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Centro Universitário Jorge Amado (UniJorge) Acadêmica em Administração: Greice Noronha Disciplina: Gestão pública Docente: Luiza Augusta Administração pública- AV1 Gestão Pública: termo que designa um campo de conhecimento e de trabalho relacionados às orga- nizações cuja missão seja de interesse público ou afete esta, está dentro das áreas de recursos hu- manos, políticas públicas, finanças públicas e outras. Uma organização pode ser privada ou pública, mas com interesses que afetam toda a comunidade, pode até haver “gestão pública” em organiza- ções públicas e privadas, porém é incomum empresas privadas ter uma preocupação verdadeira com a coletividade. A exemplo, são as ONGS, que embora sejam privadas, na maior parte das vezes obje- tivam o bem público. Tem como objetivo: trabalhar a favor do interesse público, e dos direitos e interesses dos cidadãos que administra. Diferença entre: Estado, governos, aparelho de Estado e Instituições do Estado: Estado: Entidade maior que estrutura uma nação; Governo: Núcleos de representantes eleitos para executar tarefas concernentes às funções públicas; Aparelho de Estado: Organizações, compostas de estruturas administrativas que são incum- bidas dos processos concernentes às funções públicas; Instituições: Princípios e Regras estabelecidos que determinam/normatizam o comporta- mento das organizações e agentes (Constituições, Leis, Portarias, Estatutos, além das regras informais). O Estado Brasileiro, conforme CF, art.18 é uma organização político-administrativa da República Fe- derativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autô- nomos. As responsabilidades são compartilhadas entre governos locais, regionais e nacional. A sobe- rania nacional é expressa na Constituição Federal e há descentralização e autonomia administrativa e financeira de estados e municípios. É dividido nestes poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público. O aparelho do Estado é dividido em: Administração direta e indireta. Administração pública direta: desempenhada pelos Poderes da União, pelos Estados, Distrito Fede- ral e Municípios, como Ministérios, Secretarias, Departamentos, entre outros (não são dotados de personalidade jurídica própria). As despesas são contempladas no orçamento público e ocorre a des- concentração administrativa, que consiste na delegação de tarefas. Administração pública indireta: é a transferência da administração por parte do Estado a outras pes- soas jurídicas, sendo que essas pessoas jurídicas podem ser fundações, empresas públicas, organis- mos privados, etc. Ocorre a descentralização administrativa onde a tarefa de administração é trans- ferida para outra pessoa jurídica. É a atividade estatal entregue a outra pessoa jurídica (autarquia, empresa, sociedade de economia mista, fundações), que foram surgindo através do aumento da atu- ação do Estado. Diferença entre administração pública direta e indireta: A direta é formada por órgãos públicos, ou seja, partes de uma pessoa jurídica. São exemplos de órgãos do ente União Federal: os Ministérios, as Forças Armadas, a Receita Federal, e os próprios Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a cri- ação dos órgãos públicos se dá por um processo chamado de desconcentração (desconcentrar nada mais é do que dividir internamente), já a indireta abriga tanto pessoas jurídicas de direito público (como as autarquias), quanto pessoas jurídicas de direito privado (como as empresas públicas e as sociedades de economia mista), a criação das entidades da administração indireta se dá mediante um processo de descentralização que, por meio de lei, cria uma nova pessoa jurídica. OBS.: “ A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, morali- dade, publicidade e eficiência”. Formas de atuação do Estado: Direta: Prestação direta de serviços públicos por meio de órgãos da administração direta ou indireta. Indireta: Contratação de serviços públicos para serem prestados à população por meio de concessionários, organizações sociais, empresas privadas, entre outros. Regulação: Controle de setores do mercado com a função de garantir equilíbrio, isonomia e bem-estar social. Princípios da administração pública: Explícitos: legalidade, só pode atuar nos termos estabelecidos pela lei; impessoalidade, a Adminis- tração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas; moralidade, as condições morais devem ser tidas como uma exigência impostergável para o exercício das atividades de governo; publicidade, o poder público deve agir com a maior transparência possí- vel; e eficiência, conseguir os melhores resultados com os meios escassos de que se dispõe e a menor custo. Implícitos: princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e da autotutela, o interesse público deve prevalecer sobre o interesse privado; princípio da finalidade, a administração deve sempre buscar alcançar o fim público colimado pela lei; princípio da