior flexibilidade e capacidade de processamento ao controlador . Isto significou: 1 - Aumento na capacidade de memória e de módulos de entradas/saídas, 2 - Utilização de módulos remotos, controle analógico, 3 - Controle de posicionamento, 4 - Comunicações com outros equipamentos eletrônicos, etc. Inovações no hardware e software a partir de 1975 proporcionaram ao controlador maior flexibilidade e capacidade de processamento. Isto significou: 1 - Aumento na capacidade de memória e de módulos de entradas/saídas, 2 - Utilização de módulos remotos, controle analógico, 3 - Controle de posicionamento, 4 - Comunicações com outros equipamentos eletrônicos, etc. A expansão de memória permitiu aumentar o tamanho do programado usuário e realizar operações de aquisição e manipulação de dados. Com o desenvolvimento do controle analógico, o controlador programável preencheu a lacuna entre controle discreto e controle contínuo. Os custos com cabeamento foram reduzidos significativamente com a capacidade do controlador de comunicar-se com módulos de entrada/saída localizados em pontos remotos, próximos ao equipamento a ser controlado. Esta técnica permitiu a decomposição de grandes sistemas em pequenos subsistemas, melhorando a confiabilidade, a manutenção e a partida gradual dos subsistemas Com o desenvolvimento da rede de comunicação de alta velocidade, tornou-se possível o controle sincronizado entre vários controladores e a comunicação com microcomputadores e outros sistemas situados em um nível funcional superior. Desse modo, foi possível combinar o desempenho do controlador programável com a capacidade de controle distribuído de alta velocidade com interface através de computadores, resultando em uma grande potencialidade de controle e supervisão. Atualmente, os PLCs são sistemas de controlo muito mais evoluídos, tanto ao nível de software (com novas funções de programação), quanto ao nível do hardware (com o desenvolvimento de novas tecnologias da electrônica). Existem vários tipos de controladores, desde controladores de pequena capacidade até os mais sofisticados, realizando operações que antes eram consideradas específicas para computadores. Controlador Lógico Programável Os PLCs : • São membros da “família” dos computadores ; • Utilizam circuitos integrados, em vez de dispositivos electromecânicos; • Têm capacidade de guardar informação ; • Têm capacidade de temporizar, contar, manipular, fazer contas e comunicar para controlar processos e/ou máquinas industriais; • Têm uma arquitectura modular e flexível. Controlador Lógico Programável CLP - Controlador Lógico Programável “Uma máquina pode fazer o trabalho de cinquenta pessoas comuns. Mas, máquina alguma pode fazer o trabalho de um homem incomum.” Elbert Hubbard Editor Americano 1865-1915 A NEMA (National Electrical Manufacturing Association - USA) definiu, em 1978, o controlador programável da seguinte forma: CLP - Controlador Lógico Programável CLP - Controlador Lógico Programável “Um controlador programável é um aparelho eletrônico digital que contém uma memória programável para armazenamento de instruções que são utilizadas para implementar funções específicas, tais como: lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, com o objetivo de controlar máquinas e processos.” CLP O Programmable Logic Controller (PLC) ou Controlador Lógico Programável (CLP) foi desenvolvido a partir de uma demanda existente na indústria automobilística norte-americana (1968), por Richard Morley, engenheiro da Hydronic Division da General Motors; Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foram elaboradas especificações que refletiam as necessidades de muitos usuários de circuitos a relés, não só da indústria automobilística, como de toda a indústria manufatureira. Para aplicação industrial era necessário um controlador com as seguintes características: Características Facilidade de programação e reprogramação, preferivelmente na planta, para ser possível alterar as sequências de operações na linha de montagem; Possibilidade de manutenção e reparo, com blocos de entrada e saída modulares; Confiabilidade, para que possa ser utilizado em um ambiente industrial; Redução de tamanho em comparação ao sistema tradicional que utilizava relés; Ser competitivo em custo com relação a painéis de relés