LEISHAMANIOSE VISCERAL

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Leishmaniose Visceral
GERAL
É uma doença causada por um
protozoário da espécie Leishmania
Chagasi. Possui evolução crônica
com acometimento sistêmico, e se
não for tratada, pode evoluir para
óbito em 90% dos casos.
Nomes: Calazar, esplenomegalia
tropical e febre dundun.
zoonose Em animais
Antropozoonose Em Homens
⇾ No Brasil o primeiro caso da
doença ocorreu em 1913, quando
Migone, descreveu o caso em
material de necropsia de paciente
oriundo de Boa esperança- MS.
⇲ OBS: A leishmaniose visceral, dada
a sua incidência e alta letalidade,
principalmente em indivíduos não
tratados e crianças desnutridas, é
também considerada emergente em
indivíduos portadores da infecção
pelo vírus da imunodeficiência
adquirida (HIV), tornando se uma das
doenças mais importantes da
atualidade.
AGENTE ETIOLÓGICO
Protozoários tripanosomatídeos do
gênero Leishmania.
Kelly Maria
Nas Américas, a Leishmania chagasi
é a espécie comumente envolvida na
Transmissão da leishmaniose visceral
(LV).
É transmitida ao homem pela picada
de fêmeas do inseto vetor
infectado, denominado flebotomíneo
é conhecido popularmente como
mosquito palha, asa-dura, tatuquiras,
birigui, dentre outros.
⇾ No Brasil, a principal espécie
responsável pela transmissão é a
Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia
cruzi.
Os Parasitas do gênero Leishmania
são digenéticos (heteroxenos) e
apresentam em seu ciclo de vida
apenas duas formas evolutivas:
1. Forma promastigota, que é
flagelada e extracelular, possui
corpo alongado e flagelo livre.
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2. Forma amastigota, que é
intracelular e sem movimentos.
Possui corpo ovóide e flagelo
interno.
1- Amastigota e Promastigota.
RESERVATÓRIOS
⇾ Na área urbana, o cão (Canis
familiaris) é a principal fonte de
infecção. A enzootia canina tem
precedido a ocorrência de casos
humanos e a infecção em cães tem
sido mais prevalente do que no
homem.
⇾ No ambiente silvestre, os
reservatórios são as raposas
(Dusicyon vetulus e Cerdocyon
thous) e os marsupiais (Didelphis
albiventris).
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
No Brasil, a distribuição geográfica
de L. longipalpis é ampla e parece
estar em expansão. Esta espécie é
encontrada em quatro das cinco
regiões geográficas: Nordeste,
Norte, Sudeste e Centro-Oeste.
⇾ Há indício de que o período de
maior transmissão da LV, ocorra
durante e logo após a estação
chuvosa, quando há um aumento da
densidade populacional do inseto.
⇾ O ciclo biológico da L. longipalpis
se processa no ambiente terrestre
e compreende quatro fases de
desenvolvimento: ovo, larva (com
quatro estádios), pupa e adulto.
⇾ A atividade dos flebotomíneos é
crepuscular e noturna. No intra e
peridomicílio, a L. longipalpis é
encontrada, principalmente, próximas
a uma fonte de alimento.
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TRANSMISSÃO
⇾ No Brasil, a forma de
transmissão é através da picada dos
vetores - L. longipalpis ou L. cruzi –
infectados pela Leishmania (L.)
chagasi.
⇾ Não ocorre transmissão direta da
LV de pessoa a pessoa.
⇾ A transmissão ocorre enquanto
houver o parasitismo na pele ou no
sangue periférico do hospedeiro.
⇾ O período de incubação é
bastante variável tanto para o
homem como para o cão:
• No homem: 10 dias a 24 meses, com
média entre 2 a 6 meses.
• No cão: bastante variável, de 3
meses a vários anos com média de 3
a 7 meses.
CICLO DE TRANSMISSÃO
● Ciclo L. longipalpis
⇾ O ciclo biológico da L. longipalpis
se processa no ambiente terrestre
e compreende quatro fases de
desenvolvimento: ovo, larva (com
quatro estadios), pupa e adulto.
⇾ As fêmeas colocam os ovos no
solo(alto teor de matéria orgânica,
para garantir a alimentação das
larvas.
⇾ Os ovos eclodem ( 7 a 10 dias)
dando origem às larvas.
⇾ As larvas alimentam-se
vorazmente e desenvolvem-se em
média entre 20 a 30 dias, de acordo
com as condições do meio ambiente
e, em condições adversas.
⇾ As larvas de quarto estádio
podem entrar em diapausa, que é a
parada do desenvolvimento que
possibilita a resistência até um
período favorável ao seu
desenvolvimento.
⇾esse período as larvas de quarto
estadio transformam-se em pupas,
que são mais resistentes às
variações de umidade do que os ovos
e as larvas. Normalmente,
permanecem imóveis e fixas ao
substrato, pela extremidade
posterior.
⇾ pupas não se alimentam e têm
respiração aérea. O período pupal
em condições favoráveis tem
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duração em média de uma a duas
semanas.
⇾ O desenvolvimento do ovo ao
inseto adulto decorre um período de
aproximadamente 30 a 40 dias de
acordo com a temperatura..
⇾ fêmeas são hematófagas
obrigatórias, podendo realizar o
repasto sanguíneo em várias
espécies de animais vertebrados,
inclusive em humanos.
● Ciclo Vetor (Infectado)
⇾A infecção do vetor ocorre
quando as fêmeas, ao sugarem o
sangue de mamíferos infectados,
ingerem macrófagos parasitados
por formas amastigotas da
Leishmania.
⇾ trato digestivo anterior ocorre o
rompimento dos macrófagos
liberando essas formas.
⇾ Reproduzem-se por divisão
binária e diferenciam-se rapidamente
em flagelados denominadas de
promastigotas, que também se
reproduzem por processos
sucessivos de divisão binária.
⇾ As formas promastigotas
transformam-se em paramastigotas
as quais colonizam o esôfago e a
faringe do vetor, onde permanecem
aderidas ao epitélio pelo flagelo,
quando se diferenciam em formas
infectantes as promastigotas
metacíclicas.
⇾O ciclo do parasito no inseto se
completa em torno de 72 horas.
● Ciclo no hospedeiro
⇾ Após este período, as fêmeas
infectantes ao realizarem um novo
repasto sanguíneo em um hospedeiro
vertebrado liberam as formas
promastigotas metacíclicas
juntamente com a saliva do inseto.
⇾ Na epiderme do hospedeiro, estas
formas são fagocitadas por células
do sistema mononuclear fagocitário.
⇾ No interior dos macrófagos, no
vacuolo parasitóforo, diferenciam-se
em amastigotas e multiplicam-se
intensamente até o rompimento dos
mesmos, ocorrendo à liberação
destas formas que serão
⇾ fagocitadas por novos
macrófagos num processo contínuo,
ocorrendo então a disseminação
hematogênica para outros tecidos
ricos em células do sistema
mononuclear fagocitário, como
linfonodos, fígado, baço e medula
óssea.
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