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21/10 - Lada e Mody O que é o diabetes mellitus metabolismo alterado e hiperglicemia Por que a dificuldade de manejo? variação clínica Deficiência de insulina - absoluta ou relativa - déficit insulina / hiperglicemia Classificação: - DM1, DM2, gestacional e “outros” - Diabetes tipo 1.5 = MODY e LADA DM2 - produção e ação da insulina comprometida - perfil metabólico variável - herança poligênica e multifatorial - pouco secretada - fatores ambientais e genéticos DM1 - destruição celular - subtipos 1A e 1B - população infatil e adolescente, não-obesos - após 30 anos = LADA Lad� (diabetes latente autoimune do adulto) Progressão lenta ❏ peptídeo-C: origem da insulina - confusão com DM2 - hipoinsulinismo absoluto e INCOMUM as polis (polifagia, polidipsia e poliúria) - caráter misto - incomum em crianças Causa genética: ❏ o complexo HLA (antígeno leucocitário humano - faz a codificação do MHC) ❏ o gene TCF7L2 (fator transcrissional comum em DM2) ❏ histórico familiar (comum que apresentam histórico DM1 e DM2) ❏ DM1 - 6x vezes mais chances de desenvolver LADA Resistência insulínica sobrepeso, adiposidade, muito açúcar, sedentarismo Comparações com DM1 e DM2 autoanticorpos, dependência insulínica, produção de insulina, GADA/peptídeo-C, resistência insulínica Fisiopatogenia Alteração genética → doença autoimune → destruição das céls-beta → de maneira lenta tem a redução da produção de insulina + maus hábitos de vida → aumento da demanda de insulina → hiperglicemia → manifestação Três critérios-chave 1. início aos 30-35 anos 2. GADA: anticorpo do glutamato desaborxiladom 3. dependência insulínica: 6-12 meses Mod� ●Defeitos celulares 1. percepção da insulina 2. ativação dos canais de potássio dependentes de ATP 3. metabolismo da glicose -3 gerações familiares acometidas antes dos 25 anos -ausências: obesidade, autoanticorpos, dependência insulínica* -Mutação Monogênica: muitas genes de maneira concomitante, em um ÚNICO gene. ● Classificação ❏MODY 1 a 6 ❏Genes:GCK, HNF1A, HNF4A, HNF1B, INS, NEURO1, PDX1, PAX4, ABCC8, KCNJ11, KLF11, CEL, BLK e APPL1 ❏ HNF1A - MODY 3, 60% casos - transporte e metabolismo da glicose comprometidos - disfunção progessiva ❏ GCK - MODY 2, 30-60% - percepção dos níveis de glicose comprometido - Tratamento somente durante a gravidez Mutações de MODY e outras consequências Anemia megaloblástica, diabetes e surdez com hereditariedade materna, Síndrome de Wolfram (DIDMOAD) Infiltrado leucocitário nas ilhotas. - imagem 1 Imagem 2 - falta células, espaço em branco que perde á longo prazo, é substituído por hialina. Diabetes Tipo I ( autoimune – cr 6 – HLA) LADA (latent autoimmune diabetes in adults) - (autoimune – cr 6 – HLA) Diabetes Tipo II (resistência insulinica) (associado Sde Metabólica) MODY (maturity onset diabetes of the young) (defeito na secreção da insulina) (cr 7 ou 20q – HNF 1alfa ou 1 beta) ( MODE 3 mais comum atualmente tipos de 1 a 6) O Diabetes mellitus é composto por um conjunto de distúrbios heterogêneos caracterizados pela regulação metabólica anormal e consequente elevado nível de glicose plasmática (devido à uma deficiência de insulina) como característica diagnóstica comum. Esses distúrbios podem ser de carater agudo e fatal, ou estar associado à gravidez, ou de carater crônico levando à complicações secundárias mais debilitantes do que a hiperglicemia. A dificuldade do manejo clínico do diabetes se deve à necessidade do comprometimento dos paciente e as apresentações variáveis dos quadros clínicos a depender da origem, idade e evolução - requerendo alterações constantes no manejo. A deficiência de insulina, comum a todos os tipos de DM pode ser absoluta, como no DM tipo 1, ou relativo à resistência insulinica como no DM tipo 2. Enquanto o déficit de insulina é o fator que compromete a homeostase energética, a hiperglicemia decorrente é quem desempenha papel dominante nas complicações relacionadas à doença. O DM pode ser classificado em DM tipo 1 (5-10% dos casos), DM tipo 2 (80-90%), DM gestacional e “outros”. Antigamente o DM tipo 1 era chamado de juvenil ou insulinodependente, e o tipo 2 de adulto ou não-insulinodependente Nos anos 90 os endocrinologistas reconheceram um subgrupo de pacientes com diabetes que manifestavam características tanto de DM tipo 1 quanto tipo 2, e ficaram conhecidos por serem portadores de “diabetes tipo 1.5”. Os médicos hoje compreendem que há mais que 2 formas de diabetes, apesar desses “híbridos” ocorrerem com menor frequência. Dentre eles temos o MODY e o LADA. Diabetes mellitus tipo 2 Caracteriza-se por defeitos variáveis na secreção de insulina e também na ação da insulina. Os pacientes podem apresentar defeito mais pronunciado na secreção ou na resistência. O perfil metabólico deles também varia