e eletrônicos equivalentes; Possibilitar entradas em 115 V e saídas com 115 V e com capacidade mínima de 2 A para operar com válvulas solenóides e contatores; Possibilitar expansões sem grandes alterações no sistema; Memória programável com no mínimo 4 KBytes e possibilidade de expansão; Estações de operação com interface mais amigável; Possibilidade de integração dos dados de processo do CLP em bancos de dados gerenciais, para tornar disponíveis informações sobre o chão de fábrica para os departamentos envolvidos com o planejamento da produção. CLP - Características As características dos CLPs devem ser analisadas antes da escolha do equipamento adequado ao nível da automação a ser implementada. A correta análise das mesmas permite uma boa escolha entre diversas opções de CLP de um número grande de fabricantes O hardware ocupa pouco espaço físico e consome baixa potência elétrica. Permite a expansão de diversos tipos de módulos. CLP – Características de Hardware CLP – Características de Hardware Capacidade de operação confiável em ambiente industrial sem o apoio de equipamentos específicos; Emitem baixos níveis de ruídos elétricos; CLP – Características de Hardware Apresentam pouca incidência de defeitos, portanto, são bastante confiáveis; A manutenção requer mão de obra qualificada. CLP – Características de Hardware Apresentam interface de comunicação com outros equipamentos. A comunicação com computadores permite a coleta de informações e a alteração de parâmetros da produção; Permite a expansão da capacidade de memória; CLP – Características de Software Utilização de até cinco linguagens de programação padronizadas e amplamente conhecidas. Utilização de matemática de ponto flutuante, tornando possível o desenvolvimento de cálculos complexos. Ponto flutuante (do inglês, floating point) ou vírgula flutuante é um formato de representação digital de números reais, que é usada nos computadores. CLP – Características de Software Podem ser reprogramados, portanto, são reutilizáveis; Permitem o envio e o recebimento de informações no modo on-line, ou seja, é possível alterar o programa de controle ou fazer o diagnóstico de falhas com o equipamento em funcionamento. HARDWARE HARDWARE do CLP Os controladores lógicos programáveis, na maioria das vezes são equipamentos disponibilizados em módulos, ou seja, cada configuração pode ser montada pelo usuário de acordo com a sua necessidade. HARDWARE do CLP Também existem controladores lógicos programáveis disponibilizados de forma compacta, onde sua cada configuração não pode ser alterada pelo usuário de acordo com a sua necessidade. HARDWARE do CLP Os principais blocos que compõem um CLP são: CPU (Central Processing Unit); Memórias; Fonte de alimentação; Bateria; Módulos de entradas/saídas; Módulos especiais; Base (rack). Diagrama de blocos do CLP. CPU A unidade central de processamento é responsável pelo gerenciamento total do sistema, controlando os barramentos de endereços, de dados e de controle. Sua principal função é receber dados enviados pelos módulos de entrada, efetuar seu processamento de acordo com o programa do usuário e enviar os resultados para os módulos de saída. Além disso, controla a comunicação com dispositivos externos, verifica a integridade do sistema, atualiza informações do status da CPU e controla um relógio em tempo real. A principal característica de um CLP para se determinar sua performance é o “Scan time”. CPU “Scan time” ou “tempo de varredura”: significa o tempo de execução de um programa. Nota: A maioria dos fabricantes informa o tempo de processamento por instrução, o qual pode chegar a valores em torno de décimos de microssegundos. Porém, o valor do scan time pode variar a cada novo ciclo, ao passo que, alguns CLP’s permitem ajustar um tempo fixo para o scan, desde de que seja o suficiente para executar todas asfunções. CPU A maioria dos fabricantes informa o tempo de processamento por instrução, o qual pode chegar a valores em torno de décimos de microssegundos. Porém, o valor do scan time pode variar a cada novo ciclo, ao passo que, alguns CLP’s permitem ajustar um tempo fixo para o scan, desde de que seja o suficiente para executar todas as funções. CPU De maneira geral, as CPU’s apresentam dois modos de operação: Programação (Stop). Execução (Run). CPU