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Anatomia do sist ema reprodutor Órgãos internos Divididos em gametógenos e gametóforos: Gametógenos: Ovários Gametóforos: Trompas (transportam gametas); Útero (órgão de gestação); Vagina (órgão para copulação). Órgãos externos Grandes e pequenos lábios Clitóris Uretra Glândulas de Skene Glândulas de Bartholin Períneo Anatomia Caroline Pires – Medicina do sist ema reprodutor Divididos em gametógenos e gametóforos: Trompas (transportam gametas); Útero (órgão de gestação); Músculos do assoalho pélvico Sustentar os órgãos pélvicos Suportar o aumento da pressão intraabdominal (em casos de gravidez e obesidade) Controle esfincterianos Manter continência fecal e urinária Permitir atividade sexual Aparelho de sustentação Musculatura perineal profunda Os músculos do assolho pélvico apresentam importante papel na sustentação e estática pélvica e incluem os músculos elevadores do ânus (complexo muscular constituído pelos músculos pubococcígeo, puborretal e iliococcígeo), músculo coccígeo, esfíncter anal externo, esfíncter estriado ureteral e músculos perineais superficiais e profundos. Anatomia feminina Medicina UNIFTC 2021.1 assoalho pélvico Sustentar os órgãos pélvicos Suportar o aumento da pressão em casos de gravidez Controle esfincterianos Manter continência fecal e urinária Permitir atividade sexual da pelve Musculatura perineal profunda Os músculos do assolho pélvico apresentam importante papel na sustentação e estática pélvica e incluem os músculos elevadores do ânus (complexo muscular constituído pelos músculos pubococcígeo, puborretal e iliococcígeo), músculo coccígeo, esfíncter xterno, esfíncter estriado ureteral e músculos perineais superficiais e profundos. Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Musculatura perineal superficial Músculo bulboesponjoso, isqueocavernoso, transverso superficial e profundo do períneo, esfíncter externo do ânus. Aparelho de suspensão: Ligamentos: uterossacro cervical lateral (cardinal) Pubovesicouterinos (prega de peritônio que vai do púbis, passando pela bexiga e vai até o útero). Aparelho de contenção: Fascia endopélvica Ligamentos largos Útero O útero é um órgão ímpar, musculatura lisa, oco, situado na pelve menor, com paredes musculares grossas e contráteis. Apresenta variação de forma e tamanho, localização e estrutura em função da idade, fases da vida reprodutiva e paridade. O órgão apresenta a forma de uma pêra invertida e sua extremidade estreita e inferior em geral se dirige para baixo e para trás, formando um ângulo ligeiramente maior que 90 graus com a vagina, quando na posição mais frequente, que é de anteversoflexão. Pode-se subdividir o útero em fundo, corpo, istmo e colo. Composto de: Mucosa interna – Endométrio Estrato muscular – Miométrio Estrato peritoneal – Perimétrio As dimensões habituais na mulher adulta não grávida são de 6,5 a 7,5 cm de comprimento e 3 a 4 cm de largura. Neonato: 3cm Gravidez: Aumenta de volume em 30 vezes, chegando a medir 35cm Menopausa: Sofre processo de atrofia Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Relações anatômicas Anterior: bexiga Posterior: reto Lateral: Trompas, ligamentos redondos, ligamentos útero-ováricos, ligamentos largos Vascularização A vascularização é feita pela artéria uterina, que é um ramo da ilíaca interna (passa através do ligamento largo a nível do colo e sobe ao longo da margem lateral do útero e do fundo, fazendo a comunicação entre os ramos tubários da artéria ovariana. Drenagem venosa É feita pela veia uterina, que drena para a ilíaca interna e outra parte da drenagem vai para as veias ovarianas. Drenagem linfática É feito através do ligamento cardinal para os linfonodos ilíaco interno e obturador. Parte do fundo drena para os gânglios para- aórticos e para os linfonodos