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- ESCON - ESCOLA DE CURSOS ONLINE CNPJ: 11.362.429/0001-45 Av. Antônio Junqueira de Souza, 260 - Centro São Lourenço - MG - CEP: 37470-000 MATERIAL DO CURSO GENGIVITE: CAUSAS E TRATAMENTO APOSTILA O QUE É GENGIVITE? O QUE É GENGIVITE? A gengivite é uma doença comum na cavidade bucal, caracterizada por uma inflamação na gengiva. Caso não seja tratada, tende a progredir e até mesmo levar à perda dos dentes. Na grande maioria das vezes, a gengivite é causada pelo acúmulo de placa bacteriana (sujeiras e bactérias) que se aloja entre o dente e a gengiva, o que normalmente implica no sangramento dessa parte da boca. Se não tratada a tempo, a gengivite pode evoluir e passar a ser uma doença periodontal, conhecida como periodontite, uma das principais causas da perda de dentes nos adultos. Essa placa bacteriana que fica acoplada nos dentes, também chamada de biofilme, é incolor e adere ao dente após as refeições. Se a placa não for removida na escovação e com o uso diário de fio dental, ela produz toxinas que interferem na mucosa da gengiva. Nesse estágio da doença, os danos ainda podem ser revertidos, uma vez que o osso e os tecidos conjuntivos que seguram o dente ainda não foram atingidos. Porém, sem o tratamento adequado, a gengivite pode evoluir para uma periodontite e causar danos permanentes na arcada dentária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 4 adultos tenha algum tipo de infecção bacteriana. De 15% a 20% destes casos podem progredir para gengivite severa. Após concluir os diagnósticos, é importante começar imediatamente um tratamento. Por ser reversível, é importante procurar um dentista já nos primeiros sintomas. No CID-10, a condição é listada sob os seguintes códigos: K05: Gengivite aguda; K05.1: Gengivite crônica. O QUE É PLACA BACTERIANA? Uma película incolor, formada por restos alimentares e bactérias que ficam acumuladas sobre os dentes, a placa bacteriana é considerada a principal causa da gengivite e do surgimento de cáries. Todo mundo possui placa bacteriana, mas quando não é removida diariamente, ela endurece e forma o tártaro. A placa bacteriana produz ácidos que atacam o dente. Quando isso acontece com uma grande frequência, os dentes vão perdendo a esmaltação, levando a propensão de formação de cáries. Outro perigo relacionado às placas é que se não forem retiradas, acabam irritando as áreas ao redor dos dentes e a gengiva. Isso pode levar ao desenvolvimento da gengivite, periodontite e em alguns casos, perda dos dentes. TIPOS DE GENGIVITE A gengivite pode ser subdividida em alguns grupos, diferenciados de acordo com a principal causa do problema. Confira os principais tipos: GENGIVITE RELACIONADA À PLACA A gengivite relacionada à placa bacteriana ocorre devido à má escovação ou falta do uso do fio dental. Pode gerar uma infecção gengival e na região ao redor dos dentes, agravando a doença para uma periodontite. GENGIVITE INFLUENCIADA POR MEDICAMENTOS A gengivite influenciada por medicamentos ocorre devido à algumas fórmulas medicamentosas que ocasiona um acúmulo de tecido gengival, que cresce sobre os dentes. Alguns medicamentos para pressão sanguínea, imunossupressores e anticonvulsivantes podem ter como efeito colateral a gengivite e são, geralmente, mais comuns em homens. GENGIVITE ALÉRGICA Algumas alergias alimentares podem causar um desequilíbrio microbiótico oral. Existe uma relação direta entre o equilíbrio intestinal e oral, isso porque, apesar de serem diferentes órgãos, estão diretamente conectados. GENGIVITE RELACIONADA A INFECÇÕES ESPECÍFICAS Algumas infecções na gengiva podem causar inflamação dessa parte da boca, levando à gengivite estreptocócica. Essa é uma condição rara e que pode ser apresentar de forma aguda, associada à febre, mal-estar e dores. GENGIVITE ULCERATIVA É caracterizada por uma infecção aguda das gengivas, causadas por bactérias e costumam causar dor e desconforto local. Caso não seja tratada propriamente, pode evoluir para uma gengivite ulcerativa necrosante (GUNA), em que a gengiva apresenta ulcerações e necrose (morte dos tecidos). Esse tipo da doença é frequentemente associado ao tabagismo e ao stress e é considerada uma patologia comum entre jovens e adultos. ESTÁGIOS DA GENGIVITE Quando um paciente desenvolve gengivite, existem alguns estágios pelos quais a doença pode passar até ser considerada crônica. Entenda: GENGIVITE AGUDA A gengivite aguda pode ser descrita como curtos episódios de gengivite, em que essa parte do corpo aparece inflamada por um curto período de tempo, desaparecendo em seguida. GENGIVITE SUBAGUDA A gengivite subaguda é quase a mesma coisa que a gengivite aguda, sendo ainda mais branda e também apresentando curta duração. GENGIVITE RECIDIVANTE A gengivite recidivante ocorre quando a inflamação na gengiva aparece, desaparece e reaparece espontaneamente. GENGIVITE CRÔNICA A gengivite crônica se instala lentamente e é o tipo mais encontrado. É caracterizada pelo endurecimento das gengivas, com edema (inchaço), sangramento, halitose e aumento do fluido gengival. Caso não seja tratada corretamente, pode evoluir para uma doença periodontal, afetando ligamentos e o osso que suporta os dentes. Afeta frequentemente crianças em idade escolar, uma vez que a higienização oral deles ainda é meio precária devido a idade. SINTOMAS A gengivite pode progredir sem apresentar muita dor, produzindo