Programação (Stop): neste modo a CPU não executa o programa do usuário e não atualiza os estados das saídas. A função principal desse modo é permitir a transferência e/ou a alteração do programa do usuário e a configuração de parâmetros da CPU. CPU Execução (Run): neste modo a CPU executa o programa do usuário para realizar o controle desejado. Alguns CLP’s permitem a alteração do programa mesmo estando neste modo. TIPOS DE MEMÓRIA Tipos de memórias utilizadas no CLP são: RAM; ROM; EEPROM; Flash EEPROM. TIPOS DE MEMÓRIA RAM – Random Acess Memory – é um tipo de memória volátil, ou seja, perde os dados com a falta de alimentação. É um tipo de memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digitais. Sua principal característica reside no fato de que os dados podem ser gravados e alterados rapidamente e facilmente. No CLP, acompanhada de uma bateria ou um capacitor, é utilizada para armazenar dados temporariamente. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria_(computador) http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria_prim%C3%A1ria http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria_prim%C3%A1ria http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria_prim%C3%A1ria TIPOS DE MEMÓRIA ROM – Read Only Memory – são memórias especialmente projetadas para manter armazenadas informações, que, sob hipótese alguma, poderão ser alteradas. Desta forma, é uma memória somente para leitura e seus dados não se perdem caso ocorra falta de energia. Nesse elemento são armazenados os dados do programa de controle do funcionamento do CLP, gravados pelo fabricante. A BIOS usa memória Flash, um tipo de ROM. TIPOS DE MEMÓRIA EEPROM – Erasable Electrical Programable Read Only Memory – são dispositivos de memória que, apesar de não voláteis, oferecem a mesma flexibilidade de reprogramação existente nas RAM. Apresentam duas limitações: O processo de regravação de seus dados que só pode ser efetuado após a limpeza da célula; A vida útil de uma EEPROM é limitada pelo número de reprogramações (da ordem de dez mil operações limpeza/escrita). TIPOS DE MEMÓRIA Flash EEPROM: é uma memória do tipo EEPROM que permite que múltiplos endereços sejam apagados ou escritos numa só operação. A gravação é mais rápida que a EEPROM. Apesar de possuir uma vida útil menor que a EEPROM (mínimo de 10.000 operações de limpeza/escrita), tem substituído gradualmente esta última. Diferentemente da memória RAM e também das SRAM, a memória Flash permite armazenar dados por longos períodos, sem precisar de alimentação elétrica. Graças a isso, a memória Flash se tornou rapidamente a tecnologia dominante em cartões de memória, pendrives, HDs de estado sólido (SSDs), memória de armazenamento em câmeras, celulares e palmtops e assim por diante. SISTEMA DE MEMÓRIAS O sistema de memória é a parte da CPU onde são armazenadas todas as instruções, assim como, os dados para executá-las e está dividida em: Memória do programa monitor; Memória do usuário; Memória de dados; Memória imagem das entradas/saídas. SISTEMA DE MEMÓRIAS Memória do programa monitor (firmware): é o responsável pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP e não pode ser alterado pelo usuário. Nessas atividades, está a transferência de programas entre o microcomputador e o CLP, o gerenciamento do estado da bateria do sistema, o controle dos diversos módulos, a conversão do programa criado pelo usuário para a linguagem de máquina, etc. Nota: Na maior parte dos casos o programa monitor é gravado em memória ROM. Porém, os CLP’s atuais permitem que o firmware seja atualizado e, nesse caso, a memória deve ser do tipo EEPROM, por ser regravável e não volátil. SISTEMA DE MEMÓRIAS Memória do usuário: é nessa memória onde fica gravado o programa desenvolvido pelo usuário, a qual pode ser alterada pelo mesmo. A capacidade e o tipo desta memória variam de acordo com a marca/modelo do CLP e podem ser EEPROM/Flash, EEPROM ou RAM (mantida por bateria ou capacitor). É comum o uso de cartuchos de memória que permitem a troca do programa com a troca do cartucho de memória. SISTEMA DE MEMÓRIAS Memória de dados: É a região de memória destinada a armazenar temporariamente os dados gerados pelo programa do usuário, tais como, valores de temporizadores, valores de contadores, códigos de