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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Campus Digital Atividade de Avaliação a Distância Disciplina/Unidade de Aprendizagem: Marketing Digital Professor: Dra Graziela Oste Graziano Cremonezi Nome do aluno: Francisco Rubens Bezerra Feliciano Data: 07/12/2022 Orientações: ▪ Procure o professor sempre que tiver dúvidas. ▪ Entregue a atividade no prazo estipulado. ▪ Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final. ▪ Encaminhe a atividade via Espaço Virtual de Aprendizagem (EVA). Questão 1: A massificação do uso da internet e das tecnologias faz com que o ambiente digital se torne crescentemente mais interessante para que empresas realizem atividades de marketing. A partir desse contexto, surge o marketing digital que, de acordo com Soares (2018), pode ser entendido como a utilização de tecnologias da informação e Internet para comunicar, promover e vender produtos/serviços ao público-alvo, assim como para desenvolver relacionamentos e interações com stakeholders de uma organização. Diante do exposto, escolha uma empresa e indique como são aplicadas as principais estratégias de marketing digital. Não se esqueça de colocar as referências consultadas (5,0 pontos). A empresa escolhida foi a Fundação Habitacional do Exército (FHE). A empresa foi criada em 1980 e é uma entidade pública de direito privado que atende o público do Exército Brasileiro há mais de 40 anos, oferecendo/produtos e serviços que facilitam o acesso à casa própria, bem como contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários (militares, pensionistas e conveniados). A FHE oferta diversas modalidades de financiamento imobiliário e da venda de imóveis em todo o Brasil. Ao longo desses 40 anos, mais de 145 mil financiamentos foram concedidos e 151 empreendimentos foram construídos. Atualmente, a empresa ocupa o 9º lugar no ranking dos agentes financeiros que mais concedem financiamentos imobiliários. Ainda, a FHE é responsável por gerir a POUPEX, única Associação de Poupança e Empréstimo em funcionamento no país, por onde são ofertados outros produtos em condições muito vantajosas para seus conveniados: poupança, empréstimo pessoal, consórcio e seguros, etc. A seguir, serão elencadas as principais estratégias de marketing digital que foram verificadas na empresa. Referente ao marketing de conteúdo, Manfroi (2013, p. 122) aponta que é o conteúdo relevante que é “[…] criado e produzido quando pensamos no público que irá aproveitá- lo. Nesse caso, a primeira regra para se contemplar ao máximo o que um conteúdo pode favorecer a marca, é pensarmos nas pessoas a quem estamos nos dirigindo”. O marketing de conteúdo “[…] é o uso do conteúdo em volume e quantidade suficientes para permitir que o consumidor encontre, goste e se relacione com uma marca, empresa ou produto” (TORRES, 2009 apud MANFROI, 2013, p. 122). Conforme elenca Manfroi (2013, p. 123), a empresa preocupa-se com questões relacionadas ao perfil do seu público da empresa, como: Quem é o público? O que a empresa pretende que seu público realize? Como é o comportamento do público da empresa? Quais informações o público da empresa busca? Quais os conteúdos relevantes que se pode produzir para o público da empresa? Como a empresa pode produzir e disponibilizar os conteúdos? Por essa razão, no fim de 2020, a empresa investiu forte e criou um novo portal/site. De acordo com Manfroi (2013, p. 124), portal são sites que “[…] englobam uma série de conteúdos que são produzidos com base em seus públicos. Geralmente, um portal serve a diversos públicos e procura criar conteúdos verticais, baseados em diversas características, para abranger as especificidades de cada um”. Segundo Manfroi (2013, p. 126), […] os sites são criados e produzidos para oferecer conteúdo de forma que poderá ser acessado de maneira simples e objetiva por determinado público. Denominamos de “encontrabilidade” a proposta de que o usuário encontre facilmente o que procura, não tendo que gastar seu tempo em busca de seu objetivo. Por