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Planejamento Endodôntico: xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Consulta 1- Consulta inicial, profilaxia, raspagem, adequação do meio bucal e instruções de higiene oral. Consulta 2- Radiografia periapical do elemento 35, 37 e 46, clinicamente foi visualizado cárie oclusal (classe I de Black nos elementos: 15, 16, 17, 24, 25, 28, 27, 36, 47). Avaliando radiograficamente, será necessário realizar endodontia do elemento 35 e do elemento 37. Também foi visualizado uma raiz residual no elemento 46, necessitando portando de exodontia. Obs: foi explicado a paciente que o ideal seria fazer a endodontia do elemento 37, porém a mesma insistiu que prefere extrair, pois está com muita dor. Obs: Foi visualizado que no elemento 35, há necessidade de realizar a cirurgia de aumento e coroa clínica (periodontia) e possível restauração transcirurgica. Obs: Cirurgia de acesso, elemento 35: Nessa mesma consulta, foi realizado anestesias Infiltrativas a fim de colocar o isolamento absoluto com o grampo 209 e iniciar a cirurgia de acesso de pré-molar inferior no elemento 35. Foi realizado a cirurgia de acesso, removido todo o tecido cariado, respeitando: Ponto de eleição: face oclusal, no centro do sulco central Cavidade inicial: ponta diamantada esférica ou Carbide em alta rotação 1011 ou 1012 Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo do dente Tratamento das paredes: Endo Z, ou 3082, 3083 Forma de contorno: circular ovoide. Após isso, foi colocado uma bolinha de algodão com clorexidina e fechado com ionômero fotopolimerizavel Consulta 3- 1- Remoção da medicação 2- Exploração inicial do canal: Realizada com a lima tipo K (porque essa lima é mais rígida) de calibre compatível com o canal. A pressão apical é de ¼ de volta horário e anti-horário. É nessa fase que temos que ter mais sensibilidade tátil para poder reconhecer a anatomia interna: se o canal é atrésico, amplo ou se há variações dentro do canal radicular. Nessa fase também é realizado o pré-alargamento do canal para receber os instrumentos subsequentes. 3- Preparo dos terços médio e apical: CAD DA PACIENTE/3X2: Iniciar o preparo com as brocas de Gattes, porque para iniciantes tem menos desgaste lateral, e o corte é melhor em profundidade, por isso mais seguro. Hoje em dia o preparo é mais conservador, com menos desgaste em tecido hígido. Precisamos determinar o comprimento para a broca de Gattes, para alcançar o comprimento dos terços inicial e médio. O que as brocas de Gattes fazem? Removem o excesso de dentina que fica acumulado na entrada do canal radicular, retificar o canal para que as limas entrem de forma reta e sem tensão. Qual o comprimento que a broca será inserida? Para saber o valor, há uma fórmula: CAD/3x2. Que vantagem essa etapa vai trazer durante o preparo do canal radicular? Facilita a instrumentação, a lima entra mais reta e definir o instrumento apical inicial (sempre fazer o preparo antes de inserir a lima dentro do canal radicular), além disso, o preparo ajuda na etapa de irrigação e aspiração que será constante A broca de largo não é muito utilizada atualmente, por ter muito desgaste lateral. Como fazer o preparo do terço cervical e médio? Medir o CAD (do vértice radiográfico até borda incisal no caso de um dente anterior) e determinar os 2/3 do canal ou o ponto imediatamente anterior a curvatura, no caso de dente posterior Explorar o canal com lima #10 ou #15 até o limite estabelecido; Utilizar brocas G1; G2 ou G3 ou G3; G2; G1. Como determinar qual broca iniciar? A broca deve ficar justa dentro do canal, (geralmente pegamos a broca e colocamos sobreposta em cima da radiografia para ver qual se adapta melhor). Geralmente em dente anterior, utilizamos o tamanho 5 e 4. Irrigar e aspirar abundantemente entre as trocas de limas e no final do preparo Utilização de brocas Gattes Glidden e largo. Posteriormente irrigação abundante. 