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Epidemiologia Descritiva

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 Têm por objetivo determinar a distribuição 
de doenças ou condições relacionadas à 
saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou 
as características dos indivíduos; 
OBJETIVO: 
 Delinear o perfil epidemiológico das 
populações (coletivo); 
 Possibilitar intervenções de saúde coletiva 
contextualizadas por meio do estudo da 
frequência e da distribuição desses eventos 
em função de variáveis circunstanciais 
ligadas: 
└ Ao tempo: data do início dos sintomas, 
data da cura ou do óbito, meses de 
maior ocorrência de um agravo; 
└ Ao lugar: endereço, características 
socioambientais do local de moradia; 
└ À pessoa: sexo, idade, renda, estado 
civil, escolaridade, estilo de vida. 
 
 Pode fazer uso de dados: 
└ Secundários: dados pré-existentes de 
mortalidade e hospitalizações, por 
exemplo; 
└ Primários: dados coletados para o 
desenvolvimento do estudo; 
POR QUE COMPREENDER A DISTRIBUIÇÃO 
DAS DOENÇAS? 
 Suspeição dos determinantes envolvidos; 
 Indicação de medidas preventivas e de 
controle. 
 
 As informações produzidas rotineiramente 
pelos serviços de vigilância e expressas em 
boletins e informes de saúde, devem: 
└ Orientar ações de assistência, 
prevenção e controle de doenças; 
└ Influenciar o desenvolvimento de 
estratégias de promoção de saúde. 
 Além disso, devem incluir: 
└ A possibilidade de geração e refino de 
hipóteses causais; 
└ A análise de tendências epidemiológicas 
como forma de predizer cenários, com 
base no conhecimento do 
comportamento temporal e espacial de 
uma doença; 
└ A identificação de grupos populacionais 
que estarão potencialmente mais 
vulneráveis. 
 As variáveis ligadas à distribuição dos casos 
de uma doença em função do tempo, 
pessoas e o lugar, formam o tripé da 
epidemiologia descritiva; 
 A organização adequada de dados sobre 
doenças e agravos pode oferecer um 
diagnóstico dinâmico dessas doenças ou 
agravos em determinada população; 
Estabelecer padrões de distribuição de 
doenças e agravos coletivos 
Suspeição de determinantes centrais no 
processo saúde-doença
Indicação de medidas de prevenção e 
controle eficientes
QUESTÕES FUNDAMENTAIS: 
Quem adoeceu? 
Quais as causas possíveis? 
Por que as pessoas adoeceram? 
Quando ficaram enfermas? 
Onde? 
Diante dos dados, existem hipóteses e 
conclusões que podem ser formuladas? 
 
