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B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 1 PROFESSOR CHRISTIAN SANTANGELO LEINER – AULA 22: 02/12/20 Da parte anterior para posterior vemos a valva pulmonar junto com o ventrículo na frente do coração, depois a aórtica, e paralelas a valva mitral e tricúspide. Vídeo – semiologia cardíaca Estetoscópio: amplificação dos sons corporais. ➔ 4 componentes: • Diafragma → melhor para sons agudos; • Campânula → melhor para sons mais graves; • Hastes de condução; • Olivas → acoplar o sistema ao ouvido, de modo a manter as características e intensidade do som. Pontos importantes para uma boa ausculta: • Ambiente silencioso; • Tórax descoberto; • Paciente colaborativo. Posicionamento do paciente: • Decúbito dorsal (padrão): médico do lado direito do paciente. • Sentado: melhor para auscultar as regiões da base do coração (valvas aórtica e pulmonar, e vasos da base). • Decúbito lateral esquerdo: auscultamos melhor nessa posição os fenômenos da valva mitral e em especial o sopro de estenose mitral. • Em pé com o tórax semi-fletido: auscultamos melhor ainda os sons da base do coração, em especial o sopro de insuficiência aórtica. Melhorara-se a ausculta quando há hipofonese das bulhas. Focos de ausculta: Obs.: todo precórdio deve ser auscultado. Os focos de ausculta servem como ponto de referência, pois nesses locais vamos obter informações pertinente relacionados com a respectiva valva. • Foco aórtico: segundo espaço intercostal direito, logo ao lado do esterno. • Foco pulmonar: segundo espaço intercostal esquerdo, logo ao lado do esterno. • Foco tricúspide: encontra-se logo a esquerda do apêndice xifoide no quinto espaço intercostal esquerdo. • Foco mitral: quinto espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular. • Foco aórtico acessório: entre o terceiro e quarto espaço intercostal esquerdo ao lado do esterno. Roteiro para ausculta cardíaca: 1. Avaliação das bulhas: • Distinguir a primeira da segunda bulha. • Existe hiperfonese? Hipofonese? • Existe terceira ou quarta bulha? 2. Avaliação do ritmo e frequência cardíaca. 3. Avaliação de cliques e estalidos. 4. Avaliação de sopros. 5. Avaliação de ruídos acessórios (atrito pericárdico). ESTENOSE AÓRTICA Definição: • Abertura inadequada e diminuída dos folhetos da valva aórtica durante a sístole, com modificação da via de saída do ventrículo esquerdo. • Há modificação da anatomia e dinâmica dos folhetos com redução da área valvar. Normal: fininha com boa abertura. Estenose: espeça e calcificada com abertura comprometida. B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 2 A valva aórtica é localizada na via de saída do ventrículo esquerdo. Formada por 3 cúspide/válvulas. ETIPATOGENIA 1. Valvas congenitamente malformadas; 2. Doença reumática; 3. Degeneração senil com deposição de cálcio; 4. Outras causas (raras): doenças virais, lúpus eritematoso sistêmico, hipercolesterolemia e doença reumatoide. Mais comum – doença reumática: Processo inflamatório pode contribuir para fusão das comissuras e enrijecimento das estruturas diminuindo a área de vazão. É um processo lento e o comprometimento hemodinâmico ocorre por volta da quinta década de vida. Costuma comprometer também outras valvas, principalmente a mitral. A cúspide na doença reumática está enrugada com a borda espessada, é o que chamamos de degeneração reumática. Há uma fusão das comissuras (separação que existe entre uma válvula e outra). Febre reumática: normalmente a bactéria causadora é o streptococcus que causa uma amigdalite. O nosso organismo produz anticorpos contra aquela bactéria, porém ela tem um material de superfície que é muito parecido com o material das valvas cardíacas, então os anticorpos que o nosso organismo produziu pra combater as bactérias da garganta matam as bactérias, mas os anticorpos permanecem pelo resto da vida, então eles começam a agir contra as próprias válvulas do coração. • O paciente fica sintomático por volta dos 50-60 anos de idade. Porém, em alguns casos pode acontecer em jovens. Quando o paciente tem amigdalite bacteriana tratamos com antibióticos para que a pessoa não fique muito tempo exposta ao Streptococcus. Degeneração senil com deposição de cálcio: Há fibrose e depósito de cálcio com consequente espessamento progressivo e difuso dos folhetos. O comprometimento hemodinâmico ocorre por volta da sexta década de vida (mais comum – sétima e oitava). Pode acometer também os pacientes com mais dislipidemia. Aorta bicúspide estenótica: a valva aórtica não foi dividida em 3 partes, formada apenas por 2. Dessa forma, a valva fica mais frágil. Nesses dois casos, normalmente é preciso trocar a valva. O QUE OCORRE COM O CORAÇÃO NA ESTENOSE AÓRTICA? I. Fase de Hipertrofia: A hipertrofia é resposta natural à sobrecarga de pressão. Nessa fase, os pacientes continuam com boa qualidade de vida. B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 3 II. Progressão do remodelamento ventricular: • O colágeno ocupa espaços ao longo e ao redor das artérias coronárias e entre as fibras musculares, diminuindo a tensão do VE durante a diástole. É um tipo de colágeno elástico. • Colágeno passa a substituir fibras musculares (submetidas à hipóxia) → forma-se um tecido menos elástico. • Pressão diastólica elevada. Complacência do ventrículo fica diminuída. • Massa cardíaca cresce, mas a capacidade de gerar novos capilares não acompanha → hipoperfusão do VE. • Aumento da pressão telediastólica → compressão da microcirculação coronária → hipoperfusão do VE. Hipoperfusão do VE limita a progressão da hipertrofia e da força auxiliar → queda do DC → estimula o sistema renina-angiotensina- aldosterona → maior volume diastólico (retém mais líquido e começa a aumentar a pressão de enchimento). Obs.: A cascata de eventos para hipertrofia e a formação de colágeno são atribuídas à angiotensina II. III. Fase de dilatação excêntrica: tensão diastólica estimula → novas fontes proteicas contráteis → dispostas linearmente → espaço contrátil → trabalho pouco efetivo. Ventrículos dilatados e paredes mais finas. Depois de muito tempo o coração não aguenta mais fazer força por tanto tempo e as fibras começam a morrer, e ocorre o depósito de colágeno, dilatação e diminuição da função contrátil. IV. Fase de desestabilização hemodinâmica: • Há alteração da fração de ejeção, do volume sistólico final, do DC e do diâmetro diastólico final. • Perda da eficácia dos mecanismos de adaptação. • O paciente passa a ser sintomático. DIAGNÓSTICO Exame clínico: • Angina (pois o crescimento dos capilares não acompanha a hipertrofia miocárdica, com baixa oferta de O2 e maior demanda pelos sarcômeros). • Síncope e pré-síncope: relacionadas a mudança brusca para posição ortostática, exercício e até repouso. • Insuficiência cardíaca: expressão máxima da fase de adaptação da doença. Instalação insidiosa. o Obs.: sintomas iniciam com: ▪ Dispneia aos esforços; ▪ Ortopneia. Exame físico: • Sopro: Rude, “granuloso”, intensidade máxima na mesossístole, mais intenso no 3º espaço intercostal E (foco aórtico acessório) e 2º espaço intercostal D (foco aórtico). Irradia para fúrcula e vasos do pescoço e para outras partes do precórdio. ➔ Sopro sistólico. B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 4 Ecodopplercardiograma: permite diagnóstico e a avaliação da gravidade da lesão valvar e das alterações morfológicas do aparelho valvar e da função ventricular. Primeira imagem: valva espessada. Segunda imagem: valva mais fina. TRATAMENTO O início dos sintomas (e basta um sintoma) – marca o término do tratamento clínicoe o momento da correção cirúrgica. Curva de sobrevida. No início dos sintomas se o paciente tiver sintomas de ICC, síncope ou de angina a mortalidade é muito grande, pois o volume de sangue que está passando pela valva apertada é muito pouco e o paciente não consegue realizar atividades habituais, dessa forma, é necessário trocar a valva. Trocando a valva o paciente volta a ter a curva de sobrevida praticamente semelhante. Pacientes assintomáticos: • Tratar rigorosamente doenças associadas (ex.: HAS); • Diuréticos podem diminuir o DC (por diminuir o enchimento ventricular). Pacientes sintomáticos: • Correção cirúrgica. Valva metálica substituindo a valva aórtica. Tecnologia nova. Feita via hemodinâmica. A valva que está apertada, calcificada e destruída, passamos um balão por ela, dilata o bolão e implanta uma nova valva via hemodinâmica. É feito pela via