isso, os sites são divididos em seções, e sua estrutura segue as técnicas da arquitetura da informação, baseadas em uma ciência que pesquisa e explora a organização dos conteúdos nas interfaces. Os sites estão vinculados aos objetivos de marketing. Portanto, podem ser de caráter institucional de uma empresa, ou promocional, comercial (como vimos no comércio eletrônico), informativos etc. A empresa também possui minissite que “[…] são partes complementares dos sites e abordam conteúdos específicos, baseados em informações relevantes para um público específico” (MANFROI, 2013, p. 127). A empresa possui um perfil em suas redes sociais que “[…] são páginas que podem ser criadas por uma pessoa física ou empresa nas redes sociais, servem para marcar presença digital. O perfil nas redes sociais pode ser comparado a catálogos de produtos ou serviços, como, também, a uma lista telefônica” (MANFROI, 2013, p. 129). Verifica-se que a arquitetura aplicada no portal/site da empresa considerou o agrupamento dos assuntos de forma lógica, a fim de facilitar a jornada do cliente e proporcionar um ambiente intuitivamente navegável, que permita ao interessado achar rapidamente o que procura. Outra novidade do portal/site é a entrega de conteúdos personalizados para cada usuário, fornecendo informações de interesse a partir da inferência da sua intenção de consumo. Outro diferencial é a leitura do site em qualquer dispositivo que, por ter um design responsivo, adapta o tamanho das páginas ao computador, celular ou tablet. Referente ao marketing de busca, Torres (2009) apud Manfroi (2013, p. 131) sinaliza que essas ferramentas de busca modificaram “[…] as pesquisas por produtos em pesquisas por informações. Elas se especializaram cada vez mais em encontrar sites, capturar seu conteúdo e relacioná-lo às palavras-chave, a fim de apresentar um resultado muito mais rico e útil para quem pesquisa”. A empresa utiliza os buscadores naturais, denominados de busca orgânica. Cabe destacar que “Os links para os sites que são decorrentes da busca orgânica provêm de uma análise dos sites quanto a sua relevância e a partir de suas palavras-chave. Os sites que são acessados por via natural, ou orgânica, não geram custos a quem tem seu domínio” (MANFROI, 2013, p. 134). A empresa também adota a estratégia SEO (Search Engine Optimization) que está relacionada aos processos e técnicas e tem como objetivo a otimização interna dos sites (MANFROI, 2013, p. 135). Com a criação do novo portal/site, é possível navegar em um ambiente virtual mais moderno, alinhado com as melhores práticas do mercado, com dados relevantes, a fim de prestar serviço aos leitores. A empresa buscou se tornar referência como fonte de informações em sua área de atuação, em especial sobre educação financeira, tendo em vista a importância de planejar a aquisição de bens, como a casa própria, por exemplo. Ainda, verifica-se que a ferramenta de busca também foi aprimorada e há vídeos da Péxia, assistente virtual da FHE/POUPEX, em todas as páginas de produtos do website, com explicações sobre a disposição das informações. Referente ao e-mail marketing, verifica-se que: […] são campanhas enviadas, por e-mail, com objetivo de divulgar ou ofertar produtos ou serviços, manter relacionamento com base de destinatários ou, ainda, possibilitar o atendimento ao cliente. O e-mail marketing permite rastrear e mensurar com exatidão quantas pessoas leram a campanha, quantas clicaram, em que áreas clicaram, e se houve ou não a realização do negócio ofertado. Esse rastreamento dá ao empresário uma visão da intenção de consumo de seus clientes, que em uma próxima campanha, passarão a receber informações que tenham relação com sua área de interesse. (E-MAIL..., 2010, p. 3). Assim, constata-seque o e-mail marketing consiste na comunicação de uma empresa com o seu cliente, via e-mail, respeitando normas e procedimentos pré-definidos. A empresa pode usar essa ferramenta para divulgar uma campanha promocional, algum evento, enviar uma mensagem de relacionamento e felicitações (aniversário). A FHE/POUPEX utiliza essa ferramenta, de forma ética, dentro da regulamentação de e-mail marketing, com base nos endereços eletrônicos, cadastrados previamente, sempre buscando transmitir conteúdos relevantes (divulgação de produtos/serviços), realizar pesquisas com o seu público, convidando os usuários a participarem, bem como enviando mensagens de felicitações (aniversário). Referente ao marketing viral, Manfroi (2013, p. 141) define como “[…] uma estratégia de comunicação de marketing, que tem como objetivo repassar a mensagem para nossas redes de contato. Com o alto volume de retransmissão da mensagem, torna-se um viral (popularmente denominado)”. É a comunicação boca a boca, onde um usuário repassa a mensagem para a sua rede de contatos (familiares, amigos, conhecidos, etc.), de acordo com o grau de interesse desse usuário (MANFROI, 2013, p. 141). Manfroi (2013, p. 142) sinaliza que algumas vezes a empresa realiza o marketing viral, por intermédio de campanhas, com a finalidade de atingir o maior número de usuários, mas não há a certeza de que haverá engajamento dos usuários. Assim, o marketing viral é uma estratégia de “[…] disseminação da mensagem entre as pessoas, e seu objetivo atingir o maior número de usuários. […] é preciso o engajamento das pessoas, e que elas indiquem ou compartilhem a mensagem para seu círculo de amigos e conhecidos nas redes sociais” (MANFROI, 2013, p. 143). Essa estratégia é muito bem realizada pela empresa, tendo em vista que todo militar repassa a mensagem sobre os produtos/serviços da empresa para outros militares, familiares, conhecidos, etc. Um exemplo é a campanha realizada pela empresa no ano de 2021. A empresa ofereceu uma linha de financiamento imobiliário vinculado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com uma taxa de custo efetivo total de 3,49% ao ano. Também foi concedida uma mensalidade grátis, a cada ano do financiamento, totalizando um valor de R$ 30.000,00. Ainda, a empresa ofertou um seguro residencial grátis por um ano. Todos esses benefícios foram ofertados aos quinhentos primeiros financiamentos aprovados no ano de 2021. Referente a estratégia de monitoramento, Manfroi (2013, p. 147) define como “[…] o controle de ações no ambiente digital, que pode acompanhar e avaliar os dados, a partir de métricas para as análises específicas”. A autora afirma que “[…] se sua empresa quiser saber dos dados de acesso em sua página, ou se estão falando dela nas redes sociais, é sempre bom ter um investimento em pessoas e softwares de monitoramento” (MANFROI, 2013, p. 147). Com a criação do novo portal/site, a FHE/POUPEX passou a realizar o monitoramento da navegação de seus clientes, sendo possível prover informações de interesse a partir da inferência da sua intenção de consumo. Assim, a empresa pode realizar a entrega de conteúdos personalizados a cada usuário. Com base em um documento da empresa (disponível no site), verifica-se que a empresa contratou uma prestadora para realizar os serviços de operação e monitoramento (hardware e softwares necessários à perfeita consecução das atividades e atendimento às especificações técnicas) em regime 24x7x365 (vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano). Assim, de acordo com Torres (2009, p. 386-387) apud Manfroi (2013, p. 147), verifica- se que a empresa mantém o monitoramento geral do portal/site com relatórios e análises mensais; define as informações que serão monitoradas; e apresenta estatísticas e monitoramento em tempo real (online) de e-mails com base em gráficos. REFERÊNCIAS E-MAIL marketing. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA – SEGeT, 7., 2010, [S.l.]. Anais do VII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia de História – SEGeT. