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MARKETING DIGITAL AD1

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul 
Campus Digital 
 
 
 
Atividade de Avaliação a Distância 
 
Disciplina/Unidade de Aprendizagem: Marketing Digital 
Professor: Dra Graziela Oste Graziano Cremonezi 
Nome do aluno: Francisco Rubens Bezerra Feliciano 
Data: 07/12/2022 
 
 
Orientações: 
▪ Procure o professor sempre que tiver dúvidas. 
▪ Entregue a atividade no prazo estipulado. 
▪ Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final. 
▪ Encaminhe a atividade via Espaço Virtual de Aprendizagem (EVA). 
 
Questão 1: A massificação do uso da internet e das tecnologias faz com que o ambiente 
digital se torne crescentemente mais interessante para que empresas realizem atividades 
de marketing. A partir desse contexto, surge o marketing digital que, de acordo com 
Soares (2018), pode ser entendido como a utilização de tecnologias da informação e 
Internet para comunicar, promover e vender produtos/serviços ao público-alvo, assim 
como para desenvolver relacionamentos e interações com stakeholders de uma 
organização. 
Diante do exposto, escolha uma empresa e indique como são aplicadas as principais 
estratégias de marketing digital. Não se esqueça de colocar as referências consultadas 
(5,0 pontos). 
A empresa escolhida foi a Fundação Habitacional do Exército (FHE). A empresa foi 
criada em 1980 e é uma entidade pública de direito privado que atende o público do 
Exército Brasileiro há mais de 40 anos, oferecendo/produtos e serviços que facilitam o 
acesso à casa própria, bem como contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de 
seus beneficiários (militares, pensionistas e conveniados). 
A FHE oferta diversas modalidades de financiamento imobiliário e da venda de imóveis 
em todo o Brasil. Ao longo desses 40 anos, mais de 145 mil financiamentos foram 
concedidos e 151 empreendimentos foram construídos. Atualmente, a empresa ocupa o 
9º lugar no ranking dos agentes financeiros que mais concedem financiamentos 
imobiliários. 
Ainda, a FHE é responsável por gerir a POUPEX, única Associação de Poupança e 
Empréstimo em funcionamento no país, por onde são ofertados outros produtos em 
condições muito vantajosas para seus conveniados: poupança, empréstimo pessoal, 
consórcio e seguros, etc. 
A seguir, serão elencadas as principais estratégias de marketing digital que foram 
verificadas na empresa. 
Referente ao marketing de conteúdo, Manfroi (2013, p. 122) aponta que é o conteúdo 
relevante que é “[…] criado e produzido quando pensamos no público que irá aproveitá-
lo. Nesse caso, a primeira regra para se contemplar ao máximo o que um conteúdo pode 
favorecer a marca, é pensarmos nas pessoas a quem estamos nos dirigindo”. 
O marketing de conteúdo “[…] é o uso do conteúdo em volume e quantidade suficientes 
para permitir que o consumidor encontre, goste e se relacione com uma marca, empresa 
ou produto” (TORRES, 2009 apud MANFROI, 2013, p. 122). 
Conforme elenca Manfroi (2013, p. 123), a empresa preocupa-se com questões 
relacionadas ao perfil do seu público da empresa, como: Quem é o público? O que a 
empresa pretende que seu público realize? Como é o comportamento do público da 
empresa? Quais informações o público da empresa busca? Quais os conteúdos 
relevantes que se pode produzir para o público da empresa? Como a empresa pode 
produzir e disponibilizar os conteúdos? 
Por essa razão, no fim de 2020, a empresa investiu forte e criou um novo portal/site. De 
acordo com Manfroi (2013, p. 124), portal são sites que “[…] englobam uma série de 
conteúdos que são produzidos com base em seus públicos. Geralmente, um portal serve 
a diversos públicos e procura criar conteúdos verticais, baseados em diversas 
características, para abranger as especificidades de cada um”. 
Segundo Manfroi (2013, p. 126), 
 
[…] os sites são criados e produzidos para oferecer conteúdo de forma que 
poderá ser acessado de maneira simples e objetiva por determinado público. 
Denominamos de “encontrabilidade” a proposta de que o usuário encontre 
facilmente o que procura, não tendo que gastar seu tempo em busca de seu 
objetivo. Por isso, os sites são divididos em seções, e sua estrutura segue as 
técnicas da arquitetura da informação, baseadas em uma ciência que pesquisa 
e explora a organização dos conteúdos nas interfaces. Os sites estão 
vinculados aos objetivos de marketing. Portanto, podem ser de caráter 
institucional de uma empresa, ou promocional, comercial (como vimos no 
comércio eletrônico), informativos etc. 
 