individualmente e com o progredir da doença. Embora haja essa heterogeneidade todos apresentam uma secreção inadequada para o nível de glicose e grau de sensibilidade à insulina. As formas comuns de diabetes tipo 2 são provavelmente poligênicas e multifatoriais com complexa interação entre genes e ambiente. Já foram identificados mais de 50 loci de risco genético para as formas de diabetes tipo 2. Atualmente conhecer as mutação específicas em cada paciente não altera seu tratamento nem prognóstico. Tem-se buscado também provar o efeito da epigenética na geração do DM tipo 2. Diabetes mellitus tipo 1 Cursa com destruição primária das células beta e hipoinsulinismo absoluto. É subdividido em tipo 1A (mecanismo autoimune- mais de 90% dos casos) e tipo 1B (idiopático- 4-7% dos casos, particularmente comum em negros e asiáticos). Predomina em crianças e adolescentes (tendo, por isso, já sido chamado de diabetes juvenil) não obesos , mas até 30% aparece após a idade de 30 anos, o chamado LADA (latent autoimune diabetes of adults). LADA Diferentemente do que ocorre para o DM tipo 1A clássica, aqui a progressão do déficit insulínico é relativamente lenta. Passam-se décadas até a destruição total das células beta, o que justifica um quadro clínico mais arrastado, podendo levar à confusão diagnóstica com DM tipo2. Entretanto, mais cedo ou mais tarde o hipoinsulinismo absoluto se estabelece (p.ex., pelo surgimento da cetoacidose e das polis [uria, dipsia e fagia]) tornando a diferenciação diagnóstica mais evidente. Em 1977 demonstrou-se que indivíduos diagnosticados com DM tipo2 apresentavam anticorpos contras as células-beta produtora de insulina Em 1993 o termo LADA foi cunhado para descrever esse subgrupo de pacientes que apresentavam características de DM tipos 1 e 2. Etiologia Para o DM tipo1 a influência genética mais forte é conferida pelos genes do complexo HLA., já para o DM tipo2 a influência está dispersa em todo o genoma e é atribuída a um grande número de variantes genéticas, dentre as quais aquelas do gene TCF7L2 são as mais importantes. Similarmente ao que ocorre para o DM tipo1, o LADA também está ligado aos genes do complexo HLA, responsáveis pela codificação do MHC que regula o sistema imune e, por isso mesmo, o sistema imune está envolvido na patogênese do LADA. Além dessa similaridade com o DM tipo1, também há uma sobreposição genética com o DM tipo2 já que variantes do gene TCF7L2 estão presentes. Na verdade, o risco de LADA é 6 vezes maior para indivíduos com histórico familiar de DM tipo 1 e 2 vezes maior para indivíduos com histórico de DM tipo2. Além disso, como há no LADA resistência insulínica, fatores ambientais e hábitos de vida também aumentam seu risco, assim como para o DM tipo2, mas de maneira mais fraca. Por exemplo, sobrepeso, excesso de tecido adiposo, baixo peso ao nascimento, elevado consumo de açúcar, sedentarismo. Diagnóstico O diagnóstico é geralmente baseado em três critérios: (1) início na idade adulta: espera-se que ocorra entre os 30-35 anos. É seu início tardio que a diferencia da DM tipo1. (2) Ac contra as ilhotas como indicativo de doença autoimune: esse critério; a diferencia da DM tipo2. Os anticorpos GADA (glutamic acid decarboxylase antibodies) são osmais utilizados por serem muito mais comuns no diabetes autoimune nos adultos que nas crianças (que possuem DM tipo1). (3) dependência insulínica: demora para aparecer, mesmo após o diagnóstico, podendo levar cerca de 6 a 12 meses. Patogênese Alteração genética → doença autoimune → destruição das céls-beta → redução da produção de insulina + maus hábitos de vida → aumento da demanda de insulina → hiperglicemia → manifestação Similarmente ao que ocorre no DM tipo1, os pacientes com LADA apresentam autoanticorpos, entretanto, o processo autoimune é brando e a falência das células-beta se estabelece de maneira lenta. Esse fato é corroborado pelos elevados níveis de peptídeo-C como indicador da secreção de insulina. Por isso eles não apresentam dependência insulínica prontamente ao diagnóstico com os pacientes com DM tipo1; já em comparação com os pacientes com DM tipo2, os LADA apresentam menor secreção de insulina e progridem para a dependência. Enquanto no DM tipo1 há um grupo de autoanticorpos, 90% dos pacientes com LADA apresentam primariamente autoanticorpos apenas para GADA. Por isso, a mensuração de GADA é suficiente pra diferenciar pacientes com DM tipo2 daqueles com LADA. Além disso, o nível de GADA é inversamente proporcional ao nível de petídeo-C. Ademais, os pacientes com LADA apresentam sim resitência insulínica, mas não tão pronunciada quanto os pacientes com DM tipo 2 e, quanto menor a atividade autoimune (evidenciada por níveis baixos de GADA), tende a ser menor a resistência insulínica. Vale evidenciar que a