 Variáveis de tempo: quando? 
 Variáveis de lugar: onde? 
 Variáveis de pessoas: quem? 
USOS: 
 Indicar os riscos a que as pessoas estão 
sujeitas: 
└ Época de maior ou menor incidência de 
agravos; 
└ Riscos diferenciados; 
└ Providências cabíveis. 
 Monitorar a saúde da população: 
└ Detectar elevações de frequências; 
└ Ações imediatas; 
└ Evitar outros casos ou danos maiores. 
 Avaliar o impacto de uma intervenção: 
└ Investigação do tipo antes e depois da 
introdução de uma medida; 
└ Constatar se houve ou não impacto na 
frequência da doença. 
 O estudo da distribuição das doenças no 
tempo pode fornecer inúmeras informações 
para: 
└ Indicar ou apontar os riscos a que as 
pessoas estão expostas; 
└ Monitorar a saúde de populações 
específicas; 
└ Prever a ocorrência de eventos; 
└ Subsidiar as explicações causais; 
└ Auxiliar o planejamento de saúde; 
└ Avaliar o impacto das intervenções. 
CONCEITOS RELACIONADOS: 
 Intervalo de tempo: quantidade de tempo 
transcorrido entre dois eventos sucessivos; 
└ Pode ser medida em número de horas, 
dias, semanas, meses ou anos. 
 Intervalo cronológico: referência a uma 
sequência de alguns anos, especificados, do 
calendário oficial; 
└ Intervalo de tempo datado e definido 
por marcos cronológicos tirados do 
calendário oficial. 
 Período: denominação de ordem geral que 
se dá a partes de tempo delimitadas, 
marcadas cronologicamente e 
especificadas; 
DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA 
 A relação entre uma sequência de marcos 
cronológicos sucessivos e uma variável de 
frequência de casos ou de óbitos. 
 Objetivos: 
└ Exibir a ação da doença ou agravo, 
desde a atualidade, regredindo a um 
tempo passado; 
└ Mostrar o tipo de variação que 
caracteriza o processo estudado, se 
cíclico ou errático, se sazonal ou não; 
└ Revelar a tendência secular do 
processo; 
└ Manifestar o caráter endêmico ou 
epidêmico da doença; 
└ Detectar e interpretar a evolução da 
incidência de um evento. 
└ Fazer uma avaliação das Medidas de 
Controle; 
└ Auxiliar na compreensão de eventos 
inusitados e detectar epidemias; 
 Variações em relação ao tempo: 
└ Variação atípica; 
└ Variação cíclica; 
└ Variação sazonal; 
└ Tendência histórica. 
VARIAÇÃO ATÍPICA (IRREGULARES): 
 Alterações inusitadas na incidência das 
doenças, diferente do esperado; 
EPIDEMIOLOGIA 
DESCRITIVA
TEMPO
LUGARPESSOAS
 Alterações na frequência dos agravos à 
saúde resultantes de acontecimentos não 
previsíveis; 
 Exemplos: casos de intoxicação alimentar, 
epidemia de cólera por água contaminada, 
surto de melioidose por água. 
VARIAÇÃO CÍCLICA (RECORRENTE): 
 Consiste nas variações que apresentam 
ciclos periódicos e regulares, e essa 
periodicidade independe de a tendência 
ser ascendente ou decrescente; 
 O comportamento cíclico das doenças 
resulta de recorrências nas suas incidências, 
que podem ser anuais ou de periodicidade 
mensal ou semanal; 
 Um dado padrão é repetido de intervalo 
em intervalo de tempo; 
 Exemplos clássicos: sarampo, rubéola e 
difteria; 
 Explicação: concentração de suscetíveis na 
população; o esgotamento desses 
suscetíveis ocorre por ação da própria 
doença, caracterizando a variação cíclica. 
 A identificação e a caracterização de 
padrões cíclicos podem ser úteis para a 
previsão de surtos epidêmicos e para a 
adoção de medidas de controle. 
 
VARIAÇÃO SAZONAL: 
 Fenômeno que é considerado periódico e 
repete--se sempre na mesma estação do 
ano; 
 Ocorre quando a incidência das doenças 
aumenta sempre, periodicamente, em 
algumas épocas ou estações do ano, meses 
do ano, dias da semana ou em horas do dia; 
 Exemplo: casos dengue em épocas quentes 
do ano; 
 Fornece informações importantes so-bre 
períodos do ano de maior risco para essas 
doenças. 
 