A empresa também possui minissite que “[…] são partes complementares dos sites e 
abordam conteúdos específicos, baseados em informações relevantes para um público 
específico” (MANFROI, 2013, p. 127). 
A empresa possui um perfil em suas redes sociais que “[…] são páginas que podem ser 
criadas por uma pessoa física ou empresa nas redes sociais, servem para marcar 
presença digital. O perfil nas redes sociais pode ser comparado a catálogos de produtos 
ou serviços, como, também, a uma lista telefônica” (MANFROI, 2013, p. 129). 
Verifica-se que a arquitetura aplicada no portal/site da empresa considerou o 
agrupamento dos assuntos de forma lógica, a fim de facilitar a jornada do cliente e 
proporcionar um ambiente intuitivamente navegável, que permita ao interessado achar 
rapidamente o que procura. 
Outra novidade do portal/site é a entrega de conteúdos personalizados para cada 
usuário, fornecendo informações de interesse a partir da inferência da sua intenção de 
consumo. Outro diferencial é a leitura do site em qualquer dispositivo que, por ter um 
design responsivo, adapta o tamanho das páginas ao computador, celular ou tablet. 
Referente ao marketing de busca, Torres (2009) apud Manfroi (2013, p. 131) sinaliza 
que essas ferramentas de busca modificaram “[…] as pesquisas por produtos em 
pesquisas por informações. Elas se especializaram cada vez mais em encontrar sites, 
capturar seu conteúdo e relacioná-lo às palavras-chave, a fim de apresentar um resultado 
muito mais rico e útil para quem pesquisa”. 
A empresa utiliza os buscadores naturais, denominados de busca orgânica. Cabe 
destacar que “Os links para os sites que são decorrentes da busca orgânica provêm de 
uma análise dos sites quanto a sua relevância e a partir de suas palavras-chave. Os sites 
que são acessados por via natural, ou orgânica, não geram custos a quem tem seu 
domínio” (MANFROI, 2013, p. 134). 
A empresa também adota a estratégia SEO (Search Engine Optimization) que está 
relacionada aos processos e técnicas e tem como objetivo a otimização interna dos sites 
(MANFROI, 2013, p. 135). 
Com a criação do novo portal/site, é possível navegar em um ambiente virtual mais 
moderno, alinhado com as melhores práticas do mercado, com dados relevantes, a fim 
de prestar serviço aos leitores. A empresa buscou se tornar referência como fonte de 
informações em sua área de atuação, em especial sobre educação financeira, tendo em 
vista a importância de planejar a aquisição de bens, como a casa própria, por exemplo. 
Ainda, verifica-se que a ferramenta de busca também foi aprimorada e há vídeos da 
Péxia, assistente virtual da FHE/POUPEX, em todas as páginas de produtos do website, 
com explicações sobre a disposição das informações. 
Referente ao e-mail marketing, verifica-se que: 
 
[…] são campanhas enviadas, por e-mail, com objetivo de divulgar ou ofertar 
produtos ou serviços, manter relacionamento com base de destinatários ou, 
ainda, possibilitar o atendimento ao cliente. 
O e-mail marketing permite rastrear e mensurar com exatidão quantas 
pessoas leram a campanha, quantas clicaram, em que áreas clicaram, e se 
houve ou não a realização do negócio ofertado. Esse rastreamento dá ao 
empresário uma visão da intenção de consumo de seus clientes, que em uma 
próxima campanha, passarão a receber informações que tenham relação com 
sua área de interesse. (E-MAIL..., 2010, p. 3). 
 
