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estados unidos no século XIX

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Os EUA no século XIX 
1. O reformismo dos Estados Unidos se inicia com a eleição de Jackson, em 1828, 
com a adaptação da ideologia democrática às condições econômicas e sociais. Já não 
era necessário ser proprietário para votar, daí o caráter popular da nova fase. A 
descentralização administrativa e financeira foi a base da ori-entação federalista de 
Jackson. Os interesses pró e contra a escravidão desequilibram a União. Uma sé-rie 
de atos (Compromisso de Missouri, 1820; Compromisso de Clay, 1850; o Ato de 
Kansas-Nebraska, 1854) demarca o processo que dividiu o país em duas facções, 
culminando numa guerra civil (Guerra de Secessão, de 1861 a 1865). Resolvidos os 
conflitos entre o Norte (industrial) e o Sul (com a transforma-ção das grandes 
propriedades em pequenas propriedades), com a emancipação dos escravos e a urba-
nização, o país estava preparado para a nova fase, marcada no plano interno pela 
grande corporação (de trustes e monopólios) e, no plano externo, pelo 
intervencionismo. 
 
O resultado imediato da Guerra de Secessão foi o fim da escravidão, o que 
possibilitará o desenvolvi-mento do capitalismo industrial. A vitória dos republicanos 
(Norte), defensores do federalismo, fortale-ceu a União e estabilizou, se é que não 
criou, a moderna nação americana. 
A legislação mais significativa aprovada durante a guerra foi a seguinte: 
 “Homestead Act” (1862) : o cidadão que habitava e cultivava a terra pública tornava-
se proprietário de 259 hectares de terra após cinco anos. 
 “Morrill Land Grand Act” (1862) : doação de terras para instrução em agricultura, 
engenharia e ciên-cia militar, dando origem à criação de um grande número de 
universidades. 
 “Morrill Tariff Act’” (1862) : duplicação das tarifas alfandegárias, protegendo as 
indústrias. 
 Subsídios do governo para a construção de uma ferrovia transcontinental pelas 
companhias Union Pacific e Central Pacific. 
 Legislação de imigração que permitia ao empregador pagar a passagem do 
imigrante em troca de tempo de trabalho. 
Emancipação dos escravos (1863). 
"National Bank Act”: criava um novo complexo financiamento nacional que emitia 
moeda para todos os estados. 
 “Internai Revenue Act”: cria um esboço do sistema tributário nacional. 
Serviço militar obrigatório. 
2. A expansão americana para o Oeste realizou-se através das grandes planícies, e o 
processo expan-sionista completa-se por volta de 1890. Para conquistar esse território 
 
foi necessário eliminar o índio que habitava as planícies (o índio obterá a cidadania 
somente em 1924). A estrada de ferro possibilitou, a partir de 1870, a expansão da 
mineração e da criação de gado. Com a pressão dos colonos-fazendeiros, termina a 
expansão. Os territórios conquistados dos índios convertem-se, progressivamen-te, 
em estados da União, e no início do século 20 já se contavam 48 estados formando a 
União. 
 
Desde aproximadamente 1890 até a Primeira Guerra Mundial, surgem vários 
movimentos de protestos dentro dos Estados Unidos, exigindo um governo 
centralizado e forte que ampliasse a regulamentação da indústria, da finança, da 
agricultura e do trabalho. Essa nova filosofia social e política rejeita o laissez-faire 
clássico e justifica o controle público das instituições pelos princípios da democracia 
liberal. Seus principais líderes foram Theodore Roosevelt e Woodrow Wilson, mais 
jeffersonianos do que hamiltonianos no seu nacionalismo, precursores do movimento 
liberal que lança a base filosófica e legislativa do “New Deal” dos anos 1930, de 
Franklin Delano Roosevelt. 
 
 Em 1890, o sistema industrial norte-americano se encontra plenamente 
desenvolvido ocasionando uma mudança na política externa. Há uma preocupação 
com a expansão dos mercados que coincide com a expansão imperialista européia do 
final do século, sendo o principal objetivo dos Estados Unidos o domínio de mercados 
e a reserva da matéria-prima. 
 A Doutrina Monroe (“A América para os americanos”), formulada no início do século 
19, constituiu uma barreira aos interesses europeus no continente americano. 
Entretanto, ela não preveniu a explora-ção da América Latina pelos capitais europeus 
e norte-americanos. No final do século 19, os Estados Unidos negociam tarifas 
preferenciais nas alfândegas para produtos latino-americanos. 
 A existência de uma ideologia como a do “Destino Manifesto", ou seja, a idéia de 
que os Estados Unidos devem expandir-se para levar a “sua democracia” a todos os 
cantos, serviu para justificar a polí-tica externa aplicada no Caribe, no Pacífico e no 
Extremo Oriente. No início do século 20, após a guerra com a Espanha em favor da 
independência de Cuba, os Estados Unidos tornarão posse de Porto Rico, Guam, 
Havaí e Filipinas. Exerceriam protetorados sobre Cuba, Panamá e Nicarágua, e 
assegurariam o seu sistema de dominação no Extremo Oriente. 
 O intervencionismo norte-americano no Caribe atinge o seu ponto máximo na virada 
do século 19 com a política de Theodore Roosevelt, denominada de “política do 
porrete” (big stick). Roosevelt instiga a separação do Panamá da Colômbia com a 
intenção de construir o canal do Panamá em 1903, procu-rando satisfazer interesses 
norte-americanos. Durante a administração de Roosevelt, deu-se também a 
intervenção armada em Cuba e em São Domingos. A determinação de “falar 
suavemente e carregar um porrete” apresentava, assim, resultados convincentes para 
os Estados Unidos.

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