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Saúde coletiva 4 EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA ❖ Por que compreender a distribuição das doenças? ➢ Suspeição dos determinantes envolvidos. ➢ Indicação de medidas preventivas e de controle. ❖ Questionamentos centrais: ➢ Onde, quando e sobre quem ocorre tal doenças? ▪ Uhan, dezembro de 2019. ➢ Há grupos vulneráveis? ▪ Sim. ➢ Existe alguma época do ano em que aumenta o número de casos? ▪ Sim, estamos vivendo uma segunda onda. ➢ Qual a distribuição geográfica das doenças? ▪ Meireles e aldeotas > viagens internacionais> condições socioeconômicas mais favoráveis. ➢ Há diferenças regionais/locais? ➢ Quais as faixas etárias mais atingidas? ➢ Pertencer a uma dada classe social determina diferenças nos riscos? ❖ Epidemiologia descritiva: ➢ É o estudo da distribuição de frequência das doenças e dos agravos a saúde coletiva, em função de variáveis ligadas ao tempo, ao espaço – ambientais e populacionais – e a pessoa, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiologia, com vistas a promoção da saúde. ➢ A capacidade de levantar pistas conducentes a estudos complementares dá a epidemiologia descritiva um significado e uma força especiais que transcendem a sua simples capacidade de descrever o fenômeno. VARIÁVEIS DE TEMPO: ❖ Distribuição cronológica – relação entre uma sequência de marcos cronológicos sucessivos e uma variável de frequência de casos ou de óbitos. ❖ Tem os seguintes papéis: ➢ Exibir a ação da doença ou agravo, desde a atualidade, regredindo a um tempo passado. ➢ Mostrar o tipo de variação que caracteriza os processos estudados, se cíclico ou errático, se sazonal ou não. ➢ Revelar a tendencia secular do processo. ➢ Manifestar o caráter endêmico ou epidêmico da doença. ❖ Com objetivo de: ➢ Fazer a avaliação das medidas de controle. ➢ Auxiliar na compreensão de eventos inusitados; detectar epidemias. ❖ Variações ➢ Atípicas ➢ Cíclicas – sazonal ❖ Tendencias ➢ De elevação, de constância e de redução. ➢ Exemplos atuais: ▪ Mudança na estrutura da morbimortalidade – doenças cardiovasculares/infecciosas e aumento das mortes violentas; ▪ Diminuição da morbimortalidade por doenças imunopreviniveis. ▪ Permanência e até agravamento dos níveis de pobreza em algumas regiões do mundo. VARIÁVEIS RELACIONADAS AO ESPAÇO: ❖ Variáveis geopolíticas: ➢ “países das américas”, “do terceiro mundo” ➢ Variáveis politico-administrativas: diferenças entre regiões. ➢ Avariáveis geográficas ▪ Fatores ambientais • Naturais Localização, relevo, hidrografia, solo, clima, vegetação, fauna. • Artificiais Alteração de paisagem natural, emissão de poluentes, uso abusivo de agrotóxico, contaminação de alimentos, introdução de aditivos químicos, restrição na quantidade e diversificação de alimentos disponíveis, tipo de habitação, organização do espaço urbano e condições adversas nos locais de trabalho. ▪ Fatores populacionais • Demográficos Pirâmide populacional • Sociais Cultura, religião, organização social, condições socio-economicas, variações urbano/rural. Distribuição cronológica Variação cíclica recorrente Variação cíclica sazonal Tendência Variação atípica VARIÁVEIS RELACIONADA AS PESSOAS: ❖ Idade e gênero. Perfil epidemiológico ❖ Quem? ➢ Grupos mais vulneráveis (idade, sexo, raça, escolaridade, estilo de vida, profissão, cultura, religião, etc...). ❖ Onde? ➢ Características climáticas, solo, vegetação. ➢ Rural x urbano. ➢ Difusão, espelhamento (migração e mobilidade). ❖ Quando? ➢ Intervalo de tempo. ➢ Estação do ano (tipicamente de inverno). USOS: ❖ Indicar os riscos a que as pessoas estão sujeitas – época de maior e menor incidência de agravos – riscos diferenciados – providencias cabíveis. ❖ Monitorar a saúde a população – detectar elevações de frequências – ações imediatas – evitar outros casos ou danos maiores. ❖ Avaliar o impacto de uma intervenção – investigação do tipo antes e depois da introdução de uma medida – constatar se houve ou não impacto na frequência da doença. DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA – IMPORTANCIA EPIDEMIOLÓGICA Variáveis geopolíticas Variáveis político-administrativas