poucos sinais óbvios. De acordo com a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), apenas 10% dos adultos que têm gengivite estão cientes disso. Porém, certos sintomas observados podem indicar o aparecimento da doença, entre os quais podemos citar: INCHAÇO DAS GENGIVAS Durante a gengivite é possível que a gengiva fique inflamada, mais sensível e com uma coloração mais avermelhada que o normal. Além disso, devido ao inchaço, é possível que durante a escovação ou o uso do fio dental a gengiva sangre. DENTES QUE PARECEM MAIS LONGOS DO QUE REALMENTE SÃO Durante o processo da gengivite, um dos sintomas apresentados é a retração da gengiva. Isso pode causar a sensação de dentes maiores e mais longos. ALTERAÇÃO DA COR DA GENGIVA A gengivite pode causar alterações na cor da gengiva, fazendo com que ela possa ir de pouco a muito mais avermelhada do que o normal ou mesmo até arroxeada. SANGRAMENTO GENGIVAL O sangramento constante das gengivas pode ser percebido ao escovar os dentes e ao usar o fio dental, ao mastigar alimentos duros, ou mesmo até de forma espontânea. PRESENÇA CONSTANTE DE MAU HÁLITO Devido ao acúmulo de placa, as gengivas começam a se afastar dos dentes, criando pequenas bolsas. As bactérias que ficam retidas ali liberam substâncias que causam esse cheiro ruim e o paladar alterado. QUAIS SÃO AS CAUSAS? A gengivite é considerada a primeira fase das doenças periodontais, que consiste de inflamações nas gengivas, provocando alterações nos tecidos que dão sustentação aos dentes. Em sua grande maioria, ela é causada pelo acúmulo de placa bacteriana que se aloja entre o dente e a gengiva. Confira algumas das causas: MAUS HÁBITOS DE HIGIENIZAÇÃO A falta de escovação e a não utilização do fio dental e enxaguantes bucais facilitam o acúmulo de placa, consequentemente o desenvolvimento de gengivite. PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA Esse pode ser um fator que contribui para o desenvolvimento da doença, então caso haja histórico de problemas de gengiva em sua família, não deixe de mencionar para o seu dentista! FATORES DE RISCO Gengivite é comum e pode acontecer com qualquer pessoa. Porém, existem alguns fatoresque são considerados agravantes no desenvolvimento da inflamação. Entenda: TABAGISMO O hábito de fumar dificulta o reparo dos tecidos da gengiva, tornando a boca mais vulnerável a infecções. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C O consumo insuficiente de vitamina C pode ser especialmente prejudicial quando se trata da saúde das suas gengivas. A vitamina C é necessária para a síntese de colágeno no organismo, essencial para a formação dos tecidos do corpo humano. A falta dessa vitamina pode ocasionar sangramentos gengivais e periodontites. Isso ocorre porque a carência excessiva da vitamina no organismo (escorbuto) pode causar mudanças periodontais severas, sendo o primeiro sinal, a gengivite. Os tecidos ficam inflamados e sangram mais facilmente. Se não houver um acompanhamento médico correto, pode levar à perda óssea ao redor dos dentes e em casos mais graves, pode ser fatal. MUDANÇAS HORMONAIS Mudanças hormonais podem tornar as gengivas mais sensíveis, o que facilita o desenvolvimento da doença. DIABETES Pessoas com diabetes são mais suscetíveis às doenças gengivais, uma vez que são, geralmente, mais propensos a infecções bacterianas, além de ter sua capacidade de combate diminuída devido à essa condição. Por isso, o mais importante nesses casos é controlar o nível de glicose no sangue, além de manter uma boa higiene bucal. Também é importante manter seu dentista informado sobre sua condição de saúde ou sempre que sentir alterações relacionadas à doença. DENTES DESALINHADOS Apesar de não ser uma causa direta da gengivite, os dentes tortos e desalinhados acabam dificultando a higienização bucal. Isso pode favorecer o acúmulo de placa bacteriana e consequentemente, o desenvolvimento da gengivite. Porém, com um tratamento ortodôntico é possível fazer essa correção e facilitar a escovação. GRAVIDEZ As mudanças hormonais decorrentes da gravidez, especialmente o aumento de progesterona no organismo, estão associadas ao aumento de doenças dentárias, como gengivite e periodontite. Isso ocorre porque a progesterona pode ocasionar o aumento de bactérias em torno dos dentes e da gengiva. Por isso, não deixe de informar o seu dentista quando descobrir a gestação! MEDICAMENTOS Alguns medicamentos podem diminuir o fluxo de saliva, que serve para proteger os dentes e a gengiva. Além disso, algumas fórmulas como fenitoína e antianginosos (medicamentos utilizados para dores no peito) podem causar um crescimento anormal do tecido gengival. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO? O profissional responsável pelo diagnóstico da gengivite é o dentista e só ele pode lhe recomendar os melhores tratamentos e realizar exames de diagnóstico. Durante o exame, as gengivas são avaliadas com uma pequena régua, a fim de verificar a presença ou não de inflamação. Além disso, o dentista pode solicitar radiografias para verificar se existe perda óssea. Procure um dentista e exponha quais são os sintomas que você está sentindo. Isso facilita o processo de diagnóstico. Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto: ESCON - Escola de Cursos Online Proibida a reprodução total ou parcial sem permissão expressa da ESCON. (Lei 9.610/98)
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