erro, senhas de acesso, etc. SISTEMA DE MEMÓRIAS Memória imagem das entradas/saídas: Sempre que a CPU executa o ciclo de leitura, ela armazena os estados da cada uma das entradas ou das saídas nessa região de memória. Nela a CPU irá obter informações das entradas ou das saídas para tomar as decisões durante o processamento do programa do usuário, não necessitando acessar os módulos enquanto executa o programa. Devido a grande quantidade de regravações, essa memória é do tipo RAM. Definições importantes: Bit: menor unidade de informação, pode ter apenas dois estados: ativo (1) ou inativo (0). Pode ser utilizado para armazenar variáveis lógicas (binárias). Também pode ser utilizado, combinado com outros bits, para formar outros tipos de dados mais complexos. Nibble ou quarteto: agrupamento de quatro bits, utilizado principalmente para armazenamento de códigos BCD. Byte ou octeto: agrupamento de oito bits. Pode armazenar um caractere do tipo ASCII ou um número entre 0 e 255, dois números BCD ou oito indicadores de um bit. Estrutura de memória e capacidade Word ou palavra: uma palavra corresponde a uma certa quantidade de bits que pode variar de um processador para outro. No entanto, é comum considerar uma palavra como a composição de 16 bits. Double word ou palavra dupla: é a composição de duas palavras, ou seja, para os processadores de 16 bits corresponde a um agrupamento de 32 bits. Unidades básicas de memória de um CLP: bits, bytes e words. A capacidade de armazenamento de uma unidade de memória é determinada pelo número de palavras (words) que ela pode armazenar. O IEC (International Electrotechnical Commission) aprovou, em janeiro de 1999. uma norma internacional - IEC 60027-2 - para a designação de nomes e símbolos para prefixos de múltiplos de binários utilizados nos campos de processamento e transmissão de dados. Outra norma também foi publicada pela IEEE 1EE 541) em 2005. Os prefixos são apresentados nas tabelas seguintes: Múltiplos SI. Múltiplos IEC 60027-2. Os fabricantes ainda especificam o tamanho da memória de aplicação considerando que k (quilo) representa 1.024 palavras. Assim, a memória de 1 k representa 1.024 palavras, 2 k representa 2.048 palavras, 4 k representa 4.096 e assim por diante. FONTE DE ALIMENTAÇÃO A fonte de alimentação fornece energia aos elementos eletrônicos internos do controlador, converte a tensão de entrada em uma forma utilizável e protege os componentes do CLP contra os picos de tensão. A fonte do CLP é programada de forma a suportar as perdas rápidas de alimentação externa sem afetar a operação do sistema. BATERIA Baterias são usadas nos CLP’s para manter o relógio em tempo real, reter parâmetros ou programas (memórias do tipo RAM), guardar configurações de equipamentos,etc... As baterias do CLP normalmente são recarregáveis e do tipo longa vida (chegando a 10 anos de vida útil). Podendo manter os dados sem energia elétrica até por 30 dias. Dependendo do CLP pode-se utilizar um capacitor no lugar da bateria. Módulos MÓDULOS do CLP Os principais módulos existentes para a utilização do CLP são: Módulo de entradas e saídas discretas (digitais); Módulos de estradas/saídas analógicas; Módulos especiais. ENTRADAS E SAÍDAS DISCRETAS É a classe mais comum de interface de entrada/saída. Esta interface é limitada a trabalhar com sinais do tipo ON/OFF ou fechado/aberto. Da mesma forma, o controle da saída é limitado a dispositivos que somente requerem comutação em dois estados, ligado ou desligado. ENTRADAS E SAÍDAS DISCRETAS Normalmente, os módulos de entrada/ saída são dotados de: Isolação óptica para proteção da CPU, fonte de alimentação e demais módulos. Indicadores (LED’s) de status para auxílio durante a manutenção. Conectores removíveis que reduzem o tempo de manutenção e/ou substituição dos módulos. Tipos de entradas digitais (CC) Entrada consumidora de corrente (Sink) (Lógica positiva) Entrada fornecedora de corrente (Source) (Lógica negativa) Tipos de entradas digitais (CA) Funcionam de forma idêntica as entradas digitais CC, porém os sensores fornecem um sinal alternado. Possui isolação entre o sinal de entrada e a parte lógica do CLP através de um acoplador óptico. Após o acoplador óptico existe um filtro formado por C1, R3 e R4, este filtro fará com que ruídos existentes na alimentação não