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Fundação Universidade Federal do Tocantins Curso de Psicologia Disciplina: Filosofia Professora: Dra. Sarug Dagir Ribeiro Discentes: Marluce Godinho Período: 6° semestre Semestre: 2021.2 Fichamento – Discurso do Método. René Descartes No livro Discurso do Método, René Descartes apresenta uma nova forma de orientar a razão por meio de uma explicação própria do seu desenvolvimento intelectual e de como chegou à elaboração do método. A obra é dividida em seis partes de acordo com o autor, onde “na primeira parte irá tratar das diversas considerações sobre as ciências e ressaltando o bom senso. Na segunda, as principais regras do método que o autor encontrou. Na terceira parte, algumas das regras da moral que ele tirou desse método. Na quarta, as razões pelas quais prova a existência de Deus e da alma humana. Na quinta, a ordem das questões de física que examinou. Por fim, na sexta, as coisas que ele julga necessárias para ir mais além à investigação da natureza do que já se foi, e as razões que o fiz eram escrever”. Primeira parte: René Descartes começa o livro determinando que o bom senso seja a coisa mais bem distribuída do mundo, pois até aqueles que são difíceis de contentar não costumam desejar tê-lo mais que tem. Nesse sentido a forma de se classificar algo como verdadeiro ou falso é o que se prova como bom senso ou razão, portanto essas diversidades de pensamentos se originam por existir opiniões que se contradizem. É insuficiente ter espírito bom, o mais importante é aplicá-lo para o bem. A razão ou o senso são as únicas coisas que diferenciam os homens dos animais. Com base nisso, Descartes formou um método para aumentar seu conhecimento, o autor se inclina mais para o lado da desconfiança do que para o da presunção e diz que observando as ações de todos os homens, não existe quase nenhum que o pareça fútil e inútil. Portanto, decidiu mostrar o método de que se esforçou para alcançar a razão. Embora tenha aprendido o completo conhecimento da época, o autor acha extremamente benéfico o ato de viajar, o que lhe deu muita experiência. Apreciador de muitas ciências diz que tem muita admiração por matemática, graças as suas demonstrações; e teologia, considerando a fé algo dado por igual a sábios e ignorantes. Quanto à filosofia, considera notável, porém com algumas controvérsias. Segunda parte: Descartes foi até a Alemanha e ficou isolado em um quartel e nesse período ele começou a observar seus próprios pensamentos e sua primeira reflexão foi que as coisa ganham uma grande proximidade da perfeição quando apenas um único homem age sobre ela. Ele usa como exemplo para essa ideia a formação das antigas cidades na qual ficam mal estruturadas com prédios e construções irregulares. Relacionando com o seu pensamento, ele considerava que as populações que surgiram no passado como semisselvagens, à medida que chegaram as civilizações, foram formando suas leis de acordo com as circunstâncias. Diz que é preciso ser humilde e estar aberto para poder diferenciar entre o verdadeiro e o falso, as opiniões dos indivíduos divergem, porém nem por isso quando pessoas têm opiniões que não consentem com as nossas, elas são ignorantes. Também declara que um homem pode conhecer uma verdade que ninguém conhece, ou até mesmo que não é sempre que todas as opiniões podem ser vistas como verdade. Quando jovem René estudará as ciências ou artes que, segundo o autor, contribuíam para o seu plano, sendo as da lógica, geometria e álgebra. Decidiu reestruturá-las par a que assim se tornassem de fácil discernimento. Ao relacionar com o Estado, Descartes diz que seu funcionamento torna-se superior quando possui poucas leis, porém que são estritamente cumpridas. Assim, ao invés de usar diversos preceitos da lógica, viu que eram necessários apenas quatro. O prime iro deles sendo que não se deve acolher nada como verdadeiro se não for previamente estudado, para que se tirem as conclusões certas de coisas verdadeiras. O segundo é dividir cada uma das dificuldades em diversas parcelas, para que se fosse melhor resolve-las. O terceiro é partir das coisas mais simples até chegar às mais complicadas, para que se suba pouco a pouco, até os conhecimentos mais complexos. O quarto diz que é necessário fazer revisões de todo o processo, já que é dividido e segue um raciocínio. O autor conclui que é possível entender até as mais difíceis demonstrações a partir de tais preceitos. Parte dele com a matemática, compreendendo regras que achava complexas, no entanto, acredita que esse método pode ser aplicado em todas as ciências, porém, não se sente maduro o suficiente, pois os princípios são baseados na filosofia. Terceira parte: Descartes cria uma similaridade entre a reconstrução de uma casa e o conhecimento, quando se derruba uma casa, os objetos que foram empregados para fazer a nova são