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/384_Artigo_G1_Seget_Final.pdf. Acesso em: 04 dez. 2022. FHE/POUPEX. Institucional. Disponível em: https://www.poupex.com.br/institucional/quem-somos/. Acesso em: 04 dez. 2022. FHE/POUPEX. Poupex digital. Disponível em: https://digital.poupex.com.br/#/. Acesso em: 04 dez. 2022. MANFROI, Luciana. Marketing digital: livro didático. Palhoça; UnisulVirtual, 2013. Questão 2: As primeiras definições do termo marketing eram mais associadas ao desempenho de atividades empresariais, que direcionavam o fluxo de bens e serviços de empresas para consumidores. Entre os diversos elementos do marketing, destacam-se os 8 Ps. Também chamado de mix de marketing ou composto de marketing, esse conjunto de elementos é comumente usado por gestores para a criação de produtos ou serviços, para a comunicação com o mercado, para o desenvolvimento de ações de vendas e para a entrega de valor ao seu público-alvo (SARQUIS et al., 2018). Diante do exposto na questão, A ESTOPASÓ é um fabricante médio de estopas, o seu produto é vendido a peso para as oficinas mecânicas, para fábricas, postos de gasolina. Embora existam diversos níveis de qualidade em sua linha de estopas, o seu produto é praticamente idêntico aos produtos de seus concorrentes, que também oferecem diversos níveis de qualidade, padronizadas para toda a indústria. A matéria-prima é a mesma para todos os concorrentes e os processos de fabricação também são semelhantes. A embalagem não tem aos olhos dos consumidores, maior importância que a de proteger o produto. O produto apresenta um baixo volume total de vendas em reais. https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/384_Artigo_G1_Seget_Final.pdf Diante do exposto na questão 2, determine o composto mercadológico (8p´s) ideal para a empresa (5,0 pontos). O composto mercadológico (8p’s) é formado pelos seguintes elementos: pesquisa, planejamento, produção, publicação, promoção, propagação, personalização e precisão. 1. De acordo com Manfroi (2013, p. 57), a pesquisa tem a finalidade de realizar: […] o primeiro passo para qualquer projeto digital é o estudo do comportamento do consumidor que, necessariamente, parte da pesquisa. A máxima de que se tem que falar a mesma linguagem do seu público-alvo continua valendo, cada vez mais, para as questões de marketing. Então, nada mais verdadeiro do que saber utilizar todo o potencial de pesquisa e monitoramento do consumidor no meio digital. Para esse mapeamento e posterior monitoramento, podem-se utilizar ferramentas de busca que, conforme as palavras-chave escritas nos buscadores, pode-se localizar a intenção de pesquisa do público. Nessa etapa, a empresa precisa realizar uma pesquisa com a finalidade de entender o comportamento do consumidor, os seus hábitos, o que ele deseja. Como o produto da empresa é praticamente idêntico aos de seus concorrentes e a embalagem não tem aos olhos dos consumidores tanta importância, a empresa pode fazer uma pesquisa para entender o que o consumidor deseja que seja ofertado, qual o diferencial que o consumidor anseia. Essa pesquisa deve ser realizada utilizando palavras-chave, por exemplo, estopa, qualidade, processo de fabricação, etc., todas com a finalidade de entender o desejo do público-alvo. 2. Na segunda etapa, que consiste no planejamento, deve ser adotada uma série de ações, conforme aponta Manfroi (2013, p. 61-70), Quais são os segmentos do mercado da empresa? Quais são os benefícios que os segmentos do mercado percebem do negócio da empresa? Quais são os fatores críticos de sucesso de seu negócio? Quais serão os segmentos a serem trabalhados? Qual é o posicionamento adequado para o segmento escolhido? Qual é a equipe que trabalhará no departamento de internet?Qual é a área que mostrará as principais palavras-chave? Quais são as missões críticas, qualitativas e quantitativas, do site da empresa? Qual é o escopo do site da empresa? Qual será o wireframe do site? Qual será o layout do site? Qual será o conteúdo veiculado pelo site? Qual poderá ser o conteúdo gerado pelo público? Quais promoções poderão ser criadas para divulgar a empresa na Quais são as maneiras para personalizar o site da empresa? Essa etapa é uma das mais importantes. A empresa precisa planejar suas ações de marketing no mercado, os benefícios que oferecerão aos consumidores, os segmentos