Assim, constata-seque o e-mail marketing consiste na comunicação de uma empresa 
com o seu cliente, via e-mail, respeitando normas e procedimentos pré-definidos. A 
empresa pode usar essa ferramenta para divulgar uma campanha promocional, algum 
evento, enviar uma mensagem de relacionamento e felicitações (aniversário). 
A FHE/POUPEX utiliza essa ferramenta, de forma ética, dentro da regulamentação de 
e-mail marketing, com base nos endereços eletrônicos, cadastrados previamente, sempre 
buscando transmitir conteúdos relevantes (divulgação de produtos/serviços), realizar 
pesquisas com o seu público, convidando os usuários a participarem, bem como 
enviando mensagens de felicitações (aniversário). 
Referente ao marketing viral, Manfroi (2013, p. 141) define como “[…] uma estratégia 
de comunicação de marketing, que tem como objetivo repassar a mensagem para nossas 
redes de contato. Com o alto volume de retransmissão da mensagem, torna-se um viral 
(popularmente denominado)”. 
É a comunicação boca a boca, onde um usuário repassa a mensagem para a sua rede de 
contatos (familiares, amigos, conhecidos, etc.), de acordo com o grau de interesse desse 
usuário (MANFROI, 2013, p. 141). 
Manfroi (2013, p. 142) sinaliza que algumas vezes a empresa realiza o marketing viral, 
por intermédio de campanhas, com a finalidade de atingir o maior número de usuários, 
mas não há a certeza de que haverá engajamento dos usuários. 
Assim, o marketing viral é uma estratégia de “[…] disseminação da mensagem entre as 
pessoas, e seu objetivo atingir o maior número de usuários. […] é preciso o 
engajamento das pessoas, e que elas indiquem ou compartilhem a mensagem para seu 
círculo de amigos e conhecidos nas redes sociais” (MANFROI, 2013, p. 143). 
Essa estratégia é muito bem realizada pela empresa, tendo em vista que todo militar 
repassa a mensagem sobre os produtos/serviços da empresa para outros militares, 
familiares, conhecidos, etc. Um exemplo é a campanha realizada pela empresa no ano 
de 2021. 
A empresa ofereceu uma linha de financiamento imobiliário vinculado ao Índice de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com uma taxa de custo efetivo total de 3,49% ao 
ano. Também foi concedida uma mensalidade grátis, a cada ano do financiamento, 
totalizando um valor de R$ 30.000,00. Ainda, a empresa ofertou um seguro residencial 
grátis por um ano. Todos esses benefícios foram ofertados aos quinhentos primeiros 
financiamentos aprovados no ano de 2021. 
Referente a estratégia de monitoramento, Manfroi (2013, p. 147) define como “[…] o 
controle de ações no ambiente digital, que pode acompanhar e avaliar os dados, a partir 
de métricas para as análises específicas”. 
A autora afirma que “[…] se sua empresa quiser saber dos dados de acesso em sua 
página, ou se estão falando dela nas redes sociais, é sempre bom ter um investimento 
em pessoas e softwares de monitoramento” (MANFROI, 2013, p. 147). 
Com a criação do novo portal/site, a FHE/POUPEX passou a realizar o monitoramento 
da navegação de seus clientes, sendo possível prover informações de interesse a partir 
da inferência da sua intenção de consumo. Assim, a empresa pode realizar a entrega de 
conteúdos personalizados a cada usuário. 
Com base em um documento da empresa (disponível no site), verifica-se que a empresa 
contratou uma prestadora para realizar os serviços de operação e monitoramento 
(hardware e softwares necessários à perfeita consecução das atividades e atendimento às 
especificações técnicas) em regime 24x7x365 (vinte e quatro horas por dia, sete dias por 
semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano). 
Assim, de acordo com Torres (2009, p. 386-387) apud Manfroi (2013, p. 147), verifica-
se que a empresa mantém o monitoramento geral do portal/site com relatórios e análises 
mensais; define as informações que serão monitoradas; e apresenta estatísticas e 
monitoramento em tempo real (online) de e-mails com base em gráficos. 
 