razoabilidade, determina à ad- ministração pública o dever de atuar em plena conformidade com critérios racionais, sensatos e co- erentes; princípio da proporcionalidade, os meios utilizados ao longo do exercício da atividade ad- ministrativa devem ser logicamente adequados aos fins que se pretendem alcançar. Resumo: Assim sendo, sempre que um agente público assumir conduta desproporcional ao que lhe é devido para o exercício regular de sua competência, tendo em vista as finalidades legais que tem por incumbência cumprir, poderá provocar situação ilícita passível de originar futura responsabili- dade administrativa, civil e, sendo o caso, até criminal. Diferença entre agente político, agente público, servidor público e empregado público: O agente público é todo aquele que presta qualquer tipo de serviço ao Estado, que exerce funções públicas, agente político é aquele investido em seu cargo por meio de eleição, nomeação ou designação, cuja competência advém da própria Constituição, como os Chefes de Poder Executivo e membros do Po- der Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunais de Contas, além de cargos de Diplomatas, ministros de estado e de secretários nas unidades da federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo disciplinar, agentes administrativos ocupantes de cargo de provimento efetivo ou cargo em comissão, e são passíveis de responsabilização administrativa, apurada mediante processo administrativo disciplinar ou sindicância de rito punitivo, são os servidores públicos em geral, podem ser civis, militares ou temporários, empregado público é uma espécie de agente administrativo, pode ter duas acepções, sendo elas ocupante de emprego público na administração direta, autarquias e fundações, contratados sob o regime da consolidação das leis do trabalho (CLT) e ocupante de em- prego público na administração indireta, nas empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado, também são contratados sob o regime da CLT, agentes por colaboração os quais podem ser voluntários, compulsório ou por delegação, cargo em comissão e função de confiança. Caracterização da Gestão Pública: Estado: é o todo político, formado por uma nação independente e soberana, tanto em relação aos demais Estados constituídos, quanto às diversas organizações nacionais e internacionais, instituição organizada politicamente, socialmente e juridicamente, ocupando um território definido, normal- mente onde a lei máxima é uma constituição escrita e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida interna e externamente. O Estado Brasileiro tem a República como sistema de governo, e conformação federativa, represen- tada pela união dos seus Estados Membros, gozando de relativa autonomia. Não se confundem, por- tanto, as ideias do Estado Federado e Estado Soberano. Estado Federado- é composto por diversas entidades territoriais autônomas, dotadas de go- verno próprio, geralmente conhecidas como Estados, se unem para construir a Federação (o Estado Federal - país), é autônomo, possui um conjunto de competências ou prerrogativas garantidas pela constituição. Estado Federal- é considerado soberano, inclusive para fins de direito internacional. Estado Soberano- é sintetizado pela máxima: “Um governo, um povo, um território” O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detém, segundo Max Weber, o monopólio legitimo do uso da força (coerção, especialmente a legal), é composto pela necessária conjugação de três elementos fundamentais, são eles: Povo, Base Territorial e Soberania. Povo é o conjunto de homens e mulheres que formam a massa de habitantes do Estado, com suas tipicidades culturais e raciais. Base Territorial é o espaço físico dentro do qual se fixa a população, é o elemento geográfico representativo da porção de terra onde se exerce a autodeterminação nacional. Soberania é a independência e autonomia do Estado de se auto organizar, conduzir seus pró- prios interesses e executar suas próprias decisões, dentro dos seus limites territoriais, e em conformidade com a vontade do seu povo. A soberania de um governo é absoluta e indivisível. Organização do Estado: A República Federativa do Brasil organizou as suas funções de forma racio- nal, repartindo-as e agrupando-as segundo o modelo tripartite (Barão de Montesquieu): Poderes Le- gislativo, Executivo e Judiciário, todos estatais, independentes e harmônicos entre si. A organização e estrutura do Estado podem ser analisadas sob 03 aspectos: a) Forma de Governo à República ou Monarquia- República: é uma forma de governo onde um re- presentante, o presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe de estado, podendo ou não acu- mular com o poder executivo. A forma de eleição é realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país; Monarquia, é onde o rei ou monarca é o chefe de Estado, atra- vés dos princípios básicos de hereditariedade e vitaliciedade, o poder lhe é transmitido ao longo de uma linha de sucessão. b) Sistema de Governo