trabalhados e o posicionamento. Precisa planejar o seu composto de marketing (produto, preço, promoção e praça), bem como precisa planejar as atividades relacionadas à internet (site, conteúdo, layout, promoções de divulgação, etc.) e o modo como irá disponibilizar o seu produto no site. O produto da empresa é utilizado em fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina, mas apresenta um baixo volume total de vendas em reais, visto que não possui um alto valor agregado, bem como a embalagem não possui diferenciação das embalagens dos concorrentes, pois cumpre a finalidade básica de proteger o produto. Logo, para que se obtenha uma diferenciação das estopas produzidas pelos outros fabricantes, é preciso que a empresa ofereça produtos de qualidade superior, tanto no aspecto funcional, quanto no aspecto visual, pois assim, a empresa fará desse produto um de seus pontos fortes, que segundo Neves e Carioni (2016, p. 45), são “[…] características positivas da organização, que a tornam mais competitiva frente a seus concorrentes, ou podem torná-la, se bem explorados e fortalecidos”. Essa diferenciação pode ser obtida por meio por meio do reconhecimento da marca, das características e qualidade do produto, da embalagem, dos serviços prestados ou dos atributos de desempenho do produto. Logo, algumas estratégias relacionadas ao produto podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: a. Fabricar estopas de cores diferentes para cada segmento que atende; b. Fabricar uma embalagem personalizada, pois assim irá “[…] fortalecer a imagem da marca, atrair, informar e despertar desejo de compra” (DIAS et al., 2004 apud NEVES e CARIONI, 2016, p. 67), bem como poderá desempenhar outras funções, além da função de proteger a estopa, como: “[…] Despertar a atenção do cliente pelo design e material; Comunicar os benefícios e atributos do produto; Ser coerente com a imagem desejada para o produto e empresa; Atender aos requisitos legais” (DIAS et al., 2004 apud NEVES e CARIONI, 2016, p. 67). A empresa também pode confeccionar uma embalagem biodegradável, atendendo a questão da responsabilidade ambiental; c. Estender a venda do produto para outros mercados consumidores, além das fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina, visto que as estopas também são utilizadas em outros segmentos (residências, indústrias, varejo, etc.); d. Fabricar três tipos de estopas, conforme a qualidade e utilização: 1) Estopa de baixa qualidade, que pode ser utilizada para limpeza grosseira (parte externa de motores, ferramentas, máquinas industriais, pisos externos, etc.); 2) Estopa de qualidade intermediária, que pode ser fabricada com sobras de material de tecelagem, podendo ser utilizada na aplicação de cera em veículos, limpeza de pisos internos, limpeza de equipamentos e móveis, entre outros; e 3) Estopa de qualidade superior, que pode ser produzida com algodão e utilizada na aplicação de pintura e polimento de automóveis, limpeza de equipamentos sofisticados, limpeza de móveis e eletrodomésticos, etc. Referente ao preço, de acordo com Neves e Carioni (2016, p. 47), “O preço é a expressão monetária que serve à função de parametrizar o quanto cada uma das partes vai precisar disponibilizar para que haja a troca pretendida”. Segundo os autores, “A importância da fixação de um preço adequado para a venda de determinado produto é definitivo para o sucesso de uma organização” (NEVES; CARIONI, 2016, p. 71). Deste modo, algumas estratégias podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: a. Realizar um comparativo de preço com as marcas concorrentes e, assim, verificar se o preço da sua estopa está coerente com o preço do mercado. Caso verifique que o seu preço está condizente com o preço dos concorrentes, pode diminuir a margem de lucro, pois assim, pode aumentar as vendas; b. Definir o modo de determinação do preço, de acordo com Kotler e Keller (2013) apud Neves e Carioni (2016, p. 73), adotando a linha da maximização da participação do mercado, que “Consiste em, geralmente, praticar preços