4- Odontometria É a fase, na qual é realizada a determinação do comprimento de trabalho, estipulando o tamanho do instrumento de trabalho dentro do canal radicular. Por isso, qualquer erro na radiografia, haverá erros durante todo o tratamento endodôntico. Atualmente, o limite de ação do endodontista é no interior do canal dentinário. O canal cementário deve ficar desobstruído, porém não será alargado. O material obturador não deve ultrapassar o limite CDC (local onde se encontra a dentina e o cemento, representa o ponto de maior constrição do canal) O forame apical dificilmente coincide com o vértice radicular, geralmente ele está para lateral. O material obturador nunca deve estar aquém do canal radicular, pois é fonte de infecção alta, igualmente não pode ultrapassar. Para realizar uma odontometria de qualidade, é necessária uma radiografia de qualidade, enxergar todos os canais no raio x, realizar um bom acesso coronário, preparo dos terços iniciais: terço inicial e terço médio, estabelecer um plano de referência, limas de cursores, ter régua milimetrada e régua flexível. Para fazer odontometria, é necessário estabelecer um plano de referência para que seja determinado o comprimento da lima para todos os métodos de odontometria. Que planos são esses? É onde o stop vai parar para que seja determinado o tamanho da lima dentro do canal radicular, geralmente nos dentes anteriores: para na borda incisal e nos dentes posteriores: plano oclusal. Método de ingle para fazer a odontometria: é o método mais simples. Figura demonstrando a ficha endodôntica de odontometria Determinar o comprimento aparente do dente após o acesso do dente, medir o CAD, suponhamos que o dente tenha 23 mm de comprimento; CTP: COMPRIMENTO PROVISÓRIO DE TRABAHO ou CRI: COMPRIMENTO REAL DO INSTRUMENTO. CAD-3mm: CRI ou CTP. Nesse momento, retirar 3 mm do CAD. 23-3= 20mm. Após isso, colocar o instrumento no CTP ou CRI, INSERIR O INSTRUMENTO DENTRO DO CANAL RADICULAR E O STOP DEVE PARAR NA BORDA INCISAL; Após isso, fazer outra tomada radiográfica com o instrumento dentro do canal radicular, medir na radiografia qual o valor que falta para chegar no vértice radiográfico, essa distância chamamos de X. geralmente há essa distância, porém quando não há dizemos que a distância é zero. Medimos essa distância com a régua flexível. Suponhamos que essa distância deu 2 mm. CAD – 3: 20 mm (CRI) CRD: CRI + X: 20 + 2: 22 mm CRT: CRD – 1mm: 22 – 1mm: 21mm APÓS DETERMINAR O COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO, FAZER OUTRA TOMADA RADIOGRÁFICA: raio x de confirmação. PARA CONFIRMAR O INSTRUMENTO ESTÁ NO FORMATO IDEAL, não aquém e não além do vértice. 5- Complementação do cateterismo: Realizar a manobra e cateterismo até o CRT Realizar patência até o CRD O QUE É PATÊNCIA? Introduzir a lima até o limite com o forame e às vezes ultrapassando o mesmo, a função da patência é deixar o canal sem obstrução. Dessa forma, a cada lima trocada, realizar a patência. A patência foi introduzida na endodontia com proposta de limpeza do forame e limpar canal cementário e radicular. Se a patência não for realizada, o CTP pode ser perdido, fazendo com que haja raspas de dentina acumuladas. Utilizamos a lima tipo K, dependendo do dente que será utilizado sem ampliar o canal, entrando de forma passiva. O forame patente, evita acumulo de bactérias e raspas de dentina, possibilitando drenagem dos terços apicais. Sempre fazer a patência de forma cautelosa, deixando canal cementário e radicular limpo. Preparo do canal radicular (terço médio e apical): conjunto de procedimentos mecânicos realizado no canal principal, junto com a solução química que sempre estará presente e constante durante todo o preparo do canal radicular. Essa limpeza permite a remoção de tecido necrótico, tecido pulpar necrótico, raspas de dentina no interior. A função do preparo é permitir limpeza, sanificação e desinfecção do canal, ampliando com a lima e a broca, permitindo uma modelagem cônica, com limasmais calibrosas nos terços iniciais e mais finas no ápice devido a anatomia do canal ser cônica. Após a ação dos instrumentos, ocorrerá um canal cirúrgico que foi preparado por um profissional, após realizado esse canal, ele terá que ser cônico e bem modelado para receber o material obturador mais fácil Ampliar o diâmetro apical confeccionando o batente apical, formando uma secção circular na região apical. (O batente vai servir de anteparo para o material obturador, o cone travar no batente, evitando que ele ultrapasse o forame, sempre preservando a anatomia) Iatrogenias que podem ocorrer: perfuração apical, degraus, transporte de forame (ampliando o forame), perfuração, fratura de instrumentos. RECAPITULANDO: O sentido de instrumentação se inicia no terço apical e vai no sentido cervical. Após fazer o preparo com a broca de gattes, dos terços iniciais, odontometria, patência e o canal