guardados. René utilizou de seu método para dispensar todos os conhecimentos considerados falsos e por no lugar os que foram estudados por seu método, no decorrer de tal procedimento, emprega-se quatro máximas que constituem uma moral provisória. A primeira é obedecer às leis e os costumes do seu país, no qual René deixa suas opiniões à parte e começa a respeitar as de pessoas mais sensatas, pois elas tendem a ser mais distanciadas do excesso. Nota que há distinção entre o que os indivíduos fazem e pensam, então decide que irá aceitar as opiniões mais moderadas em caso de dúvida. A segunda é ser o mais seguro e decidido possível em tais ações, a indecisão não conduz a nada, então Descartes escolhe a mais provável e a declara como verdadeira. A terceira é sempre antes procurar vencer a si próprio do que os estímulos. Partindo do principio de que deve controlar sua mente ao invés de se preocupar com a ordem do mundo. É impossível que elementos externos sejam contidos, então é necessário que a felicidade não dependa disto. Descartes acredita que a felicidade é fruto de meditação para que seja consentido que o ser humano só tenha consequência sobre suas ações. A quarta é tentar escolher a melhor ocupação que os homens exercem na vida. Notou que com seu método teve aspirações de encontrar a felicidade e concluiu que era o melhor que se poderia fazer. Quarta parte: Descartes, devido as suas meditações, passa a achar falso tudo o que é incerto, no entanto, tem convicção de tudo que absorve é certo. Acha que os sentidos enganam então larga dos conhecimentos sensoriais e durante essa sequencia de duvidas, conclui que é necessário ser algo para ser questionado, o que confirma a sua realidade, chegando ao conceito "Penso, logo existo”, no qual René é um ser pensante, diferenciando corpo e alma. Certificou que o céu, a terra, a luz, o calor e outras mil coisas eram desencantos de sua mente, pois ele era um ser perfeito, mas possuía certas falhas. Também chegou a conclusão de que a ideia de Deus partiria de seres imperfeitos, então era falha, pois Descartes diz que Deus é perfeito e que todas as perfeições se constituem dele. Provou sua existência com a geometria, no qual relaciona a soma dos ângulos internos de um triangulo com sua realidade e disse que Deus é a única coisa que não está submetida à incerteza, pois é através dele que as compreensões são verdadeiras. Quinta parte: Ele começa e descrever um mundo criado por Deus, cuja natureza age pelas leis dadas por ele, teria como coisas mais claras e inteligíveis Deus e a alma. A infinita perfeição de Deus seria observável em tantos mundos que ele possa criar. Mesmo que um desses mundos seja “bagunçado” por uma agitação, o céu, a terra, os planetas e o sol se voltariam a um arranjo semelhante ao do nosso mundo. A matéria da Terra, apesar de feita sem peso, tende para o centro. O ar e a água seguem um fluxo orientado pelo céu e os astros. O fogo produz luz, que bate nos corpos, e calor,que a alguns corpos transforma. Descartes também estudou os animais e o homem. O animal foi criado com conformação exterior, de membros, e interior, de órgãos, semelhante à do homem. Diferentemente de nós, contudo, o animal foi feito sem alma racional e sensitiva. As funções que não dependem do pensamento, que é da alma e não do corpo, são encontradas tanto em nós quanto nos animais, mas as que dependem do pensamento somente a nós são possíveis, pela alma recebida de Deus. Sexta parte: Tal parte é iniciada com a preocupação do autor com o lançamento do livro, devido às censuras da Inquisição. Descartes, questionando o que redigiu e mesmo com receio de prejudicar alguém, opta por lançar mesmo assim. Acreditou que com as manifestações no âmbito da física, a publicação do livro deveria ser necessária, pois ajudaria na vida do ser humano. Podendo ser possível a formação de meios que aprimorariam a vivência dos indivíduos e aproveitar do que poucos e conhece no campo da medicina, em busca de expandi-lo. Estuda muito esta ciência e incentiva os indivíduos a se associarem com ele para que todos aprendam. Sobre a experiência, Descartes quis analisar primeiro às ocorrências mais simples de serem desenvolvidas para depois dirigir-se as mais complexas. Em primeiro lugar sua principal busca foi pela natureza, que é fruto da criação de Deus, analisando sua razão e estudando para que se chegasse a uma conclusão. Depois disso, mudou para casos mais específicos, investigando o que não conhecia. Para não se atentar as oposições, René esperava que seu trabalho fosse lançado apenas após sua morte, não quis publicar seus princípios da física visto que receava o que podia dispersar de suas pesquisas. O livro se encerra com o autor dizendo que não buscava fama para não perder sua amenidade e fez o livro em Francês pelo alcance que a língua tinha na época.
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