baixos para alcançar o maior número de consumidores, sem importar-se com as margens de lucro. Aconselhável em mercado no qual haja saturação da concorrência”. Assim, a empresa pode obter um ótimo posicionamento no mercado frente aos demais concorrentes. Segundo Ries e Trout (2003) apud Neves e Carioni (2016, p. 63), posicionamento é a “[…] maneira pela qual as empresas são vistas pelo mercado e, mais importante, qual o lugar que ocupam na mente dos consumidores”; c. Entender o modo como o consumidor percebe o preço da estopa, adotando a ideia de preços de referência, que segundo Neves e Carioni (2016, p. 77), é quando “[…] os consumidores costumam usar vários “preços de referência”, tais como: o que pagaram na última compra, preços dos concorrentes, preço que “pareça” justo conforme sua percepção própria etc.”; d. Utilizar ações estratégicas que a diferencie dos concorrentes, como: preço com descontos em compras de grandes quantidades (leve 3 pague 2, preço diferenciado a partir de certa quantidade); preço promocional (desconto na compra em dinheiro, prazos mais longos para pagamento, preço para clientes que possuem cartão de fidelidade); e preço discriminatório (dependendo da versão do produto, do período, do tipo de cliente); e. Definir o modo como calcular o preço de custo e preço de venda. Também deveria treinar a área comercial para demonstrar aos clientes as vantagens do produto, fazendo assim com que eles se sintam atraídos pela oferta e realizem a compra. Para elaborar a política de preço a empresa deve avaliar o mercado, os concorrentes e o custo de seu produto para elaborar uma política de preço para cada região e cliente, podendo também oferecer descontos promocionais e descontos à vista para incentivar as vendas; e f. Facilitar o pagamento com a criação de vendas parceladas e aumento no prazo, fazendo assim com que os clientes se sintam atraídos e realizem a compra. Referente à promoção, Neves e Carioni (2016, p. 47) sinalizam que ela consiste no aspecto comunicacional que “[…] se estabelece entre a empresa e seus mercados. São as propagandas, promoções de venda, entre outros meios utilizados para informar sobre a existência do produto, suas características e utilidades, seus diferenciais, o que o torna conhecido e lembrado”. De modo geral, a promoção consiste na estratégia e ação que é desenvolvida com a finalidade de promover e divulgar um produto em seus respectivos canais de distribuição. Assim, algumas estratégias podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: a. Adotar estratégias de campanhas de marketing, focadas, principalmente, na utilização das principais ferramentas dos canais de comunicação, a fim de ganhar mais visibilidade e alcançar o seu público alvo. Dentre essas ferramentas, se destaca: 1) O uso da propaganda, com base em anúncios de baixo custo, por meio da televisão, internet (criação de um site para comercialização e comunicação com o consumidor), aplicativos (WhatsApp) e, principalmente, redes sociais (Instagram e Facebook), com a finalidade de informar, persuadir, lembrar, agregar valor (NEVES; CARIONI, 2016, p. 83). Também pode ser utilizada a divulgação do produto através de cartazes nos locaisonde há maior consumo das estopas, como: oficinas mecânicas, lojas de autopeças, postos de combustíveis, lojas de varejo, etc.; 2) O uso da promoção de vendas, que de acordo com Kotler e Keller (2006) apud Neves e Carioni (2016, p. 87), é um “[…] conjunto de ferramentas de incentivo ― a maioria de curto prazo ― para estimular a compra mais rápida ou em maior quantidade de produtos ou serviços pelos consumidores”. Ainda, segundo os autores, podem ser utilizadas diversas ferramentas para a promoção de vendas (amostras, cupons, descontos, brindes, recompensas, testes gratuitos, prêmios, garantias, demonstrações, descontos, bonificações, etc.); e 3) A realização de eventos e experiências com a finalidade de divulgar o produto, pois essas ferramentas permitem que as empresas “[…] prolonguem o contato dos seus clientes com as suas marcas e que o façam, de