estar apto para receber a manobra de instrumentação. Após determinar o COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO (CRT), para determinar qual lima vai se ajustar no CTP, vamos testar lima por lima para determinar o INSTRUMENTO APICAL INICIAL (IAI). Suponhamos que no CRT se ajustou uma lima de calibre K35, então a lima 35 é chamada de (IAI), porque foi a primeira lima que se ajustou no (CRT) para fazer o batente. Para fazer o batente, vamos fazer movimentos de alargamento (girar e tracionar) Obs: após determinar o IAI que se adequou no CRT, selecionar mais 3 limas sequenciais para realizar o movimento de alargamento. Isso é a confecção do batente apical, para fazer o anteparo do material obturador Obs: toda troca de lima usar o material químico (clorexidina ou hipoclorito) para evitar que raspas de dentina se acumulem. Obs: última lima do batente é chamada de LIMA MEMÓRIA OU INSTUMENTO APICAL FINAL (IAF) POR QUE É IMPORTANTE DETERMINAR O IAF? Porque a partir dele que vamos selecionar os CONES DE GUTA PERCHA PRINCIPAL para ficar bem travado no meu batente. Depois do batente apical, entramos de fato no ESCALONAMENTO. Sinônimos de PREPARO DO CANAL RADICULAR: PREPARO BIOMECÂNICO E PREPARO QUÍMICO-CIRURGICO, porque há ação do produto químico com a lima. 6- Técnica de escalonamento (técnica regressiva): Vantagens do escalonamento: conicidade do canal, facilita irrigação, porque o acesso será mais direto na porção apical, facilita a inserção da medicação intra-canal, facilita a manobra de obturação. O escalonamento é a instrumentação na porção final, até chegar no que eu preparei com a broca de GATTES. Técnica Ápice Coroa ou Step Down ou Técnica Escalonada Regressiva: O sentido de escalonamento nesse caso é no sentido: apical para cervical, ou seja, regressivo. Ele regride, diminuindo o comprimento de trabalho. EXEMPLO: Suponhamos que o CRT deu 21mm, para escalonar e seguir a sequência das limas regredindo o comprimento de trabalho sempre em 1mm em 1mm. Posteriormente, 20mm mais uma lima mais calibrosa. Agora além do movimento de alargamento, vamos ter o movimento de limagem (girar e tracionar e pincelar) as paredes do canal. Obs: a troca das limas é realizada quando a lima fica folgada. Obs: quando é o momento de parar o escalonamento regressivo? Se a broca de Gattes chegou até 14mm, teoricamente, tem-se que chegar com a lima até 15mm. Obs: quando acabar o escalonamento, acabou a instrumentação! E inicia-se a obturação. Consulta 3- Obturação: Só realizar a obturação quando o paciente não tiver sintomatologia! Obs: Em casos de tratamentos endodônticos feitos em mais de uma sessão geralmente utiliza-se medicação intracanal após a instrumentação. Nesses casos, na consulta de obturação é necessário remover a medicação intracanal com a irrigação/aspiração e a Lima Memória. Desinfecção dos cones de guta percha com hipoclorito de sódio Prova do cone principal de acordo com a lima memória (lembrando que esse cone deve travar em CRT). Testes visual (cone principal chegando no CRT), Tátil (cone travado) e radiográfico. Radiografia de teste do Cone Caso a seleção do cone esteja correta e você não precise mais inserir limas no canal radicular: realizar irrigação final (EDTA a 17%, troca do liquído no interior do canal radicular a cada 1 minuto, totalizando 3 minutos. Após isso retira-se o EDTa com água destilada/soro fisiológico). Obs: Todas as vezes que você usa as limas dentro do canal radicular ela gera raspas de dentina. Por isso, a irrigação final sempre é feita somente quando temos certeza que o cone já está escolhido. Quando o cone não desce corretamente às vezes é necessário voltar a instrumentar para remover obstruções. Por esse motivo a irrigação final com EDTA deve ser feita após seleção do cone principal Manipular o cimento na placa de vidro e espátula flexível Com o cone principal, envolver o cimento entre as paredes do canal Com o auxílio do espaçador digital, colocar cones acessórios (2 ou 3) Com a caneta de baixa rotação e a MAC SPADEN para compactar e derreter os cones de guta percha Realizar Rx de qualidade da Obturação Caso não haja bolhas, realiza-se o corte dos cones remanescentes com o calcador de paiva aquecido até a Junção Cemento Esmalte Limpeza da cavidade com bolinha de algodão e álcool 70% Selamento provisório com cotosol/ ionômero de vidro Radiografia final.
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