à Presidencialismo ou Parlamentarismo- Parlamentarismo: é um sistema de governo no qual o poder Executivo depende do apoio direto ou indireto do parlamento para ser constituído e para governar, este apoio costuma ser expresso por meio de um voto de confiança e não há, neste sistema de governo, uma separação nítida entre os poderes Executivo e Legislativo, ao contrário do que ocorre no presidencialismo; Presidencialismo: tem como chefe de governo e estado o Presidente, que é o chefe de Estado, e é ele que escolhe os chefes dos grandes departamentos (ministérios), o Legislativo, o Judiciário e o Executivo são independentes entre si, o Presidente da República é considerado o chefe máximo do Poder Executivo e é eleito para um mandato de 4 anos, com possibilidade de uma reeleição, e é ao mesmo tempo Chefe de Estado, Governo e Administra- ção. c) Forma de Estado à Estado Unitário ou Federação: O Estado unitário é aquele que centraliza o exercício do poder. Ele é chamado de Estado unitário puro quando centraliza esse exercício de forma absoluta, Federação é um requerimento do Estado federal, repartindo competências de forma garan- tida pelo poder constituinte central. Sem esta garantia, sua autonomia seria muito menor, sujeita ao governo e comparável à de um Estado unitário. Governo e administração pública: Governo é a direção suprema dos negócios públicos, em sentido institucional, é o conjunto de pode- res e órgãos constitucionais, ora se identifica com os poderes e órgãos supremo do Estado, ora se apresenta nas funções originarias desses poderes e órgãos como manifestações da soberania, a cons- tante do governo, é sua expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Es- tado e de manutenção da ordem jurídica, portanto, governo é gerenciamento das funções públicas, é o poder de comandar a estrutura administrativa executando atos de salvaguarda dos interesses da coletividade, é direção dos negócios públicos. Administração Pública é a execução minuciosa e sistemática do Direito Público, conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral, é o desempenho sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade, não é comando, não é poder de executar atos governamentais, ela designa a aparelhagem o conjunto de órgãos, entidades, e agentes montados para o desempenho da função pública, a estrutura e a equipe empregada na exe- cução das funções estatais (conceito formal), como também, a atividade desenvolvida por toda a máquina que possibilita ao Estado a gestão e o preenchimento de seus fins (conceito material), é parte da ciência da Administração que se refere ao governo, se ocupa, principalmente, do poder Executivo, no qual se faz o trabalho. Gestão Pública refere-se às funções da gerencia pública nos negócios do governo, mandato de ad- ministração, está associado a uma determinada fase de mandato, portanto, em uma primeira análise, a gestão teria as mesmas características da administração, porém, válidas para um período de tempo determinado. Diferença entre gestão pública e administração privada: A administração privada vem sendo alte- rada pela sustentabilidade e preocupação com questões sociais importantes, ao mesmo tempo, a Gestão Pública está recebendo influência de conceitos de eficiência e qualidade, capacitação e valo- rização por meritocracia, um exemplo do dessa transformação é o sucesso das iniciativas de Parcerias Público-Privadas. Gestão Pública Gestão Privada criadas ou autorizadas por determinações le- gais formadas através de contratos entre sócios o cidadão e o interesse coletivo é o público alvo o cliente e o interesse individual é o público alvo captação de recursos pela arrecadação compul- sória de impostos, taxas e contribuições desti- nadas aos cofres públicos captação de recursos pelos pagamentos reali- zados espontaneamente pelos clientes na com- pra de produtos ou serviços controle político do Estado por meio de elei- ções o controle é exercido pelo mercado por meio da concorrência entre as companhias o modelo de planejamento, como o prazo de cada gestão é curto, o plano plurianual é um modelo de planejamento usado para definir as políticas públicas e respectivas metas para um período de 4 anos é possível desenvolver um plano de negócios e planejamento estratégico a curto, médio e longo prazo a eficiência se mede pelo alcance de metas pú- blicas se mede pelo aumento das receitas, cresci- mento da empresa e redução de custos O tempo de existência das organizações públi- cas é indeterminado, pois o Estado não abre fa- lência as empresas privadas dependem de uma boa gestão, pois o mercado é competitivo e o negó- cio pode acabar caso não acompanhe as ten- dências e mudanças no comportamento do consumidor Diferença entre poder público e poder privado: Poder estatal é o poder a qual o estado/governo assumem e comandam, diferente do poder privado, que é a própria pessoa/ proprietária que toma as suas próprias decisões.
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