inguinais superficiais. Inervação pélvica A inervação pélvica está representada por formações viscerais (autônomas) e de vida de relação (somáticas). As fibras eferentes do plexo aórtico, ovariano e do plexo hipogástrico superior ou pré-sacral são responsáveis pela inervação aferente visceral (autônoma) dos órgão pélvicos. A inervação somática é realizada pelos nervos espinhais que se dirigem à pelve, oriundo do plexo lombossacral, sendo de maior importância na região o nervo pudendo, alem disso os nervos ílio- hipogástrico, ílioinguinal, fêmorocutâneo lateral, femoral, genitofemoral, obturador, glúteo superior e inferior, cutâneo posterior da coxa e ciático. Parede inferior do abdomem, diafragmas pélvicos e urogenital, períneo, quadril e MMII. Vagina A vagina é um órgão ímpar, tubular, mediano, com 7 a 10 cm de comprimento, que se prende superiormente ao colo do útero formando uma reflexão – o fórnice Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 vaginal – e estende-se inferiormente até o vestíbulo da vulva, onde se abre entre os dois lábios menores do pudendo. Revestida por epitélio escamoso não queratinizado, rugoso e sem pelos. Apresenta delgada camada externa de músculo liso contrátil Relações anatômicas Relaciona-se: anteriormente, com o colo uterino, bexiga e uretra; posteriormente, com o fundo de saco retouterino no terço superior, com o reto no terço médio e com o centro tendíneo do períneo no terço inferior; lateralmente, a parte superior da vagina prende-se ao paramétrio, formando o ligamento cervical lateral e relaciona-se com a porção pélvica do ureter e artéria uterina. As porções pubococcígeas dos músculos levantadores do ânus envolvem a vagina 3 cm acima da sua abertura e atuam como um esfíncter. Vascularização Arterial Superior: Ramo cervical, descendente da artéria uterina, ramo vesical superior da ilíaca interna. Parte média: Ramo vaginal e retal médio da ilíaca interna. Parte distal: Ramos pudendo e retal inferior da pudenda interna. Drenagem venosa A drenagem venosa é para a veias ilíacas internas. Drenagem linfática 2/3 superiores: linfonodos ilíacos internos e obturador. 1/3 inferior: tambem para linfonodos inguinais superficiais. Inervação Plexo autônomo pélvico e ramos perineais do pudendo interno. Ovários Normalmente em número de dois, origina-se embriologicamente dos três folhetos: ectoderma, mesoderma e endoderma. O ovário situa-se na fossa ovárica, na parte lateral e atrás do ligamento largo, não sendo recoberto pelo peritônio (pois, ocorreria uma dificuldade para ovulação). A forma é alongada, semelhante a uma amêndoa, e as medidas habituais são de 2,5 a 3 cm de comprimento, 1,4 a 1,6 cm de largura e 1 a 1,2 cm de espessura, sendo variáveis de acordo com a fase reprodutiva da vida da mulher. É suspenso por uma prega peritoneal, o mesovário por onde corre o suprimento sanguíneo nervoso. Divide-se em Córtex: contem a maioria dos folículos Medula: composta por vasos e estroma hormonalmente funcional Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Essa imagem mostra a intima relação da trompa de falópio com os ovários, pois quando o óvulo é liberado a trompa tem que estar pronta para “captar” o óvulo. Vascularização Arterial: Artéria ovariana, ramo direito da aorta. Drenagem venosa: Veias ovarianas à direita (drena para veia cava); veias ovarianas à esquerda (drena para veia renal esquerda). Inervação Plexo autônomo aórtico Drenagem linfática Drena para os linfonodos para-aórtico e paracava Trompas de Falópio As tubas uterinas são órgão tubulares, pares, ocos, alongados, localizados na borda superior do ligamento largo no ângulo superior do útero de cada lado, que comunicam a cavidade peritoneal com a cavidade uterina. Estão ligadas ao ligamento largopor uma dobra peritoneal denominada mesossalpinge e