importância da resistência insulínica na progressão da doença depende do grau da autoimunidade pois, se ela for severa a importância da resistência insulínica será menor. MODY Na década de 50 havia pacientes não obesos sendo diagnosticados com uma forma de diabetes similar à DM tipo2, mas de apresentação moderada, assintomática da doença, quando crianças, adolescentes ou jovens adultos. Na década de 70 o termo MODY (maturity onset diabetes of the young) foi criado e com o avanço da genética, muitos genes foram sequenciados e ligados à doença. Etiologia É causada por defeitos no desenvolvimento das células das ilhotas pancreáticas e na produção de insulina.Com frequência há pelo menos 3 gerações acometidas numa mesma família, com o quadro clínico iniciando antes dos 25 anos. Os genes alterados na MODY afetam a produção de insulina pelo comprometimento na adequada percepção dos níveis de insulina pelos seus receptores, metabolismo da glicose nas células-beta e na ativação de canais de potássio dependentes de ATP. Esses pacientes não são obesos nem apresentam elevação dos autoantticorpos para insulina nem para as células-beta, também não são insulin-dependentes (pelo menos a princípio). Epidemiologia O início da MODY se dá tipicamente entre os 10 e 40 anos de idade, e os pacientes compartilham característica de ambos os DM tipos 1 e 2, sendo, por isso, frequentemente diagnosticados erroneamente. Fisiopatologia Diferentemente dos DM tipo 1 e 2, o MODY é causada pela mutação em um único gene que leva a um defeito na produção de insulina e resposta aos níveis de glicose no sangue. A maioria dos casos de MODY se deve a uma transmissão autossômica dominante, embora defeitos autossômicos recessivos possam ocorrer e estão relacionados com diabetes neonatal. Antigamente os tipos de MODY eram descritos numericamente de 1 a 6, entretanto, eles estão agora classificados pelos seus genes afetados. Há pelo menos 14 tipos de mutações que levam ao MODY, e elas incluem os genes . De acordo com eles há variação na idade de início do quadro, resposta ao tratamento, gravidade e presença de alterações extra-pancreáticas. As mutações mais comuns ocorrem nos genes: 1. HNF1A: hepatocyte nuclear factor 1 alpha, responsável por 60% dos casos, denominados MODY 3. A mutação desse gene atua inibindo passos-chave no transporte e metabolismo da glicose, bem como no metabolismo mitocondrial, nas células-beta pancreáticas. Nesse casos há um disfunção progressiva dessas células. Além disso, esses pacientes apresentam alto risco de lesões micro e macrovasculares. 2. GCK: glicoquinase, responsável por 30-60% dos casos, denominados MODY2. A glicoquinase é uma enzima que permite às células-beta pancreáticas e aos hepatócitos responderem aos níveis de glicose. Quando há mutação desse gene,o limiar de glicose para secreção de insulina é redefinido, aumentando a glicemia de jejum. Os pacientes com essa mutação apresentam hiperglicemia moderada não progressiva e geralmente assintomática e, por isso, seu tratamento não costuma ser necessário - exceto durante a gravidez quando insulinoterapia pode ser necessária para evitar o excesso de crescimento fetal (macrosomia). Conclusão As mutações que levam aos casos de MODY também podem levar à outras síndromes como anemia megaloblástica,diabetes e surdez com hereditariedade materna e a Síndrome de Wolfram (também conhecida como DIDMOAD [diabetes insipidus, mellitus, atrofia ocular e surdez) Defina diabetes, como é feito seu diagnóstico e sua prevalência na população. ➔ O Diabetes mellitus é composto por um conjunto de distúrbios heterogêneos caracterizados pela regulação metabólica anormal e consequente elevado nível de glicose plasmática (devido à uma deficiência de insulina) como característica diagnóstica comum. Classifique os tipos de diabetes das entrevistas dos alunos e discuta sua fisiopatologia. ➔ Aluno Roberto - DM1 Aluno José Roberto - DM Lada Aluno Celso - DM2 Aluno Luis - Mody Como que a insulina é liberada pelo pâncreas e quais seus principais efeitos no organismo. ➔ DM2 produção e ação da insulina comprometida Quais os efeitos metabólicos do excesso de glicose no sangue. ➔ Microtrombos ; aterosclerose Quais os efeitos metabólicos e clínicos da falta de glicose no sangue. ➔ Quais as principais complicações do diabetes. ➔ Mais alto a glicemia maior a liberação de insulina; sensibilidade da cél beta; GLUT - receptor específico pra glicemia. Entra Ca e ele faz aproxima a cél que libera endocrianamente no sangue. A insulina age pra diminuir a glicose → age por segundos mensageiros, o receptor tirosina quinase. O segundo mensageiro atua como ATP dependente indo pra periferia dentro da célula. GLUT 4 - tecido adiposo e METILFORMINA - insulino dependente
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