femoral. Qual seria a melhor valva, a mecânica ou a biológica? A mecânica tem uma durabilidade melhor, mas como ela é um corpo estranho, o organismo tende a formar coágulos nela e trambosa-lá. Enquanto que a valva biológica é uma valva orgânica. Quem tem uma valva metálica a durabilidade é muito maior (até 30 anos), mas o paciente precisa tomar anti-coagulante, pois existe o risco de hemorragias espontâneas, hemorragia cerebral, choque hemorrágico (acidentes). Precisa ficar usando Marevan que é uma substância anti-coagulante que tem durabilidade de 1 semana, dessa forma, o ajuste dessa medicação precisa ser feito conforme o exame de sangue nos mostra a coagulação. No começo, até acertar isso, o paciente precisa fazer exames toda semana, então é ajustado a medicação, porém esse ajuste acaba tendo que ser feito toda semana. Hoje estão se utilizando técnicas com valvas biológicas que elas duram tanto quanto uma valva metálica. B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 5 Mulheres jovens que pretendem engravidar não podem utilizar anti- coagulante. Em pacientes mais idosos utiliza-se mais valvas biológicas, com algumas exceções. Existia antigamente um implante transapical em que se fazia um transplante direto através do ápice do ventrículo esquerdo da valva. O procedimento tem que ser feito com anestesia geral. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA • Trata-se de uma sobrecarga de volume e de pressão. • Ocorre fluxo retrógrado de sangue, durante a diástole, da aorta para o VE. • Risco de morte súbita e de disfunção de VE. ETIOLOGIA • Doença primária das válvulas semilunares. • Doença congênita. • Doença reumática. • Endocardite infecciosa: destruição valvar pela deposição de vegetações (fibrina + plaquetas + bactérias) sobre a superfície ventricular das válvulas. • Outras causas: síndrome de Marfan e Ehlers – Danlos, LES, artrite reumatoide. Síndromes de tecido conectivo. • Obs.: HAS pode ocasionar ectasia (dilatação) da aorta ascendente, determinando insuficiência aórtica. FISIOPATOLOGIA • Sobrecarga do volume e de pressão no VE, com aumento da tensão sistólica e diastólica (por aumento da impedância da aorta) – aumento da pós-carga. QUADRO CLÍNICO • Sintomas se iniciam na quarta ou quinta décadas de vida. Marcam o momento em que a evolução natural precisa ser interrompida. • Consequências da evolução clínica desfavorável: ✓ ICC; ✓ Precordialgia tipo anginosa; ✓ Síndrome de baixo débito. DIAGNÓSTICO Exames clínicos: • Pulsos arteriais: ▪ Batimentos amplos, visíveis e palpáveis. ▪ Pulso carotídeo com alta amplitude. Pressão sistólica aumentada e diastólica muito baixa (sons de Korotkoff persistem até zero). • Sopro: protodiastólico, alta frequência, caráter aspirativo decrescente, melhor auscultado no 3º espaço intercostal esquerdo (foco aórtico acessório). Obs.: a gravidade da insuficiência aórtica correlaciona-se com a duração do sopro e não com sua intensidade. • Ecodoppler: ▪ Identificar o grau de insuficiência aórtica e se o comprometimento localiza-se no nível da valva ou da raiz da aorta. Quando a aorta se dilata, a valva também se dilata, e então vemos que tem um refluxo na valva aórtica não por degeneração da valva, mas por dilatação da aorta também. B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 6 ▪ Aspectos morfológicos da valva e presença ou não de vegetação facilitam reconhecimento de endocardite infecciosa. ▪ Avalia função de VE. HISTÓRIA NATURAL E PROGNÓSTICO • Lesão discreta a moderada: sobrevida em 10 anos de 85% a 95%. • Insuficiência grave: 50% permanecem assintomáticos ao final de 10 anos. • O aparecimento de disfunção de VE pode até normalizar após cirurgia da valva. TRATAMENTO Insuficiência aórtica aguda: urgência. Ocorrem rapidamente sinais e sintomas de insuficiência cardíaca esquerda. • Diuréticos: diminui a pré-carga. • Vasodilatação com ação arterial venosa (nitroprussiato de sódio) são mais efetivos. • IECA. • Cirurgia. Insuficiência aórtica crônica: • Digital: em sintomáticos com cardiomegalia. umenta a força de contração. • Vasodilatadores (ex.: enalapril ou nifedipina): diminuem a pós-carga. Minimizando o remodelamento ventricular. • IECA. Cirurgia é indicada quando se inicia a manifestação dos