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REDAÇÃO MÓDULO 4

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Primeiro, para compreendermos como funcionam os transtornos da personalidade,
devemos entender o que é a personalidade. A personalidade é um conjunto de
funções psíquicas que determinam o nosso jeito de pensar, de sentir, de agir e de se
relacionar com outras pessoas. A formação da personalidade é um processo
contínuo e gradual, vai acontecendo aos poucos e sofre influências dos valores da
educação e cultura vivida pelo indivíduo.
Alguns teóricos categorizam a nossa personalidade em uma inter-relação de duas
instâncias, a primeira é o no temperamento, que pode ser definido como tudo que
advém do nosso campo biológico, ou melhor dizendo do nosso componente
genético, traços característicos da nossa família. A segunda instância é o caráter,
esse advém das nossas experiências vividas ao longo de nossa vida. E a soma do
caráter mais o temperamento é o que dá origem a nossa personalidade, o que nos
difere das outras pessoas.
Dado momento o qual apresentamos problemas no nosso jeito de agir ou lidar com
situações e pessoas, gerando um sofrimento, isso ocorre quando temos um
transtorno de personalidade. Os transtornos da personalidade são constantes e não
podem ser considerados momentâneos, pois quem sofre dos transtornos possuem o
comportamento sempre daquele jeito e que vão acontecendo ao longo da vivência.
Essa mudança comportamental, interfere principalmente no meio onde vive, no
ambiente familiar, no trabalho, pois os primeiros a perceberem a mudança no
comportamento, são justamente as pessoas que o cercam. A pessoa com
instabilidade na personalidade, geralmente, não se percebe como doente,
sentindo-se assim sempre incompreendido por parte da sociedade e muitas vezes
age de forma exagerada ou muito destoante do necessário.
Para identificar que uma pessoa está sofrendo de um transtorno da personalidade,
basta perceber a forma como ela interage com outras pessoas ou como ela controla
seus impulsos. Esse padrão de comportamento deve ser persistente e inflexível,
causando sofrimento e prejuízo.
O manual de diagnóstico de transtornos mentais 5ª edição ou DSM-5, que se trata
de um manual diagnóstico e estatístico criado pela associação americana de
psiquiatria, divide os transtornos da personalidade em três grupos. Primeiro grupo,
que podemos chamar de grupo A, envolve os seguintes transtornos: Transtorno
paranóide, esquizóide e esquizotípico, que são transtornos onde os indivíduos
parecem esquisitos e excêntricos. O grupo B, são chamados de transtorno
antissocial, borderline, histriônica e narcisista, os indivíduos com esses transtornos
costumam ser dramáticos e emotivos. E por fim o grupo C, que envolve transtorno
evitativo, dependente e obsessivo-compulsivo, os indivíduos desse grupo parecem
sempre ansiosos ou medrosos.
Em seguida vamos comentar brevemente sobre cada transtorno, começando com o
transtorno da personalidade paranóide do grupo A. Nesse transtorno, a pessoa
apresenta um padrão de desconfiança, sempre achando que as pessoas estão
contra ela ou tramando algo. Por conta disso, a pessoa acaba reagindo de forma
agressiva ou exagerada, guardando rancor do outro, por achar que o outro está
contra ele. O indivíduo suspeita de estar sendo explorado ou maltratado pelo outro
Geralmente as pessoas com esse transtorno, acabam tendo depressão por viverem
em isolamento social, podendo ter sintomas de psicose, tendo delírios e
alucinações, ou seja, percepção sensorial ilusória. Os sintomas no geral surgem no
início da vida adulta.Pessoas com transtorno da personalidade esquizóide não
demonstram interesse em se relacionar com outras pessoas e sempre que podem
preferem ficar sozinhas, são vistas como pessoas frias, solitárias, excêntricas e é
muito comum não sentirem interesse em realizar qualquer atividade, incluindo sexo.
Dificilmente se envolvem em relacionamentos de amizade e amorosos.Já no
transtorno da personalidade esquizotípico tendem a ter dificuldade em seus
relacionamentos interpessoais, principalmente quando se eleva o grau de intimidade
entre ele(a) e a outra pessoa.São altamente desconfiados e inseguros, vindo a ter
distorções cognitivas e perceptivas, pensando sempre de forma negativa sobre as
coisas relacionadas a ele(a) próprio(a). Os sintomas geralmente aparecem no final
da adolescência e início da vida adulta.
No grupo B, começamos pelo transtorno da personalidade anti social, onde o
indivíduo costuma ser impulsivo e imediatista tendo uma tendência a falsidade e
mentiras recorrentes, com o intuito de trapacear e obter ganhos.Não medem
esforços para atingir seus objetivos, mesmo que isso custe a própria vida ou a vida
de terceiros.No transtorno de personalidade borderline, onde o indivíduo possui uma
instabilidade emocional muito grande, se encaixando entre a psicose e a neurose. A
pessoa tem dificuldade em tolerar um abandono, tendo uma necessidade constante
de estarem acompanhados por alguém, são impulsivos e explosivos, não
administrando suas próprias emoções. Também é muito comum entre os pacientes
com esses transtornos, uma sensação de vazio que nunca passa, mesmo quando
tudo está bem.No transtorno da personalidade histriônica, envolve uma reação
emotiva constante do indivíduo, buscando sempre a atenção de terceiros. Caso não
estejam no centro das atenções, se sentem desconfortáveis e desvalorizadas.Se
esforçam constantemente para serem o centro das atenções, se portando como
uma figura frágil que necessita de toda a atenção. Ainda não se sabe as causas
desse transtorno. E por último do grupo, o transtorno da personalidade narcisista,
tem como sintomas um padrão de grandiosidade, necessidade de admiração e falta
de empatia. O sujeito precisa ser sempre valorizado e empoderado, buscando
admiração e privilégio sempre, mesmo que seja necessário desvalorizar o outro.
E por fim o grupo C, começaremos pelo transtorno da personalidade evitativa, onde
o sujeito evita qualquer situação onde eles podem ser avaliados negativamente,
muito parecido com a fobia social. A pessoa possui a auto-estima baixa, se compara
aos outros, sempre tendo medo de ser julgada ou criticada por outros, assim
evitando situações sociais. No transtorno de personalidade dependente, o indivíduo
é ansioso e não consegue tomar decisões sozinho, sempre dependendo de outras
pessoas. Sendo impossível viver na solidão, sempre procurando pessoas as quais
depender. E por fim, o transtorno da personalidade obsessiva-compulsiva, onde o
sujeito tende a ser inflexível, perfeccionista e raramente muda de opinião. São
geralmente pessoas muito pontuais e exigentes, sendo dedicadas extremamente ao
trabalho e às atividades do dia-a-dia, mas uma característica do paciente seria o
autoritarismo , por serem autoritárias tendem a ter dificuldades de trabalhar em
equipe.
Uma curiosidade sobre o assunto é que um indivíduo pode apresentar mais de um
desses transtornos, ai vai de um profissional experiente realizar um bom
diagnóstico.
Existe tratamento para os transtornos de personalidade? Sim. O mais indicado é a
psicoterapia junto a um tratamento medicamentoso. Além de um diagnóstico do
psiquiatra, neurologista ou psicólogo. O tratamento ameniza e controla os sintomas,
reduzindo o sofrimento do paciente.

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