REFERÊNCIAS 
E-MAIL marketing. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E 
TECNOLOGIA – SEGeT, 7., 2010, [S.l.]. Anais do VII Simpósio de Excelência em 
Gestão e Tecnologia de História – SEGeT. Disponível em: 
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/384_Artigo_G1_Seget_Final.pdf. Acesso 
em: 04 dez. 2022. 
FHE/POUPEX. Institucional. Disponível em: 
https://www.poupex.com.br/institucional/quem-somos/. Acesso em: 04 dez. 2022. 
FHE/POUPEX. Poupex digital. Disponível em: https://digital.poupex.com.br/#/. 
Acesso em: 04 dez. 2022. 
MANFROI, Luciana. Marketing digital: livro didático. Palhoça; UnisulVirtual, 2013. 
Questão 2: As primeiras definições do termo marketing eram mais associadas ao 
desempenho de atividades empresariais, que direcionavam o fluxo de bens e serviços de 
empresas para consumidores. Entre os diversos elementos do marketing, destacam-se os 
8 Ps. Também chamado de mix de marketing ou composto de marketing, esse conjunto 
de elementos é comumente usado por gestores para a criação de produtos ou serviços, 
para a comunicação com o mercado, para o desenvolvimento de ações de vendas e para 
a entrega de valor ao seu público-alvo (SARQUIS et al., 2018). 
Diante do exposto na questão, A ESTOPASÓ é um fabricante médio de estopas, o seu 
produto é vendido a peso para as oficinas mecânicas, para fábricas, postos de gasolina. 
Embora existam diversos níveis de qualidade em sua linha de estopas, o seu produto é 
praticamente idêntico aos produtos de seus concorrentes, que também oferecem 
diversos níveis de qualidade, padronizadas para toda a indústria. A matéria-prima é a 
mesma para todos os concorrentes e os processos de fabricação também são 
semelhantes. A embalagem não tem aos olhos dos consumidores, maior importância que 
a de proteger o produto. O produto apresenta um baixo volume total de vendas em reais. 
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/384_Artigo_G1_Seget_Final.pdf
Diante do exposto na questão 2, determine o composto mercadológico (8p´s) ideal para 
a empresa (5,0 pontos). 
O composto mercadológico (8p’s) é formado pelos seguintes elementos: pesquisa, 
planejamento, produção, publicação, promoção, propagação, personalização e precisão. 
1. De acordo com Manfroi (2013, p. 57), a pesquisa tem a finalidade de realizar: 
 
[…] o primeiro passo para qualquer projeto digital é o estudo do 
comportamento do consumidor que, necessariamente, parte da pesquisa. A 
máxima de que se tem que falar a mesma linguagem do seu público-alvo 
continua valendo, cada vez mais, para as questões de marketing. Então, nada 
mais verdadeiro do que saber utilizar todo o potencial de pesquisa e 
monitoramento do consumidor no meio digital. Para esse mapeamento e 
posterior monitoramento, podem-se utilizar ferramentas de busca que, 
conforme as palavras-chave escritas nos buscadores, pode-se localizar a 
intenção de pesquisa do público. 
 
Nessa etapa, a empresa precisa realizar uma pesquisa com a finalidade de entender o 
comportamento do consumidor, os seus hábitos, o que ele deseja. Como o produto da 
empresa é praticamente idêntico aos de seus concorrentes e a embalagem não tem aos 
olhos dos consumidores tanta importância, a empresa pode fazer uma pesquisa para 
entender o que o consumidor deseja que seja ofertado, qual o diferencial que o 
consumidor anseia. Essa pesquisa deve ser realizada utilizando palavras-chave, por 
exemplo, estopa, qualidade, processo de fabricação, etc., todas com a finalidade de 
entender o desejo do público-alvo. 
2. Na segunda etapa, que consiste no planejamento, deve ser adotada uma série de 
ações, conforme aponta Manfroi (2013, p. 61-70), 
 
Quais são os segmentos do mercado da empresa? Quais são os benefícios que 
os segmentos do mercado percebem do negócio da empresa? Quais são os 
fatores críticos de sucesso de seu negócio? Quais serão os segmentos a serem 
trabalhados? Qual é o posicionamento adequado para o segmento escolhido? 
Qual é a equipe que trabalhará no departamento de internet?Qual é a área 
que mostrará as principais palavras-chave? Quais são as missões críticas, 
qualitativas e quantitativas, do site da empresa? Qual é o escopo do site da 
empresa? Qual será o wireframe do site? Qual será o layout do site? Qual 
será o conteúdo veiculado pelo site? Qual poderá ser o conteúdo gerado pelo 
público? Quais promoções poderão ser criadas para divulgar a empresa na 
Quais são as maneiras para personalizar o site da empresa? 
 