sintomas!! Mesmo que a lesão seja grave, tratamos sempre com medicamento. Porém, no momento que o paciente apresenta algum sintoma, a cirurgia é indicada. ESTENOSE MITRAL Definição: é o estreitamento do orifício entre o átrio e o ventrículo esquerdo. Área normal – 4 a 6 cm2. Imagem de uma valva mitral com degeneração reumática. ETIOPATOGENIA • Principalmente pela febre reumática; • Mais raramente por tumor intra-atrial – mixoma. Mixoma – tumor de células do átrio (esquerdo ou direito), e é uma formação grande que vai fazer uma obstrução anatômica da valva. DIAGNÓSTICO Ausculta: • Estalido de abertura: ocorre no momento que a valva se abre, com os seus folhetos tensos. • Logo após a B2 e aprece com desdobramento da segunda bulha ou com a 3ª bulha. O som é mais seco que a B2 e mais audível na área mitral. ➔ Presença de estalido → mobilidade razoável. ➔ Quanto mais próximo de B2 → maior a gravidade da EM. Como a estenose mitral é um fluxo diastólico, quando o sopro estiver mais perto do início da diástole significa que já existe uma grande pressão de enchimento. O sopro da estenose mitral é mais suave. Ecocardiografia: Abertura em “Dômus”. B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 7 Abertura em domos, não tem uma abertura completa, mais o meio que abre. TRATAMENTO ➔ Valvoplastia com cateter balão. ➔ Cirurgia de troca valvar. Quando é muito jovem, por exemplo, em uma jovem grávida que não pode ser submetida a uma cirurgia cardíaca, podemos fazer uma valvoplastia com balão. Atravessa o septo interatrial, coloca um balão na valva mitral e “esgaça” a valva para que a paciente possa ter o filho, e faça a cirurgia após. A durabilidade da valvoplastia com bolão é em torno de 6 meses, é um mecanismo paliativo. INSUFICIÊNCIA MITRAL Ocorre devido a defeitos nas estruturas envolvidas com a valva mitral: • Cordas tendíneas; • Músculos papilares; • Geometria do VE e AE; • Anel valvar. Infarto de parede posterior (onde está implantando músculo papilar). Ocorre o infarto, a circulação foi suprimida, a região morreu e foi substituída por fibrose. O ventrículo não suporta a tensão e abaúla. Ele abaulando, o músculo papilar traciona o folheto e causa uma insuficiência na valva. No caso, a doença não é valvar, falamos que é uma insuficiência mitral de etiologia isquêmica. O músculo papilar também é irrigado pelas mesmas coronárias da parede lateral e posterior, então, infartando naquela região, o músculo papilar tambémperde sua função contráril. ETIOPATOGENIA I. Insuficiência mitral crônica: • Prolapso da valva mitral; • Doença reumática; • Cardiomiopatia isquêmica; • Cardiomiopatia dilatada (hipertrófica); • Calcificação do anel mitral. II. Insuficiência mitral aguda: • IAM; • Endocardite; • Trauma torácico fechado. DIAGNÓSTICO Quadro clínico: • Baixo débito: astenia e fadiga; se durante a sístole, o sangue devia ir para aorta, um pouco volta para o AE, dessa forma o paciente tem sintomas de baixo débito. B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 8 • Atividade física autolimitada; • Dispneia aos esforços que progride rapidamente para o repouso; • Palpitações. O coração tenta bater mais vezes para tentar manter o DC adequado. Exame físico: • Sopro holossistólico. É importante observarmos o pulso durante a ausculta, para saber se é sistólico ou diastólico. Sistólico: estenose aórtica ou refluxo mitral. Diferenciamos auscultando as carótidas, o sopro de estenose aórtica irradia para as carótidas e o de regurgitações mitral não, ele vai para ápice do VE. Ecocardiografia: • Refluxo mitral; No ecocardio analisamos o coração de cabeça para baixo. A imagem está durante a sístole, vemos que o sangue que deveria estar indo para aorta, está voltando (turbilhonamento) e faz um efeito “coanda”. Como o jato do fluxo é tão grande que chega a bater nas pulmonares – efeito coanda. Esse efeito é um critério diagnóstico de refluxo mitral grave. A primeira coisa que vamos observar em um paciente com um refluxo mitral grave vai ser a congestão pulmonar. TRATAMENTO • Digitálicos; • Diuréticos; • Troca valvar cirúrgica. Quando o paciente tem sintomas. VALVA TRICÚSPIDE ESTENOSE TRICÚSPIDE • Valvopatia rara; • Principal etiologia a doença reumática; • Na maioria dos casos, a apresentação