TENDÊNCIA HISTÓRICA OU SECULAR: 
 Caracteriza-se pelas variações na 
incidência / prevalência ou mortalidade / 
letalidade de doenças observadas por um 
longo período de tempo, décadas ou, até 
mesmo, séculos (mínimo de 10 anos de 
acompanhamento). 
 Contribuem para o estabelecimento de 
nexos causais com fatores sociais ou 
ambientais que tenham sofrido 
modificações ao longo do tempo. 
 A eleição de variáveis espaciais depende 
do conceito de espaço utilizado: podem ser 
estritamente vinculadas ao ambiente físico 
ou podem refletir também a realidade 
social dos lugares. 
OBJETIVOS: 
 Definir as prioridades de intervenção: a 
comparação geográfica permite o 
ordenamento das regiões segundo a 
magnitude dos respectivos indicadores de 
saúde; 
 Apontar desigualdades entre espaços, 
auxiliando dessa forma a captação de 
SAZONAL X RECORRENTE: 
 Sazonal: é uma característica de um 
evento que ocorre sempre em uma 
determinada época do ano. 
 Recorrente: são os eventos que se 
repetem de tanto em tanto tempo, 
indiferente da época do ano como o 
sazonal. 
recursos para resolução de problemas de 
elevada importância nas áreas 
desprivilegiadas. 
 Variações de lugar: 
└ Variáveis geopolíticas; 
└ Variáveis político-administrativas; 
└ Variáveis geográficas 
VARIAÇÕES GEOPOLÍTICAS 
 Variáveis geopolíticas possíveis: “países da 
América Latina”, “países emergentes”, 
“países filiados à Organização das Nações 
Unidas”; 
 Quando o espaço é recortado segundo uma 
dessas variáveis, tomada como variável 
independente, diz-se que o estudo do 
evento saúde-doença é feito 
comparativamente em nível internacional, 
podendo comparar nações. 
 Os estudos comparativos de incidência 
envolvendonações tornam viáveis as 
classificações, seja em função da 
efetividade de seus serviços de saúde, seja 
em função de seu nível de doença; 
 Dessa maneira, podem ser orientadas ações 
de saúde locais e internacionais; 
 Exemplo: comparação entre os dados das 
nações integrantes do G8 (grupo de países 
mais ricos do mundo) com os dos países de 
menor índice de desenvolvimento humano 
(IDH). 
 Os informes envolvendo doenças e causas 
de morte, preenchem duas categorias: 
1. Dados sistemáticos, recolhidos e 
publicados pelos órgãos de saúde 
federais, estaduais e municipais; 
2. Dados não sistemáticos resultantes de 
inquérito ou estudos especialmente 
delineados. 
 Dificuldades: 
└ Diferenças no registro e processamento 
de dados; 
└ Acesso aos serviços de saúde; 
└ Confusão semântica; 
└ Diferentes níveis de certeza no 
diagnóstico de doenças. 
VARIAÇÕES POLITÍCAS-ADMINISTRATIVAS: 
 Unidades administrativas podem ser: 
regiões, unidades federadas, municípios; 
 Separação artificial de áreas homogêneas 
ou união de áreas inteiramente díspares sob 
os pontos de vista físico, ecológico, social ou 
de estrutura produtiva; 
 Exemplo: retrato dos estados brasileiros a 
partir da pesquisa Situação Social nos 
Estados, realizado pelo Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada (IPEA); 
VARIÁVEIS GEOGRÁFICAS: 
 Fatores ambientais: 
└ Naturais: localização, relevo, 
hidrografia, solo, clima, vegetação e 
fauna; 
└ Artificiais: alteração da paisagem 
natural, emissão de poluentes, uso 
abusivo de agrotóxicos, contaminação 
de alimentos, introdução de aditivos 
químicos, restrição na quantidade e 
diversificação de alimentos disponíveis. 
 Fatores populacionais: 
└ Demográficos: pirâmide populacional; 
└ Sociais: cultura, religião, organização 
social; condições socioeconômicas, 
variação urbano/rural. 
 Áreas rurais: maior risco de doenças 
infecciosas e parasitárias, zoonoses, 
acidentes ofídicos, intoxicações 
relacionadas ao uso de agrotóxicos e 
câncer de pele. 
 Áreas urbanas: menor risco de doenças 
infecciosas e parasitárias, predomínio de 
doenças sexualmente transmissíveis, a gripe 
e as demais infecções respiratórias, doenças 
ligadas ao consumo de drogas, a violência, 
a poluição atmosférica e aos acidentes de 
trânsito. 
 Independem do tempo e do espaço e, 
portanto, não devem ser confundidas com as 
variáveis populacionais; 
PRINCIPAIS VARIÁVEIS: 
 Características gerais: 
└ Idade e sexo; 
 Características familiares: 
└ Estado civil, idade dos pais, dimensão 
da família, posição na ordem de 
nascimento, privação de pais (de um ou 
de ambos), morbidade familiar por 
causas específicas; 
 Características étnicas: 
└ Raça, cultura, religião, lugar de 
nascimento, grupo étnico; 
 Nível socioeconômico: 
└ Ocupação, renda, nível de instrução, 
tipo e zona de residência, sinais 
exteriores de riqueza. 
 Ocorrências durante a vida intrauterina e 
ao nascer; 
 Características endógenas; 
 Ocorrências acidentais; 
 Hábitos e atividades. 
VARIÁVEIS FORTEMENTE RELACIONADAS 
COM DOENÇA 
 Mulheres internam mais que os homens e o 
risco de morrer entre os homens é maior do 
que entre mulheres; 
 Nascem mais mulheres; 
 Perfil de mortalidade diferente segundo 
sexo; 
 Acidente à veículo motor - homens 15 a 24 
anos; 
 Prevalência de baixo peso ao nascer maior 
em faixas etárias extremas entre filhos de 
mãe com baixa escolaridade. 
 Diagnóstico da situação de saúde; 
 Investigação etiológica; 
 Determinação de riscos; 
 Aprimoramento na descrição do quadro; 
 Determinação de prognósticos clínico; 
 Identificação de síndromes e classificação 
de doenças; 
 Planejamento e organização de serviços; 
 Avaliação das tecnologias, programas ou 
serviços.

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