Essa etapa é uma das mais importantes. A empresa precisa planejar suas ações de 
marketing no mercado, os benefícios que oferecerão aos consumidores, os segmentos 
trabalhados e o posicionamento. Precisa planejar o seu composto de marketing (produto, 
preço, promoção e praça), bem como precisa planejar as atividades relacionadas à 
internet (site, conteúdo, layout, promoções de divulgação, etc.) e o modo como irá 
disponibilizar o seu produto no site. 
O produto da empresa é utilizado em fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina, 
mas apresenta um baixo volume total de vendas em reais, visto que não possui um alto 
valor agregado, bem como a embalagem não possui diferenciação das embalagens dos 
concorrentes, pois cumpre a finalidade básica de proteger o produto. 
Logo, para que se obtenha uma diferenciação das estopas produzidas pelos outros 
fabricantes, é preciso que a empresa ofereça produtos de qualidade superior, tanto no 
aspecto funcional, quanto no aspecto visual, pois assim, a empresa fará desse produto 
um de seus pontos fortes, que segundo Neves e Carioni (2016, p. 45), são “[…] 
características positivas da organização, que a tornam mais competitiva frente a seus 
concorrentes, ou podem torná-la, se bem explorados e fortalecidos”. 
Essa diferenciação pode ser obtida por meio por meio do reconhecimento da marca, das 
características e qualidade do produto, da embalagem, dos serviços prestados ou dos 
atributos de desempenho do produto. 
Logo, algumas estratégias relacionadas ao produto podem ser adotadas pela empresa, 
por exemplo: 
a. Fabricar estopas de cores diferentes para cada segmento que atende; 
b. Fabricar uma embalagem personalizada, pois assim irá “[…] fortalecer a 
imagem da marca, atrair, informar e despertar desejo de compra” (DIAS et al., 
2004 apud NEVES e CARIONI, 2016, p. 67), bem como poderá desempenhar 
outras funções, além da função de proteger a estopa, como: “[…] Despertar a 
atenção do cliente pelo design e material; Comunicar os benefícios e atributos 
do produto; Ser coerente com a imagem desejada para o produto e empresa; 
Atender aos requisitos legais” (DIAS et al., 2004 apud NEVES e CARIONI, 
2016, p. 67). A empresa também pode confeccionar uma embalagem 
biodegradável, atendendo a questão da responsabilidade ambiental; 
c. Estender a venda do produto para outros mercados consumidores, além das 
fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina, visto que as estopas também 
são utilizadas em outros segmentos (residências, indústrias, varejo, etc.); 
d. Fabricar três tipos de estopas, conforme a qualidade e utilização: 
1) Estopa de baixa qualidade, que pode ser utilizada para limpeza grosseira 
(parte externa de motores, ferramentas, máquinas industriais, pisos 
externos, etc.); 
2) Estopa de qualidade intermediária, que pode ser fabricada com sobras de 
material de tecelagem, podendo ser utilizada na aplicação de cera em 
veículos, limpeza de pisos internos, limpeza de equipamentos e móveis, 
entre outros; e 
3) Estopa de qualidade superior, que pode ser produzida com algodão e 
utilizada na aplicação de pintura e polimento de automóveis, limpeza de 
equipamentos sofisticados, limpeza de móveis e eletrodomésticos, etc. 
 