Variáveis geográficas Variáveis de ocupação populacional Classificados em relação a uma divisao internacional. Países de terceiro mundo, países latino-americanos. Unidades administrativas podem ser: regioes, unidades federadas, municípios. Litoral, serra, floresta, serrado, rio... Urbana, rural VARIAÇÃO CÍCLICA RECORRENTE ❖ São variações com ciclos periódicos e regulares; ❖ O comportamento cíclico das doenças resulta da recorrência nas suas incidências, que podem ser anuais ou de periodicidade mensal ou semanais. ❖ Um dado padrão é repetido de intervalo em intervalo de tempo. ❖ Característica de doenças infecciosas, sugere um intervalo de tempo para haver um acúmulo suscetíveis. ❖ Exemplo: Picos de incidência de sarampo em anos alternados da década de 50 a 90 em São Paulo. Foi alterado com sucessivas campanhas de vacina a partir de 1987. VARIAÇÃO SAZONAL ❖ Ocorre quando a incidência das doenças aumenta sempre, periodicamente, em algumas épocas ou estações do ano, dias da semana ou em horas do dia. ❖ EX.1: mortalidade por doença cardiovascular e doenças respiratórias: aumenta no inverno e diminui no verão. ❖ EX.2: picadas de cobra e escorpião: maior incidência nos períodos chuvosos (os animais saem mais de seus refúgios a procura de locais secos). ❖ EX.3: dengue no verão. VARIAÇÃO SAZONAL DO SARAMPO EM DIFERENTES DÉCADAS. MUNICIPIO DE SÃO PAULO, 1960 – 1989. ❖ Sazonal é uma característica de um evento que ocorre sempre em uma determinada época do ano. ➢ A produção de milho ocorre sempre na época de seca, é um produto sazonal. ❖ Recorrente são eventos que se repetem de tanto em tanto tempo, indiferente da época do ano como o sazonal. O evento cíclico não se restringe a fatos naturais. TENDÊNCIA ❖ Caracteriza-se pelas variações na incidência/prevalência ou mortalidade/letalidade de doenças observadas por um longo período de tempo, décadas ou, até mesmo, séculos (mínimo de 10 anos de acompanhamento). ❖ Contribuem para o estabelecimento de nexo causais com fatores sociais ou ambientais que tenham sofrido modificações ao longo do tempo. VARIAÇÃO ATÍPICA ❖ Alterações atípicas, diferente do esperado. ❖ Acontecimentos não previsíveis. ❖ Ex.: intoxicações alimentares. ❖ Epidemia de cólera. ❖ Definir as propriedades de intervenção – a comparação geográfica permite o ordenamento das regiões segundo a magnitude dos respectivos indicadores de saúde. ❖ Uma das principais motivações para realização da comparação entre países, estados, regiões é de apontar desigualdades, auxiliando dessa forma a captação de recursos para a resolução de problemas de elevada importância as áreas desprivilegiadas. ❖ Áreas rurais – maior risco de doenças infecciosas e parasitarias, zoonoses, acidentes ofídicos, intoxicações relacionadas ao uso de agrotóxicos e câncer de pele. ❖ Áreas urbanas – menor risco de doenças infecciosas e parasitarias, predomínio de doenças sexualmente transmissíveis, a gripe e as demais infecções respiratórias, doenças ligadas ao consumo de drogas, a violência, a poluição atmosférica e aos acidentes de trânsito. VARIAÇÕES SOCIO-DEMOGRÁFICAS VARIÁVEIS FORTEMENTE RELAICONADAS COM DO ENÇAS ❖ Mulheres internam mais que os homens e o risco de morrer entre os homens é maior do que entre mulheres. ❖ Nascem mais mulheres. ❖ Perfil de mortalidade diferente segundo sexo. ❖ Acidente a veículo motor – homens de 15 a 24 anos. ❖ Prevalência de baixo peso ao nascer maior em faixas etárias extremas entre filhos de mãe com baixa escolaridade. Caracetristicas gerais (sexo, idade). Caracteristicas familiares Iestado civil, idade dos pais, morbidade familiar por causas específicas) Nível socioeconômico (ocupação, renda, nivel de instrução) Caracteristicasetnicas (raça, cultura, religião, lugar de nascimento) USOS DA EPIDEMIOLOGIA ❖ Diagnóstico da situação de saúde. ❖ Investigação etiológica. ❖ Determinação de riscos. ❖ Aprimoramento da descrição do quadro clínica. ❖ Determinação de prognóstico. ❖ Identificação de síndromes e classificação de doenças. ❖ Planejamento e organização de serviços. ❖ Avaliação das tecnologias, programas ou serviços.
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