causem um acionamento indevido. Entradas Digitais Chave de impulso conectada a uma entrada digital. Exemplos de entradas digitais. Os módulos de saídas discretas enviam os sinais aos dispositivos de saída, tais como, motores, atuadores e sinalizadores. Esses sinais podem ser resultantes da lógica de controle, pela execução do programa do usuário, ou podem ser ativados manualmente pelo usuário, independente da lógica de controle. Os módulos geralmente são oferecidos com quantidade de pontos disponíveis de 4, 8, 12, 16, 32 ou 64, com acionamento da saída a transistor (12VCC, 24VCC) ou a relé (CA e CC). Módulos de saídas discretas Tipos de saídas digitais físicas mais comuns Transistor / Triac: Características: Chaveamento eletrônico para cargas DC (Transistor), para cargas AC (Triac). Vantagem: Alta vida útil, alta frequência de chaveamento (apenas para o transistor), ocupam pouco espaço no módulo, isolação entre módulo e carga. Desvantagens: Baixa proteção contra sobrecorrente e curto-circuito (necessita ser associado a fusíveis). Geralmente para cargas de baixa potência (100 a 500 mA). Tipos de saídas digitais físicas mais comuns Saída a transistor consumidora de corrente (Sink). Saída a transistor fornecedora de corrente (Source). Tipos de saídas digitais físicas mais comuns Relé: Características: Chaveamento eletro-mecânico para cargas AC ou DC. Vantagem: Alta isolação entre módulo e carga, permite chavear cargas de média potência. Desvantagens: Vida útil limitada pelo desgaste mecânico, baixa freqüência de chaveamento. ENTRADAS E SAÍDAS DISCRETAS ENTRADAS E SAÍDAS ANALÓGICAS ENTRADAS E SAÍDAS ANALÓGICAS A interface analógica permite que grandezas analógicas possam ser lidas pelo controlador ou que o controlador possa modificar uma grandeza analógica, através de conversores A/D e D/A. Os níveis mais utilizados são para tensão de 0 a 10Vcc e corrente de 0 a 20mA. ENTRADAS ANALÓGICAS A tensão ou corrente de entrada é convertida para um código digital proporcional ao valor analógico, através de um conversor analógico digital. ENTRADAS ANALÓGICAS As seguintes características são importantes na escolha do módulo: Quantidade de canais disponíveis: são oferecidos módulos de 2, 4, 8 ou 16 canais. Tipo e faixa de operação: os valores mais comuns são corrente (0-20mA, 4-20mA), tensão (0-10V, ±10V) ou temperatura. Resolução do conversor A/D: os valores mais comuns são 8, 10, 12 ou 16 bits. Ciclo de atualização da amostragem: há um tempo necessário para que os sinais analógicos sejam digitalizados e disponibilizados para a CPU. SAÍDAS ANALÓGICAS A interface para saídas analógicas recebe do processador dados numéricos que são convertidos em valores proporcionais de corrente ou tensão e aplicados nos dispositivos de campo. SAÍDAS ANALÓGICAS As seguintes características são importantes na escolha do módulo: Quantidade de canais disponíveis: são oferecidos módulos de 2, 4, 8 ou 16 canais. Esses canais podem ser isolados (isolação galvânica) ou não isolados (comuns); Tipo e faixa de operação dos canais: corrente (0-20mA, 4-20mA) ou tensão (0-10V, ±10V). Impedância de saída: apresenta as resistências mínima e máxima a que o canal de saída pode ser conectado, para sinais de corrente e tensão específicos; Resolução do conversor D/A: a resolução é o menor incremento que o dado enviado ao conversor D/A pode causar no valor analógico de saída; Ciclo de atualização da saída analógica: semelhante às entradas, o ciclo de atualização da saída analógica depende de um tempo e do número de canais. MÓDULOS ESPECIAIS Módulos especiais, também chamados de módulos inteligentes, incorporam um microprocessador de forma que a tarefa a ser realizada pelo módulo fica independente da varredura do processador. São necessários módulos especiais, em aplicações como, interface para termopares, geração de mensagens, execução de algoritmos PID, comunicação em rede, etc. MÓDULO PARA TERMOPAR O módulo de entrada para termopar aceita sinais provenientes diretamente do transdutor. A operação desta interface é similar a entrada analógica com exceção de que os sinais de baixo nível dos termopares são aceitáveis. Estes sinais são filtrados, amplificados e digitalizados por um conversor e então enviados ao processador sob o comando do programa de controle do usuário. MÓDULO DE ENTRADA