Referente ao preço, de acordo com Neves e Carioni (2016, p. 47), “O preço é a 
expressão monetária que serve à função de parametrizar o quanto cada uma das partes 
vai precisar disponibilizar para que haja a troca pretendida”. Segundo os autores, “A 
importância da fixação de um preço adequado para a venda de determinado produto é 
definitivo para o sucesso de uma organização” (NEVES; CARIONI, 2016, p. 71). 
Deste modo, algumas estratégias podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: 
a. Realizar um comparativo de preço com as marcas concorrentes e, assim, 
verificar se o preço da sua estopa está coerente com o preço do mercado. Caso 
verifique que o seu preço está condizente com o preço dos concorrentes, pode 
diminuir a margem de lucro, pois assim, pode aumentar as vendas; 
b. Definir o modo de determinação do preço, de acordo com Kotler e Keller 
(2013) apud Neves e Carioni (2016, p. 73), adotando a linha da maximização 
da participação do mercado, que “Consiste em, geralmente, praticar preços 
baixos para alcançar o maior número de consumidores, sem importar-se com 
as margens de lucro. Aconselhável em mercado no qual haja saturação da 
concorrência”. Assim, a empresa pode obter um ótimo posicionamento no 
mercado frente aos demais concorrentes. Segundo Ries e Trout (2003) apud 
Neves e Carioni (2016, p. 63), posicionamento é a “[…] maneira pela qual as 
empresas são vistas pelo mercado e, mais importante, qual o lugar que ocupam 
na mente dos consumidores”; 
c. Entender o modo como o consumidor percebe o preço da estopa, adotando a 
ideia de preços de referência, que segundo Neves e Carioni (2016, p. 77), é 
quando “[…] os consumidores costumam usar vários “preços de referência”, 
tais como: o que pagaram na última compra, preços dos concorrentes, preço 
que “pareça” justo conforme sua percepção própria etc.”; 
d. Utilizar ações estratégicas que a diferencie dos concorrentes, como: preço com 
descontos em compras de grandes quantidades (leve 3 pague 2, preço 
diferenciado a partir de certa quantidade); preço promocional (desconto na 
compra em dinheiro, prazos mais longos para pagamento, preço para clientes 
que possuem cartão de fidelidade); e preço discriminatório (dependendo da 
versão do produto, do período, do tipo de cliente); 
e. Definir o modo como calcular o preço de custo e preço de venda. Também 
deveria treinar a área comercial para demonstrar aos clientes as vantagens do 
produto, fazendo assim com que eles se sintam atraídos pela oferta e realizem 
a compra. Para elaborar a política de preço a empresa deve avaliar o mercado, 
os concorrentes e o custo de seu produto para elaborar uma política de preço 
para cada região e cliente, podendo também oferecer descontos promocionais 
e descontos à vista para incentivar as vendas; e 
f. Facilitar o pagamento com a criação de vendas parceladas e aumento no prazo, 
fazendo assim com que os clientes se sintam atraídos e realizem a compra. 
 
Referente à promoção, Neves e Carioni (2016, p. 47) sinalizam que ela consiste no 
aspecto comunicacional que “[…] se estabelece entre a empresa e seus mercados. São as 
propagandas, promoções de venda, entre outros meios utilizados para informar sobre a 
existência do produto, suas características e utilidades, seus diferenciais, o que o torna 
conhecido e lembrado”. De modo geral, a promoção consiste na estratégia e ação que é 
desenvolvida com a finalidade de promover e divulgar um produto em seus respectivos 
canais de distribuição. 
Assim, algumas estratégias podem ser adotadas pela empresa, por exemplo: 
a. Adotar estratégias de campanhas de marketing, focadas, principalmente, na 
utilização das principais ferramentas dos canais de comunicação, a fim de 
ganhar mais visibilidade e alcançar o seu público alvo. Dentre essas ferramentas, 
se destaca: 
1) O uso da propaganda, com base em anúncios de baixo custo, por meio da 
televisão, internet (criação de um site para comercialização e comunicação 
com o consumidor), aplicativos (WhatsApp) e, principalmente, redes sociais 
(Instagram e Facebook), com a finalidade de informar, persuadir, lembrar, 
agregar valor (NEVES; CARIONI, 2016, p. 83). Também pode ser utilizada 
a divulgação do produto através de cartazes nos locaisonde há maior 
consumo das estopas, como: oficinas mecânicas, lojas de autopeças, postos 
de combustíveis, lojas de varejo, etc.; 
2) O uso da promoção de vendas, que de acordo com Kotler e Keller (2006) 
apud Neves e Carioni (2016, p. 87), é um “[…] conjunto de ferramentas de 
incentivo ― a maioria de curto prazo ― para estimular a compra mais 
rápida ou em maior quantidade de produtos ou serviços pelos 
consumidores”. Ainda, segundo os autores, podem ser utilizadas diversas 
ferramentas para a promoção de vendas (amostras, cupons, descontos, 
brindes, recompensas, testes gratuitos, prêmios, garantias, demonstrações, 
descontos, bonificações, etc.); e 
3) A realização de eventos e experiências com a finalidade de divulgar o 
produto, pois essas ferramentas permitem que as empresas “[…] prolonguem 
o contato dos seus clientes com as suas marcas e que o façam, de 
preferência, numa situação de entretenimento e lazer […] são uma 
oportunidade para que as pessoas sintam, toquem e tenham a experiência do 
contato com os produtos” (NEVES; CARIONI, 2016, p. 87). 
b. Investir pesado no marketing digital, focando nas redes sociais: YouTube, 
Instagram, Facebook, Google+, Twitter, WhatsApp e Pinterest, pois essas 
redes possuem muitos usuários conectados e, assim, é possível divulgar a 
marca e criar laços entre a marca e o cliente; e 
c. Criar e divulgar nas suas mídias sociais a sua missão, visão e valores, a fim de 
direcionar o seu marketing e aproximar o cliente com a essência da marca. 
 
