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Instituições escolares no Brasil Colonial e Imperial

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FACULDADE UNINA
ATIVIDADE DE PESQUISA
Ana Cecília Perotti
Jandaia do Sul - Paraná/2021
ATIVIDADE DE PESQUISA
"Instituições escolares no Brasil Colonial e Imperial"
Jandaia do Sul - Paraná/2021
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo apresentar aspectos históricos da educação no Brasil Colonial e Imperial, o Brasil apresenta, em cada período de sua história, realidades e contextos diferentes, mas que, evidentemente, não difere o modelo de educação destinado às classes populares: uma educação elitista, reacionária, não raro às vezes, em precárias condições. Ao estudar a História da Educação podemos compreender que não há mudanças sem educação e podemos pensar os indivíduos como agentes construtores de história, ou seja, podemos perceber a importância da educação na sociedade e na formação cultural, social e econômica dela.
DESENVOLVIMENTO
A história do Brasil é marcada pela dependência, exploração, violência, desrespeito às diferenças. A educação que foi desenvolvida no Brasil durante os três séculos de colonização era restrita, inicialmente, a alguns filhos de colonos e a índios aldeados.Com a chegada do elemento europeu a terras brasileiras também foi criada a Companhia de Jesus, que foi fundada para contrapor-se ao avanço da Reforma Protestante, para desenvolver um trabalho educativo e missionário, com o objetivo de catequisar e instruir os índios e colaborar para que estes se tornem mais dóceis e, consequentemente, mais fáceis de serem aproveitados como mão de obra. 
A presença dos religiosos jesuítas no país acabou em quando os mesmos foram expulsos de Portugal e de suas colônias pelo Marquês de Pombal, devido às divergências entre os interesses da Coroa e dos padres católicos, pois a educação oferecida por eles gerava emancipação e conhecimento que não interessavam para a economia de Portugal a qual desejava uma mão de obra alienada nas colônias, que apenas trabalhasse sem pensar. Nesse novo período, a educação no Brasil consistia apenas nas chamadas Aulas Régias, com aulas de Latim, Grego e Retórica feitas por professores vitalícios e despreparados. Para tentar melhorar esta situação, é criado o Subsídio Literário, que trazia um imposto a ser cobrado sobre a comercialização de diversos produtos – vinho, vinagre, cana verde, aguardente – e a sua arrecadação era utilizada para financiar o ensino primário e médio nas terras portuguesas.
A educação brasileira no período de gestão do Marquês de Pombal não teve um saldo positivo, pois ele eliminou o sistema organizado feito pelos jesuítas e fez com que no início do século XIX a educação brasileira fosse praticamente inexistente.
Este cenário educacional é modificado em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. Para atender às suas necessidades, o imperador D.João VI cria uma verdadeira estrutura educacional com escolas de medicina, bibliotecas, imprensa e academias militares. O objetivo fundamental da educação no Período Imperial era a formação das classes dirigentes. a política educacional de D. João VI, na medida em que procurou, de modo geral, concentrar-se nas demandas da Corte, deu continuidade à marginalização do ensino primário.
Com a Independência do País, conquistada em 1822, algumas mudanças no panorama sócio-político e econômico começaram a aparecer, inclusive na de política educacional. Surge o compromisso do Império, na Constituição de 1824, em assegurar “instrução primária e gratuita a todos os cidadãos”, confirmado logo depois pela Lei de 15 de outubro de 1827, que determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e vilarejos, envolvendo as três instâncias do Poder Público. Teria sido a “Lei Áurea” da educação básica, caso tivesse sido implementada.
O ato adicional de 1834 e a Constituição de 1891 descentralizaram o ensino, mas não ofereceram condições às províncias de criar uma rede organizada de escolas, acentuando ainda mais o caráter classista e acadêmico, gerando assim um sistema dual de ensino: de um lado, uma educação voltada para a formação das elites, com os cursos secundários e superiores; de outro, o ensino primário e profissional, de forma bastante precária, para as classes populares.
Podemos ver que muito pouco mudou desde o início até os dias de hoje, em todo esse período, talvez o que possamos apresentar como o grande problema da educação, tenha sido e continue sendo o da desvalorização do profissional da educação. Desvalorização que se manifesta nos baixos salários, na dificuldade de acesso a escolarização de nível superior. A valorização dos profissionais da educação, ampliação das condições de acesso e permanência na escola e ampliação da qualidade do ensino oferecido são alguns dos desafios que se impõem a para melhorar o sistema escolar brasileiro.
REFERÊNCIAS
Nascimento, Maria Isabel Moura; Collares,Solange Aparecida de Oliveira; Zanlorenzi, Claudia Maria Petchak; Cordeiro, Sônia V. Aparecida Lima. "Instituições escolares no Brasil Colonial e Imperial"

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