apresentam duas aberturas: uma na cavidade uterina, ao nível dos cornos uterinos, denominada de óstio uterino da tuba, e outra na cavidade abdominal, o óstio abdominal da tuba. A luz tubária é revestida por epitélio colunar ciliado Parede muscular é composta por músculo liso (camada circular interna e longitudinal externa). A tuba uterina ocupa quase todo o bordo superior do ligamento largo, entre o ligamento redondo que esta à frente, e o ovário que fica atrás. Cada tuba uterina tem aproximadamente 10 cm de comprimento e apresenta, didaticamente, quatro partes: a porção intramural, o istmo, a ampola e o infundíbulo. A porção intramural ou uterina é o segmento que atravessa a parede uterina e termina na cavidade uterina como óstio uterino. O istmo é a parte mais estreita da tuba, localizada ao lado do útero. A ampola é a porção mais longa e mais larga da tuba, sendo ligeiramente tortuosa e com as paredes mais delgadas que a do istmo. O infundíbulo, também chamado de porção fimbriada, é a extremidade lateral afunilada, que se projeta para além do ligamento largo e sobre o ovário. Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Relações anatômicas Anterior: bexiga Posterior: ligamento útero-ovárico e reto Lateral: alças intestinais Vascularização Arterial: Provem da comunicação entre a artéria tubária externa, um dos ramos terminais da ovárica e da artéria tubária uterina e ramo terminal da uterina. Venosa: É feita para um plexo situado nos mesossalpinge que drena para as veias tubárias interna e externa. Vulva Conjunto dos órgãos genitais externos que incluem monte de Vênus, grandes e pequenos lábios, clitóris, meato uretral, vestíbulo, e suas glândulas e hímen. Monte de Vênus O monte da pube é um local de acumulação de gordura, consistindo em elevação arredondada e mediana anteriormente à sínfise púbica. A superfície, após a puberdade, é recoberta por pelos grosseiros, sendo a distribuição habitual dos pelos no sexo feminino em formato triangular. Grandes lábios Os lábios maiores ou grandes lábios são pregas cutâneas dispostas sagitalmente em direção inferior a partir do monte da pube e deixam entre si a rima do pudendo. Delimitam a fenda vulvar, anteriormente terminam na comissura anterior no monte púbico e posteriormente se unem formando a comissura posterior ou fúrcula vaginal. Coberto por epitélio escamoso queratinizado, por pelos e com glândulas sudoríparas e sebáceas. Pequenos lábios Os lábios menores ou pequenos lábios são duas pequenas pregas cutâneas mediais aos grandes lábios. Na região superior, a parte lateral encontra-se com a correspondente do outro lado para formar o prepúcio do clitóris, e as partes mediais unem-se abaixo formando o frênulo do clitóris, e inferiormente a extremidade se perde no contorno dos lábios maiores. A pele que os recobre é lisa, úmida e de coloração rosa. Funcionalmente, ao unirem-se, os pequenos lábios ocluem o vestíbulo vaginal. Composto por tecido conjuntivo denso e erétil, coberto por epitélio escamoso queratinizado. Não contem folículos pilosos ou glândulas sudoríparas. Clitóris Localizado anteriormente aos pequenos lábios. Corpo erétil que se juntam anteriormente para constituir o corpo e prepúcio terminando na glande sendo altamente inervado. Períneo Região delimitada pelos trígonos urogenital e anal, que são divididos pela tuberosidade isquiática. Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Irrigação sanguínea Arterial: artérias pudendas Venosa: veias pudendas internas Drenagem linfática Vasos linfáticos aferentes drenam a linfa para os gânglios linfáticos inguinais Inervação Nevos pudendos, perineal, ilioinguinal e respectivas ramificações Glândulas acessórias Glândula de Skene: Glândula de Bartholin: são duas e localizadas atrás do bulbo do vestíbulo, com abertura do seu ducto em um sulco entre o lábio menor e a borda fixa do hímen de cada lado. Tem função de secretar muco para a lubrificação vaginal. Mamas A mama é composta por pele, tecido subcutâneo e tecido mamário. Existem duas fáscias na mama: a fáscia superficial, logo abaixo da derme (2 a 3 mm) e a fáscia profunda, que se encontra anteriormente à fáscia do músculo peitoral maior. Órgãos duplos, constituídos por tecido glandular, gordura e tecido conjuntivo fibroso, situadas na parede anterior e superior do tórax. Encontram-se à frente dos músculos grandes peitorais e serratil anterior no intervalo compreendido entre a terceira e sétima costelas, entre o bordo do esterno e a linha axilar média. Está aderida à parede torácica por traves de tecido fibroso, os ligamentos de Cooper que são faixas fibrosas de tecido conectivo que correm através do parênquima mamário e se inserem perpendicularmente na derme. Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 A cauda axilar (Spencer) invade a axila. Os tecidos mamários são constituídos por elementos epiteliais parenquimatosos e pelo estroma. O componente epitelial corresponde a cerca de 10% a 15% do volume mamário total, e o volume remanescente é constituído por elementos estromais. A mama é composta por 15 a 20 lobos. Os lobos mamários são divididos adicionalmente em lóbulos, que variam de 20 a 40. Os lóbulos são constituídos de ramificações formadas por glândulas túbulo-alveolares. Cada lobo drena para um ducto lactífero maior. Os ductos lactíferos se dilatam sob a aréola, formando os seios lactíferos, e se abrem através de um estreito orifício para o mamilo. O espaço entre os lobos é preenchido por tecido adiposo. O tecido glandular é compostos por lobos, lóbulos (produtores de leite) e ductos que se dilatam, na proximidade do mamilo, em forma de saco (seio lactífero), onde a secreção láctea se acumula antes da amamentação. A aréola contem glândulas sebáceas, sudoríparas e acessórias (Montogomery) Inervação A mama recebe seu suprimento sanguíneo de três vias arteriais principais: 1) medialmente dos ramos intercostais perfurantes anteriores, que surgem da artéria torácica interna, também conhecida como artéria mamária interna, suprindo a porção medial e central da mama e respondendo por cerca de 60% do suprimento sanguíneo mamário; 2) ramos da artéria torácica lateral originados da artéria axilar e o ramo peitoral da artéria toracoacromial, também ramo da artéria axilar, suprem o quadrante superior lateral da mama e são responsáveis por 30% do suprimento sanguíneo da mama; 3) ramos das artérias intercostais posteriores suprem o tecido mamário remanescente. Drenagem Venosa: A drenagem venosa da mama e da parede torácica segue o curso das artérias, com a drenagem venosa seguindo em direção à axila. As veias formam um círculo anastomótico, chamado de circulus venosus ao redor da papila. Finalmente, as veias desse círculo e a drenagem da glândula até vasos se unem nas veias torácicas interna e axilar. As três principais vias de drenagem venosa da mama são: 1) os ramos perfurantes da veia torácica interna (maior plexo venoso que drena a glândula mamária); 2) os ramos perfurantes das veias intercostais posteriores; 3) as tributárias das veias axilares. Linfonodos Cadeia axilar Cadeia mamária interna Cadeia supraclavicular Caroline Pires – Medicina UNIFTC 2021.1 Inervação A mama é inervada por ramos anteriores e laterias do 4º ao 6º nervos intercostais – conduzem fibras sensitivas e simpáticas eferentes. A papila mamária é suprida pelo ramo anterior do ramo cutâneo lateral de T4, o qual forma um extenso plexo no interior da papila mamária. Suas fibras sensitivas terminam próximo ao epitélio como terminações livres, corpúsculos de Meissner e terminações em disco de Merkel. Estas são essenciais na sinalização da sucçãopara o SNC.