preferência, numa situação de entretenimento e lazer […] são uma oportunidade para que as pessoas sintam, toquem e tenham a experiência do contato com os produtos” (NEVES; CARIONI, 2016, p. 87). b. Investir pesado no marketing digital, focando nas redes sociais: YouTube, Instagram, Facebook, Google+, Twitter, WhatsApp e Pinterest, pois essas redes possuem muitos usuários conectados e, assim, é possível divulgar a marca e criar laços entre a marca e o cliente; e c. Criar e divulgar nas suas mídias sociais a sua missão, visão e valores, a fim de direcionar o seu marketing e aproximar o cliente com a essência da marca. Referente à praça, Neves e Carioni (2016, p. 48) apontam que ela consiste em “[…] todas as atividades desenvolvidas pela empresa para colocar os produtos à disposição dos consumidores, na hora e lugar desejados e, sobretudo, em condições ideais para consumo”. Assim, verifica-se que a praça representa o ponto de venda e/ou distribuição, ou seja, a forma como o produto se encontra disponível para o seu público e envolve toda a logística de distribuição. Abaixo, constam algumas estratégias que podem ser adotadas pela empresa: a. Utilizar o canal direto para distribuição do seu produto, que de acordo com Neves e Carioni (2016, p. 91), é quando o “[…] processo de distribuição está sob responsabilidade do próprio fabricante, que dispensa qualquer outra pessoa ou organização da responsabilidade de fazer seus produtos chegarem ao mercado”; b. Utilizar lojas físicas para realizar a venda do seu produto, bem como lojas on- line (internet, e-commerce, redes sociais); c. Projetar as vendas do produto, com a finalidade de sustentar as atividades da empresa de maneira otimizada, observando que as lojas devem manter um estoque em quantidade suficiente que atenda os clientes dentro do prazo prometido; d. Adotar a estratégia de distribuir o seu produto para lojas varejistas especializadas; e. Atuar estrategicamente no local da sede e nas cidades vizinhas, atendendo as fábricas, oficinas mecânicas, postos de gasolina, residências, indústrias, varejo, etc.; e f. Analisar a possibilidade de abrir franquias. 3. Na terceira que consiste na produção, ocorre a: […] a execução do planejamento […] no P da Produção deve-se trabalhar para que os pontos que foram planejados e entregues na confecção de um documento sejam aplicados na prática. Dessa forma, é importante que se trabalhe a estrutura do site, para que se transforme em uma plataforma de negócios. […] é no P da produção que se trabalhará a base tecnológica […] Ou seja, a equipe de programação e webdesign pensará no modelo de navegação e na usabilidade do site. Então, o P de produção trata basicamente do próprio site, trabalhado pelos desenvolvedores, que envolve a programação […]. (MANFROI, 2013, p. 70). Nessa etapa, a equipe responsável por trabalhar a estrutura do site deve pensar no melhor modelo de site, layout, navegação, com a finalidade de que tudo que foi planejado na segunda etapa consiga ser colocado em prática e que seja possível ao consumidor ter acesso a todos os benefícios das estratégias (produto, preço, promoção e praça). Cabe apontar que essas três primeiras etapas citadas representavam a fase do projeto. 4. Na quarta etapa (publicação) o projeto transforma-se em processo que de acordo com Vaz (2011) apud Manfroi (2013, p. 71) consiste em uma sequência de etapas que se repetem periodicamente, ou seja, são constantes. Assim, a publicação tem a finalidade de publicar conteúdo relevante para as pessoas, pois “Essa relevância repercutirá na divulgação do seu site pelos indivíduos que participam dele. Portanto, quanto mais relevante for seu conteúdo para as pessoas, mais possibilidades de elas compartilharem o que a sua empresa publicou” (MANFROI, 2013, p. 71). Deste modo, a empresa deve realizar a publicação do seu site, considerando que o conteúdo que está sendo exposto aos consumidores é relevante. Por essa razão, todas as estratégias planejadas na segunda etapa devem ser cuidadosamente incluídas na página da empresa. Essa atividade deve ser rotineira e deve buscar manter-se sempre atualizada. 