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Preparo Químico Mecânico

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Preparo Químico Mecanico
PRINCÍPIO TÉCNICO
O princípio técnico da técnica de Oregon (usada na FOUFAL) consiste no preparo prévio dos terços cervical e médio para ao fim realizar o preparo do terço apical. Essa técnica possui algumas vantagens, são elas:
1. 
2. Não levar microorganismos para a região apical, em vista que a região cervical é a mais contaminada, portanto, preparando primeiro os terços cervical e médio torna-se muito mais difícil levar microorganismos para a região apical
3. Visualização mais fácil
4. Mais difícil perfurar o dente
5. Torna-se mais fácil a agulha irrigante entrar em todo o canal
FASES OPERATÓRIAS (MECÂNICAS)
1 – EXPLORAÇÃO DO CANAL RADICULAR
Serve para conhecer/explorar o canal, em vista que após o acesso é necessário verificar o número de canais radiculares, suas direções, seus diâmetros, presença ou ausência de corpos estranhos em seu interior, bem como a possibilidade de acesso à região apical.
Para isso deve-se realizar a radiografia inicial/de diagnóstico (no paciente usa-se o posicionador radiográfico) para estabelecer o comprimento aparente do dente (CAD). Esse CAD pode ser estabelecido usando um compasso de pontas secas e depois jogar essa medida numa régua ou usar uma régua diretamente em cima da radiografia. 
Após obter o comprimento aparente do dente, deve-se estabelecer o comprimento de trabalho de exploração (CTex) a partir do CAD. Dessa forma, o CTex é o valor do CAD subtraído 5mm, sendo estes 5mm correspondentes ao recuo de segurança. CTex = CAD – 5mm
Durante essa exploração usa-se uma lima de pequeno calibre (esse instrumento é chamado de IAI – Instrumento apical inicial) pois o canal ainda não está preparado, além de que uma lima de grande calibre iria levar os microorganismos dos terços cervical e médio para o terço apical (região que antes quase não tinha microorganismos). Durante esse passo é importante registrar o ponto anatômico que servirá como referência externa, pois dependendo do local por onde a lima foi inserida esse comprimento pode variar (por exemplo se você vai até um mesmo ponto apical partindo de uma cúspide disto-vestibular e de uma cúspide mesio-vestibular os comprimentos serão diferentes). A lima a ser utilizada (IAI) normalmente é uma lima da série especial ou no máximo uma lima #15 do tipo K convencional.
Após esse passo deve-se inundar a câmara pulpar com uma SQA, tomar o instrumento IAI e realizando um movimento de cateterismo explorar o canal até o CTex.
2 – PREPARO CERVICAL
Após essa exploração inicial do canal radicular segue-se para a preparação dos terços cervical e médio, para isso deve-se estabelecer o comprimento provisório de trabalho (CPT). Importante: Não confundir com o CTex, pois um é -5mm e o outro é -6mm, essa diferença de 1mm visa não obstruir o canal, o que ocorreria caso ficássemos trabalhando sempre com a mesma medida. CPT = CAD – 6mm
Para realizar esse processo deve-se inundar a câmara pulpar com clorexidina gel a 2%, introduzir a lima PDM 25.06 até o CPT e realizar movimento de rotação até começar a sentir uma resistência, quando isso acontecer deve-se tracionar (retirar) a lima, limpá-la numa gaze umedecida com álcool e em seguida realizar uma irrigação ativa com soro fisiológico dentro do canal.
3 – ODONTOMETRIA
Tem como objetivo determinar o comprimento real do dente, pois ele é igual ao comprimento de trabalho; para isso temos duas possibilidades:
· USO DO LOCALIZADOR APICAL (Importante pois às vezes o forame não coincide com o ápice)
· TÉCNICA DE INGLES
· Introduzir a lima IAI ou uma de calibre superior no CAD
· Realizar uma radiografia periapical
· Medir a distância entre a ponta da lima e o ápice radiográfico a fim de estabelecer o CRD2mm
Exemplo:
CAD = 20mm
Distância da ponta da lima ao ápice = 2mm
CRD = 22mm
CT = 22mm
4 – PREPARO APICAL
Tem por objetivo a limpeza apical. Inicia pela inundação da câmara e o canal com clorexidina gel 2%, a seguir utiliza-se a lima PDM 25.01 no CT, depois usa-se a lima PDM 25.06 no CT.
Em seguida deve-se determinar a lima M1, ou seja, a primeira lima a oferecer resistência ao tentar chegar ao forame, ela obrigatoriamente possuirá calibre maior que #30. (Exemplo: Usei uma lima #30 e ela foi com facilidade até o forame então uso uma #35, se a #35 chegou com facilidade até o forame aumento para a #40, se a #40 encontra uma certa resistência ao tentar chegar no forame isso significa que ela será a lima M1).
Deve-se usar a lima M1 até que ela fique folgada, usar um calibre acima até que fique folgada e usar mais um calibre acima até que fique folgada também. Essa lima de dois calibres acima da M1 é chamada de lima M2.
Em caso de canais bem atrésicos pode acontecer de a lima PDM 25.01 encontrar resistência quando tentar chegar ao forame, isso significa que ela já será a lima M1 e a lima PDM 25.06 será a lima M2. E em alguns casos pode acontecer da própria lima PDM 25.01 não conseguir entrar, com isso será ampliar antes com as limas de calibre menor, como #06, #08, #10, #15 e #20; isso é comum de ocorrer em molares. Caso a PDM 25.01 atinja o forame, mas a 25.06 encontre muita resistência, deve-se ampliar antes com a PDM 15.05 (lima coringa)
A cada troca de instrumento deve-se observar o aspecto da clorexidina, caso necessário renovar a clorexidina e utilizar a lima IAI no CRD; isso é extremamente importante para evitar o entupimento do canal do dente.
Por exemplo: M1 = #30 M2 = #40; M1 = #50 M2 = #60; M1 = #80 M2 = #100
Após a finalização dessa etapa o nosso terço cervical está limpo e a instrumentação com limas está finalizada.
PARTE QUÍMICA
Inicia-se com a inundação do canal com EDTA para remoção da smear layer, em seguida começa a agitação com a easy clean usando o contra-ângulo (baixa rotação) e deixa agitando por 20s em cada canal, por fim realiza-se uma irrigação final com soro fisiológico a fim de remover todo o EDTA. 
Após a finalização dessa etapa o preparo químico-mecânico (PQM) está finalizado e deverá ser realizada a obturação ou medicação intracanal.

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