ocorre na forma da dupla lesão, com graus variados de insuficiência; • Outra característica é a associação frequente com valvopatia mitral. Doenças valvares a direita → Geralmente está relacionada aos cateteres centrais (vai pela veia até a altura do átrio direito para fazer a medida da pressão central venosa). Esses cateteres podem infeccionar se fica por muito tempo, e em contato com o coração pode causar uma endocardite, tanto na tricúspide, quanto na pulmonar. A febre reumática geralmente pega a valva mitral, e se pega a valva mitral é muito comum de pegar a valva tricúspide. Quando tem uma estenose tricúspide de etiologia reumática, temos que cuidar, pois pode ser que tenha doença valvar mitral. INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE • Principais responsáveis pela insuficiência tricúspide; • Sobrecarga ventricular direita decorrente de HP (hipertensão pulmonar); então, o paciente tem HP grave, começa a dilatar o VD, pois fica fazendo muito esforço, e ocorre então a insuficiência. • Insuficiência cardíaca esquerda (paciente teve um infarto grande, ficou com o coração mais deficiente causando uma congestão pulmonar, e o VD ao longo do tempo tem que empurrar sangue em um pulmão que já está cheio de sangue, então ele tem que fazer mais esforço, e isso pode causar uma insuficiência da valva tricúspide) e isquemia de câmaras direitas; • Portadores de marcapasso com eletrodos posicionados no ventrículo direito também podem apresentar insuficiência tricúspide secundária, mas em sua maioria sem significância clínica. O eletrodo do marcapasso vai pela veia, entra no átrio direito, atravessa a valva tricúspide e é implantado geralmente na ponto do VD, então toda vez que a valva for funcionar, vai funcionar com um cabo lá dentro que pode não permitir que a valva se feche direito causando uma insuficiência tricúspide. VALVA PULMONAR ESTENOSE PULMONAR • Casos mais graves, as manifestações costumam evidenciar-se logo após o nascimento. • Casos leves, a situação pode permanecer assintomática durante muitos anos. • As manifestações mais frequentes são o edema dos membros inferiores, debilidade e cansaço muscular, B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o X L I I - P á g i n a | 9 sensação de falta de ar, angina de peito e episódios de síncope. Quando for uma estenose muito importante. INSUFICIÊNCIA PULMONAR • A principal etiologia de insuficiência pulmonar em adultos é a hipertensão pulmonar, que pode ser primária ou secundária. • A insuficiência pulmonar também pode resultar de dilatação do anel valvar, como na síndrome de Marfan e na dilatação idiopática do tronco pulmonar. Hipertensão pulmonar primária: doença vasoconstritiva crônica das artérias pulmonares. O VD tem que fazer muita força para o sangue passar. Síndrome de Marfan: doença de tecido conectivo, o qual fica mais frágil. Acomete principalmente as artérias de grande calibre (aorta ascendente – mais comum e artéria pulmonar). TRATAMENTO Válvula biológica: produzida por tecido animal (pericárdio bovino, ovelha ou até de porco). Durabilidade menor e não já necessidade de usar anticoagulantes. Em pacientes mais jovens a durabilidade da valva biológica é menor, pois o sistema imune é mais eficiente. E quanto mais idoso, maior a durabilidade, pois o sistema de anticorpos combate menos. Em jovens pode durar 5 anos e em idosos 20 anos. Mas, tudo dependo do paciente também e dos cuidados. Valvas metálicas: atualmente feitas de carbono pirolítico. Durabilidade extensa e menor risco, porém, pode ocorrer formação de coágulos, sendo necessário a utilização de anticoagulantes para o resto da vida. Vídeo – ausculta dos sopros: Existem dois tipos de patologias valvares: • Insuficiência valvar: falha de coaptação dos folhetos da valva causando regurgitação de sangue por ela. • Estenose valvar: estreitamento da abertura da valva ocasionando aceleração e turbilhonamento do fluxo por ela. Em ambos os casos, a consequência auditiva é o sopro. Insuficiência mitral Estenose mitral Insuficiência tricúspide Estenose tricúspide Estenose aórtica Insuficiência aórtca Estenose pulmonar Insuficiência pulmonar B1 (sístole): vermelho. B2 (diástole): verde.
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