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Atividade 1 - Relações Étnicorraciais Ao ler o texto de Kabengele Munanga entendi as origens sociais e históricas do fenômeno do racismo, dos conceitos de raça e etnia. Me entendo fenotípica e geneticamente como fruto de uma política de miscigenação, que ocorreu de forma violenta e ideológica com os povos originários e escravizados, mas ouvi e li o bastante para entender que apesar disso componho o lugar da branquitude, não sofro o fenômeno do racismo em território nacional e mesmo que me engaje na luta antirracista ainda assim sou descendente e estou em um meio social que produz e reproduz violências raciais constantemente. Uma das partes que mais me chamou atenção no texto foi quando, ao explicar o conceito de etnia, o autor exemplificou o genocídio que o processo de colonização trouxe e como isso contribui pro entendimento pobre, raso e escasso que temos sobre as etnias de países colonizados (E isso inclui o nosso também). Me fez refletir muito como o processo de colonização se modificou e adaptou aos meios que temos acesso hoje e na influência sobre nossas culturas nacionais, um fenômeno que ficou famoso algumas décadas atrás foi o “American Way of Life”, que foi disseminado amplamente mundo afora através de filmes, quadrinhos, livros e outros meios de mídia. Este buscava demarcar um terreno sobre o estilo de médio do cidadão norte americano e vendê-lo como um produto que interessa à todos os países. Essa reflexão me leva a pensar em como os fenômenos do racistas são alimentados pela cultura do consumo e como o corpo racializado sempre será visto como um corpo a ser explorado, do ponto de vista do capital. Entender o estado do Rio como temos hoje, por exemplo, é reconhecer a formação segregacionista dos espaços urbanos, é reconhecer como o racismo deu origem à miséria, guerra e fome, e como existem alguns corpos que importam e outros que não. Será que reconhecer o lugar que a branquitude se confere é o suficiente para derrubar um sistema de opressão? Acredito que não. O combate é diário, e no caso dos docentes, tem que ser uma problemática reconhecida e tópico primordial. Na imagem: Retratação feita por mim da personagem Elektra Abundance (Série: POSE), vivida pela atriz Dominique Jackson.
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