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PHmetria esofágica de 24 horas - trabalho


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PHmetria esofágica de 24 horas: 
Método específico e sensível para o diagnóstico de refluxo gastroesofágico e sua 
correlação com sintomas. Ele avalia a presença de ácido no esôfago (refluxo) bem como 
o tempo em que o ácido permanece em contato com a mucosa esofágica durante o 
período de 24 horas (chamado tempo de exposição ácida, parâmetro mais importante 
a ser avaliado no exame). 
Além de diagnosticar a presença e a intensidade do refluxo gastroesofágico, este 
exame caracteriza o padrão, que pode ser: 
Ortostático – padrão anormal quando o paciente não está deitado; 
Supino – padrão anormal quando o paciente está deitado; 
Biposicional – padrão anormal quando o paciente está deitado ou não. 
Tem a capacidade de identificar a presença do RGE de modo que toda vez que 
ocorra refluxo de material ácido do estômago para o esôfago o mesmo seja registrado 
e na análise do período em que o paciente esteja submetido ao exame, seja possível 
identificar através de avaliação computadorizada, dados que permitam identificar se 
houve refluxo, se esse refluxo foi fisiológico (normal) ou patológico (alterado), em que 
posição (se em pé, se deitado ou se em ambas) ocorreu predominantemente o RGE e 
também se os sintomas que o paciente relatar durante o exame, estão ou não 
associados ao RGE. 
A monitorização do pH esofágico é um procedimento utilizado também para 
determinar a eficácia de tratamentos que impedem o refluxo ácido. 
 
o INDICAÇÕES da phmetria de 24 horas: 
 
a) Diagnóstico da DRGE em pacientes com endoscopia normal e que apresentam 
Sintomas refratários ao tratamento clínico (DRGE de difícil controle); 
b) Caracterização do padrão do refluxo gastroesofágico; 
c) participação do refluxo ácido nas manifestaçõe atípicas do refluxo gastroesofágico. 
d) Pesquisa de RGE oculto; 
e) Avaliação da resposta ao tratamento clínico em pacientes portadores de esôfago de 
Barrett. 
f) Avaliação de sintomas atípicos (ex.: tosse, rouquidão, dor torácica) ou extra digestivos 
da DRGE. 
g) Documentação da real existência de DRGE antes de uma cirurgia antirrefluxo. 
h) Reavaliação de pacientes ainda sintomáticos após a cirurgia antirrefluxo. 
 
Nessas situações é aconselhável que o exame seja realizado com cateter de no 
mínimo dois canais de registro, ficando um posicionado no esôfago distal e o segundo 
no esfíncter superior do esôfago ou acima dele, o que permite o diagnóstico de refluxos 
gastroesofágico e laringofaríngeo respectivamente. 
Nos pacientes com pHmetria normal, porém com resposta favorável aos 
inibidores de bomba de prótons, impõe-se o diagnóstico de doença do refluxo não 
erosiva. Outra situação relativamente comum é aquela na qual o paciente apresenta 
pHmetria normal, índice de sintomas negativo e falta de resposta aos inibidores de 
bomba de prótons, fatos que indicam o diagnóstico de pirose funcional. 
 
A sua principal limitação é não detectar episódios de refluxo não ácidos ou 
fracamente ácidos. Assim, especialmente em lactentes, com dieta exclusiva ou 
predominantemente láctea, o RGE pós-prandial pode não ser detectado, pela 
neutralização do refluxo ácido provocado pelo leite. 
Quando os sintomas são típicos ou o paciente já apresenta algum exame que 
comprove a DRGE, como a presença de esofagite de refluxo pela endoscopia digestiva 
alta, a pHmetria não é indicada. 
 
- Como o exame é feito: 
 
o Preparação para o exame: 
 
- O paciente deve estar seis horas em jejum; 
- Não fumar no dia do exame e, seguir as orientações de dieta para as 24 horas seguintes 
que serão fornecidas no ato do exame. 
- Geralmente, é realizado em ambulatório, com o paciente acordado, com anestesia 
local (nas narinas e na garganta). 
Antes da phmetria, se faz necessário a realização de um exame chamado 
manometria esofágica, este exame é fundamental para a determinação do local correto 
de posicionamento da sonda de pHmetria. A manometria esofágica localiza o esfíncter 
esofagiano inferior (EEI) – estrutura responsável pelo “fechamento” da passagem entre 
o esôfago e o estômago, bem como evidencia possíveis alterações no funcionamento 
deste esfíncter. 
 
É passado um fino cateter dotado de dois sensores de 
pH, conforme mostra a figura. 
O sensor mais distal fica 5 cm acima do EEI, e o mais 
proximal a 20 cm. O refluxo é detectado pela queda do 
pH intraesofágico (pH < 4,0). Neste método, seis 
variáveis são aferidas (percentual do tempo total de 
refluxo, percentual do tempo de refluxo em ortostase, 
percentual do tempo de refluxo em posição supina, 
número de episódios de refluxo, número de episódios 
de refluxo com > 5min de duração, duração do maior 
episódio). Através de uma fórmula matemática, calcula-
se o chamado “índice de refluxo” (Índice de De 
Meester), que sintetiza num único parâmetro todas as 
anormalidades encontradas. O diagnóstico de DRGE é 
objetivamente estabelecido quando o índice de De 
Meester é > 14,7. 
O registro das curvas de pH é feito por uma unidade 
externa portátil, tal qual num ECG-Holter. Durante esse 
período de observação prolongada, pode-se 
determinar a relação entre os sintomas (que o paciente 
anota num diário) e os episódios de refluxo. 
 
Outra forma de se confirmar o diagnóstico é demonstrando que o pH 
intraesofagiano permanece abaixo de 4,0 por mais do que 7% do tempo de exame. 
 
Exemplo de medida da acidez no esôfago proximal (perto da garganta) no canal 
1 e do esôfago distal (perto do estômago) no canal 2. 
 
o Recomendações para o exame: 
 
- Usuários de bloqueadores do receptor H2 de histamina devem interromper a 
medicação três dias antes do exame; 
- Usuários de inibidores de bomba de prótons precisam parar a medicação 14 dias antes. 
- Na avaliação de refratariedade ao tratamento clínico, o exame pode ser feito na 
vigência das medicações, a fim de detectar a persistência de refluxo ácido. 
- Dieta e atividades físicas não devem ser modificadas, para reproduzir as condições 
habituais do dia a dia do paciente. 
 
o DOENÇAS CORRELACIONADAS: 
 
Fazer diagnóstico de DRGE. 
Diante da suspeita clínica de asma relacionada à DRGE, pode-se indicar a 
realização de uma pHmetria de 24h a fim de tentar estabelecer uma correlação direta 
entre os episódios de refluxo e a ocorrência dos sintomas respiratórios. 
Refratariedade aos IBP.

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