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B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o - P á g i n a | 1 Aula 03 (08/09/20) – Renata Viana B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o - P á g i n a | 2 ESPIROMETRIA – PROVA DE FUNÇÃO PULMONAR Criança coloca o oclusor nasal na boca e pedimos para ela puxar o ar e soprar o mais rápido possível. É uma expiração única. Ela enche o peito de ar e sopra até não aguentar mais, e um examinador fica ao lado. Tudo que o paciente inspira vem negativo. E acima da curva (positivo) é expiração. No inicio o fluxo é muito menor, depois vai saindo um fluxo menor. PARAMETROS O paciente com o volume corrente normal, ele enche o peito de ar e começa a expirar. No primeiro segundo sai o volume expiratório forçado, depois em três segundos o VEF3 e CVF é quando ele não tem mais ar para sair e começa a inspirar novamente. VEF1: volume expiratório forçado. CVF: capacidade vital forçada. É preciso que o paciente faça 3 manobras parecidas. É preciso que o paciente expire pelo menos 6 segundos para o paciente atingir um platô. Se for menos, pode diminuir a capacidade vital forçada (tudo que saiu). • Capacidade vital forçada (FVC): é tudo que saiu durante a expiração. • Volume expiratório forçado1 (FEV1): é tudo que saiu durante o primeiro segundo. • FEV1/FVC: tudo que saiu, quantos porcento saiu no primeiro segundo. • PEFR • FEF 25-75%: o fluxo entre 25 e 75. • FEF 50% • FEF 75% Pesamos o paciente, vemos idade, sexo, medimos e assim, pegamos no software uma pessoa com as mesmas características. E analisamos o que é previsto para o paciente e o limite inferior. Depois que o paciente fez a três curvas pré-broncodilatador, vou escolher qual foi a melhor e coloco no tabela. Quantidade de ar que sai no 1º segundo durante uma expiração forçada, em relação ao total de ar inspirado após a expiração forçada. • VF1/CVF > ou = 0,8 • <0,8: obstrução; Se o paciente tem uma luz do brônquio normal, a ideia é que de tudo que sai, 80% saia no primeiro segundo. Se esse paciente estiver obstruído: B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o - P á g i n a | 3 Em 1 segundo não sai 80% porque a luz do brônquio está menor. CASO 1 Qual o diagnóstico ventilatório evidenciado pela espirometria? R: nenhum. Espirometria normal. A relação FEV1/CVF está com o valor esperado. Normal: quando começa a inspirar sai um volume maior de ar, depois vai reduzindo o fluxo. Obstrução: curva menor que o normal e demora mais tempo para sair todo volume, fazendo uma concavidade. Fibrose: igual a curva normal, porém, menor. CASO 2 Tenho três curvas parecidas, e uma quarta curva maior (mais alta e maior volume). Essa quarta curva é pós-broncodilatador (salbutamol). A relação VEF1/CVF está pior que o menor valor dos normais, ou seja, tem um distúrbio obstrutivo (<0,8%) Faço 4 jatos de bombinha de broncodilatador de curta ação, geralmente Salbutamol. Espero 15 a 20 minutos para fazer de novo um sopro (geralmente é feito 3 sopros) e comparo a melhor curva pré com a melhor curva pós broncodilatador. 1. Qual o distúrbio ventilatório evidenciado pela espirometria? R: Obstrutivo. 2. Leve, moderado ou grave? R: Leve. VEF1 84% do que previa. 3. Houve resposta broncodilatadora? R: Sim. 4. Quais patologias podem cursar com esse resultado? R: Asma. • DPOC • Asma B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o - P á g i n a | 4 A: pneumonia; septos normais, mas com secreção, então o paciente tem uma obstrução por presença de secreção. B: asma; septos normais, sem secreção, edema, luz de brônquio menor, epitélio inflamado, músculo contraído (diminuindo o lúmen). C: DOPC (enfisema); destruição dos septos e os brônquios colabam, formando buracos onde o ar fica aprisionado circulando e não consegue sair, ficando com o tórax em tonel. Os três pacientes vão ter uma relação VEF1/CVF <0,8. Quanto teve de melhora na curva pós em relação a curva pré. É necessário aumentar 200mL em FEV1 e 7%. Se houver só um dos dois, não é caracterizado como resposta. • Avaliar se há hiper-reatividade brônquica; • Na DPOC não tenho esse ganho de função pulmonar, ainda que melhore com a bombinha. CASO 3 1. Qual o distúrbio ventilatório evidenciado pela espirometria? R: Obstrutivo; 2. Leve, moderado ou grave? R: Leve; 3. Houve resposta broncodilatadora? R: Não. Nem acima de 200mL, nem 7%. CASO 4 1. Qual o distúrbio ventilatório evidenciado pela espirometria? R: Obstrutivo; 2. Leve, moderado ou grave? B r u n a A l t v a t e r S a t u r n i n o - P á g i n a | 5 R: Grave. 35% FEV1 (<40%) 3. Houve resposta broncodilatadora? R: Não, porque não ganhou 200ml. É um paciente DPOC com um componente asmático. Respondeu ao broncodilatador em termos de tratamento. Fazemos uso de corticoide porque tem condição de melhorar mais. Quando o paciente está muito obstruído, mesmo depois de ficar 10 segundos expirando, não consegue esvaziar todo o ar que tem dentro do pulmão. Então como saber se a CVF está reduzida por estar obstruída demais ou por ter algo além (restritivo)? Quando a diferença do porcentual previsto de CVF e FEV1 for maior que 12, possivelmente está reduzida por conta da obstrução importante, nesse caso é 53-35=18. CASO 5 1. Qual o distúrbio ventilatório evidenciado pela espirometria? R: Restritivo; 2. Quais patologias podem cursar com esse resultado? Não tem obstrução, então não é olhado a gravidade, apenas o tamanho do pulmão (CVF). Era esperado que ele eliminasse 4,04mL, porém, eliminou 2,7mL. Tem menos capacidade que o esperado, então é um pulmão menor, tem 68% do esperado. A fibrose faz com que o pulmão fique pequeno. Estimativa do volume pulmonar Não é fidedigno porque a espirometria não consegue medir o volume residual. Quando o paciente faz o sopro, não colabo o pulmão retirando todo o ar, fica o volume residual que não é possível quantificar. Para medicar o volume residual é necessário fazer um outro exame. Não tem resposta ao broncodilatador. Disturbio restritivo: • CVF < 50% - grave • CVF entre 60 e 50% - moderado • CVF > 60% - leve • Doenças intersticiais pulmonares (fibrose). Fazem presença de fibroblastos entre o alvéolo e o capilar, demorando para completar o processo de difusão; • Derrame pleural, esse líquido empurra o pulmão para cima e na hora de soprar a capacidade vital está reduzida; • Obesidade; é como se tivesse uma gaiola e o pulmão não consegue expandir e eliminar uma capacidade pulmonar adequada; com a bariátrica volta com a espirometria normal. • Gravidez, o útero aumenta, empurra o diafragma para cima e tenho uma restrição para expandir; • Doenças da parede torácica; cifoescoliose, diminui o volume do pulmão. DISPOSITIVOS INALATÓRIOS • Nebulímetro “bombinha” • Espaçador; • Handihaler; • Aerolizer; • Turbuhaler; • Diskus; • Respimat;