Referente à praça, Neves e Carioni (2016, p. 48) apontam que ela consiste em “[…] 
todas as atividades desenvolvidas pela empresa para colocar os produtos à disposição 
dos consumidores, na hora e lugar desejados e, sobretudo, em condições ideais para 
consumo”. Assim, verifica-se que a praça representa o ponto de venda e/ou distribuição, 
ou seja, a forma como o produto se encontra disponível para o seu público e envolve 
toda a logística de distribuição. 
Abaixo, constam algumas estratégias que podem ser adotadas pela empresa: 
a. Utilizar o canal direto para distribuição do seu produto, que de acordo com 
Neves e Carioni (2016, p. 91), é quando o “[…] processo de distribuição está 
sob responsabilidade do próprio fabricante, que dispensa qualquer outra 
pessoa ou organização da responsabilidade de fazer seus produtos chegarem 
ao mercado”; 
b. Utilizar lojas físicas para realizar a venda do seu produto, bem como lojas on-
line (internet, e-commerce, redes sociais); 
c. Projetar as vendas do produto, com a finalidade de sustentar as atividades da 
empresa de maneira otimizada, observando que as lojas devem manter um 
estoque em quantidade suficiente que atenda os clientes dentro do prazo 
prometido; 
d. Adotar a estratégia de distribuir o seu produto para lojas varejistas 
especializadas; 
e. Atuar estrategicamente no local da sede e nas cidades vizinhas, atendendo as 
fábricas, oficinas mecânicas, postos de gasolina, residências, indústrias, 
varejo, etc.; e 
f. Analisar a possibilidade de abrir franquias. 
3. Na terceira que consiste na produção, ocorre a: 
 
[…] a execução do planejamento […] no P da Produção deve-se trabalhar 
para que os pontos que foram planejados e entregues na confecção de um 
documento sejam aplicados na prática. Dessa forma, é importante que se 
trabalhe a estrutura do site, para que se transforme em uma plataforma de 
negócios. […] é no P da produção que se trabalhará a base tecnológica 
[…] Ou seja, a equipe de programação e webdesign pensará no modelo de 
navegação e na usabilidade do site. Então, o P de produção trata basicamente 
do próprio site, trabalhado pelos desenvolvedores, que envolve a 
programação […]. (MANFROI, 2013, p. 70). 
 