5. A quinta etapa, representada pela promoção deve ser voltada para o mercado de consumidores alfa, que são aqueles consumidores fiéis e que defendem a marca, logo, eles propagarão a marca (MANFROI, 2013, p. 72). Espera-se que essa propagação seja viral, ou seja, que tenha bastante exposição. Conforme já explanado na estratégia de promoção da segunda etapa, essa promoção deve ser estabelecida entre a empresa e seus mercados (consumidores alfa), por intermédio de propagandas, promoções de venda, campanhas de marketing, amostras, cupons, descontos, brindes, recompensas, testes gratuitos, prêmios, garantias, demonstrações, descontos, bonificações, etc., a fim de ganhar visibilidade e alcançar o seu público alvo. A empresa precisa informar, persuadir, lembrar, agregar valor ao consumidor alfa para que, posteriormente, ele faça a divulgação do produto para outros consumidores, estimulando a compra mais rápida ou em maior quantidade de produtos ou serviços. 6. A sexta etapa consiste na propagação. “A propagação atinge seu máximo quando a comunicação é compreendida, com conteúdo relevante, e que parta dos consumidores alfa e se dissemine aos demais” (MANFROI, 2013, p. 73). A autora complementa que “O P da Propagação busca que as pessoas falem da marca de forma positiva, estimulando o viral e, que, principalmente, a marca ganhe credibilidade” (MANFROI, 2013, p. 75). Ainda utilizando da influência dos consumidores alfa, nessa etapa, a empresa pode investir pesado no marketing digital, focando nas redes sociais, inclusive na desses consumidores (influenciadores digitais): YouTube, Instagram, Facebook, Google+, Twitter, WhatsApp e Pinterest, pois essas redes possuem muitos usuários conectados e, assim, é possível divulgar a marca e criar laços entre a marca e o cliente, bem como aproximar o cliente com a essência da marca. 7. A penúltima etapa consiste na personalização. “O sétimo P, o da Personalização, tem como proposta a segmentação do público consumidor. Ou seja, a empresa tem que conhecer alguns atributos de seus nichos para saber como se comunicar com cada um deles” (MANFROI, 2013, p. 76). Como já explanado anteriormente, na primeira etapa, a empresa pesquisou sobre o seu público-alvo e na segunda etapa a empresa realizou o planejamento do seu segmento de mercado. Deste modo, a empresa precisa entender como se comunicar com esse segmento (fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina), pois assim, conseguirá oferecer um produto personalizado e diferenciado. 8. Por fim, temos a oitava etapa que consiste na precisão. Essa etapa, […] tem o objetivo de mensurar os resultados obtidos, desde a fase inicial do projeto (a fase da pesquisa) até o final do processo (que se encerra na medição dos resultados). Neste 8º P, a equipe de internet trabalhará, basicamente, com ferramentasde mensuração de resultados, extraindo, a partir delas, dados que serão interpretados e transformados em informações, resultando em conhecimento. (MANFROI, 2013, p. 77). Depois de desenvolvidas todas essas etapas, a empresa precisa realizar a mensuração dos resultados, ou seja, precisa verificar se tudo o que foi planejado foi desenvolvido conforme se esperava. As estratégias de produto, preço, promoção e praça foram alcançadas? A empresa, por intermédio do desenvolvimento e publicação da sua página, conseguiu obter diferenciação no mercado? O produto que está sendo ofertado é de qualidade superior ao dos concorrentes? Assim, essa etapa consiste numa autoavaliação do marketing da empresa. Manfroi (2013, p. 77) sinaliza que “[…] a partir dos resultados obtidos sobre a mensuração, no 8º P, os analistas retornem ao 1º P para analisar e refinar mais ainda sobre o comportamento do seu consumidor na web 2.0.”. REFERÊNCIAS MANFROI, Luciana. Marketing digital: livro didático. Palhoça; UnisulVirtual, 2013. NEVES, Janaína Baeta; CARIONI, Rodrigo. Marketing: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2016.
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