PARA PT-100 Este módulo possui uma função específica na aquisição de dados de um sensor de temperatura, tipo PT 100 (resistor variável de Platina). MÓDULOS PARA CONTAGEM RÁPIDA São providos de um contador de alta velocidade, externo ao processador. Aplicações típicas destes módulos são operações que requerem entrada direta do encoder em tarefas de posicionamento de máquinas, etc. A freqüência máxima de pulsos varia numa faixa de 100 Hz a 50 kHz. MÓDULOS DE ENTRADAS/ SAÍDAS REMOTOS A instalação de módulos de entradas/saídas é realizada distante do controlador programável. Um subsistema de entradas/saídas remoto é composto por fontes de alimentação, módulos I/O e adaptadores de comunicação. Há vantagens em termos de fiação de campo e custos de manutenção em grandes sistemas. MÓDULOS DE ENTRADAS/ SAÍDAS REMOTOS Na utilização de módulos remotos deve-se analisar os seguintes fatores: Velocidade de comunicação do módulo remoto com a CPU; A possibilidade de interferência externa na rede; Falhas no equipamento remoto. Na ocorrência de falhas, o sistema não pode ser prejudicado e a manutenção deve ser rápida. SISTEMAS SUPERVISÓRIOS SCADA Os sistemas SCADA são sistemas de supervisão, controle e aquisição de dados. São usados extensivamente na indústria, aplicações SCADA costumam ir de algumas centenas de pontos de entrada e saída até vários milhares de pontos de entrada e saída. Os sistemas SCADA possuem um ambiente integrado de desenvolvimento que possui editor degráficos, editor para banco de dados, relatórios, receitas e editor de scripts (pequenos programas pelo usuário). INTERFACE HOMEM- MÁQUINA – IHM As IHM’s surgiram diante da necessidade de modificar certos parâmetros dentro de um programa, sem a necessidade de conectar-se a um computador para a realização desta tarefa. As interfaces são ligadas ao CLP através de sua porta de comunicação. Existem dois tipos: as interfaces alfa-numéricas e as de interfaces gráficas. INTERFACE HOMEM- MÁQUINA – IHM A interface alfa-numérica é constituída de teclas de sistema, teclas de funções, teclas alfa- númericas, LED´s indicadores e um display LCD, geralmente de 2 linhas e 20 colunas. O princípio de funcionamento consiste em pré- programar mensagens, onde cada uma possui um número. Quando se deseja acessar qualquer mensagem, basta fazer com que o CLP coloque o número desta no registrador designado para indicar qual mensagem será mostrada no momento. INTERFACE HOMEM- MÁQUINA – IHM Nas IHM's gráficas, o usuário pode, por meio de um programa específico, desenhar comandos em forma de botões, bem como, lâmpadas para aviso ou alarmes, escolhendo cores, formatos, tamanhos e definindo, também, endereços do CLP para cada elemento. O usuário pode modificar esta interface a qualquer momento, acrescentando ou retirando funções, de acordo com suas necessidades. Existem IHM’s gráficas com tecnologia touch screen (toque de tela). REDES DE COMUNICAÇÃO A utilização de redes de comunicação de baixo nível é cada vez mais freqüente e indispensável no campo da automação e controle dos mais variados processos de manufatura. Em termos gerais existem três níveis de redes de comunicação. REDES DE COMUNICAÇÃO No topo da pirâmide (primeiro nível) está situada a empresa através de uma visão macro, tendo todas as ações da rede de comunicação dirigidas para o controle gerencial da produção. Neste nível estão envolvidos a administração, gerência, contabilidade, compras, vendas, nível de produtividade, banco de dados, entre outros. Alto tráfego de informações. REDES DE COMUNICAÇÃO No segundo nível estão localizadas as células e/ou sistemas flexíveis de manufatura onde os controladores gerenciam processos, linhas de montagens ou mesmo máquinas automáticas. A comunicação neste nível é feita entre os mestres ou gerentes das células. Tráfego de informações médio. REDES DE COMUNICAÇÃO No nível mais baixo da pirâmide está localizado o “barramento de campo”, que é responsável pela comunicação entre os dispositivos mais simples, utilizados no chão da fábrica (sensores e atuadores) e seus respectivos controladores. Este nível se caracteriza, por possuir uma quantidade de informações baixa trafegando na rede, e trabalhando também com velocidades/taxas de transmissão também baixas.
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