Nessa etapa, a equipe responsável por trabalhar a estrutura do site deve pensar no 
melhor modelo de site, layout, navegação, com a finalidade de que tudo que foi 
planejado na segunda etapa consiga ser colocado em prática e que seja possível ao 
consumidor ter acesso a todos os benefícios das estratégias (produto, preço, promoção e 
praça). Cabe apontar que essas três primeiras etapas citadas representavam a fase do 
projeto. 
4. Na quarta etapa (publicação) o projeto transforma-se em processo que de acordo com 
Vaz (2011) apud Manfroi (2013, p. 71) consiste em uma sequência de etapas que se 
repetem periodicamente, ou seja, são constantes. 
Assim, a publicação tem a finalidade de publicar conteúdo relevante para as pessoas, 
pois “Essa relevância repercutirá na divulgação do seu site pelos indivíduos que 
participam dele. Portanto, quanto mais relevante for seu conteúdo para as pessoas, mais 
possibilidades de elas compartilharem o que a sua empresa publicou” (MANFROI, 
2013, p. 71). 
Deste modo, a empresa deve realizar a publicação do seu site, considerando que o 
conteúdo que está sendo exposto aos consumidores é relevante. Por essa razão, todas as 
estratégias planejadas na segunda etapa devem ser cuidadosamente incluídas na página 
da empresa. Essa atividade deve ser rotineira e deve buscar manter-se sempre 
atualizada. 
5. A quinta etapa, representada pela promoção deve ser voltada para o mercado de 
consumidores alfa, que são aqueles consumidores fiéis e que defendem a marca, logo, 
eles propagarão a marca (MANFROI, 2013, p. 72). Espera-se que essa propagação seja 
viral, ou seja, que tenha bastante exposição. 
Conforme já explanado na estratégia de promoção da segunda etapa, essa promoção 
deve ser estabelecida entre a empresa e seus mercados (consumidores alfa), por 
intermédio de propagandas, promoções de venda, campanhas de marketing, amostras, 
cupons, descontos, brindes, recompensas, testes gratuitos, prêmios, garantias, 
demonstrações, descontos, bonificações, etc., a fim de ganhar visibilidade e alcançar o 
seu público alvo. 
A empresa precisa informar, persuadir, lembrar, agregar valor ao consumidor alfa para 
que, posteriormente, ele faça a divulgação do produto para outros consumidores, 
estimulando a compra mais rápida ou em maior quantidade de produtos ou serviços. 
6. A sexta etapa consiste na propagação. “A propagação atinge seu máximo quando a 
comunicação é compreendida, com conteúdo relevante, e que parta dos consumidores 
alfa e se dissemine aos demais” (MANFROI, 2013, p. 73). 
A autora complementa que “O P da Propagação busca que as pessoas falem da marca de 
forma positiva, estimulando o viral e, que, principalmente, a marca ganhe credibilidade” 
(MANFROI, 2013, p. 75). 
Ainda utilizando da influência dos consumidores alfa, nessa etapa, a empresa pode 
investir pesado no marketing digital, focando nas redes sociais, inclusive na desses 
consumidores (influenciadores digitais): YouTube, Instagram, Facebook, Google+, 
Twitter, WhatsApp e Pinterest, pois essas redes possuem muitos usuários conectados e, 
assim, é possível divulgar a marca e criar laços entre a marca e o cliente, bem como 
aproximar o cliente com a essência da marca. 
7. A penúltima etapa consiste na personalização. “O sétimo P, o da Personalização, tem 
como proposta a segmentação do público consumidor. Ou seja, a empresa tem que 
conhecer alguns atributos de seus nichos para saber como se comunicar com cada um 
deles” (MANFROI, 2013, p. 76). 
Como já explanado anteriormente, na primeira etapa, a empresa pesquisou sobre o seu 
público-alvo e na segunda etapa a empresa realizou o planejamento do seu segmento de 
mercado. Deste modo, a empresa precisa entender como se comunicar com esse 
segmento (fábricas, oficinas mecânicas e postos de gasolina), pois assim, conseguirá 
oferecer um produto personalizado e diferenciado. 
8. Por fim, temos a oitava etapa que consiste na precisão. Essa etapa, 
 
[…] tem o objetivo de mensurar os resultados obtidos, desde a fase inicial do 
projeto (a fase da pesquisa) até o final do processo (que se encerra na 
medição dos resultados). 
Neste 8º P, a equipe de internet trabalhará, basicamente, com ferramentasde 
mensuração de resultados, extraindo, a partir delas, dados que serão 
interpretados e transformados em informações, resultando em conhecimento. 
(MANFROI, 2013, p. 77). 
 
Depois de desenvolvidas todas essas etapas, a empresa precisa realizar a mensuração 
dos resultados, ou seja, precisa verificar se tudo o que foi planejado foi desenvolvido 
conforme se esperava. As estratégias de produto, preço, promoção e praça foram 
alcançadas? A empresa, por intermédio do desenvolvimento e publicação da sua página, 
conseguiu obter diferenciação no mercado? O produto que está sendo ofertado é de 
qualidade superior ao dos concorrentes? 
Assim, essa etapa consiste numa autoavaliação do marketing da empresa. Manfroi 
(2013, p. 77) sinaliza que “[…] a partir dos resultados obtidos sobre a mensuração, no 
8º P, os analistas retornem ao 1º P para analisar e refinar mais ainda sobre o 
comportamento do seu consumidor na web 2.0.”. 
 
REFERÊNCIAS 
MANFROI, Luciana. Marketing digital: livro didático. Palhoça; UnisulVirtual, 2013. 
NEVES, Janaína Baeta; CARIONI, Rodrigo. Marketing: livro didático. Palhoça: 
UnisulVirtual, 2016.

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